sexta-feira, 31 de maio de 2013

A difícil vida de professor universitário

Ontem, aqui mesmo neste espaço, publiquei uma postagem denominada "Professor ensina a escrever artigos de alto impacto". Pode parecer óbvio que um professor universitário esteja completamente habilitado a escrever artigos científicos. Em tese, está sim. Acontece, porém, que nem todos nós, os mortais professores universitários, estamos habituados às regras criadas pelos nossos pares, fincadas na Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), com o intuito de nos avaliar permanentemente. Além disso, não existem apenas regras da Capes. Para cada uma revista científica, nacional ou não, para cara corpo editorial, há uma visão diferente, um jeito diferente de os artigos serem aceitos (ou não). E é isto o que torna "a difícil vida de professor universitário", principalmente de quem participa dos programas de Pós-graduação das universidades brasileiras, uma permanente aventura. Principalmente para nós, os que habitam o Norte do País, a aventura de aprovar um artigo, ou projeto, é ainda mais penosa. Não que não tenhamos competência. O problema é que temos poucos doutores disponíveis para as numerosas atividades que somos levados a desenvolver em função da própria estrutura de financiamento das universidades brasileiras. Com isso, somos obrigados a dividir atividades administrativas com atividades, digamos, "produtivas" dos programas de Pós-graduação. Enfrenta-se, em verdade, uma sinuca-de-bico que termina por ser minorada com esse tipo de curso, de treinamento para a publicação de artigos. Não soluciona o problema, mas, pelo menos, nos aponta dicas interessantes para vencer as barreiras que nos são impostas, no mais das vezes, pelos nossos pares. Vale o desafio de vencer as adversidades e publicar artigos bem como aprovar projetos. Vale para professores e professoras!

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OBS: Post do dia 30/05/2013

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Professor ensina a escrever artigos de alto impacto

O professor do Instituto de Física de São Carlos da Universidade de São Paulo (IFSC/USP), Valtencir Zucolotto, criou o site Escrita Científica, "desenvolvido especialmente para qualificar cientistas, pesquisadores e alunos de pós-graduação para o processamento e produção de Artigos Científicos de Alto Impacto." O principal produto do site é o “Curso de Escrita Científica: produção de artigos de alto impacto”. O curso tem o objetivo de auxiliar pesquisadores e estudantes de pós-graduação a escreverem textos para publicações científicas de reconhecimento nacional e internacional. Há DVDs e vídeo-aulas abordando a estrutura e a linguagem dos artigos. Eles serão distribuídos gratuitamente para bibliotecas e instituições públicas. A prioridade é para as universidades públicas de São Paulo. No caso das universidades federais, os pedidos serão atendidos sob demanda e de acordo com a disponibilidade do material. Além de professor do IFSC, Zucolotto coordena o Laboratório de Nanomedicina e Nanotoxicologia. Ele é membro da Academia Brasileira de Ciências (ABC) e editor associado da publicação internacional Journal of Biomedical Nanotechnology. Ministra cursos de escrita científica há mais de oito anos. O DVD foi produzido em parceria com o Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (Cepof) do IFSC/USP.

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terça-feira, 28 de maio de 2013

Mitos sobre leitura na escola

Vejo meu filho, avidamente, a saborear seus livros sobre mitologia grega e aventuras dos deuses, bem como de jogos de computador. São leituras cujo tempero é a aventura. Lembro-me, como, quando criança, lia durante dois ou três dias seguidos os livros de bolso de Estefania e Santillana. Os heróis do faroeste norteamericano, suas proezas com as armas na mão, temperados com as conquistas amorosas, embalaram a minha infância. Nem por isso me tornei um pistoleiro, assim como meu filho, com certeza, não vai ser mais ou menos viciado em jogos de computador pelos livros que lê. Nas escolas tradicionais, no entanto, há, abertamente, preconceito contra esse tipo de leitura, como se houvessem bons ou maus livros. Talvez tenhamos bons e maus leitores, isso sim! Aliás, para ser mais exato, é bem possível que tenhamos leitores e pronto. Sem nenhum tipo de qualificação. Só não aceito o mito de que a geração atual não lê. Lê sim! E muito! Talvez o que não haja é uma efetiva preparação das escolas atuais, em todos os níveis, para os estudantes que recebem. Não se pode mais recebê-los com a mesma visão de antes a respeito do ato de ler. O estudante de hoje tem outra formação cognitiva fora da escola. Não vive apenas em função dela, a escola, portanto, não tem o padrão de leitura que os professores esperam. Ao que tudo indica, nós, os professores, precisamos mudar nossa perspectiva a respeito do olhar sobre a leitura. Talvez, assim, os novos modos de leitura sejam reconhecidos e incorporados ao dia a dia da escola.

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segunda-feira, 27 de maio de 2013

Médicos acreanos para o Brasil

Há em curso, em Sena Madureira, cidade localizada a 144 da capital, Rio Branco, um fenômeno que, a se repetir nas demais cidades do Acre, em breve, muito em breve, terá repercussões em todo o processo de formação na área de Saúde, no Brasil: os filhos das classes média, média alta e até baixa são mandados para a Bolívia a fim de estudar Medicina ou Enfermagem. Muitos, começam pela Enfermagem para, em seguida, alçar voos rumo à Medicina. O sonho de consumo das famílias de Sena Madureira, de cursar uma Universidade Federal, como é a Universidade Federal do Acre (Ufac), qualquer que fosse o curso, parece ter sido substituído pelo antigo sonho de ter, na família, um médico. Com as facilidades de se cursar Medicina na Bolívia sem prestar o vestibular e, certamente, empurrados pelas dificuldades de concorrência por meio do Sistema de Seleção Unifica (Sisu), via Enxame Nacional do Ensino Médio (Enem), uma leva se estudantes de Sena Madureira soma-se aos acreanos residentes na Bolívia. Não demora, e a questão da contratação emergencial de médicos cubanos será substituída pela discussão em torno da qualidade (ou não) dos médicos (e enfermeiros) acreanos formados na Bolívia. Os panos para as mangas brancas dos jalecos, ao que tudo indica, mal começaram a ferver.

