domingo, 31 de outubro de 2010

Adeus, meu pai

Todos os dias da minha vida, tinha certeza que receberia um telefonema desses. Mas, saber da notícia de que meu pai jazia em uma pedra fria do hospital João Câncio Fernandes, em Sena Madureira, foi uma dor inenarrável. Recebi a notícia agora há pouco. Meu irmão, Gilberto Monteiro, inconsolável e revoltado, depois de muitas tentativas, conseguiu falar comigo. Revoltado e inconsolável porque papai teve uma crise, mas estava bem. No entanto, o soro terminou e demoraram 20 minutos para repô-lo. Nesse ínterim, ele morreu. Como uma flor. Como um beija-flor. Como Vovô Alfredo Guedes, que morrera em meus braços. Nunca esqueço: Vovô tomou uma respiração mais forte e se foi. Eu ao lado dele. Agora foi papai. Velho turrão, grosso, mal-educado para os padrões atuais, mas, que me deu todos os ensinamentos do libertário que sou. Pedro Paulo Guedes Monteiro sempre lutou contra as regras estabelecidas. Contra o que a sociedade impunha. Um dos poucos, na minha família tradicional, a reconhecer o que Lula fez pelo País. Vai, meu pai, descansa em paz, tenho certeza que votaria em Dilma. Pena que neste dia histórico, teu destino tenha sido o hospital, a morte e o cemitério. Descanse em paz. Xero no teu coração. Mesmo que este ato jamais possa ser concretizado.

sábado, 30 de outubro de 2010

Universidade sem papel

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) investiu R$ 1,5 milhão na campanha “UFSC sem papel”. Agora, todos os procedimentos administrativos da instituição serão realizados eletronicamente. Os gastos com papel na UFSC, somente no ano passado, foram da ordem de a 6,7 milhões, entre memorandos e processos. Foram gastas, somente em procedimentos internos, 13.388 resmas de papel. É um investimento aparentemente milionário, mas, uma vez que no inteiro de 2009 foram gastos 6,7 milhões com papel, a instituição recupera o investimento em seis meses. Há anos defendo que a Universidade Federal do Amazonas (Ufam) deve seguir o mesmo exemplo. Aliás, ao criar o movimento “A Ufam para o futuro”, nossa principal meta para a reitoria da Ufam era eliminar o uso de papel em todos os procedimentos. Faríamos bem antes da UFSC, uma vez que o Sistema de Informação para o Ensino (SIE), comprado por quase R$ 1 milhão da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) tecnicamente possibilita que todos os processos sejam virtuais. Na campanha, alguns chegaram a dizer que eu (professor Gilson Monteiro) era um “porra-louca” em função da proposta. Agora, a Federal de Santa Catarina implanta um sistema exatamente como propúnhamos. Nada como um dia atrás do outro. A UFSC dá tapa com luva de pelica no rosto dos imbecis.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Racionalidade administrativa

É bem verdade que os manuais de Administração apregoam que administrar “é conduzir racionalmente as atividades de uma organização”. No entanto, a universidade é uma organização diferenciada, que administra saberes e egos. Logo, não se pode olhá-la com olhos de uma empresa qualquer. Empregar métodos e ferramentas usadas na administração, diria, “normal” é correr o risco de limpar a instituição da essência basilar de uma universidade: a política. Centralizar, portanto, é ferir de morte as decisões coletivas e empurrar a organização para um estilo “comum” de administrar. Na universidade, planejamento, estrutura (ou seja organização), direção e controle são diferenciados. Embora estruturalista e funcional em essência, a universidade tem o dever de lutar para fugir desse modelo decisório. E trata-se de um desafio coletivo.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Princípios e diretrizes

Há princípios e diretrizes que norteiam o comportamento de uma universidade que jamais deveriam ser nem rediscutidos a não ser com o intuito de aprimorá-los. Um deles é o da decisão colegiada. Jogar essa conquista fora seria abrir mão de anos e anos de luta pelo processo de redemocratização, não-apenas da universidade brasileira, mas da sociedade. Até mesmo nas organizações que visam o lucro o princípio das decisões colegiadas (ou coletivas) ganha força a cada dia. Nas universidades brasileiras, porém, os últimos reitores implantaram uma política de racionalidade administrativa que centraliza as decisões, esvazia o poder das instâncias colegiadas e destrói o pilar da convivência democrática, uma vez que a negociação e o convencimento, salutares para o processo decisório coletivo, esvaem-se. Se há uma tendência à centralização administrativa, precisamos combatê-la. A decisão colegiada é essencial para a troca de saberes e a vivência democrática em uma instituição que administra saberes. Dela não podemos abrir mão.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Cruz, credo!

