segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Um NÃO bem grande à mediocridade


Desde que ingressei na Universidade Federal do Amazonas (Ufam), em 1985, como estudante de jornalismo, e em 1993, como professor, que ouço a mesma cantilena de que há um pacto de mediocridade na universidade brasileira: estudantes fingem que aprendem e professores fingem que ensinam. Há, em um jogo desses, no mínimo, “leveza” de caráter de ambas as partes. E quando, em uma universidade, isso é regra, como pensar em mudar a sociedade? Irritam-me profundamente as pessoas que relevam comportamentos pouco éticos dentro da universidade com o argumento de que ela (a universidade) é um espelho da sociedade. Trata-se de argumento pouco crível. Acima de tudo porque não podemos aceitar que a sociedade seja pouco ética e aceite pequenos deslizes. Ainda assim, se isso for verdade, cabe à universidade ser o lócus do sonho de que algo pode ser feito para melhorá-la (a sociedade). Há, ainda, nesse submundo dos pequenos delitos, artigos em dupla, trio e quetais feitos apenas por um, mas, com a assinatura dos demais. “Combinações” do tipo: eu publico na sua revista você publica na minha, eu te cito, tu me citas e por aí vai. Os defensores da prática argumentam que, com a cobrança produtivista implantada pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) seria impossível cumprir todos os critérios. Pergunto: regras que nos obrigam a praticar pequenos delitos acadêmicos devem ser seguidas? Não seria mais correto lutar para que regras com essas sejam mudadas? Uma boa meta, portanto, para nós, das universidades brasileiras, é dizer um “NÃO” bem grande à mediocridade. Talvez seja utopia sonhar com uma universidade que ajude a mudar o mundo (para melhor). O que seria da vida, porém, sem que se pudesse sonhar? Prefiro manter o sonho de uma universidade na qual a prática da honestidade acadêmica seja a regra.

Se você ainda não leu a “Carta aberta ao secretário Sérgio Mendonça”, cliquei aqui, leia e replique. Todos precisamos refletir sobre o problema. Juntos!

Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

domingo, 30 de dezembro de 2012

A universidade da lousa e do pincel atômico


Incomoda-me perceber que grande parte dos professores ainda sonha apenas com uma “universidade da lousa e do pincel atômico”. Incrível, mas, ainda há quem defenda a proibição do uso dos computadores e celulares na sala-de-aula e aceite, no máximo, o uso dos projetores de multimeios, conhecidos popularmente como data-shows. Enquanto a garotada navega quase diuturnamente nas Mídias Digitais e usa as redes sociais para promover os mais diversos tipos de encontros (e até desencontros), nós, os professores (e professoras), ao invés de pensarmos uma forma integrá-las (as Mídias Digitais e a garotada), maquinamos maneiras de proibi-las. Queremos barrar o uso de smartphones, tablets e computadores em sala de aula. Pois sabem o que defendo? Uma ampla, completa e irrestrita integração das salas de aulas atuais às Mídias Digitais. E que sejam usados todos os recursos multimidiáticos possíveis para tornar a sala de aula atual mais atraente. Que lutemos, no mínimo, para que as salas de aulas das universidades públicas brasileiras saiam definitivamente da era da “lousa e do pincel atômico” e passem, pelo menos, para a era das “lousas digitais”. Por que não pensar, por exemplo, a invés de oferecer “laboratórios de informática”, criar uma linha de crédito (no Bando do Brasil ou na Caixa Econômica Federal – ou nos dois) para que todos os estudantes que ingressem em uma universidade possam adquirir seu computador móvel? Seria uma espécie de programa “Um Computador por Estudante” (UCE). As universidades economizariam em verbas de manutenção de laboratórios e, certamente, um programa dessa magnitude, teria a adesão até dos bolsistas da própria universidade pelo baixo custo das máquinas e os benefícios ao processo de troca de saberes que elas provocariam. Mais que nos tornar seres políticos, as universidades deveriam nos devolver o prazer de sonhar. Até em voar, mesmo com asas postiças, coladas com cera. Cumpririam melhor o papel social para o qual foi criada. Que a ousadia seja premiada e não reprimida!

Se você ainda não leu a “Carta aberta ao secretário Sérgio Mendonça”, cliquei aqui, leia e replique. Todos precisamos refletir sobre o problema. Juntos!

Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

sábado, 29 de dezembro de 2012

Nem pensar em novas entradas para a Ufam


Ontem, na postagem “Agilidade na solução dos problemas de trânsito”, no Blog do Gilson Monteiro, comentei sobre a má-vontade das autoridades municipais de Manaus para solucionar o problema da entrada e saída de veículos na Universidade Federal do Amazonas (Ufam). Atualmente, há uma obra em curso que, porém, não resolverá completamente o problema, pois, eliminará o retorno à esquerda de quem sai do Campus Universitário Arthur Virgílio Filho. Dentro da própria Ufam, e fora dela também, existem propostas, no entanto, que, talvez, inicialmente resolvam o problema de retirada de circulação de veículos da Avenida General Rodrigo Octávio. Ao longo dos anos, porém, tem potencial destruidor catastrófico para ao hoje mais de 4,7 milhões de hectares da maior área verde da cidade de Manaus. A mais destruidora das propostas prevê a abertura de duas novas entradas, opostas a atual entrada. Em parte destruída por invasões, a área da Ufam sofreria danos ambientais irreparáveis se duas novas entradas forem abertas. É preciso mobilização para se reagir com veemência a este tipo de proposta. A comunidade da Ufam tem avaliar com todo cuidado essas soluções que, ao final, trarão mais problemas. Será que os benefícios compensarão os danos ambientais irreversíveis? Dizem que o povo aumenta mais não inventa. Se já circulam informações a respeito dessa proposta de duas novas entradas para a Ufam é prudente que as três categorias, de estudantes, técnicos e professores fiquem atentas. Ninguém pode ser conivente com a destruição da área verde da Ufam.

Se você ainda não leu a “Carta aberta ao secretário Sérgio Mendonça”, cliquei aqui, leia e replique. Todos precisamos refletir sobre o problema. Juntos!

Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Cabos e postes derrubados pelo temporal na Ufam


Hoje, ao ir para (e ao voltar da) a Universidade Federal do Amazonas (Ufam) vi cabos de alta tensão da nova rede elétrica no chão. Certamente o temporal, com o auxílio das árvores próximas aos postes, derrubaram os cabos, e alguns postes. Um filme voltou à mente: a disputa para a reitoria da Ufam em 2009. Tínhamos duas propostas para solucionar o problema permanente da queda de árvores e galhos que afetam a rede de distribuição que liga os setores Norte e Sul da Ufam. A mais cara delas, porém, que solucionaria definitivamente o problema, de acordo com os nossos assessores da época, seriam os cabos enterrados. Com isso, postes seriam eliminados, os cabos, ao invés de expostos, ficaram embaixo da terra. As constantes quedas de árvores, que terminam por provocar quedas de energia, praticamente inexistiriam. A segunda proposta por nós defendida, também indicada por nossos assessores, seria deslocar os postes para o centro da pista, alargá-las dos dois lados e praticamente anular a possibilidade de galhos e árvores afetarem a rede de distribuição de energia elétrica. Um dos nossos apoiadores mais criativos sugeriu, inclusive, que, para o percurso entre um setor e outro, a integração poderia ser feita por meio de ônibus elétricos ou bondinhos, uma vez que os postes com a fiação ficariam no meio da estrada. Os maledicentes passaram a dizer que eu e minha equipe éramos um “bando de porraloucas” por causa da proposta. Há algo de inexequível em uma proposta dessas? Pela ousadia e a inovação que representavam talvez se explique a reação dos mais reacionários. No fim das contas, a Administração da Ufam optou pela pior das soluções, que nós não defendemos durante a campanha. Talvez por ser a mais barata: substituir os postes e cocolar novos cabos aéreos. Ao passar pelo local hoje, quase quatro nos depois, tive a certeza que nossos apoiadores estavam corretos ao apontarem as duas melhores soluções, ousadas e inovadoras, por certo. Porém, mais caras. O estrago provocado pela queda das árvores, que terminou por derrubar postes e parte da rede, deixa claro que ainda é preciso uma decisão política que resolva de vez o problema. Talvez, todos juntos, inclusive a administração superior, tenhamos de perder o medo de sermos inovadores e ousados. É mais caro, mas, dura mais tempo e se transforma em legado para as futuras gerações.

Se você ainda não leu a “Carta aberta ao secretário Sérgio Mendonça”, cliquei aqui, leia e replique. Todos precisamos refletir sobre o problema. Juntos!

Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Instituições com IGC de tendência negativa serão penalizadas


O Ministério da Educação (MEC) divulgou quarta-feira, dia 26, a lista das Instituições de Ensino Superior (IES) que serão supervisionadas durante o ano de 2013. As medidas restritivas em relação ao funcionamento regular vão desde a suspensão ou fechamento de alguns cursos até a proibição de se realizar exames seletivos para o ingresso em 2013. Fazem parte da lista IES com IGC de tendência negativa se comparados os índices de 2008 com os de 2012. Essa comparação indica tendência de piora, no Amazonas, no Centro Universitário Luterano de Manaus (Ulbra) e no Centro Universitário de Ensino Superior (Ciesa). Nessas IES o MEC instala Processo Administrativo e elas ficarão sob supervisão até que as pendências sejam sanadas. Caso as providências saneadoras não sejam tomadas no tempo estabelecido pelo MEC, os cursos mal avaliados serão fechados. Em 2011, o Uninorte foi penalizado com o mesmo tipo de Processo Administrativo. Este ano, porém, como comprovou tendência positiva no IGC, as penalidades aplicadas foram revogadas. Ao que tudo indica, porém, esse tipo de comportamento do MEC de instaurar procedimento administrativo e depois revogá-lo apenas por conta de “tendências” não contribui para a melhoria da Educação do País, muito menos das Faculdades e Centros Universitários cujos IGCs giram sempre em torno de 1 e 2. Até mesmo as e IGC 3, como é o caso da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) deveriam receber incentivos e recursos para mudarem de patamar. Nem o Estado brasileiro nem a sociedade deveriam se conformar com universidades apenas medianas. A meta mínima de uma universidade deveria ser IGC 4. Enquanto assim não proceder, o MEC participará apenas de um jogo de faz-de-conta.

Se você ainda não leu a “Carta aberta ao secretário Sérgio Mendonça”, cliquei aqui, leia e replique. Todos precisamos refletir sobre o problema. Juntos!

Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Um IGC do qual não se pode ter orgulho


O fato de só o curso de Biologia estar entre os que podem sofrer sanções do Ministério da Educação (MEC) não significa que a Universidade Federal do Amazonas (Ufam), cujo Índice Geral de Cursos (IGC) foi 3, tenha motivos para se orgulhar. Aliás, não só a Ufam, mas também o Instituto Federal de Educação (Ifam) e a Universidade do Estado do Amazonas (UEA) também ficaram com IGC 3, numa nota que via de 1 a 5. Só haveria motivos para se tecer loas e até para se comemorar se o IGC fosse 4 com tendência para 5. Assim como se manter com a nota 3 por mais de 9 anos nos cursos de Pós-graduação não é nenhum motivo de orgulho, ficar anos a fio com IGC 3 só revela que o próprio Ministério da Educação (MEC) precisa investir mais para que pelo menos a Universidade e o Instituto Federal saiam desse patamar de 3. Mais uma vez, fica evidente que a falta de condições de trabalho, que durante a greve dos docentes o Governo Federal não quis nem saber de ouvir falar, é fator preponderante na falta de qualidade do ensino superior no País, principalmente o oferecido pelas universidades e institutos federais. Ao invés de comemorar que só um curso corre riscos na Ufam, a comunidade, bem como a própria administração superior, deveria acender a luz vermelha e usar a nota como forma de pressionar o MEC por mais investimentos.

Se você ainda não leu a “Carta aberta ao secretário Sérgio Mendonça”, cliquei aqui, leia e replique. Todos precisamos refletir sobre o problema. Juntos!

Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Pós graduação: a ameaça de extinção no Brasil


O diretor de avaliação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Lívio Amaral, disse, em uma conferência na Universidade Federal do Amazonas (Ufam), que “a Pós-graduação, no Brasil, é o ser em extinção”. Era o lançamento de um programa de excelência para a Pós-graduação na Ufam. Amaral, no entanto, apresentou números e fez um alerta que, talvez, já o tenha feito em outros lugares do Brasil: não se faz Pós-graduação de qualidade sem uma graduação à altura. Desde 2004 alerto, dentro da Ufam, que é preciso investir na melhoria da graduação. E nem precisava Lívio Amaral ter vindo a Manaus para se chegar a esta conclusão. Quem, como eu, observa os resultados das seleções para Mestrado e Doutorado, bem como dos concursos públicos para professores de Carreira, sabe que, há anos, a universidade se reprova. O que mais causa estranhamento, porém, é, diante, por exemplo, de exames de seleção para Mestrado e Doutorado cada vez mais catastróficos, nada ser feito. Nada contra o lançamento de um programa cujo objetivo seja atingir a excelência na Pós-graduação. Não se faz isso, porém, sem que, paralelamente, sejam tomadas medidas drásticas para mudar o rumo da graduação. Enquanto cada semestre iniciar com falta de professores, as aulas forem modorrentas, os professores estiverem desestimulados e os estudantes também, não se terá uma graduação de qualidade. Por conseguinte, não se terão bons estudantes para ingressarem na Pós-graduação. Como esse ciclo virtuoso não se completa, gera o que Lívio Amaral chama de ameaça de extinção. Se a ameaça já existe desde 2004, agrava-se a cada dia. É preciso dar condições de trabalho ao professor assim como os estudantes precisam de condições efetivas para estudar. Ou se passa da fase das salas de aulas equipadas meramente com carteiras (no mais das vezes desconfortáveis) ou se vai da ameaça à extinção. Estudantes e professores precisam estar comprometidos e estimulados. Enquanto os professores ficarem preocupados em saber como vai ser a tabela salarial para 2015 e não tiverem laboratórios equipados e salas de aula minimamente dignas para se conduzir o processo da troca de saberes teremos uma graduação sofrível. Com isso, os programas de Pós cairão de patamar. Assim, se implanta um círculo vicioso da má qualidade. E que afeta toda a educação do País uma vez que graduação ruim gera professores dos ensino básico e médio ruins, bem como ameaça os programas de pós. Que algo seja feito, com urgência, tanto na Ufam quanto nas demais universidades brasileiras para se vencer essa ameaça de extinção que perdura há décadas.

Se você ainda não leu a “Carta aberta ao secretário Sérgio Mendonça”, cliquei aqui, leia e replique. Todos precisamos refletir sobre o problema. Juntos!

Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Estudantes concorrer a 20 mil bolsas da Prefeitura


Estarão abertas a partir do dia 26, às 16h, e vão até o dia 13 de janeiro de 2013, às 20h, as inscrições para o Programa Bolsa Universidade, da Prefeitura Municipal de Manaus (PMM). O edital completo foi publicado no Diário Oficial do Município (DOM) do dia 21 deste mês, sexta-feira. As inscrições serão feitas no site http://bolsauniversidade.manaus.am.gov.br  para que os estudantes concorram a 20 mil bolsas em 13 instituições. São 332 bolsas de ampla concorrência, porém, com compensação tributária e 19.668 para ingressantes. Essas sem compensação tributária. Após uma análise criteriosa da documentação, a Prefeitura concederá bolsas de forma integral, com pagamento de apenas 25% do preço das mensalidades ou 50% das mensalidades. Das bolas com compensação tributária, 82 serão 100%, 112 serão 75% e 138, 50%. Todas as demais bolsas sem compensação tributária serão de 50%. Só podem concorrer às bolsas integrais estudantes que possuam renda bruta familiar de até dois salários mínimos vigentes. Às bolsas parciais de 75% podem concorrer estudantes que possuem renda bruta familiar de até três salários mínimos vigentes e às bolsas de 50% estudantes que possuem renda bruta familiar de até quatro salários mínimos vigentes. As vagas serão para 13 instituições: Uninorte, Nilton Lins, Martha Falcão, CIESA, Literatus, La Salle, IAES, Materdei, Fametro, Fucapi, Boa Novas, Dom Bosco e Maurício Nassau. Os estudantes que querem concorrer e não possuem acesso à internet terão acesso gratuito em Lan Houses por meio de parcerias feitas pela Prefeitura de Manaus. A relação das Lan Houses estará disponível no endereço eletrônico http://bolsauniversidade.manaus.am.gov.br  a partir do dia 28 de dezembro de 2012.

Se você ainda não leu a “Carta aberta ao secretário Sérgio Mendonça”, cliquei aqui, leia e replique. Todos precisamos refletir sobre o problema. Juntos!

Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

domingo, 23 de dezembro de 2012

Rito sumário aprova pacotão dos servidores federais


Em rito sumário, no Senado Federal, no dia 18 deste mês, o Governo aprovou todos os projetos de lei que tratam da carreira dos servidores públicos federais, dentre elas dos professores. Para o Sindicato Nacional Docentes Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), o “pacotão” de projetos, dentre eles o Projeto de Lei Complementar (PLC) 121/2012, consolida a desestruturação da carreira dos docentes do ensino federal. Em carta às Seções Sindicais, o ANDES-SN solicitou que fossem enviadas cartas aos senadores de cada Estado com o pedido de que os parlamentares rejeitassem a aprovação do projeto nos termos em que fora encaminhado ao Senado pelo executivo. Durante a votação, na noite do dia 18, somente o Senador Randolfo Rodrigues (PSol-AP) manifestou-se contrariamente “ao ler a carta do Andes-SN e registrar a oposição do Sindicato Nacional ao conteúdo do PLC 121/2012.” O rito sumário no Senado confirma a previsão do deputado federal Pauderney Avellino (DEM). Eu reunião com professores representantes do então Comando Local de Greve (CLG), o deputado foi claro: “o projeto só não será aprovado se o Governo não quiser. Hoje, o Governo possui ampla maioria nas duas casas e aprova o que quiser no tempo que achar que deve”. Na ocasião, Avellino alertou o professores e professoras em greve da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) que seria necessária uma mobilização intensa nos dias das votações para se conseguir alguma mudança na proposta. Particularmente não se trata de nenhuma surpresa: vencido pelos argumentos da maioria, sempre tive certeza de que, caso fosse votada a “suspensão da greve” naquele momento, após 120 dias de luta, ocorreria uma desmobilização geral. Não deu outra. Talvez, se o ANDES-SN estiver correto e a desestruturação da carreira se concretizar, novo movimento possa conseguir algum avanço e nova mobilização. Por enquanto, é esperar o que acontecerá com os contracheques nos próximos meses.

Se você ainda não leu a “Carta aberta ao secretário Sérgio Mendonça”, cliquei aqui, leia e replique. Todos precisamos refletir sobre o problema. Juntos!

Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

sábado, 22 de dezembro de 2012

As relações no ambiente na universidade


Desde que ingressei na Universidade Federal do Amazonas (Ufam) como professor, no início de março de 1993, em todas as confraternizações do Departamento de Comunicação Social (Decom), do Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL) e da própria a Ufam, repito um mantra: “por mais que tenha divergências com você, serei obrigado a conviver até os 65 anos, quando chega a aposentadoria, porque não fazermos dessa obrigação algo o mais saudável possível?” Assim vejo a vida na universidade. Não sou obrigado a concordar com nenhuma vírgula, muito menos os espaços em branco, das pessoas com as quais convivo dentro da universidade (a regra também serve para fora dela). Tenho a obrigação, porém, por dever de respeito a qualquer ser vivo, inclusive humanos, de respeitá-los, bem como suas ideias. Há pessoas que nascem, crescem, vivem e morrem sem aprender esse princípio básico da vida em sociedade. Não foi nada fácil para mim. Uma agressão sofrida em pleno auditório Rio Solimões, do ICHL, o fim do casamento, a derrota, pela segunda vez, na disputa pela reitoria da Ufam, sessões de terapia, muitas alegrias e muitos sofrimentos durante este intervalo de tempo, tudo entre os 45 e os 49 anos de idade, somados, às leituras de Luhmann, Morin, Matura e Varela, Capra, Lipinton... e hoje querida amiga Maria Luiz Cardinale Baptista Rodrigues, que me abriu as portas da amorosidade como Ciência, foram fundamentais para que eu entendesse que Ciência, Paixão e Afeto são essenciais para a vida dentro e fora da academia. O ciclo se fechou. Intuitivamente, o mantra que defendi desde que entrei na Ufam, confirma-se cientificamente. Meus adversários políticos de hoje em qualquer disputa interna da Ufam são meus possíveis aliados de amanhã, assim como os apoiadores de ontem podem ser os adversários de hoje e, novamente, aliados de amanhã. Essa é dinâmica da vida política. Dentro ou fora da universidade. Há que se ter, porém, respeito às diferenças. Há que se entender que as ideias hoje podem ser convergentes e amanhã divergentes. Isso, porém, não nos transforma nem em amigos nem em inimigos eternos. Somos, mais que tudo, colegas de trabalho que temos uma finalidade, pelo menos é o que imagino: uma universidade melhor, mais justa e de excelência. Jamais tomei uma decisão dentro da Ufam que não tenha por finalidade torná-la melhor para mim, meus filhos e para a sociedade e seus filhos. Picuinhas partidárias e individuais são coisas menores diante da grandeza da universidade, especificamente, neste caso, da Ufam. Portanto, não me queiram transformar em inimigo eterno nem daquelas pessoas que, por algum momento, cheguei até a odiá-las. Maturidade gera sabedoria, que rima com felicidade. Optei, na academia e fora dela, por ser feliz. Não me queiram tirar desta rota, pois, presumo, fracassarão.

Se você ainda não leu a “Carta aberta ao secretário Sérgio Mendonça”, cliquei aqui, leia e replique. Todos precisamos refletir sobre o problema. Juntos!

Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

A excelência tem de ser meta da universidade


Por conta da postagem de ontem, publicada somente hoje neste espaço denominada “Márcia Perales candidatíssima à reeleição”, recebi o seguinte comentário de um dos meus leitores, o qual prefiro não identificar: “meu caro Prof. Gilson, sempre leio o seu blog e confesso que gosto muito das suas colocações. Seria interessante você escrever algo sobre este megaprojeto de Pós-graduação que foi apresentado nesta terça-feira....na beira de uma reeleição... em 2010 a CAPES tinha apresentado as avaliações das pós da UFAM, quase todos ruins.. e nao foi feito nada, agora no final do trienal vem apresentar um projeto... o que fizeram nestes 3 anos....????? e vejo os cursos de graduação um fracasso, biologia pode até ser fechado!!!!!!! Não entendo como falam em termos pós de excelência com graduação fraca, a PROEG e PROPESP trabalham descorrelacionadas... nao existe um MEGAprojeto para melhoria da graduação? Não dão atenção para a graduação, podemos ver as salas de aula sem professor, infraestrutura,....um descaso total e sabido pela atual e outras gestões, viram a cara e que os alunos deem o seu jeito.....tem gerador para administração, espaço físico para convivência (mini-shopping), mas falta energia nos blocos de sala de aula, não temos uma biblioteca (prioridade zero), ate já escutei de gente afirmando que biblioteca não é prioridade (temos livros virtuais), e olha que foi falado por um pró-reitor!!! fico triste em ter um universidade sem meta a ser atingida, falam em numero e não em qualidade.” Pois bem, meu caro leitor. Não sei se você se recorda que elegemos a melhoria do ensino de graduação como prioridade zero do nosso projeto de candidatura à eleição para reitor da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), em 2004. Por entender, exatamente, que sem uma graduação de excelência não teremos Pós de qualidade. Nosso projeto foi derrotado por duas vezes. Curiosamente, no lançamento do programa “Todos pela Pós-graduação”, o diretor de avaliação da Comissão de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Lívio Amaral, apresentou dados para corroborar sua própria afirmação: “nós, a pós-graduação, somos seres em fase de extinção”. Sua afirmação, na hora de forma bem-humorada, foi para comentar uma tragédia brasileira: os programas de Pós, a cada dia, recebem menos estudantes com o nível de excelência que precisam exatamente porque há uma crise generalizada nos cursos de graduação no Brasil inteiro. Paralelo a um PAC-Pós, deveria haver um PAC-Grad. Todas as ações de uma universidade devem convergir para o processo de formação com o fim do exercício pleno da cidadania. E isso passa por cursos de graduação forte, pois, como disse Lívio Amaral, os cursos de Pós, são candidatos à extinção caso os cursos de graduação não superem os problemas atuais. Todos pela universidade excelência em todos os níveis. Talvez esse fosse o mote ideal. 

Se você ainda não leu a “Carta aberta ao secretário Sérgio Mendonça”, cliquei aqui, leia e replique. Todos precisamos refletir sobre o problema. Juntos!

Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

Márcia Perales candidatíssima à reeleição


Não se sabe quais ventos passaram a soprar dentro e ao redor do Centro Administrativo da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), prédio da reitoria, mas, o certo é que o vice-reitor, Hedinaldo Narciso, tido como candidato à sucessão da professora Márcia Perales Mendes e Silva, no máximo, será o candidato a vice, numa chapa que repetiria a de 2009. Perales, que até os amigos mais íntimos apostavam todas as fichas com quem quisesse que não seria candidata, dá sinais que novos ventos sopraram e, embora oficialmente ainda não tenha se manifestado, é candidatíssima à reeleição. Assessores que sustentam relação mais próxima da reitora garantem que até bem pouco tempo ela realmente não pensava em se candidatar e que fez uma administração técnica, sempre voltada para os interesses da Instituição. Hoje, porém, há um novo clima entre os colaboradores mais próximos e tudo leva a crer que Márcia Perales tentará obter um novo mandato de mais quatro anos a frente da Ufam. Há mais ou menos dois anos, quando nem a própria reitora admitia publicamente a possibilidade de se candidatar, apostei com um antigo colaborador das minhas duas campanhas à reitoria da Ufam de que Márcia Perales seria candidata à reeleição. Meus argumentos, à época, eram simples: naqueles dois anos iniciais, Perales havia demonstrado claramente ter rompido completamente com as diretrizes implantadas por Hidembergue Hordozgoith da Frota e dado um tom mais conciliador, com poucos sinais do autoritarismo quase tirânico de Frota. Esse meu colega argumentou que eu estava equivocado, que ela não teria cacife político para enfrentar uma reeleição. Mais recentemente, de novo, quando até um amigo próximo do esposo de Márcia Perales, jurou a mim de “pés juntos” que ela não se candidataria “por questões familiares”, fiz um desafio a ele: “pois eu aposto que ela será candidata. Ninguém atua dessa forma na greve dos professores se não for candidata”. Fui ridicularizado na roda de amigos, porém, dia desses, ao passar por ele, devolvi as gozações e disse ”ganhei aquela nossa aposta”. Vale lembrar que não é a primeira vez que venço uma aposta nesse sentido: quando Frota se candidatou à reeleição eu era a única pessoa que desde o início dizia que ele seria candidato quando, até ele mesmo chegou a me negar isso, pessoalmente, três vezes (antes de o galo cantar). As especulações nos corredores da Ufam giram, agora, em torno do motivo que levou Perales a mudar de ideia e resolver se candidatar. Não tenho a menor ideia e, neste caso, não aposto nada. Minha bola de cristal parece funcionar muito bem no caso das candidaturas dos meus opositores. Por duas vezes, porém, ela não me avisou que eu seria derrotado. Ou, talvez, tenha me mandado os avisos corretos e eu os interpretei equivocadamente. Quem cruza comigo pelos corredores da Ufam já sabe, há muito, o que o oráculo me revelou. Prefiro, porém, ter prudência em divulgar. Por enquanto, fico apenas com a notícia da mudança de ares lá pelas bandas da reitoria. A candidatura de Sylvio Puga é certa e ainda especulam que Frota tentará voltar ou lançará um candidato do seu grupo. Só nos resta esperar para ver!

Se você ainda não leu a “Carta aberta ao secretário Sérgio Mendonça”, cliquei aqui, leia e replique. Todos precisamos refletir sobre o problema. Juntos!

Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

OBS: Post do dia 20/12/2012

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Curso da Ufam entre os que podem fechar


O Curso de Biologia da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) é um dos que podem ser fechados em 2013 pelo Ministério da Educação (MEC) caso mantenha desempenho de igual ao deste ano, quando ficou com o Índice Geral de Cursos (IGC) 2. . O IGC é uma espécie de cesta de índices consolidados e resulta da pontuação dos estudantes concludentes de cursos no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), da titulação dos professores e do regime de trabalho e a infraestrutura e organização didático-pedagógica da Instituição de Ensino Superior (IES). A nota no Enade equivale a 30% da nota, a titulação dos professores e seu regime de trabalho valem 15% e a infraestrutura e organização didático-pedagógica da instituição (15%). Pela Legislação em vigor, as IES com IGC entre 1 e 2 não poderão participar de programas como o Programa Universidade para Todos (ProUni) e o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). O Curso de Biologia da Ufam receberá acompanhamento do MEC e a IES terá de assinar um termo de comprometimento da melhoria da qualidade do curso oferecido. Como o MEC é o mantenedor, deverá investir na Ufam para que as metas do curso sejam alcanças. Novos alunos não podem ser matriculados nem no curso de Biologia da Ufam nem em quatro cursos do Centro Universitário Nilton Lins. São eles: Pedagogia, Arquitetura e Urbanismo, Engenharia Civil e Engenharia da Produção. Na UninorteLaurette Internacional, o curso de Licenciatura em Letras  receberá acompanhamento, bem como os cursos de Engenharia de Controle e Automação e Tecnologia em Automação Industrial da Universidade Paulista (Unip). O curso de Engenharia da Produção, da Fucapi também será monitorado. Todos esses poderão vencer a etapa de monitoramento caso haja contração de professores e investimentos em ifraestrutura capazes de demonstrar uma tendência de melhoria, uma vez que passaram do IGC 1 para IGC 2. No caso do curso de Licenciatura em Pedagogia, da Faculdade Tahirih, não há possibilidade de ainda realizar seleção no ano que vem por ter piorado o desempenho no IGC do MEC.

Se você ainda não leu a “Carta aberta ao secretário Sérgio Mendonça”, cliquei aqui, leia e replique. Todos precisamos refletir sobre o problema. Juntos!

Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Fórum de Pós-graduação criado no ICHL


Coordenadores de Pós-graduação reunidos no encerramento do segundo dia do Seminário de Avaliação d Pós-graduação do Instituto de Ciências Humanas de Letras (ICHL) hoje, às 17h, decidiram criar o Fórum de Pós-Graduação do Instituto, composto por todos os coordenadores e vice-coordenadores dos programas de Pós oferecidos pelo Instituto: Programa de Pós-graduação em Sociedade e Cultura na Amazônia (PPGSCA), Geografia, História, Comunicação, Serviço Social, Ciências Sociais e Letras. O objetivo do Fórum é propor políticas públicas de Pós-graduação para o Instituto e para a Universidade Federal do Amazonas (Ufam) bem como auxiliar a Direção do Instituto indicando políticas administrativas, acadêmico-científicas, de integração entre os próprios programas e os cursos de graduação, além de discutirem ações conjuntas para implantar efetivamente a interdisciplinaridade entre si. Durante a tarde de hoje foram discutidos inúmeros problemas que prejudicam o funcionamento dos Programas de Pós-graduação oferecidos pelo Instituto e foram propostas ações que minimizam esses problemas e criem possibilidades para que o PPGSCA passe da nota 4 para a nota 5 e tire os demais programas do ICHL da nota 3. Um documento com as principais proposições discutidas nos dois dias será elaborado e distribuído às coordenações para balizar as próximas reuniões do Fórum. Um dos principais problemas apontados pelos presentes é a falta de pessoal técnico-administrativo para os programas assim como a necessidade de se contratar mais professores a fim de diminuir a excessiva carga de trabalho de quem atua em dois Programas de Pós, o caso da maioria dos professores do ICHL, que atuam nos programas disciplinares e no PPGSCA.

Se você ainda não leu a “Carta aberta ao secretário Sérgio Mendonça”, cliquei aqui, leia e replique. Todos precisamos refletir sobre o problema. Juntos!

Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

ICHL inicia processo de avaliação da Pós-graduação


O Instituto de Ciências Humanas de Letras (ICHL) iniciou hoje, às 9h, dois dias de seminário para discutir e avaliar os sete programas de Pós-graduação do Instituto. Além do mais antigo deles, o Programa de Pós-graduação em Sociedade e Cultura na Amazônia (PPGSCA), o ICHL possui Pós-graduação em Geografia, História, Comunicação, Serviço Social, Ciências Sociais e Letras. O encontro é uma reivindicação que surgiu desde a ampliação do número de programas, antes apenas o PPGSCA, e, agora, mais seis programas, o que totaliza sete programas. O objetivo do Encontro é evoluir para uma a criação de um Fórum dos Programas de Pós-Graduação do ICHL com o fim de discutir políticas do Instituto voltadas para a pesquisa que levem em conta ações administrativas, pedagógicas e estratégicas para, em conjunto, elevar o nível dos Programas do ICHL. O Seminário, curiosamente, ocorre exatamente no momento em que a Universidade Federal do Amazonas (Ufam) lança um Programa de Apoio à Consolidação da Pós-Graduação (PACPG), amanhã, às 9h, no Auditório Rio Amazonas, da Faculdade de Estudos Sociais (FES). Toda essa movimentação significa que nem a Administração Superior nem os Institutos, no caso o ICHL, aceitam mais a condição de cursos avaliados com nota 3. Particularmente, costumo dizer que a nota 3 é a “alfabetização da Pós-graduação”, logo, uma universidade não pode se contentar que seus programas sejam permanentemente notas 3. Tanto assim o é que a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) descredenciam cursos que permanecem como nota 3 ao longo de três triênios. Por mais que alguns professores reclamem do “rigor excessivo” da Capes, não me parece tanto rigor deixar que um programa permaneça nove anos com a mesma nota. O tempo de quase uma década para que um curso saia do patamar inicial parece, ao contrário, bastante razoável. O problema é que a Capes não possui recursos suficientes para financiar os programas a ponto de incentivá-los a elevar a nota. Vários fatores interferem no processo de avaliação, o maior deles, a exigência de produtividade de dois artigos ou capítulos de livros por ano, o que dá um total de seis artigos ou capítulos ao final de um trimestre. Logo, quando se autoriza um novo Programa de Pós-graduação, é necessário investimento, por exemplo, na contratação de pessoal técnico-administrativo e de professores. Sem isso, as condições para a produção científica ficam prejudicadas. Assim, o Seminário de Avaliação do ICHL é uma tentativa de se aperfeiçoar ações em conjunto capazes de elevar o nível da Pós-graduação da Ufam e do ICHL.

