sexta-feira, 31 de julho de 2015

Sentença obriga UFAM a manter o calendário

Em sentença proferida ontem, dia 30 de julho de 2015, o juiz da 3ª VARA FEDERAL, Ricardo A. de Sales, determinou que a reitora da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), Márcia Perales Mendes Silva, se abstenha de suspender o calendário acadêmico de 2015, “sob pena de responsabilização criminal, civil e político administrativa sua e dos demais integrantes do CONSUNI, que atuam sob sua Presidência. ” Como se trata de uma sentença, a liminar que provocou a suspensão da reunião extraordinária do Conselho Universitário (CONSUNI) da UFAM torna-se sem efeito. A sentença também tem o poder de tornar sem efeito os agravos de instrumento impetrados pela ADUA e pela UFAM contra a decisão liminar.


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

quinta-feira, 30 de julho de 2015

Um terço nem sempre rezado

Que me perdoem o trocadilho, mas, o Ministério da Educação (MEC) adverte: um terço dos professores (e professoras) das instituições de Educação Superior deve ser mestre ou doutor. Em algumas particulares, nem rezando o terço (de novo minhas desculpas pelo trocadilho) isso acontece. Tanto é assim que, enquanto no setor privado a média de doutores é de 18,2%, em algumas das “empresas brasileiras na Educação” a média é de 14,4%. Quando se avalia o percentual de doutores nas universidades públicas, sobe para 53,2%. Sem nenhum tipo corporativismo, ou se muda essa base, ou se terá uma educação superior no Brasil cada vez mais mercantilizada. Lá se vem, de novo, o trocadilho: e um terço rezado desse jeito jogará a Educação superior brasileira em um marasmo.


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

quarta-feira, 29 de julho de 2015

Empresas brasileiras na Educação

Para fazer frente à abertura do mercado às multinacionais da Educação, os grupos brasileiros de educação passaram a se comportar como as multinacionais, em tudo, inclusive, na estratégia de trocar doutores por mestres ou especialistas, reduzir a cargas horárias destes professores e lotar as salas. São estratégias nitidamente administrativas empresarias, sem nenhum foco efetivo na formação de pessoas. O objetivo maior é poder competir no mercado dos “serviços educacionais” e manter a lucratividade. Sem contar com a oligopolização do setor, dominado, agora, por algumas multinacionais e por empresas nacionais que se associaram, como os grupos Anhanguera e Kroton, por exemplo. Todas praticam a estratégia de desvalorização da carreira docente como forma de auferir mais lucros. Quando a Educação é vista como um mero serviço a ser prestado, sem o compromisso social, abre-se caminho para a realidade como a que vivemos atualmente no País, curiosamente denominado de “Pátria Educadora”.


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

terça-feira, 28 de julho de 2015

A cegueira do individualismo

Tenho convicção de que a Pós-graduação na região Norte não conseguirá a agilidade que precisa no processo de formação de mestres e doutores enquanto pensamos isoladamente. A mim me parece uma competição insana e sem propósito se Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), Universidade Federal do Amazonas (UFAM), Instituto Federal do Amazonas (IFAM) e Universidade do Estado do Amazonas (UEA) não aprenderem a trabalhar juntos. É preciso elegermos as forças e fraquezas de cada área do conhecimento e, conjuntamente, trabalharmos para uma Pós-graduação mais forte no Amazonas. Se isso não for feito conjuntamente, perderemos anos e anos, no atraso, quando poderíamos optar por sermos mais fortes, juntos. A cegueira do individualismo pode nos impingir um atraso de 10 anos a mais do que ocorreria se caminharmos conjuntamente.


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

segunda-feira, 27 de julho de 2015

A necessária celeridade na formação

Há, no Brasil, uma visão preconceituosa contra o processo de aceleração da formação que, aos poucos, pelo mens na Pós-graduação, começa a perder fora. Nos outros níveis, no entanto, fica-se com a nítida impressão de que a ideia não é muito aceita. Em tempos idos, pular séries, em função de exames feitos, era algo comum e nenhum preconceito havia, muito embora, a resistência dos pedagogos fosse difícil de ser vencida. Ainda assim, quem, em um teste, demonstrasse aptidão, mudava de série com mais facilidade que hoje. Paradoxalmente, em 1996, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) tornou amparada e legal este tipo de aceleração que, no entanto, passou a ser menos praticada. Vejamos o que diz a LDBEN no Art. 47, § 2º: ”Os alunos que tenham extraordinário aproveitamento nos estudos, demonstrado por meio de provas e outros instrumentos de avaliação específicos, aplicados por banca examinadora especial, poderão ter abreviada a duração dos seus cursos, de acordo com as normas dos sistemas de ensino.” Tal preceito legal existe para todos os níveis, no entanto, há preconceito, ainda que velado, contra os estudantes oriundos de Supletivos, por exemplo. Acelerar é sempre visto como um privilégio e não como o reconhecimento do mérito de quem tem desempenho acima da média. Mudar a perspectiva do olhar é essencial para mudarmos a educação do País.


