Educar não é enquadrar. Não é
colocar em moldes. Não é transformar as pessoas em reacionários. Em pessoas com
um único modo de ver o mundo. Nesse sentido, o Brasil precisa de uma mudança
radical na perspectiva do olhar que o que seja educar. Essa mudança, porém, tem
de começar no núcleo familiar. É nele que temos o coração do autoritarismo, do
machismo e de outros “ismos” da sociedade brasileira. É preciso que sejamos
democráticos em casa para que nossos filhos consigam, verdadeiramente, viver e
entender a democracia. Em não sendo assim, é bem possível que, em breve,
tenhamos mais pessoas nas ruas pedindo a volta dos militares. A vida em
democracia não é fácil. Depende de comprometimento e participação permanentes.
E isso não se consegue em um passe de mágica. É um doloroso exercício diária de
embates, convencimentos e comprometimentos. Porém, só assim, se pode mudar a
própria estrutura de poder baseada na exploração das dependências que existe no
País.
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