sábado, 27 de janeiro de 2018

O mito do mérito pelos estudos


Há uma espécie de mito, uma aura, a envolver a escola como o único modo de se “chegar lá”. Há quem fale, com orgulho: “só cheguei aonde cheguei porque estudei e me esforcei. Tive ajuda de algumas pessoas, mas, só consegui por conta do meu esforço”. Esta é a visão capitalista do mérito individual. Política públicas que atinjam o coletivo, portanto, são sempre odiadas por quem acredita que o mérito é individual. Até quem mora na Amazônia esquece que o Polo Industrial de Manaus é uma política de ação afirmativa. Há professores e professoras das universidades, por exemplo, na Amazônia, que se beneficiam da política de quota para as Bolsas de Produtividade em Pesquisa, mas, demonstram ódio mortal contra a política de quotas para os estudantes. A política de quotas é um modo diferente de se diferenciar, de se incluir pessoas. Os meritocratas, porém, só entendem o mérito para é para eles.

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