quinta-feira, 31 de março de 2011

Informações desencontradas de Parintins

Recebemos informações desencontradas a respeito de Parintins. A última delas dá conta de que as atividades serão paralisadas apenas amanhã, dia 1 de abril de 2001, porém, se as reivindicações não forem atendidas, aí sim, professores e técnicos entram em greve. Os problemas mais graves do Instituto de Ciências Sociais, Educação e Zootecnia (ICSEZ) - UFAM PARINTINS são quadro reduzido de professores e técnicos, bem como uma estrutura física, inclusive laboratórios que quase não existem. Além disse faltam Professores nos cursos (demora na contratação de professores concursados e substitutos); Casa dos estudantes, transporte coletivo e segurança pública; Estrutura para os cursos (Laboratórios dos cursos, Fazenda de Zootecnia, Quadra poliesportiva (Ginásio), acervo para a biblioteca (todos os cursos), Bloco do Curso de Artes Plásticas; Material Permanente e Acessibilidade. Uma das exigências dos estudantes é a presença da Reitora da UFAM, Márcia Perales, para apresentar soluções concretas para as reivindicações. A paralisação de amanhã estaria garantida.


quarta-feira, 30 de março de 2011

Espaços semióticos urbanos em debate na Ufam

Começa hoje, às 9h, no Auditório Rio Negro, do Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL), da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), o primeiro dos três eventos que compõem o Ciclo de Debates Comunicação no Espaço Urbano. Haverá mais dois eventos: um em abril e um maio de 2011. A Mesa-redonda de hoje foi denominada “Notícias em trânsito: jornalismo e mobilidade urbana” e será composta pelo professor da Ufam, Geraldo Alves de Souza, pesquisador do Núcleo de Estudos e Pesquisas das Cidades na Amazônia Brasileira (Nepecab/Ufam), pela professora da Ufam, Ivânia Vieira, editora de política do jornal A Crítica e coordenadora da revista eletrônica Maloca Digital e pelo jornalista, Márcio Noronha, editor executivo do Jornal Dez Minutos. O Ciclo de Debates Comunicação no Espaço Urbano é uma ação de extensão do projeto de pesquisa “Espaços semióticos urbanos: um estudo da comunicação a partir das interferências do espaço urbano na dinâmica dos sistemas de signos”, liderado pela Profª Dra. Mirna Feitoza Pereira, com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

terça-feira, 29 de março de 2011

Provocações acadêmicas e administrativas

Tenho exaltado a participação dos estudantes da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) nas últimas manifestações, inclusive hoje haverá uma contra o aumento da passagem de ônibus. Há muito critico a ideia generalizada dentro da universidade de que precisamos ter “assepsia política”. Defendo a participação política efetiva dos estudantes e dos técnico-administrativos por convicção. Nas duas vezes que disputei a reitoria da Ufam, defendi o voto universal. Hoje nem sei se é o melhor caminho. Talvez a proporcionalidade de 33,33% para cada uma das categorias seja a forma mais justa. Ainda não fui completamente convencido, por exemplo, que o cargo de Reitor seja privilégio apenas de professores. Ora, se um técnico possuir o título de doutor, não teria o direito de se candidatar? A universidade pública brasileira não estaria melhor se os administradores, em todos os escalões, fossem técnicos, fossem efetivamente administradores públicos? Temos de discutir qual a universidade que queremos do ponto de vista pedagógico e administrativo. A Estatuinte é a hora mais propicia. Perder o bonde a história é atravancar possíveis avanços.



segunda-feira, 28 de março de 2011

A Ufam não está morta

Os estudantes da Universidade Federal do Amazona (Ufam), tanto de Manaus quando do Instituto de Ciências Sociais, Educação e Zootecnia (ICSEZ) - UFAM PARINTINS, estão decididos a não aceitar mais o estado de coisas e o descaso do Governo Federal com as universidades públicas brasileiras. Hoje, em Parintins, os estudantes e os professores começam a greve de ocupação do ICSEZ. Vão discutir e planejar um Ato Público para denunciar a falta de condições de trabalho e estudo no Instituto. Os técnico-administrativos, tanto lá quanto em Manaus, reúnem-se hoje e também devem votar pelo indicativo de greve. Em Manaus, os estudantes prometem manter a mobilização contra o aumento da passagem de ônibus e o fim da domingueira. Professores, técnicos e estudantes não devem esquecer, também, que a Ufam passa por um momento de “Estatuinte”. Todo o futuro será decidido nesse processo. É fundamental que todas as discussões sobre a falta de estrutura não sejam momentâneas e mobilizem a Ufam para se rediscutir, inclusive academicamente. Que a mobilização permanente proposta em Parintins se espalhe pela capital e pelo interior onde a Ufam estiver presente.


domingo, 27 de março de 2011

Jornalismo de araque

Nas minhas aulas de Jornalismo, na Universidade Federal do Amazonas (Ufam), sempre alerto os estudantes para o cuidado que devem ter com a “leitura dos números”. Hoje encontrei um exemplo perfeito de como se pode escrever algo eivado de mentiras como se fosse uma possível verdade. Em uma revista semanal de circulação nacional li: ”Ao contrário do que diz o senso comum, o Brasil é um país de gente que lê. Ou, pelo menos, que leu em 2010 mais do que em 2009. É isso o que mostra o faturamento das livrarias brasileiras no ano passado: R$ 2,1 bilhões. Um crescimento de 9,6% em relação ao ano anterior”. Do texto, só a última frase pode ser considerada verdadeira, uma vez que, em se tratando de faturamento, o crescimento pode ser atestado e comprovado com uma regra de três simples. Se o jornalista não errou nas contas, o dito pode ser atestado. No entanto, tomar a variável “faturamento das livrarias” para afirmar que o brasileiro lê mais ou é má-fé ou é falta de conhecimento que beira a burrice. Só seria possível, com base na variável faturamento, afirmar que o brasileiro lê mais (ou menos), se as livrarias brasileiras vendessem apenas livros. Como as livrarias brasileiras são imensas “mega-stores”, dizer que o brasileiro aumentou o índice de leitura porque as livrarias faturaram mais não engana a mais singela criança. Sempre defendo que a prática do bom-jornalismo não depende de laboratórios, depende de postura crítica e capacidade de indignação diante as mazelas sociais. Uma nota dessas, em uma revista de circulação nacional é um indicador de que o péssimo jornalismo espalha-se pelo país. Todos somos responsáveis e devemos ter cuidado ao emitir opiniões. Elas precisam ser sustentadas. E, no caso dessa nota, quase nada se sustenta.

