Nas idas
e vindas pelas universidades brasileiras, tenho observado incoerências que nos
deixam chocados. Há os que defendem, de forma, às vezes arrogante, “o estado mínimo
na Educação”. E onde está a incoerência? No mais das vezes, são as mesmas
pessoas que se penduram nos editais e institutos “bancados” pelo Estado. Ou
seja: estado mínimo na Educação para outros, para eles, no entanto, um estado
que financie até a poeira dos vossos laboratórios. Da mesma forma, quando fazem
projetos de “captação de recursos na iniciativa privada”, não deixam nem 10% do
arrecado com os projetos para as instituições. Para estas pessoas, o discurso
do estado mínimo, no fundo, é o escudo que vos ampara, que vos protege quando
realizam negócios particulares baseados na estrutura pública da universidades.
Dê uma olhada? Veja se isso não acontece ao seu lado? E quando se aproximam as
consultas para a reitoria, a cantilena é a mesma: “vão nos deixar trabalhar?”
Em bom Português, querem administradores que façam fluir os projetos pessoais.
E que se danem as universidades!
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