A última entrevista que vi do presidenciável José Serra (PSDB) definitivamente foi de uma infelicidade descomunal. Não é admissível a uma pessoa que já presidiu a União Nacional dos Estudantes (UNE) garantir aos eleitores do País que nos próximos anos (do governo dele) eliminará a política das universidades brasileiras. Aos meus olhos, é uma das declarações mais idiotas de um político brasileiro, com todos os significados que a palavra idiota possui na sua raiz. Não custa lembrar que a palavra 'idiota' vem do grego 'idiótes' e era usada para designar quem não participava da vida política. Deus, que existe porque até os comunistas do Amazonas passaram a acreditar nele, nos livre de alguém com essa convicção na presidência. Já nos basta Lula, com seu conhecimento de mobilização sindical, que praticamente aniquilou o sindicalismo na Educação Superior do País. A universidade precisa da política como oxigênio para a sua existência. Os últimos oito anos a puseram na UTI. Essa assepsia política assumida por José Serra é de uma idiotia a toda prova. Cruz, credo!

terça-feira, 26 de outubro de 2010

O eu e o outro

A anomalia da falta de participação política que afeta professores, técnicos e estudantes da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) talvez seja reflexo de um mal que assola a sociedade brasileira neste momento em que se deve decidir (ou não) pela consolidação da democracia. Com a chegada do Partido dos Trabalhadores (PT) ao poder, o sonho de uma sociedade mais justa e igualitária esvaiu-se pelo ralo. Domingo, o brasileiro decidirá apenas quem toca melhor o projeto neoliberal que vinga no País. E, nos últimos oito anos, é inegável, o PT foi muito competente tanto em gerenciar os ganhos sociais quanto a corrupção. A hegemonia do projeto neoliberal, no entanto, nos transformou, a todos, em individualistas contumazes. E, quando não conseguimos nos ver no outro nem em nós mesmos esquecemos valores e atitudes coletivas e passamos a venerar o eu. Talvez essa seja a explicação para a falta de mobilização e participação política. A dita sociedade organizada se nos apresenta morta. Ainda recuperaremos a capacidade de sonhar?

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Prêmio para a Ufam

A professora do Departamento de História da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Marcia Eliane Alves de Souza e Mello, que também é vice-diretora do Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL) venceu o Prêmio Professor Samuel Benchimol – Tecnologias para o Desenvolvimento Sustentável da Amazônia – na categoria “Distinção Produtiva Amazônica”. A professora Therezinha de Jesus. P. Fraxe e o professora Aldenor da Silva Ferreira, também da Ufam, foram agraciados com o segundo lugar do mesmo prêmio na categoria “Projeto de Natureza Econômico-Tecnológica”. Os profissionais da Ufam demonstram que, apesar dos problemas estruturais, a instituição se mantém produtiva e de ponta em função da qualidade dos seus pesquisadores e pensadores. Nossos parabéns aos professores premiados.

domingo, 24 de outubro de 2010

Não às drogas

Uma faixa na entrada da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) exaltava: “Diga não às drogas, pratique esportes”. Era o convite para os Jogos Universitários que se encerraram no último final-de-semana. Essa sim é uma verdadeira política universitária de combate às drogas (desde que não seja uma ação isolada) e não mandar prender que dá um “tapinha” no baseado pelas trilhas da Ufam. Aliás, as trilhas deveriam ser parte dessa política global, tomando por base, inclusive, o que preconizava a faixa. O efetivo combate nesse campo é diário. Um programa de conscientização permanente deve ser implantado, paralelamente a uma mudança clara no processo de troca de saberes: o ambiente de aprendizagem tem de atrair mais os estudantes que os cigarros. Devemos conquistá-los e não obrigá-los a permanecer em aula. Em não sendo assim fica sempre a sensação de que não se está em uma instituição de educação e sim em um convento, muito embora, lá (no convento) às vezes também se eduque.

sábado, 23 de outubro de 2010

O mistério da falta de energia

Há um mistério na rede de energia elétrica da Universidade Federal do Amazonas (Ufam): mal começa a chover, nem bem cai o primeiro pingo de água e boom: adeus energia elétrica. É bem verdade que a Eletrobrás Amazonas Energia usa o artifício do temporal para praticar o racionamento. Mas, será que ocorre o mesmo dentro dos limites da Ufam ou é a rede que não agüenta um sopro, os fios começam se tocar e pipocam raios para todos os lados até acontecer a interrupção do fornecimento? O que se tem é que as pessoas já se preparam para sair quando a chuva começa. Invariavelmente a energia some e demora a voltar. Fico a imaginar como será quando chover todos os dias!