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domingo, 26 de maio de 2013

Juventude, comunicação e cultura digital

Sempre que vou à Igreja, aos domingos, gosto de ler os textos de reflexão contidos no Boletim O Domingo. Publico, a seguir, um texto assinado por Paula Cervelin Grassi, representante da Pastoral da Juventude no Conselho Nacional de Juventude. No boletim, o texto original é "Juventude e comunicação". Eis o texto:"Juventude e comunicação; juventude e cultura digital; juventude e mídia livre: tratam-se de associações cada vez mais recorrentes e presentes no cotidiano. Quais são as interações existentes entre a juventude e os diversos meios de comunicação? Como jovens homens e mulheres são retratados na mídia? Estas são indagações fundamentais para compreender a estreita relação da categoria social com o mundo a comunicação.
Protagonista no processo, a juventude hoje é quem mais se utiliza das novas formas de comunicação. Conectada especialmente por meio da internet, promove a interação e a sociabilidade pela troca de conhecimentos e conteúdos, pela divulgação de trabalhos próprios, pelas relações construídas nas redes sociais. Tal realidade demanda do Estado políticas públicas que garantam a inclusão digital e a apropriação das novas mídias.
Quando se consideram os meios de comunicação de massa, no entanto, vê-se que a juventude é alvo de análises genéricas e banalizadas.
De um lado, há a imagem do jovem como um problema, envolvido em situações de violência ou em atitudes de risco. Páginas policiais dos jornais retratam a juventude como perigosa, transgressora e irresponsável.
De outro lado, constata-se a apropriação do jovem como um ideal de vida para todas as idades. Neste caso, a juventude é retratada como bela, saudável e consumista. Para as jovens mulheres, são estabelecidos padrões de beleza e comportamento, levando-as a adquirir produtos e serviços. A felicidade, desse modo, é medida pela capacidade de consumo.
A juventude, com sua diversidade, clama por respeito nos meios de comunicação. Casos de manipulação e uso da imagem para consumo não cabem na sociedade que a juventude ousa sonhar. Democratizar o acesso ao conhecimento e aos meios de comunicação é optar pelo respeito à vida."

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O círculo (nada) virtuoso das avaliações

Preocupa-me que haja um círculo nada virtuoso nas avaliações no Brasil, em todos os níveis. Antes de tudo porque, efetivamente, não existe avaliação na escola brasileira dos ensino Básico, passando pelo Médico e desembocando no Superior. No máximo, mede-se! E mede-se muito mal! Não se leva em conta as habilidades adquiridas ao longo da vida que, no entanto, não se adéquam as padrões da escola tradicionalmente bancária. Vive-se uma febre de "treinar" pessoas, agora, para serem aprovadas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Antes o foco era treinar estudantes para os vestibulares. Como se pode pensar em mudar a sociedade, se o sistema educacional tem como foco a aprovação de estudantes para o nível Superior? Mudar o sistema de medição sem que se mude a filosofia, ou seja, o modo de olhar o sistema educacional, pouco mudará o olhar sobre o que deveria, efetivamente, ser um processo de avaliação. É fundamental que sejamos capazes de refletir com mais profundidade sobre avaliação e mediação. Só assim avançaremos em direção a um círculo que seja virtuoso e de avaliação contínua. Para o bem da Educação brasileira.

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OBS: Post do dia 25/05/2013

Inclusão não se promove só com quantidade

Os defensores ferrenhos da modalidade de Educação A Distância (EAD) argumentam que é a única forma de promover a inclusão das pessoas em função das dimensões territoriais do País, o que dificulta, e muito, a "chegada" da Educação tradicional aos rincões brasileiros. Felizmente, essa não é uma verdade absoluta. EAD é uma modalidade que pressupões acesso às novas tecnologias, à energia elétrica, enfim, às condições estruturais mínimas para que o "modelo" funcione. Além disso, como foi ressaltado ontem, aqui mesmo neste espaço, é preciso, acima de tudo, comprometimento. Tanto de quem estuda quanto de quem ministra as disciplinas. A inclusão de quem não é portador de diploma de nível superior não se fará, apenas, pela pura e simples emissão do diploma. Repensar a modalidade é essencial para que se promova, efetivamente, a inclusão de pessoas. Sob pena de incentivarmos a existência de um exército de analfabetos funcionais coma chancela das universidades brasileiras, fato que já ocorre, em muitos casos, com estudantes da modalidade presencial.

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OBS: Post do dia 24/05/2013

sexta-feira, 24 de maio de 2013

As desorientações nos cursos de EAD

Ontem, ao chegar em Sena Madureira, minha cidade Natal, localizada a 144 km da capital, Rio Branco, minha irmão pediu para eu ler o trabalho final dela de um curso de especialização na modalidade de Educação a Distância (EAD). Não farei nenhum tipo de julgamento em relação ao trabalho. O que me deixou preocupado foram os relatos dela sobre a "falta de orientação". Por definição, creio que a modalidade EAD pode ser usada, com êxito, para cursos muito além da graduação. Ainda não fui convencido de que os cursos de graduação possam ser oferecidos a distância com sucesso. Entendo que é fundamental o comprometimento e a participação dos estudantes, muito mais do que nos cursos presenciais. Não tenho visto isso nos cursos de graduação. Nos cursos de especialização, porém, entendo ser perfeitamente plausível esse "comprometimento a distância" dos estudantes. No entanto, é preciso, também, comprometimento dos professores. Não se pode ter avanços se não houver um acompanhamento e um efetivo trabalho de orientação. O processo de aprendizagem só se completa quando há comprometimento mútuo. E, ao que parece, não houve isso no curso feito pela minha irmã. Há que se ter cuidado redobrado quando o curso é na modalidade EAD. É preciso estarmos sempre atentos para refletir sobre os problemas e encontrar saídas que tornam o processo mais efetivo. Não sou contra a modalidade. Mas, precisa sempre ser repensada.

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OBS: Post do dia 23/05/2013

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Muito além dos muros da escola

Em quaisquer dos níveis, do Ensino Básico ao Superior, mais que tudo neste último, é tão utópico esperar (inclusive lutar) por uma mudança de status quo, a partir da escola, quanto chegar ao Sol com asas pregadas com cera. Como aparelho ideológico do Estado, a Escola serve, em verdade, para formatar pessoas. A fazê-las entenderem que não há vida além do Capitalismo e que, o máximo que se pode conseguir é uma espécie de socialismo chapa branca, ou seja, socialismo de Estado, no qual as medidas de inclusão são sempre "bancadas" na base da imposição. E por assim serem, não contam nem com o reconhecimento, muito menos aceitação, por parte da sociedade que, no fundo, reza pela cartilha da exclusão e da competição capitalista vigente. À parte essas constatações óbvias, o próprio sistema educacional brasileiro é castrador e excludente por essência. Foi criado para perpetuar hereditariamente castas e feudos profissionais nos quais pais passam os bastões para filhos, que passam para os netos, bisnetos ao infinito. É como se profissão fosse uma empresa cujo processo de sucessão começa nas universidades, com filhos, netos e bisnetos como membros da mesma linhagem profissional. Como esperar alguma mudança, uma revolução nas práticas, inclusive pedagógicas, se a função precípua da universidades, nessas áreas, é não mudar nada? Ou se amplia a visão educacional para além dos muros da escola ou estamos fadados a mudar do nada para coisa nenhuma.