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

domingo, 26 de julho de 2015

Ética não se aprende na Escola

Não é de hoje que tenho a convicção de que Ética não se aprende na escola. Nem sei se se aprende ou se se ensina. Só que que, no Brasil, o que se pratica é a Ética da conveniência. E não me venham com essa história de que a Ética, digamos, da esquerda, é mais pura que a da direita. Embora os números da Educação sejam gritantemente opostos, no campo da corrupção, o que se tem é uma mistura, quase um amálgama, entre antigas e novas práticas, todas, no entanto, contaminadas pelo vírus (ou seriam bactérias) de o “levar vantagem em tudo”. A tal “revolução por dentro”, pregada por alguns dos membros da antiga esquerda brasileira, é uma balela. A crise brasileira não é só reflexo dos problemas enfrentados pelo capitalismo internacional. É, acima de tudo, de valores. Vindos do berço. Pais que trocam a aprovação dos filhos, na escola, por presentes de final de ano, não podem se queixar de adultos corruptos. As primeiras lições de Ética devem vir de casa.


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

sábado, 25 de julho de 2015

A Educação superior revolucionária

Às vezes, fico a me perguntar: que falta para termos uma Educação superior verdadeiramente revolucionária. A resposta é assustadora. Não temos os revolucionários. Embora muitos façam questão de assumir que “vivem para mudar a Educação do País”, na prática, pouco fazem. E não me venham com essa história de que é preciso maior investimento do Governo Federal. Com corte ou sem corte no Orçamento para a Educação, o que falta mesmo é comprometimento. Tanto dos estudantes quanto dos professores (e professoras) envolvidos no processo. É justo e louvável reclamar dos baixos salários e lutar para melhorá-los. No dia a dia, porém, será que verdadeiramente nos preocupamos com quem raramente comparece à sala de aula? Temos mecanismos para melhorar os procedimentos pedagógicos caquéticos e carcomidos pela velhice, inclusive, didático-metodológica? A Educação superior revolucionária mais parece uma utopia. Emperrada pela prática quotidiana desvinculada da realidade. Tenhamos coragem para admitir isso ou feneceremos marcados pelas nossas próprias contradições.


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

sexta-feira, 24 de julho de 2015

MPF recomenda anulação de concurso na UFSCAR

O Ministério Público Federal (MPF) recomendou à Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR) que anule um Concurso Público realizado em 2006 e demita o professor contratado por ocasião daquele certamente. Motivo: o antigo orientador do candidato presidiu a banca do concurso. A prática, comum e considerada aceitável em algumas universidades públicas brasileiras, passa, agora, a ser vigiada, constantemente, pelo MPF no Brasil inteiro. A própria UFSCAR, em dezembro de 2014, por meio do Conselho Universitário (ConsUni), estabeleceu regras rigorosas em relação ao tema para o cargo isolado de professor titular-livre. A Resolução 794/2014/ConsUni, no artigo 12, estabelece:
“Art. 12. Será considerado impedido e não poderá participar de Comissão Julgadora, nem mesmo na condição de suplente:
I - cônjuge ou companheiro de candidato, mesmo que separado ou divorciado judicialmente;
II - ascendente ou descendente de candidato ou colateral até o terceiro grau, seja o parentesco por consanguinidade ou afinidade;
III - o membro que tenha trabalho científico, técnico ou artístico-cultural publicado, divulgado ou apresentado em coautoria com candidato inscrito; IV - o membro que tenha sido orientador ou coorientador acadêmico de algum dos candidatos, em nível graduação, especialização lato-sensu ou mestrado;
V - o membro que tenha sido orientador ou coorientador acadêmico de algum dos candidatos, em nível doutorado ou supervisor de pós-doutorado;
VI - o membro que tenha amizade íntima ou inimizade notória com algum dos candidatos ou com os respectivos cônjuges, companheiros, parentes consanguíneos e afins até terceiro grau;
VII - outras situações de impedimento ou suspeição previstas na legislação vigente.
§ 1º. A composição da Comissão Julgadora será divulgada no endereço eletrônico da UFSCar após o encerramento das inscrições e com antecedência mínima de 10 (dez) dias da realização da primeira prova.
§ 2º. O membro efetivo ou suplente da Comissão Julgadora que incorrer em impedimento deve comunicar o fato à presidência da Comissão, abstendo-se de atuar.
§ 3º. Todo membro efetivo ou suplente da Comissão Julgadora deverá firmar declaração escrita de que não se enquadra em nenhuma das condições de impedimento descritas neste artigo.”

