Há uma carga de preconceito, às vezes nem
percebido, quando se usa a expressão “jornal popular” como sinônimo de “lixo de
hoje”, de “jornal de baixo custo” como se estes tipos de jornais só existissem
porque “é o que a população quer” ou “é o que vende”. Se há quem se alimente
nos lixões, não é por opção. Ao contrário, é pela falta dela. Tivesse possibilidade
de se alimentar melhor, acho pouco provável que alguém recorra ao lixo. Eis a
metáfora deste tipo de jornal que dizem “ser popular”. Por que, afinal? Por se
destinar ao povo? Porque o povo não pode
escolher? Ou porque a ele não é dado opção e escolher? Devemos, jornalistas e
donos de jornais, refletir sobre o produto que oferecemos e o produto que
podemos oferecer ao público. A desculpa de que “se dá ao povo o que ele quer” funciona
mais como um escudo comercial que não serve para a sociedade.
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