Hoje li uma postagem no Facebook da minha
amiga jornalista Ana Antony que me tocou profundamente. Principalmente porque,
como ela, talvez, eu também seja visto por muitos como “defensor de bandido”.
Tive o cuidado de fazer contato com ela e pedir autorização para usar a linha
de raciocínio dela para a minha postagem. Prefiro, agora, na hora de escrever,
mostrar o próprio texto dela, uma vez que fui autorizado:
“Vejo o pessoal atacar as mães dos condenados
e jogarem pedras, nas que agora também se já não eram, tornam-se proscritas da
sociedade. Nunca conheci a mãe de alguém na prisão, alguém vítima de massacre
na prisão, nunca conheci ninguém que veio comigo e disse: Olha Ana, este é o
meu filho, morro de orgulho dele, ele é ladrão, é assassino, estuprador, que
orgulho. Elas são o retrato do sofrimento. Mas já vi a sociedade em sua
hipocrisia, aplaudir mãe de políticos, orgulhosas, senhoras de mais alto
respeito e lugar social apresentarem seus filhos políticos, alguns deles,
muitos deles, corruptos, ladroes, responsáveis por verdadeiros genocídios.
Responsáveis pelo terror que assola Manaus. Não querem bandidos, não votem
neles.”
Será possível que não aprendemos nada com “As
mães da Praça de Maio”, mulheres que se reuniam na Praça de Maio, em Buenos
Aires, na Argentina, em busca de informações sobre os filhos desaparecidos
durante a ditadura militar? Quem é mais bandido nesta história toda? Os que
estão lá presos ou os que administram mal os presídios? Viver em democracia é
um processo lento de aprendizado. Como diz a minha colega Ana Antony, se você
não quer bandidos lotando as cadeias, não vote em políticos corruptos e
desonestos, que, no fundo, patrocinam indiretamente as matanças. Não queiram,
porém, transformar as mães de presos e suas famílias e seres proscritos na
sociedade. Sem a defesa dos direitos humanos, retornaremos à barbárie. Superemos
esta maldita barbárie mental enquanto ainda podemos!
Visite também o Blog de
Educação do professor Gilson Monteiro e o Blog Gilson
Monteiro Em Toques. Ou
encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Participe! Comente! Seu comentário é fundamental para fazermos um Blog participativo e que reflita o pensamento crítico, autônomo livre da Universidade Federal do Amazonas.