O exemplo deveria ser seguido por todas as universidades públicas brasileiras, em quaisquer seleções, e não apenas para professor titular-livre.

quinta-feira, 23 de julho de 2015

Os ensinamentos de Juremir Machado

No almoço que desfrutamos juntos, sábado, dia 18 de julho de 2015, registrado por Juremir Machado, na crônica “Dançar om índios e pensar com eles”. do Jornal Correio do Povo, registrei uma das frases dele: ”Ética é uma disciplina do currículo de Jornalismo”. Com toda a ironia vinda da frase, confirmei algo que, há muito, tenho defendido, inclusive nas poucas aulas de “Ética em jornalismo” que ministrei: é impossível se ensinar Ética na escola. Esperar que um estudante passe a ser ético a partir da dita disciplina do curso de Jornalismo é, no mínimo, ingenuidade. A fina ironia de Juremir Machado indica exatamente isso: quem não é ético na vida não passará a ser ético porque cursou jornalismo, muito menos, uma disciplina. É mais que isso, é prática de vida. Mais um dos ensinamentos de Machado na rápida estada em Manaus.


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

quarta-feira, 22 de julho de 2015

A emoção que não tem preço

Não tem preço: ler as palavras do professor Juremir Machado, na sua crônica do Jornal Correio do Povo, ao som de Adriana Calcanhoto. Após ser marcado, no Facebook, por Sandro Colferai, tive acesso à crônica “Dançar om índios e pensar com eles”. Coincidentemente, ouvia a gaúcha Adriana Calcanhoto. Sábado, saboreamos alguns peixes juntos. Mirna Feitoza, Renan Freitas Pinto, Rosário e Wilson Nogueira, Juremir e esposa, eu e minha filha. Jogamos conversa fora, falamos das possibilidades de parcerias. De trazermos, em conjunto, Edgar Morin, Michel Maffesoli e Gilles Lipovetsky a Manaus. Ainda que não tenhamos êxito em todos os sonhos que partilhamos naqueles momentos, a crônica de Machado nos toca. Durante dois anos convivi com Juremir Machado nas reuniões da Associação Nacional dos Programas de Pós-graduação em Comunicação (COMPOS). Éramos “brigões”, cada uma a sua maneira. A compartilhar a postagem de Sandro Colferai, cunhei uma frase. E é com ela que encerro esta postagem para, talvez, assim, tenhamos a nossa autoestima tocada: “Nossa maior riqueza somos nós e a nossa forma de ver o mundo”. Obrigado, Juremir Machado, por ter tido a sensibilidade de nos reconhecer como moradores do lugar e como cientistas. O reconhecimento do nosso trabalho e do nosso modo de pensar também não tem preço.


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

terça-feira, 21 de julho de 2015

A necessária amorosidade em pesquisa

Com a chegada da professora Maria Luiza Cardinale Baptista a Manaus para uma temporada no Programa de Pós-graduação em Ciências da Comunicação (PPGCCOM) da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), como professora visitante, refirmamos uma convicção: a amorosidade é necessária em pesquisa. Ao mesmo tempo, fico, individualmente, com uma pergunta que não quer calar: é possível se atingir a amorosidade, o bem-querer-bem, a paixão-pesquisa, a emoção-pesquisa e alhures com os professores e professoras que temos? Em dados momentos, a mim me parece impossível. Sem o respeito ao outro, às diferenças, é quase impossível pôr em prática o bem-querer-bem nos moldes defendidos por Cardinale. Logo, a necessária amorosidade em pesquisa, na prática, parece ser uma utopia. Um sonho a ser perseguido individual e coletivamente. Não desistirei! Não desistiremos!


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

segunda-feira, 20 de julho de 2015

A Iniciação Científica começa em casa

Erra quem imagina que os estudantes começam a Iniciação Científica nos primeiros anos dos cursos de Graduação. É mais provável que o processo tenha influência primordial se começar em casa: quando os pais educarem os filhos para a descoberta, para as perguntas, para a contestação. Pais que educam os filhos para vos encararem como donos absolutos da verdade, transformam os filhos em servos, em subservientes dos professores. Logo, ao chegaram aos cursos de graduação, são estudantes que temem perguntar, que transferem para o orientador o papel (e a figura dos pais), portanto, que chegam aos primeiros anos dos cursos de graduação sem a autonomia que se precisa para ser cientista: duvidar, questionar, perguntar. Daí a minha tese de que a Iniciação Científica começa em casa. Enquanto o sistema educacional transformar estudantes em subservientes das regras, das leis, dos métodos, teremos sempre dificuldades em receber bons futuros cientistas nos anos inicias dos cursos de graduação. Educar para a liberdade é preparar, antecipadamente, os filhos para serem futuros cientistas.


