sexta-feira, 10 de abril de 2015

A quarteirização da falta de ética

Em tempos de tantas cobranças a respeito do comportamento ética de deputados, senadores, enfim, de políticos em geral, ontem me deparei, no Facebook, com uma sequência de práticas reprováveis. Uma das pessoas que sigo e me seguem, cujo nome prefiro manter em sigilo, compartilhou a seguinte matéria: “Membros de bancas avaliadoras em concursos da Ufam davam privilégios a candidatos amigos”. Pasmem, leitores e leitoras! No dia 9 de abril de 2015, uma matéria que foi publicada no dia 16 de maio de 2014 foi compartilhada como se fosse do dia. Não bastasse isso, mais duas pessoas compartilharam o mesmo texto. Pior de tudo: uma delas publicou no seu Feed de Notícias o texto inteiro sem dar o crédito ao jornal. Já no primeiro momento, fui ao texto do jornal. Vi que se tratava de um texto publicado há quase um ano. Não contente, passei aos detalhes mais importantes: fontes. O número de pessoas ouvidas e os detalhes revelados servem para esclarecer o profundo trabalho de investigação do repórter. Espanto maior: a matéria fora baseada em um release enviado pelo setor de Assessoria de Imprensa do Ministério Público Federal no Amazonas (MPF/AM) sem que nenhuma fonte da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) tenha sido ouvida. É o típico caso de terceirização e quarteirização da falta de ética. Que, aliás, corre o risco de transformar o Facebook em puro lixo!


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