domingo, 28 de fevereiro de 2010

Universidade das Quebradas


O Programa Avançado de Cultura Contemporânea (PACC) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) está com inscrições abertas para um dos mais importantes cursos de Extensão promovido por universidades brasileiras. É um curso gratuito denominado “Universidade das Quebradas”, “voltado para produtores, ativistas e artistas de todas as quebradas.” Com o projeto o PACC pretende diminuir a distância que existe entre “as áreas periféricas de um lado e os centros acadêmicos de outro. O lance agora é completar saberes, trocar idéias e juntar todo mundo.” O curso oferece formação aos produtores culturais e artistas das comunidades do Rio de Janeiro, por intermédio de um encontro produtivo com pesquisadores e professores da UFRJ e de outras instituições. As aulas são presenciais e quinzenais e se baseiam nas cinco áreas de produção cultural: Literatura, Artes Visuais, Teatro, Dança e Música. Um panorama da cultura e das artes com foco especial nos séculos 20 e 21. Oficinas de leitura e criação, blogs com produções dos participantes, aulas filmadas e transmitidas via Internet. Para saber mais sobre a Universidade das Quebradas visite o endereço eletrônico http://www.pacc. ufrj.br/arquivos %20pdf/proj_ queb_02_2010.Pdf.

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sábado, 27 de fevereiro de 2010

O Musa e a Astronomia

Muito interessante a iniciativa do Museu da Amazônia (Musa) em promover hoje e no próximo sábado, dia 06 de março de 2010, a primeira Oficina de Astronomia para crianças! As atividades da oficina serão coordenadas pela professora de Física da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e consultora do Musa, Luciana da Cunha. Podem participar crianças entre 07 e 12 anos. Os encontros serão no Jardim Botânico de Manaus, das 14h às 16h com temas como: por que temos o dia e a noite; por que temos as quatro estações; como identificar planetas e estrelas. Ludicidade e interatividade serão presentes em todos os temas abordados. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas por meio de e-mail enviado ao endereço musa@museudaamazonia.org.br com os seguintes dados: Nome; Nome do responsável; Telefone e email do responsável; Idade; Escola e Série. Informações podem ser obtidas pelo telefone (92) 3236-3079.

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sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Liberações ilegais


Para cumprir promessas de campanha, o ex-reitor da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Hidembergue Ordozgoith da Frota, autorizou a rodo a liberação de professores em estágio probatório, principalmente das unidades do interior do Amazonas, a saírem para cursar mestrado e doutorado. Em Manaus, houve professor da Faculdade de Medicina que, além de ser contratado ilegalmente, num dos maiores absurdos da história da Ufam, também foi liberado para cursar doutorado quando estava em estágio probatório. O ministério do Planejamento recomendou que todas as instituições nas quais as liberações ilegais tenham ocorrido suspendam o estágio probatório e cobrem o cumprimento do período de três anos no retorno das pessoas. Quem foi liberado ilegalmente terá de se submeter a novo período de estágio, a contar a partir do retorno ao trabalho. Além disso, a Ufam não mais liberará professores em estádio probatório. Ponto para a professora Márcia Perales que passar a corrigir erros grosseiros cometidos pelo seu antecessor e padrinho político. Uma prova de que a nova reitora, ao que tudo indica, não é tutelada pelo padrinho. Bom para a Ufam.

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quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Explicações oficiais


Durante o processo de consulta pública para a escolha da nova administração da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) foram abertas inúmeras frentes de obras dentro do Campus Universitário Arthur Virgílio Filho. Terminado o processo de consulta, ao que tudo indica, pisaram no freio. O Centro de Convivência está parado, dizem, só dizem (parece que tudo foi encoberto) que o ex-reitor fora multado pela falta de Licença Ambiental para a obra. O certo é que a área foi devastada, mas a obra está parada. Não se vê mais uma pá de cal nas obras do Museu Amazônico e as demais estão em ritmo de cágado. Sem falar que nas unidades do interior, como em Benjamin Constant, a falta de conclusão das obras foi um dos motivos de uma longa greve. A comunidade em geral e, principalmente a comunidade da Ufam precisam de uma resposta. Alguém pode nos explicar o que ocorre?

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quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Recordista em não-aprovação


Não são os estudantes amazonenses os recordistas em não-aprovação depois do uso do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) para ingressarem na Universidade Federal do Amazonas (Ufam). Embora seja o campeão de ganhar eleições internas (o que comprova que às vezes nem sempre a maioria está certa), o ex-reitor, Hidembergue Ordozgoith da Frota é o campeão contas reprovadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Recentemente divulgamos que as contas de 206 da sua gestão haviam sido reprovadas pelo TCU. Pois bem, não foram apenas as contas de 2006. Por enquanto, e basta consultar o endereço adcon@tecu.gov.br, foram reprovadas as contas de 2005, 2006 e 2007. É bem-verdade que as multas são tão pequenas, como a de 2006, de apenas R$ 3 mil, que, mais incentivam a reprovação que a aprovação. Mas, é incômodo para um bom tempo não ter as contas aprovadas ano a ano. Será que algum ex-reitor foi tão reprovado assim pelo TCU?