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terça-feira, 21 de maio de 2013

O mercado e a vida acadêmica


De quando em vez, (muito raro mesmo) algum profissional de jornalismo (ou estudante) procura-me para saber se não tenho nenhuma indicação de "serviços avulsos", mais conhecido entre nós como "free-lancer". Respondo sempre com algo desta natureza:"estou distante do mercado. Depois que entrei na Universidade Federal do Amazonas (Ufam) as pessoas só me procuram quando têm interesse no Mestrado". Ao dizer isso, isso fico a refletir sobre o quão nocivo é esse distanciamento do profissional de carreira, do mercado de trabalho, ao se transformar em professor universitário. A experiência, o sabor de vivenciar as pautas, as saídas para reportagens especiais, o fechamento do jornal, dos cadernos, das especiais, tudo isso, é substituído pela rotina da sala de aula, quando muito, das pesquisas. Essas, porém, pouco nos estimulam pelo caráter tradicional e quase draconiano que assumem, ao se basearem nos manuais de metodologia tradicionais e nas amarras das Normas Brasileiras Registradas (NBRs), da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), ou, muito pior ainda, na intervenção inaceitável dos Comitês de Ética em Pesquisa (CEPs) que, absurdamente, interferem no desenho da pesquisa, algo que não tem nenhuma relação com o objeto deles, "a ética em pesquisa". No caso do Jornalismo, por exemplo, tenho dúvidas se é possível fazer as duas coisas, produzir para o dia-a-dia e pesquisar, de forma separada. Avalio que, à parte o gerenciamento do tempo, pesquisador e jornalista seriam profissionais melhores se não atuassem apartados um do outro no mesmo ser.

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segunda-feira, 20 de maio de 2013

A política de ações afirmativas nas universidades


A política de ações afirmativas nas universidades não pode ser vista meramente como uma espécie de "transferência de renda". É preciso levá-la à sério e atentar para a finalidade precípua das ações afirmativas: diminuir as desigualdades e dar chances a quem nunca teve oportunidades iguais, de ingressar em um Curso Superior. Defender que no sistema capitalista as oportunidades são iguais e que "esse povo deve mesmo é batalhar", como tenho ouvido, é demonstrar falta de leitura política mais acurada e desconhecimento da realidade do povo brasileiro, principalmente dos pobres. Dizer que um filho de alguém das classe mais humildes tem oportunidades exatamente iguais às do filho de alguém das classes mais abastadas é desconhecer a vala que separa as classes no Pais. Mais que isso, é ignorar as injustiças sociais que se nos apresentam constantemente em cada canto das cidades do País. As ações afirmativas são tentativas de diminuir as diferenças entre os que possuem e os que não possuem oportunidades de ter uma carreira acadêmica digna pelas vias da "concorrência" normal. Cabe ao Estado sim, corrigir discrepâncias em todos os níveis. E assim deve ser vista a política de ações afirmações: um instrumento de acolhimento e integração de pessoas menos favorecidas ao aparato estatal da Educação Superior. É preciso refletir mais profundamente sobre o assunto para não se cometer injustiças.

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domingo, 19 de maio de 2013

Será a Educação (pública) emancipadora?


Sou daqueles que sempre ficam na dúvida quando o adjetivo "emancipadora" vem ao lado do termo "Educação". Inicialmente, tenho a impressão que são diametralmente opostos. Tenho a sensação de que o sistema educacional, como aparelho ideológico do Estado, que, na prática, representa os valores dominantes, não da maioria, muito menos dos dominados, está mais para "formatador", "aprisionador" do que para "emancipador". É inegável a contribuição de Paulo Freire e da "Nova Ciência", com Edgar Morin e, muito antes, Paul Fayerabend, para que se tente libertar do olhar do método tradicional e reconhecer a Ciência como uma tradição, mas, não necessariamente, a melhor. Como acreditar em emancipação se os próprios pilares do sistema educacional cheiram a enxofre de tão velhos e carcomidos que os são? Dá para acreditar em Educação emancipadora quando as salas de aulas são entupidas de estudantes, em todos os níveis, os laboratórios são pessimamente equipados (também em todos os níveis), os profissionais entraram em um ciclo vicioso de má-formação e não se tem autonomia nem para criticar o próprio umbigo (a escola)? Há uma assepsia política, que gera uma passividade coletiva assustadora, capaz de engessar, quiçá congelar, quaisquer tentativas de emancipação. O que se tem, hoje, é um processo de formatação e padronização mundial. Baseado na premissa de quê não há mais utopia, vida, nem sonho além do capitalismo. E, como no mundo capitalista, vale o individualismo, a vitória do eu-sozinho, a emancipação possível é, exatamente, do eu. E o indivíduo que só pensa em si, não é capaz de reconhecer o outro. E sem reconhecer o outro, a emancipação não passa de exercício discursivo para ludibriar multidões. Nos moldes atuais, Educação, pública ou não, não emancipa nada. No máximo, forma mão-de-obra, às vezes pessimamente qualificada, para alimentar o sistema. Nada a mais!

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sábado, 18 de maio de 2013

Lições do jornalismo para a vida acadêmica


Chamo a atenção dos "meus" estudantes de Jornalismo da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), sempre, para um problema ético que considero dos mais graves em relação à prática profissional: a de ser jornalista em um período e assessor de imprensa em outro. Há casos ainda mais esdrúxulos: o mesmo jornalista trabalha como assessor de imprensa de um político, por exemplo, e exerce a profissão como repórter, exatamente na editoria de política. É impossível, no meu entendimento, não haver conflito ético em um caso desses. Não significa que quem exerce a profissão de Assessor de Imprensa, não possa, um dia, ser jornalista noticioso. Ser as duas coisas ao mesmo tempo, e na mesma área, é o que me parece problemático. Essa mesma situação serve para ilustrar e responder a algumas indagações que me fazem nos corredores da Ufam, certamente, com mais doses de maldade e veneno do que de preocupação com o "meu futuro". As abordagens são assim formalizadas:"Professor Gilson Monteiro, o senhor, durante algum tempo foi oposição à professora Márcia Perales Mendes Silva. Na consulta, avaliou que ela era a melhor candidata, trabalhou na campanha, mas, passadas as eleições, voltará a ser oposição?" Respondi com uma nova pergunta:"Seria correto e justo da minha parte trabalhar conjuntamente com os demais colaboradores na proposta para o novo mandato, participar ativamente da campanha como um dos mais próximos assessores da professora Márcia Perales Mendes Silva e, depois, "lavar as mãos" e me afastar?" Posso até estar equivocado na minha avaliação, mas, ao participar da equipe e ajudar a construir uma proposta de trabalho, também sou responsável por ela. Ou não? Bem, e se sou responsável por ela, como fazer oposição a mim mesmo? Não deixarei de ser crítico. Não deixarei de dizer o que penso nem de criticar os pontos que considero passíveis de críticas. O fórum, porém, entendo, deve ser outro. Sempre que for chamado a opinar, pela professora Márcia Perales Mendes Silva, o farei. Depois de ter trabalhado ao lado dela, na campanha, e a ajudado a construir um novo "programa de governo", estou impedido, por uma questão de ética, respeito e lealdade, de fazê-lo publicamente. Assim entendo as relações entre as pessoas. Assim tento manter minha postura. Às vezes erro! Em outras, acerto. Tenho inúmeros defeitos e falhas. Mas, em uma situação dessas, jamais me sentiria confortável em "lavar as mãos" e voltar para o meu posto de "franco atirador". Penso, e, repito, que meu dever moral é me dispor a ajudar a professora Márcia Perales Mendes Silva, como o fiz na campanha, no momento que for chamado (se for chamado). Afinal, entendo, a professora Márcia Perales Mendes SIlva foi reeleita reitora da Ufam. E a Ufam está acima das opiniões divergentes. Foi assim quando eu estive do lado oposto. Será assim, mais ainda, após ter colaborado na campanha da reeleição.

