Fosse eu um petista
convicto, daqueles que se tornam cegos por determinação do Comitê Central do
partido, passaria a gritar aos quatro cantos que a presidente Dilma Rousseff
(PT) não mentiu ao lançar o lema “Pátria Educadora” no início do segundo
mandato, de pouco mais de cem dias. E seria fácil fazer isso. Bastaria assumir
que a “Pátria Educadora” tem um lema, ou digamos, um subtema: ” Educação para a
terceirização”. Subtema, aliás, que desde o ano passado, mesmo antes das
eleições, prestigiosos e prestigiados representantes do Governo já defendiam,
como, por exemplo, a terceirização total dos serviços educacionais superiores
prestados pelas universidades públicas brasileiras. Já faz um tempo que o “presidente
da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), Jorge
Guimarães, anunciou, em Seminário Internacional que “Capes, MEC e MCTI estão
planejando a criação de uma OS para gerir a contratação
de docentes”. Desde então, ninguém o contestou. Em
seguida, a PEC da Terceirização é tirada de um balaio e aprovada a toque de
caixa. Aí sim, talvez pelo momento de crise de popularidade que enfrentava, a presidente
Dilma Rousseff (PT) se posicionou contra. Mas, se a terceirização é má para os
trabalhadores em geral, qual o motivo de ser tão benéfica para as universidades
públicas? Quem do Governo será escalado para nos responder?
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