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

domingo, 19 de julho de 2015

Canastrões do PT atacam o PT

Canastrão, como significado normal, é “canastra grande”. No Brasil, na gíria do teatro, significa péssimo ator. No Amazonas, talvez haja mais de um péssimo ator, portanto, é possível que estejamos diante de péssimo ator. Ou de péssimos atores. Localmente, como aliados do Governo Omar Aziz, não fizeram nada que pudesse mudar o estado de coisas da Pesquisa, da Ciência e da Tecnologia no Amazonas. Atualmente, porém, como péssimos atores, destilam veneno, aos borbotões, contra o Governo da Presidente Dilma Rousseff (PT). Enquanto servil do Governo do Amazonas, nada mudou, agora, em época de crise e de necessidade de ajuste fiscal do Governo do PT para tentar recuperar a popularidade, se nos apresenta com ataques diretos ao Governo do PT. O que mais me impressiona, no entanto, é que essas mesmas pessoas são capazes de apontar o dedo para o deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ), como se ele fosse o único a dizer que era aliado do Governo, mas, nas atitudes, nunca o foi. Ao que me parece, como péssimos atores que são, todos os que localmente serviram aos interesses locais dos governos aliados ao PT, no mínimo, são péssimos atores, portando, canastrões. Porque, quem foi servil ao governo de Omar Aziz, jamais me convencerá que se transformou em revolucionário. Esses revolucionários de araque conseguem, ao máximo, confundir a cabeça dos estudantes. Mas, nós, os professores e professoras, não nos deixaremos enganar pelos rugidos e representações locais dos péssimos atores e atrizes.


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

sábado, 18 de julho de 2015

A violência pouco estudada

A violência atual, principalmente a formação de facções para dominarem áreas ou estados, parece pouco estudada cientificamente. Não sei se pelo fato de a aproximação com esses grupos, para fins de estudo, ser praticamente impossível ou se a academia pouco se aprofunda no tema. O certo é que a sociedade, de quando em vez, como agora, em Manaus, tem de se deparar com uma espécie de guerra entre grupos, mas, o tema é pouco estudado. Por mais que teses e dissertações surjam, ao que parece, está mais do que na hora de o assunto passar a ser o tema central permanente de estudos e pesquisas. Pelo menos, para se entender como funcionam essas modernas redes de controle de negócios ilícitos. Com isso, a sociedade teria como, pelo menos, entender o fenômeno.


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

sexta-feira, 17 de julho de 2015

A pedagogia jurídica da Justiça do Acre

De quando em vez, a justiça do Acre nos dá lições que deveriam ser copiadas Brasil afora. Aliás, não só a justiça do Acre, mas, os acreanos. Para quem acha que nas Mídias Digitais, principalmente nas Redes Sociais como o Facebook e o Twitter, por exemplo, se pode dizer tudo e nada vai acontecer, é preciso tomar cuidado. No Acre, uma mulher foi condenada a pagar indenização de R$ 3 mil por “postagem ofensiva no Facebook”. O magistrado considerou que a série de postagens ofensivas no Facebook criou “uma situação vexatória e humilhante para o autor (da ação), afetando sua honra e imagem”. O autor da ação pedia uma indenização de R$ 18 mil, mas, o juiz aplicou a multa indenizatória de R$ 3 mil. Todos aqueles que usam as várias redes para fazerem ataques à hora e à imagem de quem dirige uma instituição, por exemplo, não devem esquecer, por exemplo, que o assédio moral é uma via de mão-dupla. E que quem dirige uma organização também não pode ser vítima constante de ataques e leviandades em série. Quando ataques constantes à hora e à dignidade provocam situação vexatória e humilhante, que é atingido também pode (e deve) reagir. Que a condenação da acreana sirva de lição aos que atacam de forma criminosa a imagem e a honra das pessoas. Serve, também, a todos os brasileiros e brasileiras que usam as Mídias Digitais para atacarem a honra das pessoas.