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sexta-feira, 17 de maio de 2013

Manifesto em prol do comprometimento na Pós da Ufam



Francisca Jane Vieira Jatobá, ou simplesmente Jane Jatobá, é uma das mais conhecidas e polêmicas professoras da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), certamente, por ser libertária em essência. Além de colega de trabalho, e com uma humildade exemplar, matriculou-se em uma das disciplinas na qual sou o "animador principal", no Doutorado do Programa de Pós-graduação em Sociedade e Cultura na Amazônia (PPGSCA). As trocas mútuas, de saberes, passaram a ser intensas ao longo da convivência. É dela o texto que publico hoje, ao qual resolvi denominar "Manifesto em prol do comprometimento na Pós da Ufam":
É chegada a hora. Nos dias 27, 28 e 29 do corrente mês a UFAM será avaliada pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, CAPES. O Programa de Pós-Graduação Sociedade e Cultura na Amazônia, PPGSCA, constituído na pluralidade da interdisciplinaridade será o objeto das avaliações.  Estou neste Programa. Estamos. Portanto, somos nós o Pessoal em Aperfeiçoamento. Mas não estamos sós. O Corpo Docente, os Professores, nossos Doutores em ação também serão avaliados.
Reconhecendo a evolução contínua inerente ao caminhar em direção à Ciência, institucionalmente, estamos no Conceito 4 em direção ao teto máximo, 7.  No texto/discurso da CAPES estão apresentadas as normas deste processo. O que precisamos fazer? Todos, docentes e discentes. Professores e alunos, doutores e pesquisadores? Seguir as regras e avançar para galgarmos mais um pontinho no conceito. Difícil, mas não impossível.
Revelando a pesquisa/ação, o PPGSCA preenche todas as minhas necessidades entrelaçadas aos meus desejos. A Epistemologia inebriante dos novos paradigmas executando a nossa ciência é plural, diferente. Competência. Esta é a palavra de ordem do PPGSCA.  O status da avant première da Escola Universitária Livre de Manáos, hoje, UFAM, a primeira universidade do país plantada no maior recanto de natureza do Planeta Terra, a Amazônia, nunca me decepcionou. Nos lugares em que coloquei os pés, em todas as instituições de Ensino e Pesquisa, nunca me senti defasada, por fora.
Interdisciplinamo-nos durante os cursos alinhavando o conhecimento do conhecimento à ação do fazer, fazer, roteirizado, obrigatório e optativo em nosso aprender a aprender.
Jamais negaremos a necessidade do aprimoramento, mas quando nos deparamos com o texto/discurso em “IGARA, UKA, MAKIRA, IRÚMU: EPISTEMOLOGIA E BARBÁRIE NA AMAZÔNIA EM SETE ENSAIOS IRRIDENTOS,”  do Dr. José Alcimar de Oliveira, junto à mais recente tese defendida: “O JARDIM DAS IMAGENS, A INFÂNCIA E SUAS FLAUTAS SAGRADAS,” da Dra. Graça Barreto, enchemos a nossa razão com a emoção do balanço das redes e do flutuar das canoas atirando as flechas em todas as direções, não sem antes, observar, verificar, analisar, fundamentar, atestar, compartilhar, explicar a fim de entender para podermos continuar a perguntar.
Jane Jatobá"

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quinta-feira, 16 de maio de 2013

Medida Provisória 614 muda a Carreira Docente


A Casa Civil da Presidência da Presidência da República publicou, dia 14 de maio de 2013, a Medida Provisória 614, que "altera a Lei no 12.772, de 28 de dezembro de 2012, que dispõe sobre a estruturação do Plano de Carreiras e Cargos de Magistério Federal; altera a Lei no 11.526, de 4 de outubro de 2007; e dá outras providências." A principal característica da nova medida do Governo Federal é, como prometeu o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, a devolução total da autonomia às universidades para decidir o perfil dos profissionais a serem contratados, porém, com a exigência inicial do título de doutor. Vejamos o que diz o artigo “Art. 8o O ingresso na Carreira de Magistério Superior ocorrerá sempre no primeiro nível de vencimento da Classe A, mediante aprovação em concurso público de provas e títulos. § 1o O concurso público de que trata o caput tem como requisito de ingresso o título de doutor na área exigida no concurso". Em seguida, a Medida Provisória mantém o espírito de preservar a autonomia das universidades: "§ 3º A IFE poderá dispensar, no edital do concurso, a exigência de título de doutor, substituindo-a pelo título de mestre, de especialista ou por diploma de graduação, quando se tratar de provimento para área de conhecimento ou em localidade com grave carência de detentores da titulação acadêmica de doutor, conforme decisão fundamentada de seu Conselho Superior.” O que se depreende da leitura inicial da MP 614 é que qualquer mudança de exigência da titulação deverá passar, antes, pelos Conselhos Universitários (Consuni) das respectivas Instituições. A medida de exigir, para ingresso nas universidades federais, o título de doutor não só reforça o poder interno da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), mas também, influencia diretamente na política das IFEs de incentivar a qualificação dos seus docentes com o objetivo de reforçar os seus programas de Pós-graduação.

