sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Educar é controlar sem podar

A vida em sociedade não é o exercício da plena liberdade. Por conseguinte, educar, visto como um ato de amor, é controlar sim, sem, no entanto, podar. Porque impor limites faz parte do controle, considerado normal, para a vida em sociedade. Como pais, ou professores, eis o nosso maior desafio: controlar, impor limites; sem podar, sem cortas as asas. É como se pensar em um pássaro, cujas asas são mantidas, para que possa voar o quanto quiser (e puder) e voltar, caso considere necessário. Possivelmente, nos tempos atuais, não tenhamos condições de vencer plenamente tal desafio. Deixar voar sem controlar não e tão simples em se tratando de humanos. Porém, ou vencemos este desafio ou não conseguiremos preparar nossos filhos para os dias atuais.


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quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Templários do atraso

Na Educação brasileira parece haver uma espécie de “guardiões do tempo do atraso”. Qualquer medida que aponte para autonomia e flexibilidade curricular causa náuseas. E não é apenas no Ensino Médio não. É em quaisquer dos níveis da Educação. O modelo escolar de tomada de decisões relativas à carreira leva em conta o modelo familiar. Aliás, parece reproduzi-lo. No seguinte sentido: pais deixam que os filhos escolham suas carreiras? Ou apenas fingem fazê-lo? Há quem tenha autonomia suficiente para mudar de rumo ao longo do caminho? Ou somos condenados a viver infelizes por escolhermos uma profissão, muitas vezes, imaturos? Os templários do atraso nos aprisionam às decisões e carreira, aos currículos, às escolhas. Engessam o agir e o pensar. No fundo, odeiam a liberdade pela qual lutamos e lutaremos. Até que o templo do atraso seja demolido.


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quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Para a Ciência brasileira avançar

Às veze me pego a conversar comigo mesmo em busca de pelo menos uma resposta para a pergunta que me incomoda ultimamente: o que fazer para a Ciência brasileira avançar? Talvez não haja uma só resposta. Muito, porém, tem de ser feito, tanto na prática científica quanto nos “aparelhos burocráticos da Ciência brasileira”. Antes, porém, é preciso vencer o mito da visão tradicionalista que eleva a Ciência a um patamar inatingível. É como se o “pensamento científico” fosse coisa de Deuses do Olimpo da Ciência, inatingíveis olimpianos “no modo de pensar”. Eis, quem sabe, a chave para os avanços necessários: mudar o próprio modo de pensar o “ser e o fazer” da Ciência. Depois disso, é preciso reestruturar completamente a base de financiamento da Ciência brasileira. Enquanto a Ciência e alguns cientistas forem braços aparelhados de distribuição dos recursos que financiam a pesquisa haverá sempre uma dissonância entre o que se espera e o que se tem da Ciência brasileira.


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