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

O que nos espera

Ontem, por volta das 17h, a comunidade acadêmica da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) viveu uma “amostra grátis” do que terá de enfrentar quando a Prefeitura Municipal de Manaus (PMN) cumprir o que anunciou: o fechamento da conversão à esquerda da entrada do Campus Universitário Arthur Virgílio Filho. O problema em um veículo de grande porte combinado com a falta de energia elétrica, algo comum quando cai uma gota de chuva, provocaram um engarrafamento-monstro. A fila de carros parados chegou a ultrapassar a Pró-reitoria de Assuntos Comunitários (Procomun). Um motorista com experiência de trânsito (não precisa ser engenheiro de tráfego) percebe que, quando os carros vem da esquerda, no sentido PIM-Complexo Viário Gilberto Mestrinho, não se consegue sair à direita, na entrada da Ufam. Logo, a fila de carros dentro da universidade aumenta. Em pouco tempo, nos horários das saídas, os engarrafamentos serão constantes. Ontem foi só um deles. Muitos virão. Isso é o que nos espera.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Templo do atraso

A Universidade Federal do Amazonas (Ufam) vive um dos momentos mais ímpares de qualquer organização, quer pública, quer particular: o das mudanças. A reitora, Márcia Perales, proclamou o ano de 2010 como “ano da estatuinte”. A Adua-seção sindical tem novo presidente, novos conselheiros dos conselhos superiores foram eleitos e novos diretores das unidades do interior também foram eleitos. No entanto, é preciso estar atento para o viés centralizador e autoritário que se espalha, como um vírus, em cada uma das menores decisões, dos Departamentos à Administração superior. É como se o movimento Tradição, Família e Propriedade (TFP) se apresentasse em cada um dos rostos que nos olham. A TFP materializa-se na perseguição de colegas de departamento, em decisões que levam em conta interesses individuais ou de “panelinhas” e deságuam na sanha por exterminar quaisquer instâncias de decisão coletiva. É preciso estar alerta e combater esse tradicionalismo quase fundamentalista que tenta dominar o espaço da liberdade, do pensamento e da experimentação. Uma universidade que se amarra, inclusive no método, em valores tradicionais não passa de um templo do atraso.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Jeconias premiado

O chefe do Departamento de Patologia e Medicina Legal da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), professor Jeconias Câmara, recebeu a “Medalha Pannain", do pelo Sindicato dos Odontologistas de São Paulo. Profissionais que mais se destacaram em determinadas especialidades são agraciados com a comenda. Entidades especializadas da Universidade de São Paulo (Usp) e do Brasil inteiro indicam as personalidades a serem agraciadas ano a ano. O professor Jeconias Câmara foi indicado pela Sociedade Brasileira de Estomatologia e Patologia Oral (SOBEP) como reconhecimento profissional do trabalho por ele desenvolvido. A medalha é considerada a mais alta láurea da Odontologia Brasileira. O professor Jeconias Câmara é uma das lideranças mais atuantes do movimento “A Ufam para o futuro”, merece a láurea pelo profissionalismo com que se dedica ao trabalho e recebe nossos parabéns com o registro do prêmio em nosso Blog.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Inscrições encerram-se hoje

As inscrições para o Mestrado em Ciências da Comunicação e para o Mestrado ou Doutorado em Sociedade e Cultura na Amazônia encerram-se hoje. Os dois programas são da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e obtiveram, na última avaliação da Comissão de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) as notas 3 e 4, respectivamente. Em ambos os casos, as inscrições deveriam ser encerradas na semana passada. No entanto, as duas coordenações decidiram prorrogar o prazo em virtude de problemas estruturais com a Internet no Campus Universitário Arthur Virgílio Filho e, também, levando em conta a greve dos bancários, o que prejudicou grande parte dos candidatos na hora de efetuar o pagamento do boleto bancário. Portanto, hoje, até às 17h, candidatos podem se inscrever para concorrer às vagas dos dois programas. Quem for aprovado começar a estudar em março de 2011.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Jornalismo, política e cidadania

O professor Gilson Monteiro é o convidado de hoje dos “Tópicos Especiais” do Segundo Módulo do curso de Jornalismo da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), a partir das 14h, na sala 91, do Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL). Ele abordará o tema “Jornalismo, política e cidadania”. A apresentação terá por base o capítulo “A mão invisível do Estado e a concorrência em Manaus”, da tese “Por um clique: o desafio das empresas jornalísticas tradicionais no mercado da informação – Um estudo sobre o posicionamento das empresas jornalísticas e a prática do jornalismo em redes, em Manaus”, por ele defendida em 2003, na Universidade de São Paulo (USP). Nela o presidente do Sindicato das Empresas de Jornais (SINEJA), empresário GUILHERME ALUÍZIO DE OLIVEIRA SILVA, revela: “Eu duvido muito que um jornal que não negocia a sua verdade, sobreviva”. Certeza de muito panos para mangas.