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quarta-feira, 15 de maio de 2013

Agora só entra nas Federais quem tiver doutorado


A reação tardia da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), que em meados do mês de abril divulgou Nota Oficial a criticar ferozmente a Lei 12.772, que reestrutura a nova carreira de Magistério Superior do País, principalmente no item que abriu possibilidades para graduados concorrem às vagas nas Instituições Federais de Educação (Ifes), foi noticiada aqui neste espaço, no dia 20 de abril de 2013, sob o título "Governo recua na nova carreira do Magistério Superior". Embora tardia, a Capes mostrou com todas letras que a Lei destruía os anos de esforços daquela Coordenação para criar um sistema de Pós-graduação cujo processo de avaliação é considerado um dos melhores do mundo. A reação parece ter surtido mais efeito que os 120 dias de greve dos professores e professoras das universidades federais, o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN). O Governo Federal anunciou que ainda esta semana edita uma Medida Provisória modificando a Lei que ajudou a provar, com as digitais de uma tal de Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes-Federação), para fechar a porteira. A nova orientação do Ministério da Educação (MEC) é que, para entrar nas Federais, só com o título de doutor. Nem a antiga regra que, após 30 dias, em caso de ausência de candidatos, se podia baixar para o título de mestre, em seguida, se baixava automaticamente a exigência até se chegar ao título de graduado, caso não houvesse candidatos, deixará de existir. As exceções terão de ser aprovadas pelo Conselho Universitário (Consuni) das Universidades Federais. Em sendo como propaga o MEC, a Capes e o sistema de Pós-graduação brasileiro saem extremamente fortalecidos do episódio. A Medida Provisório não mudará as regras para os concursos em andamento.

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terça-feira, 14 de maio de 2013

Respeito é bom e nós gostamos


Cansei-me dos pareceres concisos e desrespeitosos exarados por alguns dos nossos pares que servem como consultores ad-hoc, tanto ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) quanto ao MEC/Sesu, nos editais nacionais de Extensão. "Mérito acadêmico" deve ser expressão genérica para significar: seu projeto é bom, foi aprovado, mas, não será implementado. Recentemente, concorri a um Edital do CNPq, foram selecionados 72 projetos no Brasil inteiro. Entre eles, o meu projeto (e da Universidade Federal do Amazonas - Ufam) ficou em 42 . Parecer recebido:"O projeto tem mérito acadêmico mas não atingiu pontuação suficiente para ficar entre os que serão implementados". Os recursos só foram suficientes para a implementação de 35 projetos. Pergunto: então, de que adianta selecionar 72 se somente 35 serão financiados. Outra coisa: se os pareceres não indicam, detalhadamente, pontos positivos e negativos do projeto, como melhorá-lo para concorrer em outros certames e alcançar melhor pontuação? Como, nós, da Amazônia, podemos elevar o nível dos nossos programas de Pós-graduação se sempre "morrermos na praia" desta forma? Pior que uma situação dessas, só mesmo a enfrentada nos dois últimos editais do MEC/Sesu. O parecer mais recente deles foi acintosamente desrespeitoso:" A proposta tem mérito acadêmico, porém não contempla integralmente os Itens 2.20 e 2.21 deste edital, por não apresentar a carta de aceite da comunidade...". O formulário de submissão da proposta possui travas que não o deixam ser enviados sem que constem documentos obrigatórios. A carta de aceite da comunidade não era um desses itens obrigatórios. O avaliador aplicou nota mínima a todos os itens sob a alegação de que a proposta não atendia integralmente ao estabelecido no Edital. Não leva em conta noites e dias que perdemos ao elaborar o projeto, as planilhas, as atividades. Preguiçosamente, recusa-se a avaliar uma ação proposta, de importância estratégica para a Universidade Federal do Amazonas (Ufam) sob a alegação de que uma Carta de Aceite da comunidade não fora apensada. Casei desse tipo de desrespeito. Não somos palhaços! Quem não quer ter trabalho que não se candidate a ser parecerista de nada. Quem aceitar fazê-lo deve ter o mínimo de respeito por quem elabora as propostas. É o que se espera de todo colega professor (ou professora): pelo menos respeito!

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A desavergonhada venda de trabalhos acadêmicos


Sinto-me na obrigação de reproduzir um dos e-mails mais acintosos e desavergonhados que já recebi nos últimos tempos:

"Saudações acadêmicas...
______________________________________________________

Prezado(a)...

Após o seu contato inicial informamos que estamos no seu aguardo e de stand-by para o início dos trabalhos ao tempo em que reiteramos  que fazemos a orientação com sugestões de tema, de materiais, de leituras bem como correções, formatação e eventuais reuniões para ajustes da monografia (ou outra modalidade de TCCs - plano de negócios, relatórios técnicos etc)... caso não tenha tema... podemos sugerir diversos temas em função da sua área de trabalho.

Enfim... fazemos todas as etapas da orientação... inclusive os slides de apresentação...

No seu aguardo."

É um acinte e uma vergonha que se tenha esse tipo de prática feita por colegas professores. Mais ainda, de forma tão invasiva. Ora, jamais fiz contato com nenhum professor solicitando qualquer tipo de orientação de monografia, aliás, minha especialidade e área na qual tenho um dos livros que mais vendeu no Brasil, Guia para a Elaboração de trabalhos acadêmicos, dissertações e teses, pela Edicon, de São Paulo. Ou seja, é uma mentira deslavada o início da correspondência eletrônica: " Após o seu contato inicial informamos que estamos no seu aguardo...". O sujeito (é professor e não divulgarei o nome para evitar que os negócios dele prosperem mais ainda) tem um número de telefone para cada operadora de telefonia celular(certamente para facilitar o contato com os clientes), e-mail e Facebook. É de se lamentar que um professor com esta "envergadura moral" esteja em alguma universidade. Prefiro acreditar que se trata de alguém que não teve competência suficiente para ser aprovado em concurso público e, então, passou a vencer monografias. Só espero, também, que as monografias deles, vendidas aos estudantes, não sejam validadas pelos meus colegas professores.

