Ontem,
um amigo, sobre a postagem “O golpe final da destruição das universidades”,
disse concordar com quase todo o texto, porém, não com o fato de o PT “deixar a
sangria continuar”. E argumentou: ”se fosse assim, como se explica a expansão?”
Rebati, ironicamente: “talvez, para ter mais o que vender”. Desde os primeiros
escritos a respeito do tema, afirmo e reafirmo que FHC estabeleceu uma lógica
para as universidades públicas, refinadas nos governos do PT, claro, neste último,
com mais investimentos, para a expansão, por exemplo. O que não mudou? A
transferência gradativa de atividades e funções das universidades públicas para
as particulares. PROUNI e FIES, por exemplo, são ações de transferências de
recursos públicos à iniciativa privada, ainda que indiretamente. Bolsas de graduação
e pós-graduação dos Estados e Municípios são sim, transferências de recursos públicos
para a iniciativa privada. A invés de investir nas universidades, inclusive as
criadas nos estados e municípios, governos preferem pagar bolsas e esvaziar as
universidades. Esta é a lógica privatista que não mudou. Eis a sangria que
continua em todos os governos, desde a época de FHC. Sem falar em todo o
arcabouço jurídico-legal que já preparou a futura venda das universidades públicas
ou o lento processo de entrega, por exemplo, com a contratação de professores
por meio das Organizações Sociais. Esse é um modo de rebaixar salários e se
desobrigar diretamente das obrigações trabalhista. É o que penso. Posso estar
errado, mas, é o que penso!
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