domingo, 17 de outubro de 2010

Adesão não-obrigatória

Há manifestos de para todos os gostos e matizes a circular na Internet. Uns dizem sim à Dilma outros dizem não a Serra e vice-versa. Entre os professores universitários, os pró-Dilma são a maioria absoluta. No entanto, nada obriga nenhum cidadão brasileiro, apenas pelo simples fato de ser professor ou técnico de uma universidade pública, a votar em Dilma Rousseff (PT) e a não votar em José Serra (PSDB). O voto é a máxima expressão da liberdade de um ser humano. E o é secreto exatamente para evitar o patrulhamento. Não aceito que se vigie a posição política de ninguém. O ambiente da universidade, em tese, tem de ser de plena liberdade. Ninguém, jamais, pode ser condenado por defender Dilma assim como não merece a forca por ser eleitor de Serra. A adesão aos manifestos pró-Dilma não é obrigatória. Lembrem-se disso! Se ninguém puder votar de acordo com a sua consciência, que tipo de democracia defendemos? Há valores que estão acima das preferências políticas. Devemos preservá-los sob pena de ferirmos mortalmente os direitos individuais. E sem eles, adeus democracia.

sábado, 16 de outubro de 2010

Aloysio Nogueira homenageado

O ponto alto do Ato Político-cultural ocorrido ontem, das 9h às 12h, no Hall do Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL) da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), promovido pela Adua-Secção Sindical, foi a homenagem ao professor Aloysio Nogueira. Fundador do curso de História da Ufam, da APPAM, do PT e do PSol, Nogueira merece toda a deferência e o respeito da academia e da sociedade. Dono de uma oratória admirável, o professor Aloysio Nogueira paira sobre todos nós que sonhamos com uma universidade e uma sociedade mais justas como um guru. Admirável pela lucidez das análises e pela forma dura com que critica adversários políticos, Nogueira é um cavalheiro no embate de ideias. Talvez seja o néctar apurado que a juventude universitária precise para sair do marasmo e voltar a agir politicamente nas instituições de educação superior.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Cultura e política na Ufam

Hoje, a partir das 9h, no Hall do Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL) da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), talvez se esteja começando a escrever uma nova fase na história da Ufam. Professores, técnicos e estudantes reúnem-se, atendendo a um chamado da Adua-Secção Sindical, para comemorar o “Dia dos Professores” com um Ato Político-Cultural. O tema do evento é “Pela dignidade do trabalho docente: denunciar as violências e afirmar direitos”. Há muito a Adua e a Ufam inteira precisam demonstrar indignação com os atos de violência internos e do próprio Estado. É dever da universidade não se curvar nem diante do poder do Estado nem da Prefeitura. É evidente que as parcerias são bem-vindas, no entanto, não podem, jamais interferir na autonomia a ponto de se permitir que estudantes sejam “convidados” por divulgarem um ato público. De uma coisa os agentes da Polícia Federal podem ter certeza: estarei no evento com a minha camiseta “Todos contra a pedofilia”. Logo, se quiserem me prender, será o melhor momento.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Estado de letargia

Hoje, vendo o caos do trânsito na entrada da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), fiquei a me perguntar: o que falta mais nos fazerem para sairmos da letargia? Será possível que vamos esperar alguém ser morto em pleno exercício da docência ou discência para tomarmos uma atitude? Domingo li em um dos jornais da cidade que no Curso de Letras está proibido namorar e usar Lap Top. É isso mesmo, caros leitores e leitoras, em pleno Século XXI, na era do Conhecimento e da Informação, na Ufam, há um curso que proíbe o namoro e o Lap Top. A informação pouco circulou dentro da Ufam e muitos de nós só soubemos via jornal. Mas, tal decisão, não causou nenhum tipo de reação, uma prova de que o estado de letargia é da mais alta gravidade: professor agredido, professor perseguido, estudante preso, entrada fechada, namoro proibido. Socorro Márcio Souza! Acuda-nos! O grupo escolar Universidade do Amazonas torna-se mais provinciano a cada dia.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

MEC exige mais das universidades

O ministério da Educação (MEC), por intermédio do Conselho Nacional de Educação (CNE), tornou mais rígidas as regras para que os estabelecimentos de ensino superior ganhem o status de universidade. Pelas novas regras, a instituição que quiser ter autonomia é obrigada a oferecer pelo menos dois programas de doutorado e quatro de mestrado. O prazo para que as instituições se adaptem vai até o ano de 2016. Dados da Coordenação de Aperfeiçoamento Pessoal de Nível Superior (Capes) apontam que das 187 universidades federais e particulares do País, 91 não preenchem os requisitos mínimos exigidos pela nova norma. São 12 federais e o restante, todas particulares. Já no CNE houve um grita das instituições particulares que, certamente, não deixarão passar em branco a nova Resolução do Conselho. Haverá gritos e ranger de dentes porque as particulares não querem investir em pesquisa e muito menos manter um número razoável de doutores em seus quadros. Porém, não sabem viver sem o status de universidade, uma vez que faculdades ou institutos precisam de autorização do MEC para ampliar vagas ou cursos. Além disso, seus diplomas têm de ser registrados por uma universidade. Os Centros Universitários podem até criar novos cursos e vagas sem pedir aprovação do MEC, no entanto, não podem criar novas sedes. Nada garante que a norma perdura por muito tempo, mas, se há uma reação tão clara das particulares é porque se trata de uma norma boa e que exige mais qualidade das particulares. Disso, todos, tenhamos certeza.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Dia das crianças