sábado, 26 de março de 2011

Professores e estudantes da Ufam-Parintins em greve

Em Assembleia Geral realizada durante toda a sexta-feira, dia 25 de março de 2010, e encerrada à noite, os professores do Instituto de Ciências Sociais, Educação e Zootecnia (ICSEZ) - UFAM PARINTINS decidiram que não retomarão as atividades enquanto não foram atendidas as mínimas condições de trabalho, que não existem desde a implantação do pólo. Professores e estudantes exigem a presença da reitora Márcia Perales no Campus de Parintins. Eles querem ”não apenas promessas, mas com respostas concretas as nossas reivindicações! Vários docentes chamavam a atenção: “Um de seus compromissos de campanha foi o de fortalecer a interiorização da Ufam, justamente o contrário do que está acontecendo agora”. Desde a inauguração, todos os pólos do interior, não-apenas da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), mas de toda a expansão atabalhoada e irresponsável das universidades brasileiras promovida pelo Governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sofrem de problemas semelhantes: quadro reduzido de professores e técnicos, bem como uma estrutura física, inclusive laboratórios, de dar dó. Tudo isso porque a política de expansão foi irresponsável e populista, cujo único objetivo: engordar os números oficiais do Governo Federal sobre a Educação Superior no País. Tanto foi assim que esse era o argumento dos defensores da candidatura Dilma Roussef durante a campanha do ano passado. Passadas as eleições, e com o corte das verbas do Orçamento Federal, o desastre se revela. E não foi por falta de aviso. Todos esses problemas foram apontados durante a Consulta para a Reitoria da Ufam. Em Parintins, especificamente, a quadra para o Curso de Educação Física é uma vergonha. Além disso, não há professores suficientes nem para orientar TCCs. Não há “fazendinha” para os estudantes de Zootecnia. Nesse curso, os estudantes foram obrigados a fazer rifas e sorteios para construírem um aviário. É ou não vergonhosa e irresponsável uma expansão feita nessas bases? João Maurício, estudante de Serviço Social, Diretor de Assistência Estudantil, do Diretório Regional dos Estudantes de Parintins, disse que a intenção do movimento é atingir todos os pólos do interior que passam pelos mesmos problemas. Revelou, ainda, que a greve será de ocupação do espaço do ICSEZ para discutirem os problemas do Instituto e culminar com um Ato Público que começa a será planejado segunda-feira, dia 28. Em documento assinado por Edilson da Costa Albarado, representantes dos estudantes de Parintins junto ao Conselho de Administração da Ufam (Consad), Edson Messias Ribeiro, do CONSEDIr/Parintins e Thiago Afonso Godinho Azevedo, também do CONSEDIr/Parintins, há um resumo das decisões tomadas:” Nos dias 24 e 25 de março de 2011, os estudantes dos cursos de Administração, Artes Plásticas, Educação Física, Serviço Social, Comunicação Social, Pedagogia e Zootecnia do ICSEZ/UFAM reunidos em Assembléia Permanente para debater e buscar soluções quanto: A Falta de Professores nos cursos (demora na contratação de professores concursados e substitutos); Casa dos estudantes, transporte coletivo e segurança pública; Estrutura para os cursos (Laboratórios dos cursos, Fazenda de Zootecnia, Quadra poliesportiva (Ginásio), acervo para a biblioteca (todos os cursos), Bloco do Curso de Artes Plásticas; Material Permanente e Acessibilidade. Após os dois dias de debates os estudantes resolveram paralisar as atividades de sala de aula do ICSEZ até que a Reitora da UFAM, Márcia Perales, venha a Parintins para apresentar o que está sendo feito para solucionar esses problemas, e deliberaram pela realização de Assembléias Permanentes no horário das aulas com a participação de todos os acadêmicos do ICSEZ”. Os técnicos realizam Assembleia dia 28, segunda-feira, para decidirem se vão ou não aderir ao movimento. Em Parintins, alguns técnicos defendem que não devem ser unir aos professores e aos estudantes em um movimento paredista. A decisão coletiva ficará para segunda-feira, quando, em Manaus, também haverá Assembleia para decidir pelo indicativo de greve. A Ufam pulsa! Que alívio! Veja as demais fotos no álbum “Ufam-Parintins em greve” do meu Facebook: www.facebook.com/GilsonMonteiro.
A decisão pela greve foi unânime. Foto cedida por Edilson Albarado