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OBS: Post do dia 13/05/2013

domingo, 12 de maio de 2013

Mãe: vitória da persistência e da fé


Hoje, pela manhã, quando um programa de televisão "contava" um pouco a história de vida de José Paulo Bezerra Maciel Junior, o Paulinho, volante do Corinthians, meus olhos marejaram. Vi o filme da minha vida de dificuldades, erros e acertos, passar em segundos. Quanto mais a história dele avançava, mais lágrimas brotavam dos olhos. Tanto na vida dele quanto na minha, as mães foram fundamentais para que não ficássemos pelo caminho, no mundo das drogas, da bebida ou de qualquer outra dessas "facilidades" da vida pós-moderna. Erika Lima Nascimento é a mãe de Paulinho. Clotilde Alves Vieira Monteiro é a minha mãe, do jornalista Gilson Monteiro, que se transformou em professor da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e depois se transformou em doutor, um título conquistado em São Paulo, a duras penas, na Universidade de São Paulo (Usp), lugar onde nasceu Paulinho, um menino pobre, abandonado pelo pai, cuja mãe dependeu da ajuda de amigos para garantir a passagem de ônibus para ele treinar. Com 17 anos, quando jogava pelo FC Vilnius, da Lituânia, em 2006, Paulinho foi vítima de preconceito racial. "Jogavam bananas e moedas na gente. Nos chamavam de macacos. Pensei em abandonar tudo". Assim também me senti ao ser agredido, no dia 11 de maio de 2009, em pleno auditório Rio Negro, do Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL). Cheguei a me sentir órfão de uma universidade pela qual tanto lutei. Paulinho também ficou órfão do pai, embora vivo. À tarde, ele fez um dos gols que deram a vitória ao Corinthians. Hoje é considerado um dos melhores jogadores brasileiros em ação. Muito provavelmente será convocado para Seleção Brasileira que disputará a Copa das Confederações. Venceu pela persistência da mãe. Só eu sei o que passei até chegar aqui. Também pela persistência da minha querida mãe, venci. Ele ganha R$ 4,2 milhões de reais por mês. Eu, pouco mais de R$ 12 mil (bruto). Nossas mães sentem orgulho de nós. Não quero, agora, discutir se é justa ou não a distância salarial que nos separa. Quero apenas reconhecer o esforço de duas mães que, em cada canto do Brasil, lutaram como leoas para que seus filhos fossem homens decentes. Obrigado mães que, pela fé e pela resistência, mudam a vida dos seus filhos!

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sábado, 11 de maio de 2013

MEC investirá em reforço pedagógico


O Ministro da Educação, Aloizio Mercadante, jamais foi poupado de críticas ácidas da minha parte. Desta vez, no entanto, usarei o espaço para reconhecer mais um dos seus acertos à frente do Ministério, talvez o maior deles: o programa de apoio acadêmico para estudantes “vulneráveis socioeconomicamente”. Em várias das notas aqui publicadas, critiquei profundamente o fato de o Governo Federal criar várias bolsas, como a bolsa permanência, por exemplo, sem, no entanto, investir em um processo de "nivelamento" que desse aos estudantes vulneráveis socioeconomicamente condições de acompanharem os estudos, portanto, de permanecerem na universidade. Ao anunciar, no dia 9 de maio deste ano, o lançamento do Programa Nacional de Bolsa Permanência, Mercadante foi taxativo:"além da Bolsa Permanência, haverá apoio pedagógico. Precisaremos de tutores para alunos que vêm de escolas públicas com algum tipo de deficiência. Teremos o programa de tutoria para dar reforço pedagógico". Embora ainda não tenha sido divulgada a forma de operacionalização, foi anunciado que todas as universidades públicas brasileiras, além das verbas da Bolsa Permanência, receberão recursos financeiros para implantarem um programa de apoio pedagógico. Sem que uma medida desse porte fosse tomada, tanto as políticas de cotas quanto o próprio Programa Universidade Para Todos (Prouni) corriam riscos de se transformarem em políticas públicas fracassadas. Agora, o MEC acerta a mão. No entanto, não se deve esquecer que essas são medidas temporárias que precisam ser acompanhadas de uma pressão, quiçá um arrocho, sobre os governos Estaduais e Municipais para a melhoria da educação na base. Afinal, a universidade brasileira não pode, ao longo do tempo, ser a "salvadora" e encobrir a precariedade do processo de formação levado a cabo pelos Estados e Municípios.

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sexta-feira, 10 de maio de 2013

O dilema entre a pesquisa possível e a pesquisa ideal


Uma das maiores ansiedades que noto nos estudantes de Metodologia da Pesquisa Científica é a quase obsessão por "mudar o mundo" com o trabalho de pesquisa a ser realizado. Trato de acalmá-los com um argumento muito simples, mas, de fácil comprovação: com o tempo que as agências de fomento destinam à conclusão dos mestrados e doutorados, o máximo que se consegue é a "pesquisa possível", nunca, a "pesquisa ideal". Em são consciência, alguém considera que é ideal uma pesquisa ser construída em apenas dois anos, como é o caso do Mestrado, no Brasil, se ainda tem de cursar disciplinas? Covenhamos, está mais para engodo institucionalizado do que para uma cobrança racional e justa. Da mesma forma, quem considera plausível a maturação de uma ideia, capaz de gera uma tese (inédita), em meros três anos de dedicação ao Doutorado? Hoje, no Brasil, o que se tem, em verdade, é uma espécie de "corrida maluca" para se cumprir prazos e se enquadrar nos critérios estabelecidos pelos pares que fazem parte dos Comitês da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Não sou daqueles que advogam a ideia que devemos "rasgar o regulamento" e romper com a Capes. Penso que temos de tê-lo à mão o tempo inteiro. No entanto, não podemos simplesmente aceitá-lo, sem criticá-lo ou tentar melhorá-lo. Da forma como estão estabelecidos tais prazos e como obedecemos piamente a "lei do produtivismo", caminhamos para uma pesquisa padronizada, pasteurizada e em quantidade, porém, de baixa qualidade. Entendo que precisamos, urgentemente, nos aproximar da pesquisa ideal e deixar de lado, definitivamente, a pesquisa possível.

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quinta-feira, 9 de maio de 2013

A pesquisa acadêmica como diferencial para a vida


Ao começar minhas aulas em disciplinas de Metodologia da Pesquisa Científica, normalmente entre estudantes de Mestrado ou Doutorado (ou os dois juntos), inicio com uma provocação explícita: se o trabalho de pesquisa que pretendem desenvolver na universidade não servir para somar conhecimento e melhorar a vida de vocês e da comunidade à qual pertencem, há um caminho mais cômodo: buscar os sites e profissionais especializados na comercialização de trabalhos acadêmicos. Em seguida, explico que o meu objetivo, com a provocação, não é incentivar o mercado absurdo da venda de trabalhos de finais de curso, praticado, inclusive, por alguns professores em Instituições de Ensino Superior (IES). É crucial que os estudantes tomem consciência de que cursar um programa de Pós-graduação no Brasil não pode se resumir à busca de status ou de um percentual de aumento nos salários. A pesquisa científica, em essência, tem de mudar a vida de quem a faz. Das pessoas que rodeiam quem a faz. Não tem nenhuma função social se for um mero capricho acadêmico do pesquisador. É mister que seja um diferencial para a vida. Uma das maiores tristezas que um pesquisador deveria sentir era, ao final do trabalho, os exemplares morrerem, mofados, na estante de alguma biblioteca universitária. E para que isso não ocorra, o trabalho tem de ter alma, tem de, efetivamente, motivar quem o lê. Em assim não sendo, termina por se transformar em meros cumprimentos das Normas Brasileiras Registradas (NBRs), da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). É pequeno demais para um esforço de pesquisa que dura pelo menos dois anos, no caso do Mestrado. Há que se refletir com mais profundidade sobre o assunto e refutar essa prática mecanicista de se fazer pesquisa que se alastra pelo País.

