Como reação ao fato de um
conhecido “cobrador de ética dos outros local” ter compartilhado a seguinte matéria
“Membros
de bancas avaliadoras em concursos da Ufam davam privilégios a candidatos
amigos”, publiquei a postagem “A
quarteirização da falta de ética”. Não bastou. Três professores de
jornalismo o Brasil inteiro, dentre eles um que já dirigiu uma Associação da
área e cobra ética de todos em suas postagens no Facebook, também compartilhou
a notícia. Argumentou que o fez porque “considerou a notícia bem fundamentada”.
Retruquei que era uma notícia do dia 16 de maio de 2014, baseada em um release
do MPF/AM e que ninguém da UFAM fora ouvido. O figurão, arauto da ética, não se
deu por vencido. Disse que “aquilo era da dinâmica das redes” e que caberia à
universidade contestar o Ministério Público ou o jornal. Reafirmo: trata-se de
um comportamento condenável, muito mais quando parte de um professor ou
professora de jornalismo. É equívoco dos mais graves relativizar comportamentos
condenáveis por se trata de algo postado na Internet. É dever de tudo professor
de jornalismo defender princípios inabaláveis: o contraditório deve ser
respeitado. Acusados devem ser ouvidos e não se deve publicar release na
íntegra. Ainda mais quando o material denigre a imagem de uma Instituição
centenária, como se seus dirigentes nada fizessem para cobrar desvios éticos
dos seus professores. Para essas figuras que se consideram intocáveis, ética só
existe para ser cobrada dos outros. Ao avisar que fiz um printer de todos os
compartilhamentos dos professores de jornalismo que chegaram a mim e
solicitaria as providências legais cabíveis relativas ao caso, o professor
completou a sua obra nada democrática e muito menos ética: apagou o
compartilhamento da sua timeline do Facebook e todos os comentários que havia
feito sobre o assunto. Como se tratava de um compartilhamento terceirizado,
pois não o sigo nem ele me segue, e depois de hoje não faço questão nenhuma de
segui-lo, a outra professora, que também compartilhara a tal matéria, não só
apagou a matéria da sua timeline, mas também, meus comentários. Para essa turma,
ética existe para ser sobrada apenas dos estudantes ou, quem sabe, apenas se
deve praticar no jornalismo tradicional. Na Internet, para ele, tudo é
permitido. Inclusive, que ninguém se responsabilize por comportamento tão
reprováveis quanto os deles.
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OBS: Post do dia 11/04/2015
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