sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

Quando só os outros erram

Entre nós, professores e professoras, parece haver uma moeda cujos lados funcionam da seguinte forma: todo o fracasso educacional deve ser resultado de algum fator externo e todo o sucesso sempre foi conquista nossa (dos professores e professoras). Esquecem que também somos falíveis e que o processo de aquisição de conhecimentos é muito mais complexo de o quê se nos parece ser. Quem assim pensa, entende o processo como mera transmissão de conhecimentos. Parte do pressuposto de que os estudantes não sabem nada e nós sabemos tudo. Do ponto de vista do “conteúdo das disciplinas”, talvez o pressuposto seja verdadeiro. Como o mundo não funciona somente de acordo com o que pensam professores e professoras, há possibilidades de sucessos e fracassos permanentemente. A postura de que “só os outros erram” é autoritária. Baseada no professor (e na professora) como centro do processo de aprendizagem. Ou mudamos esta visão ou as possibilidades de fracasso serão sempre maiores.


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