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quarta-feira, 8 de maio de 2013

A federalização da Educação no Brasil


O senador Cristovam Buarque (PDT-DF), ex-reitor da Universidade de Brasília (UNb) adora fomentar polêmicas quando se trata de educação. Afora a ideia de levar para o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) a Educação Superior, defende, também, que os ensinos Básico e Médio sejam todos federalizados. O argumento do senador é que o sistema federal de Educação Superior "deu certo". Em contrapartida, a municipalização da educação básica e a estadualização do ensino médio não parecem ser experiências bem-sucedidas. O argumento aparentemente é frágil demais em relação à complexidade do problema. Federalizar pura e simplesmente todo o sistema educacional brasileiro não dá garantias de que a qualidade passe a ser excelente. Buarque tem, pelo menos, o mérito de polemizar e tocar na ferida da educação brasileira: sem uma política integrada, que leve em conta os três níveis, a possibilidade de fracasso é ainda maior. Conseguir que um sistema funcione de forma integrada não é meramente uma questão de retórica. Um exemplo disso é a tão propagada indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, nas universidades brasileiras, que, até hoje, não consegue efetivamente sair do papel. A provocação de Buarque vale por trazer à toda um problema sobre o qual se deve refletir sempre: a má qualidade da Educação no País!

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terça-feira, 7 de maio de 2013

A metáfora do liquidificador na Educação


Quanto mais estudo sobre Teoria da Complexidade, "Nova Ciência" e quetais, mas me convenço de que os ditos teóricos modernos, de todas as áreas do conhecimento, beberam somente na fonte do biólogo austríaco Karl Ludwig von Bertalanffy. Ele é considerado o "pai da Teoria Geral dos Sistemas (TGS)", estudada principalmente na área de Administração, mas, mal e parcamente, interpretada pelos que se autodenominam entusiastas do "modelo holístico". O que hoje parece moderno (ou até pós-moderno) foi tratado por Bertalanffy, nos anos 20, quando começou a produzir seus primeiros estudos e a desenvolver, baseado, na Biologia, a ideia de que "o todo é maios do que a soma das partes". A paternidade de Bertalanffy, no entanto, é posta em cheque, porque, entre os anos de 1912 e 1917, o russo Alexander Bogdanov, criara a Tectologia, esta sim, a primeira tentativa da Ciência de "olhar" seres vivos como parte de um sistema. A Tectologia foi apresentada como a "Ciência das estruturas". Já naquela época, Bogdanov identificara três tipos de sistemas: Complexos organizados (o todo é maior que a soma das partes), complexos desorganizados (o todo é menor que a soma das partes) e complexo neutros (a organização e desorganização se anulam mutuamente). A verdade histórica é que Bogdanov é pouco lembrado até mesmo pelos "teóricos da complexidade" atuais e Bertalanffy parece ter tido uma "equipe de comunicação mais eficiente" a ponto de ganhar a paternidade da Teoria Geral dos Sistemas (TGS). Afora o equívoco histórico, o que mais me incomoda atualmente é a interpretação que se faz do "modelo" da TGS. De forma reducionista, fala-se que um sistema é composto de entradas, processamento e saídas. Resolvi denominar esta forma equivocada e cartesiana de "ver" a TGS de "metáfora do liquidificador". Entender a TGS como entrada, processamento e saída é reduzir um estudo dos mais complexo a você jogar uma banana, uma mação, leite e açúcar e, do copo do liquidificador, tirar uma mistura denominada "vitamina". Penso que o equívoco está em usar o termo "processamento" como se significasse a mesma coisa que "processo". O que muda? Tudo! Ao mudar a perspectiva do olhar de processo para processamento, o que se tem é um modelo mecanicista, nada complexo, uma forma de ver o mundo tão tradicional quanto a cartesiana. Processo significa contínuo, em ação. Logo, a complexidade maior é, depois de o sistema, digamos, entrar em funcionamento, não se poder mais determinar o que é entrada e o que é saída. Eis o dilema para o qual só há reposta racional na perspectiva do olhar tradicional. O liquidificador, assim, estará ligado!

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segunda-feira, 6 de maio de 2013

Big Brother Acadêmico controla estudantes


Professores e professoras que foram sempre refratários às Mídias Digitais, tremei! Professores e professoras que só entendem o processo da Educação por meio do prisma da "pedagogia do controle", vibrai! Em breve, uma empresa do Vale do Silício, lançará uma espécie de Big Brother Acadêmico. Isto porque professores da escola de negócios da empresa Texas A&M criaram o protótipo de um livro eletrônico com capacidade para "entregar" se as lições de casa foram feitas ou não. É o que se pode chamar de "mão-na-roda" para professores e professoras supercontroladores, pois o "livro percebe quando os estudantes pulam páginas, deixam de ler ou sublinhar trechos importantes ou mesmo quando simplesmente deixam de abrir o livro." Alguns livros eletrônicos existentes no mercado já permitem saber quantas pessoas sublinharam a mesma parte do texto a partir das impressões digitais. Como nada é perfeito, principalmente quanto se trata de um bom e esperto estudante, alguns deles já conseguiram burlar o programa do Big Brother Acadêmico ao distorcer as funções de sublinhar e melhorar a pontuação, ou seja, burlaram, também, o vigia eletrônico. Não demora, porém, e o protótipo vira produto, certamente, com as distorções corrigidas. É esperar! E torcer para que ainda reste algum tipo de liberdade no mundo das Mídias Digitais!

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domingo, 5 de maio de 2013

MIT e Harvard em busca de doutores no Brasil


O todo poderoso Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), bem como as universidades de Harvard, Stanford e Columbia, da Califórnia, além de outras instituições norte-americanas estão com 1,5 mil bolsas de estudo integral para estudantes brasileiros cursarem doutorado completo naquelas instituições até 2015. As bolsas fazem parte do programa do Governo Federal Ciência Sem Fronteiras (CsF). O convênio com as universidades norte-americanas foi firmado por conta da viagem da presidente Dilma Rousseff aos Estados Unidos em abril de 2012 no entanto, desde então, por falta de divulgação ou pela barreira da língua, a procura dos estudantes brasileiros foi muito baixa. Isso motivou os Programas Acadêmicos e Profissionais para as Américas (Laspau), entidade associada à Harvard, a mandar sua representante ao Brasil, Angélica Natera, para divulgar melhor as possibilidades de bolas no País. Embora as exigências sejam de que os estudantes tenham apenas diploma de graduação nas áreas prioritárias do CsF (Engenharia, Tecnologias e Saúde) o número de candidatos pré-selecionados está próximo dos 100, quando o programa prevê ainda a seleção de mais 400 estudantes. A exigência de Inglês fluentes talvez seja a maior barreira para os estudantes brasileiros. Quem preencher os dois pré-requisitos pode ir ao link do site dos Laspau e fazer as inscrições para iniciar os estudos em 2014.

