terça-feira, 21 de maio de 2013

O mercado e a vida acadêmica


De quando em vez, (muito raro mesmo) algum profissional de jornalismo (ou estudante) procura-me para saber se não tenho nenhuma indicação de "serviços avulsos", mais conhecido entre nós como "free-lancer". Respondo sempre com algo desta natureza:"estou distante do mercado. Depois que entrei na Universidade Federal do Amazonas (Ufam) as pessoas só me procuram quando têm interesse no Mestrado". Ao dizer isso, isso fico a refletir sobre o quão nocivo é esse distanciamento do profissional de carreira, do mercado de trabalho, ao se transformar em professor universitário. A experiência, o sabor de vivenciar as pautas, as saídas para reportagens especiais, o fechamento do jornal, dos cadernos, das especiais, tudo isso, é substituído pela rotina da sala de aula, quando muito, das pesquisas. Essas, porém, pouco nos estimulam pelo caráter tradicional e quase draconiano que assumem, ao se basearem nos manuais de metodologia tradicionais e nas amarras das Normas Brasileiras Registradas (NBRs), da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), ou, muito pior ainda, na intervenção inaceitável dos Comitês de Ética em Pesquisa (CEPs) que, absurdamente, interferem no desenho da pesquisa, algo que não tem nenhuma relação com o objeto deles, "a ética em pesquisa". No caso do Jornalismo, por exemplo, tenho dúvidas se é possível fazer as duas coisas, produzir para o dia-a-dia e pesquisar, de forma separada. Avalio que, à parte o gerenciamento do tempo, pesquisador e jornalista seriam profissionais melhores se não atuassem apartados um do outro no mesmo ser.

Se você ainda não leu a “Carta aberta ao secretário Sérgio Mendonça”, cliquei aqui, leia e replique. Todos precisamos refletir sobre o problema. Juntos!

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