Hoje não é dia de orar, festeja ou simplesmente comemorar. É dia de reflexão, quase de indignação, em nome de cada criança que sofreu algum tipo de violência. Não se pode admitir que a violência contra a Criança e o Adolescente seja vista como algo comum, normal e natural nos lares brasileiros. As estatísticas revelam que a maioria dos crimes contra Crianças e Adolescentes é cometida por pais, padrastos, irmãos ou pessoas próximas. Pense nisso! Reflita sobre o quão importante é o período da infância e da juventude na vida de cada ser. Não trate (nem veja) a PEDOFILIA como algo aceitável. Não comemore, não dê presentes, não encare o dia como apenas mais uma festa. Aproveitemos, todos, não apenas para orar e agradecer a Nossa Senhora Aparecida. Nem para transformar o dia de hoje em mera festa. Que o dia seja, também, de reflexão sobre os sofrimentos diários das Crianças e dos Adolescentes. Só assim esse dia terá mais importância em nossas vidas.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Transtornos e caos

Não foi por falta de aviso. Muito antes de começarem as obras do Complexo Viário Gilberto Mestrinho alertei, neste espaço, que a entrada da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), localizada à Avenida General Rodrigo Octávio Jordão Ramos, 3.000, se transformaria em um caos quando o viaduto fosse inaugurado. Falei, falei e ninguém me deu ouvidos. Agora, a Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminf) iniciou o processo de “dar um fim” ao problema. E sabem qual a medida? Acabar com a “entrada do Campus”. Isso eu também já havia alertado. O plano era dar um fim as conversões à esquerda, deslocando o retorno para a Bola do Coroado. Portanto, a primeira medida já foi tomada, ou seja, a conversão para a esquerda para a saída do Campus Universitário Arthur Virgílio Filho será eliminada. Não demora e a outra pedra por mim cantada também será cumprida: a Seminf também eliminará a entrada do Campus à esquerda de quem vem da Bola do Coroado. O retorno será em frente ao Makro para quem quiser entrar no Campus. O transtorno geral começa agora, mas será muito pior. Quando o canteiro central fechar toda a entrada do Campus o caos total será instalado e só se poderá fazer retorno em frente ao Makro. Dá para imaginar como o trânsito ficará engarrafado?

domingo, 10 de outubro de 2010

Sem ponto facultativo

Enquanto o Estado e o Município declararam ponto facultativo amanhã, dia 11 de outubro de 2010, o Governo Federal manteve o que estabelece a Portaria 834, de 06 de novembro de 2009. Essa Portaria lista todos os pontos facultativos e feriados do ano de 2010 e a forma como eles serão antecipados ou não. Assim, o ponto facultativo para os órgãos e autarquias federais é, somente, no dia 12 de outubro de 2010, feriado nacional no qual no comemora o Dia de Nossa Senhora Aparecida. Por mais que em alguns setores de todos os órgãos públicos o dia 11, amanhã, talvez seja “imprenssado” de forma velada, oficialmente, não é permitido que se baixe Portaria facultando o ponto. Dessa forma, para todos os efeitos legais, haverá expediente normal na Universidade Federal do Amazonas (Ufam), assim como na sexta-feira, dia 15 de outubro, o chamado “Dia do Professor”, também será dia normal de trabalho.



sábado, 9 de outubro de 2010

A moda na academia

Causou estranhamento em algumas pessoas o fato de eu, professor Gilson Monteiro, criar o Grupo de Estudos e Pesquisas em Linguagens, Mídia e Moda (MIMO) no Programa de Pós-graduação em Sociedade e Cultura (PPGSCA) da Universidade Federal do Amazonas (Ufam). É simples! Meu texto “A metalinguagem das roupas” está na eletrônica Estética, da Universidade de São Paulo (USP), no segundo número de 2009, publicado em janeiro de 2010. O texto, produzido em 1996, portanto, tem 14 anos, foi republicado pela USP, uma das maiores universidades da América Latina, em 2009, 13 anos depois, se mantém tão atual quanto na época em que foi produzido. Sou citado como pensador de moda, em função do texto, ao lado de ninguém menos que Roland Barthes, Umberto Eco, Jean Boudrillard, Michel Mafesoli, Nestor Garcia Canclini e Gilles Lipovetisky, entre outros. Aparecer em obras acadêmicas ao lado de pensadores como esses, deve ser motivo de orgulho não apenas para mim, mas, para a Ufam inteira. Com um artigo de final de disciplina no meu mestrado na Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) da Universidade de São Paulo (USP), produzido há 14 anos, tornei-me pioneiro em apresentar a moda como linguagem, e transformei-me em referência nacional e internacional na área. Pensei: por que não usar todo esse patrimônio acadêmico em pesquisas que gerem artigos e tragam a moda para o patamar de respeito acadêmico que merece? Sem nenhum tipo de pedantismo, as referências que fiz aqui são apenas para explicar o motivo de eu ter criado um grupo de pesquisa para estudar moda.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Grupo pesquisa moda

