Fico a me perguntar se não há um
equívoco gravíssimo e, pelo jeito, incorrigível, no Brasil: o preconceito
impregnado nas instituições. Vejamos um exemplo: se me candidato a senador da
república, por exemplo, não posso, jamais, no Senado, defender crenças
pessoais, crenças particulares. Ainda que eu seja católico, protestante ou do
candomblé, no exercício do mandato, por dever ético e correção, teria o dever
de defendo o estado laico e a liberdade plena de crença ou, até, no limite, a
crença nenhuma. E uma pessoa optar por ser ateu, por exemplo, não cabe ao
estado julgá-la ou condená-la na Terra. Muito menos ao Senado ou ao Congresso.
Para quem acredita em Deus, que esta pessoa seja condenada ou não por Deus. Por
mais ninguém. Em não sendo assim, entra-se numa disputa que desvirtua a função precípua
de um Congresso. E, que parece, ocorre hoje no Brasil. Em particular, cada um
de nós pode ter as suas crenças. No exercício de uma função pública, temos o
dever de defender a laicidade.
Visite também o Blog
Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog
do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Participe! Comente! Seu comentário é fundamental para fazermos um Blog participativo e que reflita o pensamento crítico, autônomo livre da Universidade Federal do Amazonas.