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sábado, 4 de maio de 2013

Pilatos midiático: a Propaganda que leva ao erro


Há, ainda, entre alguns estudiosos, quem defenda que nós, os comunicadores sociais, somo apenas mediadores. Esta é uma das visões mais atrasadas e canhestras que se pode ter do papel da mídia em uma sociedade. Desde quando jornais, rádios e televisões são neutros? Aceitar essa neutralidade aparente é entender os meios de comunicação de massa como se fossem "Pilatos midiático." Acreditar que o sistema da mídia distribui informações que não causam nenhum tipo de impacto na sociedade é, no mínimo, uma visão irresponsável sobre todas as profissões que compõem o espectro denominado Comunicação. Toda essa reflexão me veio à tona em função de um out-door posto na entrada da Avenida Djalma Batista, em Manaus, próximo à entrada do Amazonas Shopping. A peça era composta pela fotografia de um celular, ao lado da qual lia-se:"não leve trabalho para casa. Resolva tudo no caminho". Em seguida, o nome do aparelho: "Nokia Lumia 620". Na tela do celular fotografado estava a imagem de um programa de computador escrito "Oficce", certamente com o desejo de induzir as pessoas a acreditarem que o aparelho era um "escritório móvel". Tudo estaria na mais perfeita harmonia se, no Brasil, não fosse proibido dirigir e usar o aparelho móvel ao mesmo tempo. Por mais que os autores da peça tentem se defender argumentando que pensaram nos grandes empresários, que possuem motoristas e, ao transitarem pelas ruas, solucionassem problemas relacionados ao seu "oficce", trata-se de um tipo de propaganda condenável. Tenha sido essa ou não a intenção de quem elaborou a peça, nitidamente, o que se tem é libelo em favor do uso do celular ao volante. Este é um tipo de material que demonstra, de forma inequívoca, que não se pode ter a postura de Pilatos midiático. Vale refletir com mais profundidade sobre o assunto nas academias para que, pelo menos, se discuta essa ideia de que somos apenas mediadores, portanto, não temos nenhuma responsabilidade sobre o que escrevemos.

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Quem somos nós no universo de possibilidades?


Preocupa-me, na universidade brasileira, principalmente na área dita de humanidades, a paixão desenfreada que alguns pesquisadores e professores desenvolvem apenas por uma "visão teórica". Isso vos embota o modo de ver o mundo, ou seja, provoca viés teórico na hora de avaliar fenômenos a serem pesquisados. E se há viés na hora de avaliar o que se pesquisar, é muito provável que o resultado também se nos apresente com vieses. Por outro lado, encanta-me o passo enorme que os físicos deram em direção ao entendimento de "Quem somos nós": "No começo só havia o universo. Transbordando de possibilidades infinitas das quais você é uma". "Cérebros podem forma bilhões de redes neurais". Hoje o que me fascina é entender como funciona essa "máquina perfeita" que comanda a todos nós, os seres humanos, o cérebro. Tudo isso porque não me contentei, quando fazia parte daqueles que foram educados pela mão da "visão única". A Teoria da Comunicação tradicional incomoda-se até hoje. Seus modelos são "quadrados". O velho modelo emissor, mensagem e receptor, nem suas variações apresentadas como avanços, não servem mais aos anseios de uma mente pulsante que quer entender não apenas os "fenômenos" da Comunicação, mas também, o porquê de ter vindo ao mundo. Não tenho nenhuma intenção de implodir as velhas e carcomidas Teorias da Comunicação. Quero entender, porém, como se estabelecem as relações entre Homem, Natureza e Sociedade. E o tal "campo da Comunicação" não me dá respostas convincentes. Preciso me libertar das amarras. Sair dele para entrar no campo mais amplo da Linguagem, algo que já faço no Grupo de Pesquisa Mídia e Moda (Mimo) no qual pesquiso, em uma das linhas "linguagens e expressões humanas". Talvez, assim, seja capaz de entender melhor o universo de possibilidades que nos é proporcionado pelos bilhões de neurônios que trabalham incessantemente enquanto vida houver!

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OBS: Post do dia 03/05/2013

sexta-feira, 3 de maio de 2013

A produção de textos na universidade


Há um problema que se torna mais grave a cada dia na Educação brasileira: a dificuldade de expressar o pensamento de forma escrita. Essa dificuldade se manifesta desde os primeiros períodos dos cursos de graduação e chegam até a elaboração dos projetos e das dissertações e teses. Nos cursos de graduação, a dificuldade em produzir textos claros, coerentes e concisos provoca a necessidade de cursos de nivelamento em inúmeras Faculdades, Centros Acadêmicos e Universidades. Quando se trata das instituições particulares, inclusive, os cursos de nivelamento são essenciais para manter os estudantes na própria instituição pois, sem conseguir acompanhar, digamos, "os conteúdos", os estudantes largam os cursos, logo, as "empresas perdem seus clientes". Eis um problema que se reflete mais acima: nos programas de Pós-graduação. Quando os estudantes não superam os problemas no nível de graduação, os programas de Pós-graduação sofrem, inclusive, desde o processo de seleção, passa pela elaboração dos projetos de dissertação e tese e chega às defesas. É preciso desfazer este nó para que tenhamos, aí sim, o início da solução para o problema da qualidade dos trabalhos de pesquisa produzidos no Brasil.

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OBS: Post do dia 02/05/2013

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Aumento nas bolsas não agrada estudantes


O aumento de 10% nas bolsas da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) concedido pelo Governo Federal no dia 1  de abril de 2013, sem nenhuma intenção de ser uma piada-pronta, "parece mentira". E por vários fatores. Isso porque, o último ajuste das bolsas do CNPq ocorreu em maior de 2012. Já as bolsas da Capes, só foram reajustada em julho do ano passado. Antes desses dois aumentos, o valor das bolsas ficou congelado desde o ano de 2008. A Associação Nacional dos Estudantes de Pós-Graduação considera, porém, que o reajuste ideal para repor a desvalorização desde 2008 seria de 40%. Com reclamação ou não, o que vale é que as bolsas de mestrado no País, para as duas agências de fomento à pesquisa, passaram de R$ 1.350,00 para R$ 1.500,00. As bolsas de doutorado subiram de R$ 2.000 para R$ 2.200. Quem for cursar pós-doutorado terá, agora, uma bolsa de R$ 4.100,00. Antes, o valor era de R$ 3.700,00. Independentemente dos valores, há que se reconhecer o esforço do Governo Federal, por meio das duas agências, em consolidar os programas de Pós-graduação no Brasil. Principalmente, por meio do Plano Nacional de Pós-graduação, que prevê um combate às assimetrias regionais. Esse é um passo fundamental para que os programas de Pós se desenvolvam nas regiões Norte e Nordeste.

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