Se você ainda não leu a “Carta aberta ao secretário Sérgio Mendonça”, cliquei aqui, leia e replique. Todos precisamos refletir sobre o problema. Juntos!

Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

domingo, 16 de dezembro de 2012

Investimentos em manutenção das universidades


Cabe ao Ministério da Educação (MEC) não apenas fiscalizar e agir rigorosamente em relação às faculdades com Índice Geral de Cursos (IGC) menor ou igual a 2, inclusive, fechar aquelas que não cumprirem metas de melhoria da qualidade dos cursos ofertados, mas também, injetar recursos para a manutenção das universidades públicas a fim de que essas não passem a ter desempenho semelhante ao daquelas faculdades. Um exemplo de que o sinal de alerta deve ficar ligado é o IGC das universidades públicas, tanto a Universidade do Estado do Amazonas (UEA), quanto a Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e o Instituto Federal de Educação do Amazonas (Ifam). Todas elas tiveram o IGC 3. Isso significa que não se encontram tão acima daquelas faculdades particulares ameaçadas de terem cursos fechados. E se as universidades não se encontram tão acima as faculdades particulares é em função da falta de investimentos em manutenção. Com isso, laboratórios ficam sucateados o que resulta nas péssimas condições de trabalho enfrentada por professores e técnicos. Tanto é assim que esse foi um dos principais pontos da pauta de reivindicação de professores e professoras na última greve. As negociações durante a greve revelaram mais uma vez o descompromisso do Governo em investir na melhoria das condições de trabalho. Agora, no entanto, com a divulgação do IGC, fica mais do que evidente a necessidade de investimentos para que se possa dar condições de trabalho e de se desenvolvam as atividades do processo de aprendizagem.

Se você ainda não leu a “Carta aberta ao secretário Sérgio Mendonça”, cliquei aqui, leia e replique. Todos precisamos refletir sobre o problema. Juntos!

Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

sábado, 15 de dezembro de 2012

Brasil: um País impedido de crescer


Certa em cheio a presidente Dilma Roussef (PT) ao defender que os royalties do petróleo sejam canalizados integralmente para a Educação. Além da questão da qualidade dos estudantes que saem das universidades, centros universitários e faculdades, há um problema mais grave: em algumas áreas faltam profissionais formados, ainda que sejam de qualidade duvidosa, o que impede o País de crescer a ritmo maior. Para se ter uma ideia, se o Brasil crescesse 10% ao ano durante 10 anos, ao invés de gerar benefícios para a comunidade, geraria um caos total caso os investimentos em Educação mantivesse o patamar atual justamente pela falta de pessoal qualificado para ser absorvido pela demanda gerada em função desse crescimento hipotético. No ritmo atual de crescimento, o Brasil já começa a enfrentar problemas; há 10 áreas nas quais faltam profissionais. A cada ano, por exemplo, 20 mil postos de trabalho não são preenchidos na área de engenharia porque as instituições de ensino não dão conta de formar profissionais suficientemente. O problema é mais uma demonstração de que a questão da Educação Superior brasileira não é apenas de investimentos, mas, sobretudo, de planejamento. Ao invés de autorizar cursos de acordo com as solicitações das IES, o MEC deveria canalizar esforços para que fossem oferecidos, nos mais diversos locais do País, cursos nessas 10 áreas estratégicas nas quais faltam profissionais. Enquanto faltam engenheiros, sobram vagas em cursos de Direito, de Norte a Sul, numa clara demonstração de que há pouca preocupação com a empregabilidade quando se decide “abrir” um novo curso no País.

Se você ainda não leu a “Carta aberta ao secretário Sérgio Mendonça”, cliquei aqui, leia e replique. Todos precisamos refletir sobre o problema. Juntos!

Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

MEC implodirá gavetas do Ensino Médio no País


O desempenho pífio de grande parte das faculdades e universidades brasileiras demonstrado por meio do Índice Geral de Cursos (IGC) talvez seja o “empurrão” que faltava para que o Ministério da Educação (MEC) promova uma espécie de intervenção que começaria com mudanças radicais no Ensino Médio. Pela proposta do MEC, que desde 2009 foi incentivada em caráter experimental, as atuais 13 disciplinas obrigatórias (História, Geografia, Filosofia, Sociologia, Química, Física, Biologia, Inglês, Artes, Espanhol, Língua Portuguesa, Educação Física e Matemática) passariam a ser agrupadas em quatro grandes áreas, seguindo a denominação já usada no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem): ciências humanas, ciências da natureza, linguagem e matemática. Desde que Edgar Morin propôs o que denominou “religação dos saberes”, ou seja, a implosão das “gavetas” denominadas disciplinas, não se faz uma proposta tão arrojada e ousada para a Educação brasileira. Certamente, as pressões dos “donos das gavetas do saber” reagirão com muito mais força. Não é à toa que desde 2009 a proposta patinha, por ter sido indicada como experimental, e não sai do papel. Em agosto deste ano, ao anunciar que a mudança ocorreria, o Ministro da Educação, Aloizio Mercadante, garantiu que até o final do ano a proposta seria fechada e enviada ao Conselho Nacional de Educação (CNE) para que, após ser discutida, fosse transformada em uma diretriz para o Ensino Médio no País. A mudança, se oficializada, certamente criará condições para que, finalmente, a Educação Superior também comece a rediscutir o processo de formação atual e, mais que isso, uma completa reestruturação administrativa. Imaginemos quão moderna seria a universidade que topasse ter apenas quatro grandes institutos?  De Ciências Humanas, Ciências da Natureza, Linguagem e Matemática? Em cada um desses quatros instituto seriam distribuídas as faculdades, compostas por cursos cujas afinidades sejam didático-pedagógicas e não afinidades pessoais ou política dos professores (e professoras) que os compõem? Qualquer reforma administrativa que não tenha como princípio basilar uma reflexão sobre esse agrupamento proposto pelo Ministério da Educação será baseada em interesses individuais ou corporativistas. É fundamental que mudanças administrativas tenham como princípio da discussão a “religação dos saberes” e não os interesses particulares dos membros da comunidade acadêmica, principalmente. Centrar as discussões na relação de poder dentro dos conselhos superiores das instituições é equívoco dos mais graves e que não será perdoado pela história.

Se você ainda não leu a “Carta aberta ao secretário Sérgio Mendonça”, cliquei aqui, leia e replique. Todos precisamos refletir sobre o problema. Juntos!

Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Sete Faculdades de Manaus entre as piores


Dados específicos do Índice Geral de Cursos (IGC) do Ministério da Educação (MEC) revelam que estão localizadas em Manaus sete das piores faculdades do País e todas são particulares. O número representa 41% do total das faculdades estabelecidas na capital do Estado. A pior nota foi da Faculdade Boas Novas (FBN) que atingiu apenas o IG 1. As outras seis que tiveram IGC 2 foram: Ulbra, Ciesa, IEAS, Materdei e Táhirih. Pela legislação em vigor, essas faculdades receberão visitas de avaliadores do Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anysio Teixeira (Inep) e de autoridades do MEC para firmarem um “termo de ajustamento de conduta”. Quem não cumprir as metas poderá, inclusive, ser fechada. De imediato, não terão examinados os pedidos de abertura de novos cursos e podem ser obrigadas a diminuir o número de estudantes por turma ou até fechar algumas turmas existentes. Além disso, pela Lei, essas IES com IGC entre 1 e 2 não poderão participar de programas como o Programa Universidade para Todos (ProUni) e o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). O que preocupa, também, não é apenas o desempenho pífio dessas IES particulares. Há que se levar em conta e acender uma luz vermelha para as três Instituições de Ensino Superior públicas do Estado do Amazonas: Instituto Federal do Amazonas (Ifam), Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e Universidade do Estado do Amazonas (UEA). Todas elas obtiveram IGC 3, desempenho que pode ser considerado pouco confortável se comparado ao desempenho das demais particulares que correm o risco de fechar. Governo Federal, Governo do Estado e Prefeitura Municipal deveriam unir esforços e promoverem uma ampla discussão sobre o processo de Educação no Estado e firmarem metas comuns para mudar o quadro do Estado em todos os níveis. Manter desempenho tão pífio em avaliações futuras compromete o futuro da Educação no Estado para os próximos 20 anos.

