terça-feira, 14 de maio de 2013

Respeito é bom e nós gostamos


Cansei-me dos pareceres concisos e desrespeitosos exarados por alguns dos nossos pares que servem como consultores ad-hoc, tanto ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) quanto ao MEC/Sesu, nos editais nacionais de Extensão. "Mérito acadêmico" deve ser expressão genérica para significar: seu projeto é bom, foi aprovado, mas, não será implementado. Recentemente, concorri a um Edital do CNPq, foram selecionados 72 projetos no Brasil inteiro. Entre eles, o meu projeto (e da Universidade Federal do Amazonas - Ufam) ficou em 42 . Parecer recebido:"O projeto tem mérito acadêmico mas não atingiu pontuação suficiente para ficar entre os que serão implementados". Os recursos só foram suficientes para a implementação de 35 projetos. Pergunto: então, de que adianta selecionar 72 se somente 35 serão financiados. Outra coisa: se os pareceres não indicam, detalhadamente, pontos positivos e negativos do projeto, como melhorá-lo para concorrer em outros certames e alcançar melhor pontuação? Como, nós, da Amazônia, podemos elevar o nível dos nossos programas de Pós-graduação se sempre "morrermos na praia" desta forma? Pior que uma situação dessas, só mesmo a enfrentada nos dois últimos editais do MEC/Sesu. O parecer mais recente deles foi acintosamente desrespeitoso:" A proposta tem mérito acadêmico, porém não contempla integralmente os Itens 2.20 e 2.21 deste edital, por não apresentar a carta de aceite da comunidade...". O formulário de submissão da proposta possui travas que não o deixam ser enviados sem que constem documentos obrigatórios. A carta de aceite da comunidade não era um desses itens obrigatórios. O avaliador aplicou nota mínima a todos os itens sob a alegação de que a proposta não atendia integralmente ao estabelecido no Edital. Não leva em conta noites e dias que perdemos ao elaborar o projeto, as planilhas, as atividades. Preguiçosamente, recusa-se a avaliar uma ação proposta, de importância estratégica para a Universidade Federal do Amazonas (Ufam) sob a alegação de que uma Carta de Aceite da comunidade não fora apensada. Casei desse tipo de desrespeito. Não somos palhaços! Quem não quer ter trabalho que não se candidate a ser parecerista de nada. Quem aceitar fazê-lo deve ter o mínimo de respeito por quem elabora as propostas. É o que se espera de todo colega professor (ou professora): pelo menos respeito!

Se você ainda não leu a “Carta aberta ao secretário Sérgio Mendonça”, cliquei aqui, leia e replique. Todos precisamos refletir sobre o problema. Juntos!

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