segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

Em grupo, seres humanos querem sangue


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O que se viu ontem no Estádio Barradão, no Vitória, contra o Bahia, foram cenas de barbárie absoluta acrescidos de covardia em mais alto grau. A primeira covardia foi a reação dos jogadores do Vitória a uma comemoração de um dos jogadores do Bahia, após o gol. Fossemos uma sociedade que respeita as regras e as leis e nelas acredita, nada teria acontecido, a não ser a expulsão do jogador do Bahia que havia marcado o gol. Ele comemorou com a “dança do crew”, claramente composta por gestos obscenos diante da torcida do adversário. Não foi o que ocorreu: jogadores do Vitória agrediram covardemente o atacante. Foram cenas vergonhosas. Eis que acontecem cenas mais covardes ainda: com seis expulsos em campo, um dos jogadores do Vitória força o cartão amarelo. Depois de bochichos, incluso do treinador, o jogador consegue receber o segundo cartão amarelo, é expulso e, por norma, o jogo foi encerrado porque o time ficou com seis jogadores. Cinicamente, dirigentes e jogadores do Vitória não assumem a atitude covarde que tiveram. Como o jogo estava empate, forçaram uma situação para tentar “levar vantagem”, num total desconhecimento das regras básicas do futebol. Resultado: a Federação Baiana de Futebol (FBF) aplicou o que manda a norma e o Bahia foi declarador vencedor pelo placar de 3 X 0. O que se aprende com esta barbárie transmitida ao vivo? Que a ninguém é dado o direito de desconhecer as normas que regem a profissão exercida e que os seres humanos, em grupo, esquecem a razão e se esbaldam no sangue.

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