quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

A subjetividade dos processos avaliativos

É impressionante, mas, muitos dos avaliadores, em quaisquer dos níveis de avaliação, usam sempre o discurso da objetividade como sinônimo de “isenção”. Alguém, em sã consciência, acredita que os processos avaliativos são isentos? Particularmente, e como avaliador, não tenho nenhuma dúvida de que “a avaliação é ideológica”. E, se não reflete o lugar de classe, no mínimo, instrumentos avaliativos são formas de garantir o status quo. O discurso da objetividade, da isenção, não passa de discurso. Na prática, numa estrutura em que uma “área de avaliação” escolhe um avaliador para coordená-la e este “ungido” escolhe “sua equipe” para “resolver os casos omissos”, adeus objetividade. No caso da avaliação da Pós-graduação no Brasil, é ainda pior: quem financia avalia. Ou seja, cria normas e fere mortalmente a autonomia didático-pedagógica das universidades. E, mais grave: nós, os professores e professoras aceitamos. Porque, se não aceitarmos, não teremos financiamento. E se não tivermos financiamento, morreremos. O que se dizer, portanto, de um ente que corta 75% dos financiamentos, mas, não corta os mesmos 75% nas metas? A meu ver, condena à morte os mais frágeis. Há alguma semelhança com episódios de vida real? Com a resposta, meus leitores e minhas leitoras.


Visite também o Blog de Educação do professor Gilson Monteiro e o Blog Gilson Monteiro Em Toques. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Participe! Comente! Seu comentário é fundamental para fazermos um Blog participativo e que reflita o pensamento crítico, autônomo livre da Universidade Federal do Amazonas.