sexta-feira, 25 de março de 2011

A universidade que não se curva

Sinto-me revigorado, energias dissipadas fervilhando na Universidade Federal do Amazonas (Ufam). E não é obra do divino espírito. Devo agradecer a Amazonino Mendes pelo reajuste da tarifa dos ônibus e ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva pela expansão atabalhoada das universidades brasileiras. Esses dois eventos, um deles tardiamente, promoveram mobilizações que nos dão a certeza de que nossos estudantes, técnicos e professores não se encontram anestesiados. Em Parintins, ontem, a comunidade do Instituto de Ciências Sociais, Educação e Zootecnia (ICSEZ) - UFAM PARINTINS paralisou as atividades acadêmicas para discutir os problemas do Instituto, dentre eles, falta de professores e demora na contratação de professores substitutos, a inexistência da Casa dos estudantes, a falta de transporte coletivo para a nova sede, a insegurança pública no local, a estrutura minguada para os cursos (Laboratórios dos cursos, Fazenda de Zootecnia, Quadra poliesportiva (Ginásio) e o péssimo acervo da biblioteca para todos os cursos. Em Manaus, os estudantes estão mobilizados para combater o reajuste da passagem dos transportes coletivos e resolveram lutar pela melhoria do serviço também dentro do espaço da Ufam. Ufa! Enfim, “o sonho não acabou”. Obrigado Amazonino, obrigado Lula! Mais ainda: obrigado aos professores, técnicos e estudantes pelo exemplo de luta! Nós merecemos uma universidade que não se curva!

quinta-feira, 24 de março de 2011

Ufam paralisada em Parintins

Estudantes, professores e técnicos do Instituto de Ciências Sociais, Educação e Zootenia (ICSEZ) - UFAM PARINTINS escolheram hoje, das 7h às 21h, paralisar as atividades acadêmicas e instalar Assembleia Permanente como forma de protestar principalmente pela demora na contração dos professores aprovados no último concurso público. A Assembléia ocorre no hall do ICSEZ – BLOCO I e nas demais dependências do Campus, nos horários das aulas. Foram convocados todos os estudantes, professores, coordenadores de colegiados e a Direção do ICSEZ. Desde a inauguração, a comunidade do ICSEZ sofre com a falta de professores ou a demora na contratação de professores substitutos, problema, aliás, de todas as unidades da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), na capital e no interior. Serão assuntos da pauta de hoje, também, inexistência da Casa dos estudantes, o transporte coletivo e segurança pública, a estrutura para os cursos (Laboratórios dos cursos, Fazenda de Zootecnia, Quadra poliesportiva (Ginásio), acervo para a biblioteca (todos os cursos), Bloco do Curso de Artes e Material Permanente. Entre outros. O ICSEZ e as demais unidades da Ufam no interior são exemplos cristalinos da expansão irresponsável promovida pelo Governo Federal. Agora, a comunidade desses locais sofre com a falta de condições mínimas para o funcionamento dos cursos abertos no interior. Quem aceitou a pressão o populismo do Governo, à época, deveria ser responsabilizado.

quarta-feira, 23 de março de 2011

O renascimento das utopias

Fico a me perguntar o que seria do mundo se não fossem os revolucionários, os ousados, os que, inclusive, quebram a regra da lógica capitalista em nome de uma utopia. Ontem, quando ocorria a manifestação dos estudantes da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) contra o aumento das passagens de ônibus e o fim da “domingueira”, preços diferenciados aos domingos para estudantes, li no Twitter conselhos e argumentos idiotas e imbecis para todos os gostos. Sempre terminavam da seguinte forma: ”... desde que não prejudique a coletividade”. Um, porém, me fez lembrar o maior sucesso da Internet, com mais de 600 milhões usuários no mundo todo e uma taxa de permanência de quase 70%: o Facebook. O “conselho” dado ontem era mais ou menos o seguinte: “Vocês não deviam usar a ferramenta de vocês para fazer manifestação.” Dá para imaginar o CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, aconselhando os usuários da ferramenta que criou a não usarem-na para promover manifestações? Dois pilares foram responsáveis pelo sucesso da plataforma que hoje domina a Internet: a teimosia de Zuckerberg e a sua convicção, o seu sonho de tornar o mundo mais transparente e promover a interação das pessoas usando a verdadeira identidade. Para manter suas convicções, resistiu a uma oferta de compra de U$ 15 bilhões por sua empresa que não dava lucros e tinha apenas dois anos de idade. Resistir às pressões dos maiores capitalistas do mundo transformou esse menino em um dos maiores deles. Resistam meninos e meninas da Ufam. Não desistam diante de nenhum conselho reacionário e babaca. Promovam sim, manifestações e até revoluções que transformem as vossas vidas e a vida das pessoas.

terça-feira, 22 de março de 2011

Dia da virada

Ontem participei de alguns momentos da Assembleia dos Estudantes que pautava o que seria feito dali pra frente na luta contra o aumento da tarifa dos transportes coletivos. Afora os líderes, que não são muitos, a apatia generalizada parece dominá-los. A grande maioria dos estudantes passava pelo local e encarava tudo “como se não fosse com eles”. Afora algumas falas tão comportadinhas de dar dó. Que geração é essa, meus deuses! A capacidade de indignação virou artigo de luxo. A preocupação maior no tom de alguns discursos era “não incomodar as pessoas”. Que coisa mais educada! Só que manifestação é enfrentamento. É um jogo de força: uma demonstração de mobilização e união. Caso os estudantes não apresentem isso nas manifestações, serão massacrados pelo poder público. Hoje, às 17h, em frente da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), haverá uma manifestação. O aumento da passagem afeta a todos, inclusive, e principalmente, você, estudante universitário. Participe, discuta! Expresse sua indignação! É a melhor forma de ajudar a própria sociedade a enfrentar os desmandos do poder público e apagar essa impressão de apatia generalizada.