O Grupo de Estudos e Pesquisas em Linguagens, Mídia e Moda (MIMO) foi criado pelo professor doutor Gilson Monteiro, no Programa de Pós-graduação em Sociedade e Cultura (PPGSCA) da Universidade Federal do Amazonas (Ufam).O Grupo terá duas linhas de pesquisa. A primeira, denominada “Linguagens e expressões humanas”, “estudará as artes e suas linguagens na formação de redes, processos e formas de conhecimentos. Arte enquanto liberdade expressiva humana ou formas de controle em indivíduos, grupos ou épocas. Resíduos, aproximações e distanciamentos ideológicos. Formas de expressões humanas e suas relações com a mídia.” A segunda linha, “Mídia e moda”, “foca as relações da moda e mídia com estudos com a construção de argumento teórico-científico no âmbito da moda. A escolha da roupa enquanto forma de comunicação e ato político diário. A moda enquanto liberdade expressiva e massificação de conduta. As expressões de poder na moda. Conceitos e preconceitos sobre moda.” O líder do grupo explica que “o MIMO surgiu da necessidade de um diálogo interdisciplinar das pesquisas em Artes, Comunicação, Cinema, Linguística, Literatura, Mídia e Moda em desenvolvimento pela Linha de Pesquisa 2 "Redes, processos e formas de conhecimentos", no Programa de Pós-Graduação em Sociedade e Cultura na Amazônia (PPGSCA)das quais emanam linguagens e expressões humanas, da poesia à moda, na formação do indivíduo ou de redes conforme sua liberdade de escolha.” O professor Gilson Monteiro esclarece que no Edital de Seleção deste ano do PPGSCA oferece duas vagas, uma de mestrado e outra de doutorado, e seria muito interessante que já existissem projetos concorrendo nesse novo foco de pesquisa do MIMO.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Apelo indignado

Apelo, de público, que os Grupos de Pesquisas e pessoas envolvidas com o estudo do comportamento humano e da PEDOFILIA, se unam dentro da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) para, juntos, institucionalizarmos um programa “Todos contra a PEDOFILIA”. Esse programa estudaria, esclareceria e divulgaria dados e informações permanentemente sobre o tema. Ontem um dos portais da cidade de Manaus divulgou que as Rodovias Federais brasileiras possuem aproximadamente 2 mil pontos de prostituição infantil. Qualquer pessoa que saia de casa após a meia-noite encontra, em algumas esquinas de Manaus, crianças se prostituindo. É preciso pesquisar, estudar e cobrar políticas públicas não-cretinas de combate à pedofilia no Estado e no País. Ao institucionalizar um programa desses a Ufam mandaria uma mensagem à sociedade: nós, a partir de agora, também nos preocuparemos com cada uma das crianças deste Estado. Quero sentir orgulho da universidade no qual trabalho e lutarei para implantar um programa desse tipo. É o mínimo que posso deixar como herança para as próximas gerações.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Inscrições prorrogadas

As inscrições para ingresso no Programa de Pós-graduação em Ciências da Comunicação (PPGCCOM) da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), cuja data inicial de encerramento estava prevista para o dia 8 deste mês, sexta-feira, foram prorrogadas para o dia 19 de outubro de 2010, terça-feira. A data-limmite para a divulgação da lista das inscrições deferidas será o dia 21 de outubro de 2010, uma quinta-feira. A Coordenação do PPGCCOM da Ufam tomou a decisão de solicitar a prorrogação das inscrições atendendo ao apelo de muitos candidatos que reclamavam inicialmente do pouco tempo para as inscrições, além do prejuízo causado pela greve dos bancários. O coordenador do PPGCCOM da Ufam, professor Gilson Monteiro, disse que a decisão de prorrogar as inscrições levou em consideração tanto a greve dos bancários quando as constantes quedas de energia na área do Campus da Ufam, o que tem prejudicado a emissão dos boletos bancários.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Adua reage

Provocada pelo Ofício que protocolizei solicitando providências em função da gravidade e da arbitrariedade do ato da Polícia Federal de invadir a Universidade Federal do Amazonas (Ufam), prender um estudante e ameaçar professores, a Adua-Secção Sindical reagiu, procurou a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e encampará a defesa da liberdade e dos direitos humanos no Estado. É o mínino que deveria ser feito logo após o dia 11 de maio de 2009, quando fui brutalmente agredido pelo irmão do atual governador, Omar Aziz, o senhor Amin Abdel Aziz, por comentar um fato jornalístico: “o nome do governador havia sido retirado da CPI da Pedofilia por uma manobra do senador Arthur Virgílio”. Solicitei providências da Ufam e da Adua. A Adua começou a agir. E deixo aqui, em público, o meu recado ao governador eleito: nem pense que o caminhão de votos obtidos pelo senhor me impressionam. Reagirei a qualquer tentativa de invasão da Ufam, de atentado à liberdade de cátedra e às liberdades coletivas e individuais. Não tenho medo da mordaça imposta à imprensa, não tenho o menor medo do senhor nem dos seus votos, muito menos dos seus prepostos. Defenderei a Ufam e a liberdade nem que para isso minha própria vida seja posta em jogo. Portanto, trate de controlar os membros da sua família e todas as polícias. O senhor será sempre respeitado se agir de acordo com o que estabelecem as leis de um Estado democrático de direito, mas, exijo respeito, inclusive dos seus familiares.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Ausências notadas

