terça-feira, 5 de dezembro de 2017

Quando o grátis é mais caro que o pago

Pessoas controladas (há quem diga outra coisa) que nem eu demoram a perceber que o grátis, às vezes, é mais caro que o pago. Por exemplo, na minha viagem para Cajazeiras, na Paraíba, levei meu carro até Itabuna, um dia antes. No local onde fiquei hospedado, perguntei se não havia o serviço para se deixar o carro lá. E, também, quanto custava. Fiquei com os olhos brilhando quando a moça da recepção falou: “ o senhor não precisa pagar nada. Pode deixar o carro aqui sem problemas”. Incrédulo, acrescentei: e quando eu for em férias e passar um mês fora? Ela: “sem problemas, o senhor não paga nada”. Saí feliz da vida. Em duas respostas, a moça deixará meu coração coberto de felicidade. Não gastaria um tostão para deixar meu caro lá por três dias, tempo da minha viagem a trabalho para Cajazeiras. Quem já cursou Finanças, no entanto, aprende a desconfiar até de prêmio da Loteria. Pesquisei quanto pagaria, no estacionamento o Aeroporto Jorge Amado, de Ilhéus, para deixar o veículo. Resultado: R$ 100,00. Oba! Com os R$ 100,00 pagaria as duas diárias do local. O raciocínio financeiro é chato demais, meu Deus. Lá fui eu liguei para os táxis, para verificar o preço da corrida entre Itabuna e o Aeroporto, em Ilhéus. O menor preço que encontrei foi R$ 120,00 o trecho. Para ir e voltar, portanto, o menor preço do transporte até o Aeroporto seria R$ 240,00. Em resumo, se eu aceito a oferta do lugar e “deixo o carro de graça”, gastaria R$ 240,00. Indo no meu carro até Ilhéus e o deixando no estacionamento do Aeroporto, gastaria somente R$ 100,00. Ao resolver pagar, economizei R$ 140,00 em relação ao “grátis”. Em Finanças se diz que “não existe almoço de graça: se você não pagar, alguém irá pagar por você”. A sabedoria popular prega “que o barato sai caro”. Sábias conclusões!


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