segunda-feira, 21 de março de 2011

A função social das particulares

É impressionante observar a função social que exercem hoje as Universidades, Centros Universitários e Faculdades particulares no sistema de Educação Superior do País. Por mais que alguns reitores e reitoras das federais insistam que houve ampliação das vagas e a inclusão de pessoas, a abertura de vagas e a ampliação das Instituições Federais de Educação Superior (Ifes), nem de longe tem o impacto de um Programa Universidade para Todos (Prouni), só para ficar em um exemplo. A inclusão de pessoas e a convivência dessas com “os mais favorecidos” das particulares mudou a própria forma de essas escolas se perceberem no processo. Sem contar que, no geral, o estudante das particulares é aquela que “rala” o dia inteiro e paga seus estudos universitários durante todo o período, na esperança de “mudar de vida” ou ser inserido definitivamente no mercado de trabalho. Como a concorrência é grande para o ingresso, nas federais entram os mais aptos, que nem sempre são os mais pobres. Logo, os que não conseguem ingressar vão para as particulares. Com isso, o papel da inclusão social com maior impacto passa a ser delas e não das públicas. Olhemos sempre essa realidade nas nossas reflexões.

domingo, 20 de março de 2011

Indicativo de greve nas federais

Os servidores públicos federais aprovaram, no último dia 16, indicativo de greve. A Campanha Salarial 2011 foi lançada em fevereiro deste ano, num ato unitário, que contou com a presença de aproximadamente 5 mil servidores em frente ao Congresso Nacional. O indicativo de greve foi aprovado no dia 18 de fevereiro, numa reunião de 25 entidades nacionais representativas dos servidores públicos federais. A greve geral está prevista para o dia 13 de abril de 2011, data na qual ocorrerá uma nova manifestação nacional dos servidores. A título de esclarecimento, embora tenhamos feitos críticas iniciais aqui, a área de Educação não foi atingida pelos cortes. Tanto o é assim que os professores aprovados em concurso público no início do ano foram nomeados, estão na fase dos exames médicos, e assumem em seguida. Não se sabe se os aumentos previstos para os funcionários públicos federais serão congelados. Muito provavelmente não o serão para a área de Educação, certamente como uma forma de desarticular o movimento nacional dos demais servidores. O certo é que a movimentação dos servidores, desta vez, parece muito mais articulada, inclusive com o apoio de uma ala sindical do Partido dos Trabalhadores (PT) que adora Luiz Inácio Lula da Silva e não suporta Dilma Rousseff.




sábado, 19 de março de 2011

Acolhimento nas universidades

Volto à questão do acesso aos portadores de necessidades especiais e mobilidade reduzida na educação superior brasileira por mais uma questão que considero fundamental: não basta cumprir o que prevê o Decreto 5.296, de 2 de dezembro de 2004, que regulamenta as “Leis nos 10.048, de 8 de novembro de 2000, que dá prioridade de atendimento às pessoas que especifica, e 10.098, de 19 de dezembro de 2000. Sem o efetivo acolhimento a essas pessoas, com serviços especiais, inclusive intérpretes, como prevê a Lei, não haverá inclusão. Imaginem um portador de necessidade especial que seja posto em uma sala de aula é pronto? Será excluído pelos próprios colegas. Portanto, sem uma política institucional que efetivamente receba essas pessoas, a Lei não estará cumprida. É nosso dever lutar diariamente para que haja respeito efetivo a essas pessoas.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Universidades não cumprem a Lei

A questão do acesso aos portadores de necessidades especiais e mobilidade reduzida na educação superior brasileira não diz respeito apenas ao que prevê o Decreto 5.296, de 2 de dezembro de 2004, que regulamenta as “Leis nos 10.048, de 8 de novembro de 2000, que dá prioridade de atendimento às pessoas que especifica, e 10.098, de 19 de dezembro de 2000, que estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras providências.” O decreto é muito claro quando fala do tratamento diferenciado:
Ҥ 1o O tratamento diferenciado inclui, dentre outros:
I - assentos de uso preferencial sinalizados, espaços e instalações acessíveis;
II - mobiliário de recepção e atendimento obrigatoriamente adaptado à altura e à condição física de pessoas em cadeira de rodas, conforme estabelecido nas normas técnicas de acessibilidade da ABNT;
III - serviços de atendimento para pessoas com deficiência auditiva, prestado por intérpretes ou pessoas capacitadas em Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS e no trato com aquelas que não se comuniquem em LIBRAS, e para pessoas surdocegas, prestado por guias-intérpretes ou pessoas capacitadas neste tipo de atendimento;
IV - pessoal capacitado para prestar atendimento às pessoas com deficiência visual, mental e múltipla, bem como às pessoas idosas;
V - disponibilidade de área especial para embarque e desembarque de pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida;
VI - sinalização ambiental para orientação das pessoas referidas no art. 5o;
VII - divulgação, em lugar visível, do direito de atendimento prioritário das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida;
VIII - admissão de entrada e permanência de cão-guia ou cão-guia de acompanhamento junto de pessoa portadora de deficiência ou de treinador nos locais dispostos no caput do art. 5o, bem como nas demais edificações de uso público e naquelas de uso coletivo, mediante apresentação da carteira de vacina atualizada do animal; e
IX - a existência de local de atendimento específico para as pessoas referidas no art. 5o.
§ 2o Entende-se por imediato o atendimento prestado às pessoas referidas no art. 5o, antes de qualquer outra, depois de concluído o atendimento que estiver em andamento, observado o disposto no inciso I do parágrafo único do art. 3o da Lei no 10.741, de 1o de outubro de 2003 (Estatuto do Idoso).
§ 3o Nos serviços de emergência dos estabelecimentos públicos e privados de atendimento à saúde, a prioridade conferida por este Decreto fica condicionada à avaliação médica em face da gravidade dos casos a atender.
§ 4o Os órgãos, empresas e instituições referidos no caput do art. 5o devem possuir, pelo menos, um telefone de atendimento adaptado para comunicação com e por pessoas portadoras de deficiência auditiva.
Art. 7o O atendimento prioritário no âmbito da administração pública federal direta e indireta, bem como das empresas prestadoras de serviços públicos, obedecerá às disposições deste Decreto, além do que estabelece o Decreto no 3.507, de 13 de junho de 2000.
Parágrafo único. Cabe aos Estados, Municípios e ao Distrito Federal, no âmbito de suas competências, criar instrumentos para a efetiva implantação e o controle do atendimento prioritário referido neste Decreto.”
Você conhece alguma Universidade, Centro Acadêmico ou Faculdade que cumpram rigorosamente o prescrito nesses dois artigos? Entendo que as Federais, pelo menos, deveriam ser modelo, muito embora o Decreto em questão transfira para Estados, Municípios e o Distrito Federal a fiscalização pelo cumprimento ou não da Lei.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Atraso e caretice