Duas ausências foram notadas no Manifesto Pró-Dilma, assinado por 37 reitores das universidades públicas brasileiras. O da reitora da Universidade Federal do Acre (Ufac), Olinda Asmar, e da reitora da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Márcia Perales Mendes e Silva. Não há nenhuma obrigação de que as duas reitoras assinem o tal Manifesto, mas causa estranheza pois, Olinda Asmar chegou ao poder na Ufac, apoiada por Jonas Pereira de Souza Filho, que foi reitor da Instituição por 8 anos seguidos. Ligado ao grupo do então governador Jorge Vianna, Jonas Filho testou sua popularidade este ano como candidato a deputado estadual pelo Partido dos Trabalhadores (PT) e obteve míseros 850 votos. Asmar também teve apoio do PT para ser eleita. Perales, da Ufam, teve o apoio incondicional de uma grande ala do PT, inclusive do deputado federal Francisco Praciano, o mais votado neste pleito, por isso, talvez fosse natural que também assinasse o documento. Há ainda o fato de as duas serem mulher e Dilma também, o que torna ainda mais curioso o fato de as duas não constarem na lista das que assinam o manifesto.

domingo, 3 de outubro de 2010

Reação digna

Provoquei e, espero, certamente como muitos membros da comunidade, que institucionalmente a Universidade Federal do Amazonas (Ufam), reaja dignamente e como deve reagir uma universidade pública cujo campus foi violado. Digo isso porque, no documento encaminhado ao diretor do Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL), professor doutor Nélson Noronha, parto do pressuposto de que a administração superior não autorizou a operação da Polícia Federal para perseguir professores e estudantes que distribuíam panfletos da marcha “Todos contra pedofilia”. Não posso imaginar que a direção da Ufam seja conivente com o ato de arbítrio e truculência só visto antes na época da ditadura militar. Como no direito, inicialmente, o benefício da dúvida é sempre pró-réu. Mas, daqui para a frente, acompanharei o caso passo e passo e todos os leitores e leitoras saberão qual é a posição oficial da Ufam sobre os últimos fatos envolvendo a invasão e violação do Campus.

sábado, 2 de outubro de 2010

Exijo respeito!

