Temos a triste mania de não dar uma
olhadinha sequer nas anotações históricas e, mal chega próximo do dia 31,
passamos a atribuir todas as mazelas das nossas vidas ao “velho e cansado” ano
que se foi. Ao mesmo tempo, distribuímos mil palavras e juras de que o “ano
seguinte” será melhor. Pura balela. No dia 02 de janeiro as pessoas fazem filas
nos bancos, pagam contas atrasadas, voltam a ser mal-educadas, grosseiras,
rudes, com os seus e com os outros e nada muda. Desde 1852 vivemos sob a égide
do Calendário Gregoriano, promulgado pelo Papa Gregório XIII, em 4 de outubro
de 1852, por meio da bula inter
gravíssimas. Encher a cara de álcool e acreditar que o mundo ficará
cor-de-rosa a partir de meia-noite beira a ingenuidade. O calendário é uma criação
imaginária do homem. A vida não tem datas limitantes. Começa um dia (e noite)
qualquer e termina em outro (outra). Simples! Se você quer mudar o mundo,
mude-se! Caso não, todo virada de 31 de dezembro para 1 de janeiro será apenas
mais um motivo para fogos e bebidas.
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