É impressionante o perfil de grande parte dos estudantes das universidades brasileiras, talvez da própria juventude: ao invés de quebrar padrões e olhar para a frente, para o futuro, há uma turma que gosta de olhar para trás, não ousar. E, talvez, esse seja o grande desafio a ser enfrentado: inocular ousadia no sangue dessa juventude. Ao que parece, a juventude da era do computador elegeu a apatia como padrão, para não fugir a um termo tão afeto a eles. Bem o faz a Universidade Federal do Amazonas (Ufam) ao ousar na efetivação, com atraso, é claro, mas, antes tarde do que nunca, do Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT). Inovar é preciso, ousar mais ainda. A professora doutora Socorro Chaves não mistura sua crença religiosa, incentiva as inovações e, ao que parece, já conseguiu focos da inovação entre os professores. É urgente que a ousadia e a inovação ganhe proporções virais a fim de que a Ufam e as demais universidades brasileiras antecipem tendências e não produza trabalhos com o olhar voltado para o passado. Estudantes são fundamentais nesse processo.

quarta-feira, 16 de março de 2011

"Amazônia" lançado hoje na valer

O livro “AMAZONIA – região universal e teatro do mundo” reúne doze artigos de pesquisadores de Belém, Manaus, São Paulo, Rio de Janeiro e da Europa, o livro organizado por Willi Bolle, Edna Castro (UFPA) e Marcel Vejmelka, será lançado hoje, às 17horas, na Livraria Valer. Trata-se de uma introdução multidisciplinar às principais questões ligadas à Amazônia, sob a ótica das Ciências Humanas. A parte I é dedicada a expedições, viagens e etnografias, desde a travessia pioneira da região por Francisco de Orellana (1541-1542) até a etnografia de Constant Tastevin e Curt Nimuendaju (anos 1920 a 1940). A parte II focaliza as dinâmicas econômicas, políticas e sociais da Amazônia contemporânea. A parte III dá voz aos habitantes da região amazônica através das obras literárias de Karen Tei Yamashita, Dalcídio Jurandir e Robert Musil. O lançamento terá a apresentação de Willi Bolle por parte do prof. Renan Freitas Pinto (UFAM), contará com a participação de um dos seus autores, prof. Dr. Alfredo Wagner de Almeida (UEA).

terça-feira, 15 de março de 2011

Jornalismo, espistemologia e mídias sociais

“Epistemologia e Jornalismo em tempos de redes sociais” é o título da Aula Magna do Programa de Pós-graduação em Ciências da Comunicação (PPGCCOM) da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), que será ministrada pela professora doutora Mirna Feitoza Pereira. Foram convidados todos os estudantes do PPGCCOM, bem como os estudantes de graduação do Departamento de Comunicação Social (DECOM). Professores e técnicos do Decom e do PPGCOM também participarão do evento que será realizado no Auditório Rio Negro, às 14h.
Mágica cultura amazônica
Em seguida, às 15h, no auditório Rio Solimões, o professor Willi Bolle, titular de Literatura da Universidade de São Paulo (USP), ministrará a Aula Inaugural do Programa de Pós Graduação Sociedade e Cultura na Amazônia (PPGSCA) da Ufam com o titulo de “UMA ENCICLOPÉDIA MÁGICA DA CULTURA AMAZÔNICA: DALCÍDIO JURANDIR”. Willi Bolle nasceu na Alemanha, defendeu tese de livre-docência na USP sobre Walter Benjamin (1892-1940) e a cultura da República de Weimar. Fez o doutorado em Literatura Brasileira, com tese sobre Guimarães Rosa. Suas pesquisas tratam da Modernidade no Brasil e na Alemanha. Nos últimos anos vem dedicando-se à compreensão do pensamento social na Amazônia, principalmente através da produção do escritor Dalcídio Jurandir.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Objeto de pesquisa doutoral

O Blog “Ufam para o futuro”, criado durante a campanha do professor Gilson Monteiro para a consulta pública à reitoria da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) em 2009, e mantido por ele desde então, ganhou reconhecimento nacional: será objeto de pesquisa do Centro de Pós-graduação em Educação da Universidade Federal da Paraíba (Ufpb). A pesquisadora Lebiam Tamar Silva Bezerra, cuja orientadora é a professora doutora Mirian de Albuquerque Aquino, desenvolve a pesquisa de Doutorado intitulada “CULTURA ACADÊMICA E TECNOLOGIAS INTELECTUAIS DIGITAIS: ENSINAR E APRENDER COM BLOGS EDUCATIVOS NO ENSINO SUPERIOR”. O objetivo geral é “analisar as hibridações da cultura acadêmica com a cibercultura, expressas nas práticas educativas mediadas por tecnologias intelectuais digitais a partir do uso dos blogs no Ensino Superior.” No documento dirigido ao professor Gilson Monteiro, a pesquisadora explica:”Para que o referido projeto seja concluído com êxito e venha a contribuir relevantemente para o desenvolvimento do conhecimento científico e para a reflexão sobre as práticas educativas, vimos, através deste documento, solicitar sua autorização para aplicação das técnicas de coleta de dados (entrevista e análise documental) necessárias à realização desta pesquisa.”