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

quinta-feira, 16 de julho de 2015

Estudante amazonense vence Olimpíada

Li, com orgulho, uma matéria sobre a conquista do estudante amazonense, Yuri Macedo, de 13 anos, que conquisto o primeiro lugar nas Olimpíada Brasileira de Matemática (OBMEP). Ele é estudante do 8° ano do ensino fundamental da escola estadual Waldocke Fricke de Lyra (CMPM III). O que ganha um jovem deste na nossa arcaica estrutura tradicional de ensino? Nada, absolutamente nada, além de algumas matérias de jornais, rádios e Tvs. Na vida escolar dele, no entanto, a conquista, a medalha, o mérito demonstrado, não servem para nada. Com todo o talento demonstrado, terá de cursar, normalmente, os anos do ensino médio, sem poder “mexer” sequer um degrau da escadinha do ensino tradicional. Talentoso como o é, deveria ser matriculado simultaneamente em um curso de graduação em Matemática. Ao terminar o ensino médio, estaria, ao mesmo tempo, graduado. Seria uma forma de recompensar o esforço e demonstrar que a conquista obtida tem valor. Criaríamos, também, dentro do sistema educacional, incentivo a quem demonstrasse desempenho acima da média. O estudante saberia, antecipadamente, que, conquistas como essas permitiriam que acelerassem nos estudos. Nossos gênios precisam ser incentivados. Com isso, teríamos sementes para uma Pós-graduação forte em todas as áreas.


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

quarta-feira, 15 de julho de 2015

A Educação que decepciona os educadores

O cargo que ocupo, de Pró-reitor de Pesquisa e Pós-graduação da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), não me permite externar, pela essência do cargo e por representar uma comunidade inteira de pesquisadores, as mesmas ideias, com o entusiasmo que as apresentava. Nada impede, porém, de ouvir, amigos, pesquisadores e meros colegas de trabalho sobre suas angústias. A conclusão que cheguei, ultimamente, é que a Educação, no Brasil, não decepciona apenas a comunidade em geral, mas, tem o poder de decepcionar os próprios educadores. Enfrentar abertamente os problemas e tentar solucioná-los, com respeito às diferenças, não passa de utopia. O que se tem, de um lado do outro do espectro político universitário, como na vida, é um jogo nada ético de permanente manipulação, digamos, da verdade, se é que a verdade existe. O que existe, com certeza, é um jogo de desrespeito mútuo, uma fogueira das vaidades individuais que enterra a universidade brasileira. O discurso de defesa dos interesses coletivos não passa de uma tremenda balela institucionalizada. O que se quer, em verdade, de um lado, é enfraquecer o governo Dilma Rousseff e Partido dos Trabalhadores (PT), da direita radical à esquerda, mais radical ainda. Do outro lado, cegos defensores do Governo, incapazes de avalia-lo criticamente. No meio do tiroteio, quem tenta fazer um trabalho sério, com honestidade, em direção aos dois lados. O que sobra para nós, os administradores? Uma tremenda decepção com o modo como as coisas andam: um jogo hipócrita, baseado no fingimento e na capacidade de dissimulação. Dói, decepciona, porque, raros são os que querem o bem do Brasil, dos brasileiros, da sociedade e da universidade. Mas, é a vida!


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

terça-feira, 14 de julho de 2015

O consumidor dos serviços educacionais

Via de regra, os consumidores dos serviços educacionais, deveriam ser os mais respeitados do que os consumidores de outros setores de serviços, justamente porque, espera-se de quem trabalha com Educação, educação. Na prática, a vida é outra coisa. E se há um consumidor que sofre é o de serviços educacionais. Quer seja estudante, que seja que do estudante é o mantenedor. As escolas abusam de tentar proibir o estudante de fazer provas quando estão inadimplentes, o que é proibido por Lei. Não disponibilizam nem o Projeto Político Pedagógico da Escola nem do Curso. É como se os deveres fossem só dos estudantes e dos seus pais e os direitos das escolas e dos professores. É uma lástima que assim se proceda. Mudar essa lógica é um bom passo para se mudar a Educação do País.


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

segunda-feira, 13 de julho de 2015

Ouvidoria não é instância recursal

Antes com o pomposo nome de Obudsman, o profissional ouvidor passou a ganhar mais espaço com a democratização do País. Nas Organizações públicas, então, a Ouvidoria é exigida pela Lei de Acesso à Informação. O problema é o exagero e a forma maldosa como se recorre às Ouvidorias no serviço público. Em qualquer Organização que se preze, a Ouvidoria é a última instância que se recorre, quando os problemas não são solucionados nos devidos setores ou o atendimento não foi de acordo com o que o cliente ou usuário do serviço esperava. Nas organizações públicas. Deixou de ser a última instância para ser a primeira. Qualquer problema, que pode ser resolvido nos setores, chega primeiro à Ouvidoria. Esse tipo de prática diminui a importância estratégica da Ouvidoria, que se transforma em uma espécie de “muro das lamentações”. O mais correto é que os problemas sejam encaminhados aos setores e, caso não sejam resolvidos, cheguem à Ouvidoria. Ainda assim, não se trata de uma instância recursal. Ou se compreende isso ou a Ouvidoria perde o sentido.


