Sinceramente, a reforma do Ensino Médio proposta
pelo Ministério da Educação (MEC),
Medida Provisória (MP)
746/2016, é tão bem-comportada que me cheira a uma mistura de mofo com enxofre.
É o tipo de mudança que não muda nada para deixar tudo como está. Em alguns
pontos, o mofo deixa no ar aquela imagem de salas cujas tintas estão
descascadas por conta dos vazamentos. É uma tremenda balela aquele discurso
oficial de que o estudante terá “flexibilidade para escolher a carreira”.
Precisamos é de uma mudança radical. Que passe a centrar o processo de
aprendizagem nos estudantes, em propostas inovadoras e criativas desde a
Educação Básica. Os conteúdos e os professores (e professoras) deixariam de ser
o foco, o centro do processo. Seriam parceiros das descobertas. Voariam juntos
rumo ao mundo encantado do conhecimento. Obtido a partir da realidade vivida.
Nada seria obrigatório. Mas o mundo seria apreendido a partir das vivências com
o auxílio de professores (e professoras), dos colegas, da família, em um
ambiente criativo, prazeroso e atraente para quem optasse por se aventurar. A
reforma proposta mantém o altar sagrado (dos professores e professoras) e nem
toca na caquética estrutura física chamada sala-de-aula. Toca em algumas vacas
sagradas corporativas. É pouco! Precisarmos mais! Merecemos mais! Deixar aos
nossos filhos, netos e bisnetos este legado proposto é prova da nossa covardia
e da falta de ousadia.
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