domingo, 13 de março de 2011

Crime de lesa-livre-comunicação

A TV Cultura, da Fundação Padre Anchieta, mantida pelo Governo de São Paulo, agoniza num processo lento de morte. Está na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) há tempos. Respira por aparelhos. Só espera um governador que tenha a coragem de desligar os aparelhos. E, pelo visto, esse governador será Geraldo Alckmin, do PSDB. Mas não foi somente em São Paulo que a TV Cultura teve a sentença de morte decretada. Em todos os estados que possuíam TVs Cultura os investimentos foram minguando, inclusive no Amazonas, até se transformarem em doentes terminais. O surgimento da TV Brasil (TV Lula) talvez tenha sido o empurrão que faltava para levá-las, todas, ao abismo. Uma pena que não se tenha pensando em uma solução menos traumática. Ao invés dos governos estaduais, por exemplo, as universidades federais poderiam ter recursos especiais destinados ao gerenciamento das TVs Educativas. Essa agonia generalizada é um crime de lesa-livre-comunicação.

sábado, 12 de março de 2011

O texto científico

A questão da criatividade e o método, abordada ontem neste espaço, mantém relação com o texto científico. Classicamente, exige-se dos cientistas textos herméticos, com linguagem rebuscada. É como se o cientista escrevesse para si e, no máximo, para os seus colegas de grupo de pesquisa. Não é à toa que dissertações e teses mofam nas estantes. As consultas são mínimas, quando existem. O texto científico não pode mais se dar ao luxo de falar para si. É necessário simplificá-lo. Fazê-lo ser entendido pela maioria das pessoas. Ser científico não significa ser impenetrável. Em tempos de popularização da Ciência, o texto científico deve seguir o mesmo caminho, claro, sem abrir mão da precisão a respeito dos dados apurados. Não defendo que o texto científico seja tão genérico quando o texto jornalístico, por exemplo. No entanto, não deve ser tão fechado quando uma bula de medicamento, sob pena de não ser lido. Comunicar, não-apenas por meio das dissertações, é o desafio do cientista moderno.

sexta-feira, 11 de março de 2011

A criatividade e o método

Um dos maiores desafios da universidade brasileira é promover a convivência, nem sei se deve ser acífica, entre a criatividade e o método. Enquanto a criatividade é uma ação predominante libertadora, sem conceitos e pré-conceitos, o método científico amarra-se aos padrões, às previsibilidades. Pesquisar o previsível se transformou em um exercício do óbvio. Nem mesmo os modelos pedagógicos e administrativos mais modernos são admitidos nas Instituições de Educação Superior (Ifes) do País. É como se o atraso e o velho fossem regra e o novo extremamente assustador. Mas, como pensar em uma universidade que não inova, portanto, não se renova? Como atrair novos criativos sem ousadia? Como enfrentar a caretice generalizada da sociedade dita pós-moderna como práticas e visões de mundo tão anacrônicas? Penso que uma das formais mais saudáveis é virar o método científico pelo avesso. É não hostilizar a Nova Ciência. É encarar Edgard Morin, Fritjof Capra, Maturna e Varela e, até mesmo Bruce Lippton, com a sua “Biologia da crença”, como possibilidades de avanços. Fechar a perspectiva do olhar nos clássicos da ciência é parar no tempo e morrer por inanição. Quem quer isso?

quinta-feira, 10 de março de 2011

Problemas nas Ifes

O Ministério da Educação (MEC) não se manifesta. A proibição de contratação, até para os concursos realizados, circulou por meio do Ministério do Planejamento. De lá para cá, silêncio total. Nas Instituições Federais de Educação Superior (Ifes) nenhuma informação é dada de forma clara. Professores que passaram nos concursos e departamentos e unidades que os promoveram ficam órfãos. Muitos dos futuros contratados constam na programação das disciplinas, porém, efetivamente, não podem entrar em sala-de-aula. Ou o Governo libera, com urgência, a contratação desses professores aprovados em concurso nas Ifes, ou, em breve, todas passarão por um período de caos. Sem as disciplinas previstas para esses professores, os estudantes terão problemas em quase todos os cursos de graduação. Urge que providências sejam tomadas o mais rápido possível para depois a batata não queimar nas frigideiras dos reitores e reitoras.

quarta-feira, 9 de março de 2011

Educação Superior à distância

Uma das tendências irreversíveis do mercado da educação superior no Brasil é a Educação à Distância, também chamada de EAD. Há dois pontos essenciais nesse crescimento vertiginoso da EAD no Brasil. O primeiro deles foi (e ainda o é) o incentivo que o Ministério da Educação (MEC) deu (e dá) à modalidade. E com razão. Em um País com as dimensões do Brasil é impossível reduzir o déficit educacional sem recorrer à EAD. O segundo ponto é a questão econômica: a modalidade é mais barata e as instituições particulares logo perceberam o filão. A EAD permite, a custos baixíssimos, os treinamentos corporativos e os cursos de especialização. Sem nenhum tipo de preconceito, também pode ser aplicada aos mestrados e doutorados, com ligeiras adaptações. Em havendo dedicação do estudante, não dá para fazer distinção entre um presencial e um cursado à dist6ancia. O que se precisa é de um marco regulatório e de um processo de fiscalização rígidos.

terça-feira, 8 de março de 2011

Vivas

De repente

Apagaram a luz
Vida reduzida
A quase nada.
Você numa cama.
Todos ao redor.
Poucos sinais.
Vitais.
Olhos procuram.
A nós.
A vida.
De um lado
Para o outro.
Quase nada.
Pouco pra nós.
Tudo pra ti.
Luta diária.
Vida mantida.
Quase escondida.
Guerra vencida.
A cada segundo.
Por ti
Por nós
Pelo mundo.