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

domingo, 12 de julho de 2015

Educação superior no olho do furacão

A Educação Superior brasileira, mais especificamente a Pós-graduação, ficou no olho do furacão desde o dia 06 de julho de 2015, quando a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), fez circular ofício nº 13/2015 – CDS/CGSI/DPB/CAPES informando o corte de 75% nos recursos do Programa de Apoio à Pós-Graduação (PROAP). O Ofício provocou reações de entidades de Norte a Sul, Leste a Oeste do País. No momento da divulgação do Ofício, o Ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, estava reunido com a Associação dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (ANDIFES). Já havia garantido que, apesar dos cortes de R$ 9 bilhões na Educação, o Plano Nacional de Formação de Professores (PARFOR) e o Programa Institucional de Iniciação à Docência (PIBID) estariam garantidos integralmente. No dia 9 de julho, os dirigentes da ANDIFES foram informados que os 25% correspondiam à liberação inicial. Ontem, dia 11 de julho de 2015, o MEC divulgou 90% dos recursos do PROAP estavam garantidos. O anúncio garante o funcionamento dos Programas de Pós no Brasil, mesmo com o corte de 10%. É um alívio, desde que, no segundo semestre, a liberação dos recursos não demore.


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

Desconhecimento e desrespeito

Não sei se por desconhecimento ou por desrespeito, talvez pelas duas coisas, mas há uma corrente que defende a divulgação pura e simples dos nomes das pessoas e das notas, vinculadas a qualquer certamente público. O argumento é que, em nome da transparência, se deve esquecer a questão do constrangimento ilegal. Não parece razoável que, justamente na área de Educação, se tenha a postura de desrespeitar o direito do outro, embora tal prática seja recorrente. É necessário que a cultura do desrespeito, impregnada na prática diária das pessoas, principalmente em sala de aula, seja mudada radicalmente. Para isso é fundamental que nós, os professores e professoras, também deixemos de lado as práticas antigas e partamos para a construção de uma sociedade mais justa e respeitosa.


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

sexta-feira, 10 de julho de 2015

O constrangimento ilegal em Educação

Há uma corrente no Direito, inclusive com decisões nos tribunais superiores que condenam estabelecimentos de ensino, que considera constrangimento ilegal a divulgação de notas vinculadas aos nomes de pessoas que concorrem em seleções públicas. Em geral, submeter uma pessoa a vexame ou constrangimento é um crime de constrangimento ilegal, passível de pena. Constrangimento, ao nosso ver, está no campo do foro íntimo. Quem participa de um certame, baseado em Edital, por exemplo, e tem um projeto não aprovado, pode se considerar constrangido ilegalmente, caso o seu nome seja publicado, vinculado a um projeto “não recomendado”. Cabe a quem administra os certames, zelar para que os candidatos, aprovados ou não, sejam poupados de quaisquer tipos de constrangimentos. Eis, portanto, a explicação para não se divulgar os nomes vinculados a projetos ou notas de quem concorrer em qualquer certame. Há quem considere, inclusive, a divulgação de notas de estudantes uma forma de constrangimento. O tema é polêmico, mas, evitar ao máximo quaisquer formas de constrangimento é um dever educacional e de cidadania.


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

quinta-feira, 9 de julho de 2015

A pregação teórica e a prática

Na Educação brasileira há uma espécie de dissonância cognitiva entre a pregação teórica e a prática. De um lado, permanentes arautos e defensores do respeito às diferenças e ao outro. Claro, desde que a pregação não “dê de cara” com os interesses dos pequenos (ou grandes) grupos que representam. Se isso ocorrer, os discursos são mantidos, mas, a prática se torna outra. É uma espécie de “faça o que eu digo, mas, não faça o que eu faço”, ladainha muito ouvida na infância de alguns, quer nas igrejas, quer nos templos. Acontece que a escola também pode ser vista como “um templo do saber”. E nela, os professores (e professoras), são os padres e os pastores. Quando o discurso é diferente da prática, os estudantes ficam sem rumo. Praticar o que se pregue, em alguns casos, para os estudantes, é mais importante do que uma boa aula. Talvez, para o processo educacional, nossa aula diária seja mais importante que o tempo que se passa em sala, a pregar para os estudantes.


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

quarta-feira, 8 de julho de 2015

Prisioneiros das nossas caixinhas

O uso da expressão “caixinhas” para significar a formação profissional de cada um de nós se popularizou. É como se a formação profissional fosse a tal caixinha que nos torna prisioneiros. E, talvez, seja isso mesmo: a cada dia somos mais corporativistas e menos pesquisadores ou cientistas. Isso porque, dentro das universidades e dos institutos de pesquisa, há uma tendência a se defender as profissões e não o conhecimento. Eis o erro crasso de quem, digamos, milita nas universidades e institutos de pesquisa. Nesses espaços, o que se deve defender e estudar é o conhecimento e não as profissões. Essas, são o lado técnico, a aplicação do conhecimento. Logo, restringem o olhar, nos tornam, sim, escravos das nossas caixinhas. Promoveremos a revolução que o País precisa no setor da Educação quando nos libertarmos, efetivamente, desta prisão mental.