Se você ainda não leu a “Carta aberta ao secretário Sérgio Mendonça”, cliquei aqui, leia e replique. Todos precisamos refletir sobre o problema. Juntos!

Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

O conhecimento não tem dono: é do mundo


Às vezes me pego a tentar entender o funcionamento da universidade, sua relação com a sociedade e a tentativa de se aprisionar o saber, ou melhor, os saberes. E chego a me questionar: o conhecimento tem dono ou é do mundo, está disponível no universo e cabe a nós construir o nosso quinhão finito dessa vastidão infinita de saberes? Será que se trata de uma pergunta que tenha resposta? Talvez seja necessário, em primeiro lugar, tentar definir, afinal, o que é o conhecimento. Particularmente, penso que o acúmulo de perícia e técnica, temperada com uma visão crítica de mundo, é capaz de nos dá experiência. O conhecimento, portanto, seria o acúmulo, ao longo do tempo, dessa experiência, que, passo a passo, se transforma em sabedoria. No mundo do trabalho atual, da concorrência constante e desenfreada promovida pelo capital, há espaços para os sábios ou, no máximo, o domínio da técnica é essencial? Eis o dilema da esfinge da universidade no mundo inteiro. Tomemos como exemplo o curso de jornalismo. Quem fica tecnicamente mais preparado? Quem passa quatro anos e meio em uma redação de jornal, por exemplo, ou em um curso e jornalismo de uma universidade brasileira? Com as péssimas condições de trabalho, a falta de infraestrutura laboratorial, de pessoal técnico de apoio e, inclusive, de professores, não tenho nenhuma dúvida em afirmar que, atualmente, se a questão for centrada única e exclusivamente em “fazer jornal”, quem passa quatro anos e meio dentro de uma redação tem infinitamente mais chances de “aprender a fazer” do que quem passa o mesmo período em um curso de jornalismo. É impossível, ainda mais se for o caso de uma universidade pública, se acompanhar o avanço tecnológico. Acontece, porém, que, a me ver, o papel da universidade não é formar meros técnicos. Precisa fazer com que as pessoas entendam as relações entre ela (a pessoa), o ambiente, as outras pessoas, o universo e a vida. Não só dos humanos, mas, de todos os seres vivos. Exatamente porque, a cada dia, aumenta a minha convicção de que não há “donos” dos saberes, portanto, do conhecimento. O que se faz, e a universidade não pode apenas servir a isso, é organizar categorias profissionais, verdadeiros guetos, de “donos do saber e da técnica” em determinadas áreas do conhecimento e, pasmem, determinadas disciplinas. É como se fosse possível dividir o mundo em “castas de saberes” e cada uma dessas castas estabelecerem suas regras e suas formas de “prospectar” o conhecimento. Com isso, tentam disciplinar o processo de aquisição de conhecimentos pelos seres vivos, especialmente os seres humanos. Vivemos, assim, em uma sociedade de castas, formadas pelas categorias profissionais. Tal modelo precisa ser repensado.

Se você ainda não leu a “Carta aberta ao secretário Sérgio Mendonça”, cliquei aqui, leia e replique. Todos precisamos refletir sobre o problema. Juntos!

Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Um kit-tecnológico para cada professor universitário


Em função da necessidade de viajar amanhã, negocie com o professor Allan Rodrigues o uso, por ele, do horário da quinta-feira, das 8h às 12h, na turma do quarto módulo do curso de Jornalismo da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) no qual eu ministraria a aula. Por uma questão de princípio e em respeito aos estudantes, combinei com o professor Allan Rodrigues que, juntos, comunicaríamos os estudantes as mudanças por nós negociadas. Eis que o professor Allan Rodrigues, por volta das 8h15h, se aproxima com uma mala média, daquelas de viagem (e de rodinhas) a fazer um barulho médio em função do piso que dá acesso à sala de aula, no novo bloco do Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL), entregue recentemente. Antes de iniciar a aula e de explicarmos a mudança, o professor abre a mala e começa a retirar dela desde os adaptadores de tomadas às extensões, passando pelo projeto de multimeios e pelo próprio computador. Brinquei com ele: ”seria interessante se cada professor recebesse uma mala dessas com o seu kit sala e aula”. Acrescentei que seria mais barato e evitaria a universidade ter despesas constantes com equipamentos roubados e diminuiria a necessidade de uma vigilância mais ostensiva. Terminada a conversa com os estudantes saí com aquela ideia na cabeça: não será mesmo, inclusive mais econômico, se pensar em um projeto similar ao “Um computador por aluno (UCA)” para os professores das universidades públicas brasileiras? Ou, na pior das hipóteses, se criar uma linha de financiamento para a compra de algo como a “mala-professor”, com todos os equipamentos básicos para que se faça, em sala de aula, apresentações de material em áudio e vídeo, como apoio para o processo ensino-aprendizagem? O que não se pode aceitar é que, em pleno Século XXI, na era da sociedade da informação ou quaisquer nomes que se queira dar, a sala de aula ainda seja um espaço com carteiras tradicionais e um espaço em branco para que os professores e professoras rabisquem suas impressões a respeito de alguns temas da aula. “Os homens de Brasília, que não podem ser eternos...” como diria Celso Viáfora na música “Não vou sair” precisam pensar em algo que transforme as salas de aulas efetivamente em espaços de criação e troca de saberes. Usar a tecnologia favoravelmente em prol da melhoria até da aula tradicional pode ser o primeiro passo.

Se você ainda não leu a “Carta aberta ao secretário Sérgio Mendonça”, cliquei aqui, leia e replique. Todos precisamos refletir sobre o problema. Juntos!

Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

A universidade que forma para a vida na UTI


Tenho dito e reafirmo que a política de “o estado mínimo na Educação”, implantada nos dois governos de Fernando Henrique Cardoso, foi refinada pelos dois governos de Luiz Inácio Lula da Silva. Afirmo mais: o governo Dilma Roussef não mudou uma vírgula o rumo da política educacional. Ao contrário, refina ainda mais por meio de todos os mecanismos possíveis. Ao rebaixar o percentual de exigência de doutores no corpo docente das faculdades, centros universitários e universidades dá um novo passo rumo a esse refinamento ao qual me refiro. É mais um movimento nas peças complexas desse sistema que, no entanto, tem por fim, “formar para o mercado” e não para a vida. Essa filosofia está, às vezes de forma clara, às vezes invisível, principalmente nas modificações curriculares. Por pressão da própria sociedade e dos estudantes, as universidades brasileiras foram transformadas escolas técnicas, especializadas em amestrar estudantes. Esses exigem aulas práticas desde o primeiro período. No caso do jornalismo, o problema ficou mais grave. Sem a exigência do diploma, conseguem "estágios" a partir do segundo período e passam a se considerar mais profissionais que os próprios profissionais. Sem contar que, com alguns meses de experiência, muitas vezes catastróficas, já ganham o direito ao registro profissional. É evidente que quem ganha com isso é o próprio mercado. Ainda mais quando os estudantes, ao invés de participar dos projetos nas universidades, inclusive com bolsas, preferem a mísera remuneração estágios em nome da técnica. Isso demonstra que toda a política pública brasileira para a Educação é formar técnicos. Mais nada! Porém, na hora mais propícia para se discutir a própria universidade, como na Greve, por exemplo, a infinita maioria some. Inclusive de professores e estudantes. Enquanto a universidade brasileira não se rediscutir e aceitar apenas formar "cordeirinhos" para o mercado o problema persistirá. O mercado é parte da vida, porém, a vida não se resume ao mercado. Temos de formar para a vida e para o pleno exercício da cidadania. Com a política pública de estado mínimo na Educação, a universidade que forma para a vida dá os últimos suspiros. Respira por aparelhos! Isso sem contar que há uma fatia de professores que transformou a universidade no próprio mercado: usa espaço e dinheiro públicos para negócios particulares. Justamente o que o Governo hoje incentiva: a concorrência entre os pares. Assim, cada um cria seu nicho, abre seu negócio particular dentro do espaço público. E ainda tem gente com a cara-de-pau de criticar os políticos que fazem o mesmo. Como diz o tuiteiro @EduPavão: a hipocrisia reina!

Se você ainda não leu a “Carta aberta ao secretário Sérgio Mendonça”, cliquei aqui, leia e replique. Todos precisamos refletir sobre o problema. Juntos!

Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

domingo, 9 de dezembro de 2012

Educação não se faz só com investimentos


Uma coisa se deve levar em conta todas as vezes que se discute o tema Educação no País: ela (a Educação) não se faz apenas com investimentos. Mais que qualquer coisa, é preciso compromisso e comprometimento com o processo. Ao reduzir a necessidade do número de doutores nas Instituições de Ensino Superior (IES), por exemplo, o MEC tem sua parceira de culpa no resultado catastrófico do último Índice de Cursos (IGC) referente ao ano de 2011: das 1.516 faculdades, numa escala de 1 a 5, 531 ficaram entre 1 e 2, o que corresponde a um desempenho sofrível e 2, que equivale ao desempenho ruim. Aí entra outro componente que é essencial: Educação não é negócio. Logo, serviços educacionais não podem ser oferecidos como se fosse um produto qualquer. Não é à toa que das 531 faculdades com desempenho pífio, 95% delas são privadas. Encarar Educação como mero produto e oferecer serviços com nível abaixo da média, os números do IGC comprovam, é a especialidade dessas faculdades que não se preocupam com a Educação em si, mas, com a contabilidade do negócio. Usam apenas o método das partidas dobradas para avaliar o processo: contratam professores (e os dispensam) com base na lógica financeira e só. Esquecem que os retornos dos investimentos em Educação acontecem em longuíssimo prazo. Não podem ser medido pelo fluxo de caixa anual das empresas. No mais das vezes, são retornos invisíveis. Quer servem ao todo da sociedade e não a uma mera empresa que conta quanto entra e quanto sai do caixa: e as saídas devem ser sempre menores que as entradas. E é exatamente por isso que a cantilena neoliberal de “o estado mínimo na Educação” é um engodo. Educação tem de ser dever do Estado como determina a própria Constituição. E é o tipo de serviço que não pode ser terceirizado sob pena de se ter o quadro que hoje se tem no País. Como “agência reguladora” o MEC dá provas de que não funciona. A terceirização da Educação no Brasil levou a esse quadro no qual cerca de 35% das IES não conseguem obter IGC acima de 2. Uma prova de que a intervenção para a melhoria da Educação do País não é apenas financeira.

Se você ainda não leu a “Carta aberta ao secretário Sérgio Mendonça”, cliquei aqui, leia e replique. Todos precisamos refletir sobre o problema. Juntos!

Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

sábado, 8 de dezembro de 2012

Mais da metade das faculdades com IGC 1 e 2


Ao divulgar o resultado geral do Índice de Cursos (IGC) referente ao ano de 2011, o ministro da Educação, Aluizio Mercadante, garantiu que as faculdades que obtiveram notas 1 e 2 serão “severamente punidas”. As medidas, de acordo com o ministro, serão divulgadas na próxima semana. Para se ter uma ideia da tragédia, das 1.516 faculdades, numa escala de 1 a 5, 531 ficaram entre 1 e 2, o que corresponde a um desempenho sofrível e 2, que equivale ao desempenho ruim. Dessas, 95% delas são privadas. Na outra ponta da escala, das que obtiveram conceitos 4 e 5, as faculdades privadas são apenas 118. O IGC é uma espécie de cesta de índices consolidados e resulta da pontuação dos estudantes concludentes de cursos no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), da titulação dos professores e do regime de trabalho e a infraestrutura e organização didático-pedagógica da Instituição de Ensino Superior (IES). A nota no Enade equivale a 30% da nota, a titulação dos professores e seu regime de trabalho valem 15% e a infraestrutura e organização didático-pedagógica da instituição (15%). Somente 16 faculdades alcançaram o conceito 5, todas localizadas na Região Sudeste. Na classificação geral, a primeira colocada foi a Escola Brasileira de Economia e Finanças, instituição particular do Rio de Janeiro. A pública melhor classificada foi o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), de São José dos Campos, em São Paulo. É de Lei que as IES com IGC entre 1 e 2 não poderão participar de programas como o Programa Universidade para Todos (ProUni) e o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Caso o Ministério da Educação aplique a Lei em toda a amplitude, ainda que não feche oficialmente as IES consideradas ruins, cria uma situação quase insustentável para elas. Ficarão entre a cruz e a espada: ou investem na melhoria dos cursos ou saem do mercado porque, no sistema atual, IES privada que não participa do Prouni e do Fies não consegue estudantes suficientes para se manter em funcionamento. Ainda mais com um IGCs tão ruins. Com uma ajudinha do Governo Federal, a tal “mão invisível do mercado” deixa essas empresas, que até agora se portam como pulgueiros, em uma encruzilhada: ou melhoram ou fecham!

Se você ainda não leu a “Carta aberta ao secretário Sérgio Mendonça”, cliquei aqui, leia e replique. Todos precisamos refletir sobre o problema. Juntos!

Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

O monopólio do MEC e a reação corporativista


Entidades corporativistas que representam interesses de determinadas categorias profissionais constantemente tentam quebrar o monopólio do Ministério da Educação (MEC) da certificação profissional e emissão de diplomas no Brasil. Embora o MEC seja o único “cartório” com poderes para, se não emitir, validar ou autorizar que validem diplomas e certificados no País, há muito a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), por meio do exame que realiza, tenta provar que a competência do MEC para manter o cartório é relativa, uma vez que, no caso dos estudantes de direito formados pelo Sistema de Educação Superior do Brasil, uma média de 80%, ao longo dos anos, são reprovados nos exames da OAB, ainda que venham das universidades, públicas ou privadas. Diante de constantes demonstrações de fracasso no processo de formação dos advogados, novas categorias passaram a ensaiar a realização de seus próprios exames. Ontem o Conselho Regional de Medicina (CRM) de São Paulo divulgou o resultado do Exame que realizou entre egressos dos cursos de Medicina do Estado. O resultado é desanimador: 54% dos que participaram do Exame foram reprovados. Nova catástrofe se repete! Com o agravante de que, neste caso específico, são médicos graduados em faculdades e universidades do estado brasileiro mais rico, no qual, teoricamente, o processo educacional é avaliado entre os melhores do País. É desolador se concluir que mais da metade dos médicos formados em São Paulo não logrou êxito em um exame promovido pela própria categoria. Os médicos reprovados não serão impedidos de exercer a profissão porque o Exame do CRM ainda não tem o mesmo valor jurídico que o Exame da OAB. Fica, porém, a certeza de que mais de 50% dos médicos de São Paulo, efetivamente, não teriam condições de exercer a profissão por falta de conhecimento técnico minimamente adequado à prática médica. Por outro lado, se a prática de se examinar recém-formados em várias categorias se alastrar e os resultados forem similares, dificilmente o MEC terá como manter o monopólio na emissão de diplomas e certificados. A formação profissional no Brasil parece ter atingido o limite do inaceitável.

Se você ainda não leu a “Carta aberta ao secretário Sérgio Mendonça”, cliquei aqui, leia e replique. Todos precisamos refletir sobre o problema. Juntos!

Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Validação automática de diplomas obtidos no Mercosul em pauta