Gritos

Falo

Não falo
Falas.
Gritas.
Liberas.
O temor
Da garganta.
Do corpo.
Horror.
Horrores.
Queimadas.
Em vida.
Vivas.
Em brasas.
Ardiam.
Teu corpo.
Queriam.
Tua alma.
Queimada.
Ideias
Mortas
Ideais
Vivos.
Ecoam.
Em nós.
Filamentos
De voz.
Ferida atroz.
Marcas
Mulher
Mulheres
Teu tempo
Em nós.
Nós.
Sós.
Sol.
Sós.
Sois.
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Mulher

Não és mulher por um dia.

És mulher o dia todo.
Não vences uma guerra.
Vences batalhas.
Derrotas os cânceres.
Os cancros.
Os imbecis.
Os viris.
Vírus.
Virais companheiros.
Que te sugam o sangue.
As mamas.
As lembranças.
Os direitos.
Esses machos.
Machistas.
Marxistas.
Machões.
Anões.
Mínimos seres.
A ti oprimirem.
Faquires.
Safados devires.
A domarem almas.
Chorarem dramas.
Apenas pra te levar pra cama.
Amas.
Não amas.
Finges que ama.
Drama.
Choras.
Rires.
Gozas.
Eles doidos.
Malucos.
Famélicos.
Fálicos.
Sonham.
Imaginam.
Que é pelos vossos falos.
Fálicos.
Famélicos.
Famigerados fodélicos.
Idiotas.
Imbecis.
Eternos viris.
Verão.
A força delas.
Em cada varão.
Varados.
Vazados.
Idiotizados.
Homens do mercado.

segunda-feira, 7 de março de 2011

Fome de leão

Não demora e, como no mercado financeiro, na Educação Superior brasileira, haverá concentração de grandes grupos no comando dos negócios. Faculdades, Centros Universitários e Universidades regionais, ao que tudo indica, serão engolidos. Restarão somente as federais e as estaduais. Os negócios educacionais são extremamente lucrativos, mas, necessitam de investimentos altíssimos para cumprir as exigências legais. Como nos demais negócios, o discurso oficial é que houve uma “fusão”. Na verdade, os antigos donos regionais pegam uma ótima bolada, ficam com um percentual pequeno de participação nos lucros e o grupo grande “funde” tudo. Em se mantendo o marco regulatório e a fiscalização rígida, tal modelo pode até obter êxito. Com a concentração, porém, parte-se para uma padronização, inclusive do material didático. Isso não é nada bom do ponto de vista do respeito às características regionais. No entanto, é uma tendência que parece irreversível.

domingo, 6 de março de 2011

Se a moda pega...

O Sindicato dos Docentes da Universidade Estadual do Pará (Sinduepa) resolveu inovar de forma radical nas manifestações. Chamou mulatas e integrantes de uma escola-de-samba para, juntamente com professores e estudantes, protestarem contra a demissão de professores temporários e exigindo aumento da carga horária dos que lá ficaram. Como estamos em época de Carnaval, a manifestação foi um sucesso. A se levar em conta que, no Brasil, tudo acaba em pizza, mudar essa lógica parece bem-mais inteligente. Não se sabe se as reivindicações serão levadas a cabo pelo Governo do Estado do Pará, mas, de uma coisa se pode ter certeza, se a moda pega, o que antes acabava em Pizza pode começar a acabar em samba. Moda muito mais brasileira.

sábado, 5 de março de 2011

Novo modelo no Oeste do Pará

O tradicionalismo e o atraso que predominam na universidade brasileira fizeram com que a infinita maioria das universidades existentes nem discutissem o novo modelo acadêmico proposto inicialmente pelo que se convencionou chamar de “Universidade Nova” e terminou no .... Reuni. As mais novas, como o é a Universidade Federal do Grande ABC, e as que foram criadas, não podem mais existir se não forem em um novo modelo acadêmico e de gestão. A Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa) começou as atividades no dia 28 de fevereiro de 2011 revolucionando o modelo didático-pedagógico existente no Norte do País. O primeiro deles é que e estrutura curricular é em módulos. O primeiro módulo, que corresponde ao antigo “primeiro semestre”, é denominado Formação Interdisciplinar I, composto por seis submódulos, e ofertado a todos os 1.200 estudantes matriculados na Instituição. Às que não aderiram ao novo modelo fica um alerta: mais cedo ou mais terão de fazê-lo. A mente humana não é departamentalizada e os saberes, menos ainda, Mais dia, menos dias, terão de voltar atrás e aderir à nova proposta ou algo semelhante. Como disse no início, tradicionalismo e atraso emperram as inovações. A universidade brasileira precisa abandonar esse cheiro de mofo didático-pedagógico e experimentar novos formatos do processo de aprendizagem.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Ecossistemas comunicacionais vivos

