No início do movimento, acreditei que
se tratava de uma greve “contra o ajuste fiscal”, pelo “caráter público da
universidade” e quetais. Em si, são propostas incapazes de manter uma greve nem
por meia hora. Mas, os “movimentos” dos servidores e professores conseguiram
ultrapassar mais de 100 dias de greve. Sairão, a partir do dia 30 de setembro,
com a “greve mais prolongada da história” e, depois de 115 dias, no caso dos professores,
com uma audiência com o Ministro da Educação (MEC) como a maior conquista. Ele dirá
o que todos já sabem: não haverá nada além de o que todos já sabemos. Sem meia
pauta para tentar convencer os “companheiros”, no Amazonas, passaram a atacar
sistematicamente a Administração Superior da Universidade Federal do Amazonas
(UFAM), da qual faço parte. O jogo tem se revelado de uma sordidez que dá nojo
e provoca vontade de vomitar. Estive do outro lado. Fui do Comando Local de
Greve (CLG). Na época, no entanto, jamais manipulamos dados ou fatos. Em nenhum
momento atacamos frontalmente a Reitoria da UFAM. Hoje, ao que parece, há dois
grupos para os quais pouco importam as pautas nacionais: estão de olho na
Reitoria da UFAM. Possuem um único objetivo: desgastar a Administração atual.
Esquecem que, para chegar lá, precisam enfrentar uma consulta pública. E pagarão
cada centavo pelas mentiras. A comunidade sabe quem estava “por trás” de cada
movimento. E terá discernimento. Posso apostar! A greve é contra a Reitoria da
UFAM. Querem desgastar ao máximo quem está no poder hoje como forma de tentar
uma mínima chance de chegar lá. Não resistirão. Quem passar do dia 5 de outubro
é por pura birra local. O Governo Federal jogou duro e restou quase nada:
tentar uma pauta local. A greve contra a Reitoria da UFAM revelou-se um
fracasso. Ganhos? Nenhum! Por mais que tentem convencer os companheiros,
voltarão ao trabalho absolutamente sem nada. Sair de uma greve completamente
desmoralizada é lastimável para uma organização marcada, historicamente, por
grandes conquistas.
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