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

terça-feira, 7 de julho de 2015

Mudanças que não dependem do Governo

Questões estruturais da Educação estão diretamente ligadas aos Municípios, Estados e Governo Federal. A maior das mudanças, porém, está em nós, os professores e professoras. E elas não dependem nem de consciência política nem de salários. Dependem da mudança de mentalidade. Fala-se tanto em autonomia, mas, coitados dos estudantes, obrigados a conviver com “grades curriculares “, professores (e professoras) com visões anacrônicas sobre o processo de aprendizagem e nenhuma possibilidade de exercerem qualquer tipo de liberdade. Os pacotes são pensados por burocratas da Educação, distantes da realidade e da vida dos estudantes. É preciso uma mudança substancial na visão que se tem de Educação e do processo educacional sob pena de termos uma sala de aula atrasada em relação ao mundo da vida. Em assim sendo, falar em Paulo Freire não passa de um mero exercício de retórica.


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

segunda-feira, 6 de julho de 2015

A lição das derrotas

Há que se aprender, ao longo da vida, e isso não se aprende na escola, que as derrotas, às vezes, são mais importantes que as vitórias. Principalmente, quando temos maturidade e humildade para com elas aprendermos. Acontece, porém, principalmente no ambiente universitário, que, para alguns, só a vitória interessa. Ainda que a vitória seja aparente e só se sustente com base em discursos falaciosos e de manipulações da realidade e dos fatos. Precisamos deixar de ser prepotentes coletiva e individualmente. Ser derrotado em uma frente pode ser o caminho para uma vitória em outra. Há quem, no entanto, se considere vencedor em tudo. Ainda que diante de desastrosas manobras. Quem manobra, e os condutores de veículos sabem bem disso, pode fazê-lo de forma brilhante, mas também, pode ser um desastre. Reconheçamos os desastres. Antes que seja tarde e tenhamos de nos arrepender posteriormente. Vencer ou perder são fazes da mesma moeda. Mais importante é viver.


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

domingo, 5 de julho de 2015

A manipulação desavergonhada dos fatos

Nunca vi tanta manipulação de fatos e da realidade quanto neste período, no Brasil, e, especialmente, na Universidade Federal do Amazonas (UFAM). Meu professor de Ética em Jornalismo, Antônio José Valle, deve estar vermelho de vergonha. A Ética que aprendi com ele não é relativa. É irrefutável: não se deve, pelo menos em nome da Ética, manipular fatos. E a recomendação não se destina apenas aos jornalistas, mas, aos Relações Públicas, aos Assessores. Há, no entanto, uma corrente de arautos da Ética a defender uma espécie de ética relativa: se a manipulação for a favor, digamos, “da causa”, vale tudo. Desavergonhadamente, tentam impor um pensamento único, como se o centralismo democrático ainda tivesse alguma chance de sobrevivência. Se há uma conquista que é da sociedade brasileira, é o fato de que ninguém se deixa mais tutelar. Só os incautos seguem líderes que se baseiam na manipulação desavergonhada dos fatos. O problema desses líderes de sabão é que os próprios fatos desmentem as suas bolhas. São patéticos!


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

sábado, 4 de julho de 2015

Emoção e amorosidade no encerramento do Semintur

Ao som da música “Olhar estrangeiro”, de Guilherme Arantes, estudantes, professores e convidados trocaram abraços emocionados e encerram o Oitavo Seminário de Pesquisa em Turismo do Mercosul (Semintur), hoje, pela manhã, às 9h30, no Teatro da Cidade Universitária da Universidade de Caxias do Sul (UCS), em Caxias, no município do Rio Grande do Sul. Antes deste momento de emoção, amorosidade e bem-querer-bem, definições de Maria Luíza Cardinale Baptista, foram apresentados os relatos das quatro rodas de conversações ocorridas na tarde do dia anterior: Conversações sobre hospitalidade, Conversações sobre Turismo, Epistemologia e Educação, Conversações sobre Turismo, Cultura e Sociedade e Conversações sobre Turismo, Cultura e Sustentabilidade. Os maiores elogios, tanto dos convidados estrangeiros quanto dos pesquisadores nacionais, foram para a metodologia, o formato, em Rodas de Conversas, inspirado no educador Paulo Freire. Até quem tinha resistências iniciais, ao final do evento, passou a elogiar a ousadia proposta. Talvez o maior avanço, possivelmente histórico, seja o fim da sisudez em eventos científicos, comprovadamente marcado pelo final, na troca de abraços. O Semintiur plantou a semente do AMORCOMTUR, grupo de pesquisa liderado por Maria Luíza Cardinale, que, há tempos, defendo uma pesquisa com paixão, amor e amorosidade. O encerramento serviu para demonstrar que cientista, sente e chora como qualquer outro ser humano. Um avanço incomensurável!


