É
impressionante, mas, muitos dos avaliadores, em quaisquer dos níveis de avaliação,
usam sempre o discurso da objetividade como sinônimo de “isenção”. Alguém, em sã
consciência, acredita que os processos avaliativos são isentos?
Particularmente, e como avaliador, não tenho nenhuma dúvida de que “a avaliação
é ideológica”. E, se não reflete o lugar de classe, no mínimo, instrumentos
avaliativos são formas de garantir o status quo. O discurso da objetividade, da
isenção, não passa de discurso. Na prática, numa estrutura em que uma “área de
avaliação” escolhe um avaliador para coordená-la e este “ungido” escolhe “sua
equipe” para “resolver os casos omissos”, adeus objetividade. No caso da avaliação
da Pós-graduação no Brasil, é ainda pior: quem financia avalia. Ou seja, cria
normas e fere mortalmente a autonomia didático-pedagógica das universidades. E,
mais grave: nós, os professores e professoras aceitamos. Porque, se não aceitarmos,
não teremos financiamento. E se não tivermos financiamento, morreremos. O que
se dizer, portanto, de um ente que corta 75% dos financiamentos, mas, não corta
os mesmos 75% nas metas? A meu ver, condena à morte os mais frágeis. Há alguma
semelhança com episódios de vida real? Com a resposta, meus leitores e minhas
leitoras.
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