A senadora Ana Amélia (PP-RS), preocupada com os impactos negativos da medida nos critérios de qualidade da Pós-graduação no Brasil, pediu vistas ao Projeto de Lei (PL) nº 399 de 2011, de autoria do senador Roberto Requião (PMDB-PR), quer alterar a Lei de Diretrizes Básicas da Educação Nacional(LDBEN) de 1996 e tornar automática a validação de diplomas dos títulos de Pós-graduação obtidos em países do Mercosul. Ela pretende ouvir entidades representativas de estudantes e dos programas de Pós-graduação para emitir um novo relatório sobre o projeto. O problema é grave e já existem universidades, como a Federal do Acre, por exemplo, que reconhecem automaticamente diplomas obtidos no Mercosul, equivocadamente, com base no Tratado de Assunção. No dia 14 de fevereiro de 2012, neste espaço, em postagem intitulada “Cursos de Mestrado ilegais oferecidos no Acre”, chamei a atenção para a interpretação equivocada da Lei. Vejamos uma parte da postagem: “O Decreto 5.518, promulga o Acordo de Admissão de Títulos e Graus Universitários para o Exercício de Atividades Acadêmicas nos Estados Partes do Mercosul, também conhecido como “Tratado de Assunção”, celebrado em 14 de junho de 1999. O Art 1° do Decreto 5.518 é claríssimo:” O Acordo de Admissão de Títulos e Graus Universitários para o Exercício de Atividades Acadêmicas nos Estados Partes do Mercosul, celebrado em Assunção em 14 de junho de 1999, apenso por cópia ao presente Decreto, será executado e cumprido tão inteiramente como nele se contém”. O segundo artigo estabelece que qualquer modificação do Acordo deverá ser submetida ao Congresso Nacional. Recorramos ao que diz o Artigo Primeiro do Acordo: ”Os Estados Partes, por meio de seus organismos competentes, admitirão, unicamente para o exercício de atividades de docência e pesquisa nas instituições de ensino superior no Brasil, nas universidades e institutos superiores no Paraguai, nas instituições universitárias na Argentina e no Uruguai, os títulos de graduação e de pós-graduação reconhecidos e credenciados nos Estados Partes, segundo procedimentos e critérios a serem estabelecidos para a implementação deste Acordo”. Portanto, não há a figura da validação automática. O que o Acordo deixa bem-claro e faço questão de ressaltar, é que os Estados Partes “admitirão, unicamente para o exercício de atividades de docência e pesquisa nas instituições de ensino superior no Brasil, nas universidades e institutos superiores no Paraguai, nas instituições universitárias na Argentina e no Uruguai, os títulos de graduação e de pós-graduação reconhecidos e credenciados nos Estados Partes”. Segue-se na leitura do Acordo e chega-se ao Artigo Quarto: “Para os fins previstos no Artigo Primeiro, os postulantes dos Estados Partes do Mercosul deverão submeter-se às mesmas exigências previstas para os nacionais do Estado Parte em que pretendem exercer atividades acadêmicas.” Ora, mais claro, não poderia ser. Contudo, o Artigo Quinto do Acordo é mais explícito: “A admissão outorgada em virtude do estabelecido no Artigo Primeiro deste Acordo somente conferirá direito ao exercício das atividades de docência e pesquisa nas instituições nele referidas, devendo o reconhecimento de títulos para qualquer outro efeito que não o ali estabelecido, reger-se pelas normas específicas dos Estados Partes.” Só para ficar mais claro ainda grifarei parte do Artigo Quinto do referido Acordo: somente conferirá direito ao exercício das atividades de docência e pesquisa nas instituições nele referidas, devendo o reconhecimento de títulos para qualquer outro efeito que não o ali estabelecido, reger-se pelas normas específicas dos Estados Partes.” É fundamental que as entidades discutam o problema pois a janela já foi aberta com a prática da Ufac e já se espalha pelo País inteiro.

Se você ainda não leu a “Carta aberta ao secretário Sérgio Mendonça”, cliquei aqui, leia e replique. Todos precisamos refletir sobre o problema. Juntos!

Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

O pré-sal irá para investimentos em educação


A presidente Dilma Rousseff (PT) deu uma tacada de mestre ao defender que haja vinculação das novas concessões para a exploração da camada do pré-sal à educação. Há governadores de vários estados a se rebelar contra a tendência de se investir grande parte desses recursos, ou a totalidade, em educação. Em matéria da Agência Globo divulgada em vários sites e portais do Brasil, a presidente é muito enfática ao dizer que o País precisa investir na área pois “nenhuma País consegue se desenvolver sem investir em educação”. Disse ela na abertura do Sétimo Encontro Nacional da Indústria (Enai): “Porque nos destinamos o recurso do pré-sal e das concessões novas para a educação. Aí falam assim: "mas vocês não estão destinando para a ciência, tecnologia e inovação." Estamos sim. Não tem tecnologia, não tem ciência e não tem inovação sem educação de qualidade neste país”. E completou: “Eu acredito que a educação é o patrimônio que o Brasil deve assegurar para todos os seus filhos. É o patrimônio que cada um de nós carrega consigo para onde vai. Por isso eu acredito que é fundamental combinar e fazer, simultaneamente, duas coisas: apostar nas áreas mais avançadas da educação, mas também olhar com extremo interesse para as áreas básicas, então da creche à pós-graduação”. Se não for mais uma daquelas falas iguais a que Dilma Rousseff fez no último debate, antes de ser eleita, quando garantiu que pagaria salários dignos aos professores e se apresentou contra a terceirização dos serviços em educação, o Brasil, enfim, tomara o caminho efetivo de um futuro melhor. Caso não, ficará como mais uma dessas promessas, muito boa para ganhar aplausos em Congressos, porém, esquecidas ao longo do tempo.

Se você ainda não leu a “Carta aberta ao secretário Sérgio Mendonça”, cliquei aqui, leia e replique. Todos precisamos refletir sobre o problema. Juntos!

Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Os saberes e as caixinhas administrativas


Poucas unidades da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) lidam tanto com as diversidades como deveriam fazê-lo todas as demais quando o Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL). Uma aberração administrativa gestada ao longo dos anos na Instituição ameaça, porém, implodi-lo. Grande parte das unidades administrativas, em função de interesses individuais e composições políticas danosas, são formadas por Faculdades de apenas um curso. Eis a primeira a primeira aberração: na Ufam, por mais absurdo que o seja, Faculdades possuem o mesmo “peso administrativo” dos Institutos. Em qualquer instituição que se preze, com o mínimo de lógica administrativa, os Institutos são compostos por Faculdades e essas, por cursos. Quando um curso adquire força política suficiente para se transformar, sozinho, em Faculdade, e esta, se transforma em unidade acadêmica equivalente a um Institutito, embora possua apenas um curso, o caos administrativo se instala. Eis o dilema atual do ICHL: uma das unidades mais avançadas do ponto de vista didático-pedagógica, similar às propostas mais modernamente pelos educadores, corre o risco de ser obrigada a se autoimplodir para atender interesses meramente administrativos. Uma das poucas unidades da Ufam que não se curvou às pressões da “divisão do saber” em caixinhas encontra-se em uma encruzilhada: ou se esfacela como unidade e segue o “andar” sem nexo da carruagem ou perde força política no processo decisório da Instituição. Lamentável que em uma universidade os interesses pessoais e as questões menores determinem o caminho a ser seguido. A invés de incentivar o esfacelamento do ICHL, a Ufam deveria se unir e diminuir as “caixinhas dos saberes”. Curvar-se às pressões administrativas é perder a essência de universalização e religação dos saberes. Essa universidade em que os interesses administrativos superam os interesses pedagógicos me envergonha. É lamentável!

Se você ainda não leu a “Carta aberta ao secretário Sérgio Mendonça”, cliquei aqui, leia e replique. Todos precisamos refletir sobre o problema. Juntos!

Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

A estrutura funcionalista que interfere na aprendizagem


Quando propago, há quase oito anos, que a grande revolução da universidade brasileira, principalmente da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) tem de ser pedagógica, é porque não entendo como haver mudanças (ou avanços) administrativas sem que o guia seja o processo pedagógico de aprendizagem. Aliás, vou além: o processo de troca de saberes e não apenas de aprendizagem. Uma mudança nesta perspectiva do olhar significaria implodir a atual estrutura funcionalista de poder a partir do ambiente de aprendizagem, hoje tido como única e exclusivamente a sala de aula. Um espaço no qual o professor (ou a professora) é a autoridade máxima do saber, o único detentor do conhecimento, não há  trocas. A estrutura atual parte do pressuposto de que o professor detém o saber e o estudante é um mero receptor. Pouco se avançou em relação ao que Paulo Freire denominou de “educação bancária”. E sabe o porquê de pouco se avançar neste campo da estrutura formal de poder? Porque a estrutura administrativa (de poder), do Ministério da Educação (MEC) às Instituições de Ensino Superior (IES), públicas e privadas, é extremamente autoritária e interfere diretamente no processo pedagógico. Os avanços no ambiente e aprendizagem (que até pode ser uma sala de aula) não são precedidos de avanços, na mesma proporção, na estrutura administrativa. Assim sendo, quem pensa a Educação de forma diferente precisa, urgentemente, ocupar os ambientes decisórios formais a fim de quem haja, efetivamente, a “revolução pedagógica”. Projetos pedagógicos engessados, pouca autonomia dos estudantes na escolha das disciplinas e a própria estrutura disciplinar (e por créditos) são entraves a serem superados. A universidade não pode ter uma estrutura disciplinar com o fim de disciplinar. Precisa mudar a perspectiva do olhar. Quebrar as rotinas. Entender-se como complexa, na plenitude da complexidade, e se tornar circular, cooperativa com a finalidade de libertar, não de nos aprisionar às teorias, portanto, aos teóricos, e a uma estrutura administrativa ultrapassada. Velocidade e autonomia na tomada de decisões são princípios norteadores de uma organização moderna. Ou a universidade guia-se por uma pedagogia libertada e cria uma estrutura administrativa que também tenha como objetivo a libertação ou patinhará em picuinhas internas permanentes que cercearão os espasmos de liberdade conseguidos em alguns raros ambientes de aprendizagem nela contidos.

Se você ainda não leu a “Carta aberta ao secretário Sérgio Mendonça”, cliquei aqui, leia e replique. Todos precisamos refletir sobre o problema. Juntos!

Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.