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

sexta-feira, 3 de julho de 2015

Boff emociona na abertura do Semintur

O Frei Leonardo Boff emocionou a plateia inteira do Oitavo Seminário de Pesquisa em Turismo do Mercosul (Semintur), ontem, às 19h30, no Teatro da Cidade Universitária da Universidade de Caxias do Sul (UCS), em Caxias, no município do Rio Grande do Sul. Ao abordar o tema “Hospitalidade, Ética e Turismo”, na primeira Grande Roda de Conversação, Boff levou os presentes ao choro ao abordar o problema econômico enfrentado pela Grécia e vaticinar: “Somos cruéis, insensíveis e sem piedade”. Os momentos de emoção foram surgindo quando Boff abordou a questão da hospitalidade narrando, de forma emocionada, uma tradução livre do livro VIII, As metamorfoses, do Poeta Romano Ovídio. De acordo com ele, devemos entender a Terra como a nossa casa, “a nossa casa comum”. E é por isso que devemos “cuidar da própria casa”. Assim, o mundo atual precisa desenvolver a “A ética do cuidado e a ética da cooperação”, pois, “a cooperação é a ética fundamental do universo”. Para ele, devemos sair da era da acumulação para a era do “capital humano espiritual” com base na “ética sustentabilidade, cuidado, cooperação”.



Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

quinta-feira, 2 de julho de 2015

Seminário de Pesquisa em Turismo do Mercosul

“Hospitalidade, Ética e Turismo” é o tema da Grande Roda de Conversação, com o Freio Leonardo Boff, que abre o Oitavo Seminário de Pesquisa em Turismo do Mercosul (Semintur), hoje, às 19h30, no Teatro da Cidade Universitária da Universidade de Caxias do Sul (UCS), em Caxias, no município do Rio Grande do Sul. A Programação do Seminário se estende até o meio-dia do dia 04 de julho de 2015 com Grades Rodas de Conversações e Rodas Temáticas de Conversações. O professor do Programa de Pós-graduação em Ciências da Comunicação (PPGCCOM) da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) e Pró-reitor de Pesquisa e Pós-graduação da UFAM, Gilson Monteiro, é um dos convidados da UCS para o evento. Ele participará, amanhã, das Conversações sobre Epistemologia e Educação, cuja ementa é “Ciência, educação e sociedade. Dimensões epistemológica, educacional e pedagógica do turismo. Formação para a pesquisa. Formação para o ensino em Turismo. Os contextos legal e institucional nos processos de pesquisar e ensinar. A produção científica em Turismo e Hospitalidade.” O diferencial do evento são as rodas de conversações, nas quais os pesquisadores não apresentam artigos, nem banners, mas, coloquialmente, trocam ideias sobre os trabalhos produzidos sob a coordenação de convidados âncoras. O professor da UFAM será um dos âncoras no evento.


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

quarta-feira, 1 de julho de 2015

A lição não aprendida com Ricúpero

Ao que parece, poucas pessoas se recordam do então Ministro da Fazenda, Rubens Ricúpero. Durante o período de implantação do Plano Real, Ricúpero era um dos homens mais fortes da República. Em 6 de setembro de 1994, renunciou ao cargo. Via satélite, vazou uma conversa de bastidores dele com o jornalista Carlos Monforte. O diplomata foi taxativo no áudio que vazara: "Eu não tenho escrúpulos. Eu acho que é isso mesmo: o que é bom a gente fatura, o que é ruim a gente esconde". Em 1994, no Brasil, era condenável manipular fatos, divulgar meias verdades. É preciso repensarmos, seriamente, que tipo de jornalismo queremos. Qual o tipo de assessoria que praticamos. “O que é bom a gente fatura, o que é ruim a gente esconde” parece ter se tornado regra. Principalmente de quem pratica assessoria de comunicação. Condenável no passado, a prática é tida como normal atualmente. A mim me parece ser tão condenável atualmente quanto o era antes. O problema é que a prática ganha corpo principalmente nos momentos de embates políticos mais acirrados. E, lamentavelmente, o que mais se vê hoje é a prática de se manipular fatos e se divulgar apenas a parte que mais convêm. Triste fim de o que antes se denominou “ética em comunicação”!


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.