Cansei! Sou um profissional cuja capacidade de trabalho é reconhecida não apenas no Amazonas. Vivo em um País democrático e jamais irei me curvar ao clima de medo e terror que tentaram me impor desde a semana passada e que culminou com a prisão de um estudante dentro do Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL) da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), no dia 24 de setembro de 2010. Nesta mesma data, eu e a professora Amazoneida Sá ficamos sitiados na sede da Adua-Secção Sindical acossados pelo receio de sermos presos pela Polícia Federal. Quatro agentes desta corporação, segundo Ives Montefusco, o convidaram ir à sede do Tribunal Regional Eleitora (TRE) presta esclarecimentos sobre os folhetos que ele tinha em mãos. Eram folhetos que convidavam para a marcha “Todos contra pedofilia”, que seria realizada no dia seguinte, sábado. Lidero o movimento dentro da Ufam, e daí? Tenho razões de sobra para fazê-lo pois trabalho jornalisticamente com o tema desde 2006 e, para completar, fui covardemente agredido em 11 de maio de 2009, quando a Ufam foi invadida por dois irmãos do governador Omar Aziz e, um deles, Amin Aziz, agrediu-me com socos e pontapés além de ter descarregado um revólver imaginário sobre mim numa ameaça clara de morte. Cito o lema da campanha “Todos contra a pedofilia”, “quem cala também violenta” para relembrar que não se tem notícia, até hoje, de que a Ufam institucionalmente, tenha tomado qualquer medida relativa ao caso. No mínimo, o senhor Amin Aziz teria de ser denunciado não apenas por mim, mas pela Ufam, por ter invadido o local de trabalho de um profissional e o agredido. Do dia 11 de maio de 2009 ao dia 24 de setembro de 2010 a situação agravou-se! A Ufam foi invadida por Policiais Federais e um estudante foi retirado do Campus: a inviolabilidade do Campus e a Liberdade de Cátedra, mais uma vez, foram jogadas na lata do lixo. Tudo porque alguém se acha no direito de monopolizar a palavra “pedofilia” e um juiz entende que citar tal palavra é associá-la ao governador. Tenham a santa paciência! Estou com perda de 50% da audição como resultado da agressão. Vivo um clima de pânico e terror cada vez que uma motocicleta emparelha com meu carro. Todas as vezes que isso acontece me vem à mente a cena do senhor Amin Aziz descarregando uma arma sobre mim. Chega! Serei obrigado a pedir proteção e asilo político em plena democracia? Será mesmo que aquela invasão da Ufam e agressão por mim sofrida, praticada por Amin Aziz, irmão do governador, foi um ato isolado ou uma tentativa de calar a Ufam e quaisquer de seus professores? Não vivemos na ditadura e, ainda que o fosse, a Ufam, pela sua história democrática, tem a obrigação de se manifestar contra práticas truculentas, autoritárias e ditatoriais em quaisquer centímetros de terra deste Estado, do País e do mundo. A situação beira o absurdo quando a Instituição tem seu Campus invadido por Policiais, um estudante é preso e seus professores são procurados como se fossem bandidos, ameaçados de prisão por exercerem o direito democrático e sagrado da liberdade de expressão e o que sobra de tudo isso é o silêncio. Não sou covarde e não quero ser conivente com a covardia institucional da Ufam. Ontem, dia 1 de outubro de 2010, em ofício dirigido ao diretor do ICHL, professor doutor Nélson Matos de Noronha, solicito “garantias de que poderei exercer minhas funções sem ser importunado por um agente das Polícias Federal ou Militar.”Solicito, ainda, que a Ufam se manifeste oficialmente sobre o problema, tomando providências legais para garantir tanto o exercício das minhas atividades sem a pressão de ser perseguido por policiais Federais ou Militares, quanto que represente judicialmente contra o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e contra a Polícia Federal pela ação não-autorizada realizada dentro da Instituição. Não aceito ter sido procurado como se fosse um criminoso dentro do meu próprio local de trabalho. Não cometi crime, nem em maio de 2009 nem agora. Se há criminoso nessa história, não sou eu. Em outro ofício, dirigido ao novo presidente da Adua-Secção Sindical, professor Antônio Oliveira, solicito que seja feita uma representação jurídica contra a Universidade Federal do Amazonas (Ufam) por não me ter garantido (e ainda não garantir) cabalmente o exercício da minha função, bem como questionar judicialmente o fato de, até agora, a Ufam não ter tomado a iniciativa de denunciar e representar criminalmente contra o senhor Amin Abdel Aziz por ter invadido o espaço físico da Instituição e agredido e ameaçado de morte um dos seus trabalhadores. Se alguma medida Institucional, foi tomada, além da denúncia por mim protocolizada no Ministério Público Federal (MPF), que todos saibamos em que pé está a situação. Só não vou mais admitir é o silêncio pois a falta de posição oficial da IES desde maio de 2009, simbolicamente, me faz crer que a Instituição corrobora com o ato de violência contra mim cometido. E se isso for verdade, que haja uma manifestação clara da própria Ufam. Conquistei o direito de ser trabalhador por concurso público provas e títulos e exijo respeito.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

A mão nada (invisível) do Estado

No capítulo “A mão invisível do Estado e a concorrência em Manaus” da minha tese “Por um clique: o desafio das empresas jornalísticas tradicionais no mercado da informação – Um estudo sobre o posicionamento das empresas jornalísticas e a prática do jornalismo em redes, em Manaus. 2002. 309p. Tese (Doutorado em Ciências da Comunicação): Escola de Comunicações e Artes, Universidade de São Paulo, 2003”, o então presidente do Sindicato das Empresas de Jornais (Sineja), Guilherme Aluízio de Oliveira Silva, foi enfático: “Eu duvido muito que um jornal que não negocia a sua verdade, sobreviva”. A frase é lapidar e resume quem dita as regras da imprensa em Manaus. Eu já sabia disso há muito tempo, desde quando trabalhei em jornais. Só não tinha uma prova tão cabal como a que apresento na tese defendida na Universidade de São Paulo (USP). Porém, outra coisa eu não sabia: que, em plena democracia, teríamos a volta da repressão desmedida e que o Estado demonstraria a força não apenas da sua “mão invisível”, mas do corpo inteiro. Como um dos líderes da marcha “Todos contra a pedofilia”, enfrentamos manobras, prisão de estudante e uma tentativa clara de nos intimidar (a mim e à professora Arminda Mourão) com o boato de que nossa prisão estaria decretada. Fizemos a caminhada, sábado, dia 25 de setembro de 2010 (para quem não sabe, data do aniversário de Sena Madureira, cidade onde nasci). Em seguida, viajei a serviço do Ministério da Educação (MEC), só retornando a Manaus ontem. Ao navegar pela Internet, descubro que a marcha fora dispersada a pedido do governador. E onde li? No jornal Folha de S. Paulo. Bem, nada mais a comentar ou declarar.