Ao cunhar a expressão “Facejournalism”, no fundo, brinquei com o maneirismo do momento, o Facebook, sua “rede social” e seu book real: o efeito facebook. No mundo irreal cada vez mais real criado por Mark Zuckemberg, álbum de fotografia tem mural. Esse mural vira bate-papo desde que o assunto, e as pessoas que o comentam, estimule-o a sê-los. Selos, etiquetas, quem sabe até no sentido de “ética pequena”, aparecem e somem. O estrondoso sucesso de uma rede virtual, formada por pessoas e empresas reais, maior que a população dos Estados Unidos, talvez se explique pela forma como funciona a comunicação dentro dela: em flashs. São ecossistemas comunicacionais vivos que se integram e se desintegram a cada segundo. Não morrem porque ficam lá, postados. A espera de comentários. Ganham vida a cada nova postagem porque autopoieticamente são alimentados pelas expressões humanas. E não apenas pela fala, pelos discursos. Perfis saltam de lá para o mundo real. Promovem encontros. Assexuados. Sexuais. Há vida sem sexo ou sexo sem vida? Facejournalism, jornalismo colaborativo, participativo e outros “ism” escondem nossa tristeza (ou indignação) com a morte do “lead”. Com a morte do diploma. Somos cartoriais. Prisioneiros da gramática normativa e de outras regras. E queremos trazê-las para a rede. Para as descargas eletromagnéticas do cérebro, metáfora de um ambiente, cuja principal característica é existir e não-existir ao mesmo tempo. Métodos, regras, normas, gramáticas, padrões ... e todas as demais prisões, são armadilhas que criamos para os outros e por elas fomos aprisionados. O novo nos assusta porque nossa mente é metodicamente quadrada enquanto o pensamento é redondo, criativo e autopoiético. É como defende Maria Luíza Cardinale Baptista: ou você “se autoriza”, ou não consegue nem escrever. O Facebook talvez seja a plataforma mais apropriada para a “comunicação com amorosidade, com afetividade”. Poucos estamos preparados para amar e ser amado. O amor assusta o afeto mais ainda. Principalmente quando nascem em um mundo aparentemente tão irreal. Energias dissipadas se encontram. O universo conspira. No caso do Facebook, com a ajuda dos sistemas de busca e comparação que rodam por baixo daquela “pele” simples que se nos apresenta. Os ecossistemas comunicacionais vivos não dependem de nós. Cada conta em uma dessas redes ganha vida própria depois de criada. Não tente a prática do jornalismo ou de qualquer outra forma de comunicação tradicional dentro de um deles (ecossistemas). São simultaneamente autofágicos e autopoiéticos. Nem vivem nem morrem, morrem e vivem. E é desse aparente mistério que se alimentam para fomentar a principal norma: não ter regras.


quinta-feira, 3 de março de 2011

Facejournalism: o futuro é agora

Em uma das minhas postagens ontem, cunhei o termo “Facejournalism” para indicar as minhas experiências de expressões humanas acompanhadas de fotos e postadas no Facebook, o hoje fenômeno da Internet. Quando, ainda no ano passado, fui designado pelo Departamento de Comunicação Social (Decom) da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) para ministra o sub-módulo Webjornalismo, resolvi criar uma conta no Facebook e comprar uma máquina fotográfica a fim de experimentar práticas comunicacionais, às vezes com o olhar jornalístico, na nova febre da Internet mundial. Não foi difícil perceber que, das ditas “redes sociais”, o FB, como é conhecido entre seus próprios usuários, tem a plataforma mais simples e com maior probabilidade de integração dos vários formatos comunicacionais. Ainda no final do ano, recebi a notícia da aprovação do projeto do Centro de Mídias Digitais (Cemidi) da Ufam, que faz parte do Programa de Mídias Digitais (Promidi). Então, propus aos estudantes trabalharmos todas as ferramentas do Facebook (texto, fotos, vídeo e sons), bem como todas as possibilidades de interfaces que ele proporciona, aliadas ao Twitter e ao Blog. O desafio: experimentar uma nova forma de jornalismo para a qual encontrei um nome glamoroso ontem. Trata-se Facejournalism, uma prática de comunicação muito mais ampla que o simples jornalismo, tendo como base o Facebook, mas, com possibilidades de integração de todas as tecnologias de informação possíveis, inclusive, GPS e SMS. Não tenho respostas, só perguntas. E muita vontade de experimentar novos formatos de comunicação temperados pelo espírito de jornalista. O Facejournalism não prescinde dos Chats, dos comentários dos leitores nem dos bate-papos. Integra SMS com GPS e Data-base. O infinito é a sua base, assim como probabilidades de interações é a sua única regra. Testemos juntos!

quarta-feira, 2 de março de 2011

Desconto especial na Athletica

Tenho sido abordado constantemente pro professores e técnicos da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) com perguntas sobre “quantas andam o convênio com a Academia de Ginástica Companhia Atlhetica, unidade de Manaus. É preciso esclarecer que não há nenhum tipo de convênio oficialmente formalizado. O que existe é a concessão de um desconto especial para professores e técnicos da Ufam. Para tanto, bBasta apresentar a cópia do contracheque ou o crachá, nas recepções do Manauara Shopping ou do Stúdio 5, para se obter o desconto. A mensalidade cai do preço normal de R$ 290,00 para R$ 232,00. Pais e esposos e esposas também tem direito ao benefício, assim como filhos menores de 14 anos e pais com mais de 60 anos pagam apenas R$ 212,00 mensais. Técnicos ou professores terão direito de usar das duas unidades da Athletica em Manaus e, quando em viagem, também podem desfrutar dos serviços em quaisquer das unidades fora do Amazonas.

terça-feira, 1 de março de 2011

Engarrafamento triplo

As fotos falam por si. Os engarrafamentos no Complexo Viário Gilberto Mestrinho, localizado na Bola do Coroado, antes da entrada da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), não deixam dúvidas: o poder público atirou na solução e acertou em um problema enorme. Ontem, uma segunda-feira, antes das 7h da manhã, o trânsito já engarrafava nas próprias alças do Complexo Viário e nas vias que dão acesso a Avenida General Rodrigo Octávio Jordão Ramos. Não é necessário ser engenheiro de trânsito para imaginar que algo, ali, daria errado. Oras, se três braços de rio deságuam em um único leito, ou esse leito tem capacidade de vazão ou represará. Simples assim. O trânsito nas ruas é como as águas nos rios, represas e igarapés. Qualquer caboclo, sem um curso de engenharia, condenaria a obra. Criou-se mais um fato inédito: viaduto que, ao invés de dar vazão ao trânsito, produz engarrafamento sobre si mesmo. Se você tem Facebook veja mais fotos no álbum “Complexo do caos”: www.facebook.com/GilsonMonteiro.