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terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Tolice em segundo turno

De novo vem o chororô de que na segunda etapa do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) para ingressarem na Universidade Federal do Amazonas (Ufam) grande parte das vagas foram para estudantes de outros estados. A se usar o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) como parâmetro, o Amazonas aparece em 22° como um dos cinco piores do País. Não precisava nem ter bola de cristal para saber que em uma disputa nacional pelas vagas dos cursos mais concorridos não haveria nenhum estudante do Amazonas. Portanto, deixem de bobagem: a Ufam não tem culpa nenhuma em os estudantes do Estado nela não ingressarem com a adoção do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Pare até tolice em segundo turno. Em quantas etapas forem divididas as opções por meio do Sisu, sempre haverá um índice altíssimo de estudantes de fora do Estado. Como para garantir a vaga é preciso efetiva a matrícula, essa concorrência nacional é para inglês ver. Serve sim para provocar um tremendo estresse nas famílias dos estudantes amazonenses e deixá-los com a auto-estima no fundo do poço por ingressarem na repescagem da repescagem. No mais, o alvo pela péssima qualidade da Educação no Estado não é a Ufam.

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segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Estudantes de aço


Os estudantes de fora de Manaus aprovados na segunda etapa no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) para ingressarem na Universidade Federal do Amazonas (Ufam) precisam ser filhos ou parentes do Super-Homem para conseguirem cumprir os prazos. Para se ter uma ideia de quanta correria é necessária, o prazo para as matrículas começam amanhã e encerram-se na sexta-feira. É evidente que boa parte dos aprovados de fora jamais conseguirá encaminhar (ou muito menos vir a Manaus), até sexta-feira, todos os documentos necessários. Só mesmo com uma senhora ajuda de Clarck Kent e do Super-Homem juntos para tanta correria. Esse tipo de coisa torça o sistema estressante. Como já frisei aqui antes, não basta parecer democrático. É preciso, na prática, que o sistema possibilite a concorrência entre todos. Caso contrário, cria-se que, no discurso, permite a concorrência nacional, mas, na prática, é apenas para estrangeiros verem.

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domingo, 21 de fevereiro de 2010

Decisão radical


Encontrei recentemente o professor Renan Freitas Pinto, um dos maiores intelectuais vivos deste Estado, e lamentei profundamente o fato de ele ter pedido afastamento do Programa de Pós-graduação em Sociedade e Cultura na Amazônia (PPGSCA) da Universidade Federal do Amazonas (Ufam). Ele disse-me que se afastou do Mestrado e do Doutorado e que não retorna mais para nenhum programa de Pós-graduação até se aposentar. Renan completou: “descobri que estudava mais que os alunos. Eles chegavam em sala de aula sem um texto lido.” Despediu-se de mim e fiquei a refletir sobre a decisão dele. Confesso. Em alguns momentos pensei em tomar a mesma decisão de Renan Freitas Pinto pelos mesmos motivos. Há, claramente, certo descompromisso dos próprios estudantes com os programas de Pós. Talvez reflita o próprio descompromisso institucional: muitos programas funcionam sem as mínimas condições estruturais. Um afastamento voluntário como esse do professor Renan Freitas Pinto deve provocar reflexão profunda na Ufam como um todo e nos programas de Pós, em particular.

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sábado, 20 de fevereiro de 2010

Exemplo de sabedoria


Era um dia qualquer de um ano que nem me lembro. Fui recebido na sala para uma entrevista com o advogado Aderson Dutra. É bem-verdade que não lembro o dia nem do ano, mas o olhar paternal, o jeito manso de falar e a forma segura de responder às perguntas me revelaram uma pessoa não-apenas cheia de conhecimento, mas um homem experiente e sábio. Para alguns dentro da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) Dutra foi um dos seus melhores reitores. Lembro com carinho a segunda conversa com ele, quando me candidate a reitor pela primeira vez. Aconselhou-me, conversou comigo ao telefone e garantiu que votaria em mim. Não sei se o fez. Não me importo. O que fica como lembrança é a forma sábia e serena com que falava. Anderson Dutra morreu dia 17 e deixou um legado de saudades em todos os que a ele admiraram. Por isso deixo o registro aqui e a minha homenagem a um homem e um dos sábios que tem influência na minha carreira profissional. Ao final da entrevista, Dutra disse que lia tudo o que eu escrevia e deu um conselho: “Meu filho, faça o curso de Direito. Você será um dos maiores juristas deste País”. Ano passado até me inscrevi no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) exatamente em Direito. No dia, desisti de fazer a prova. A profecia de Dutra ainda não tem como se confirmar. Mas, o conselho voltou à mente. Cursar Direito talvez seja uma forma de homenagear Aderson Dutra. Transformar em realidade a sua profecia talvez seja impossível. Mas, uma boa meta.

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sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Inscrições do Sisu


Encerram-se amanhã as inscrições para a segunda fase do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) às vagas para a Universidade Federal do Amazonas (Ufam). Restam 683 vagas a serem preenchidas pelo Sisu. O resultado será divulgado segunda-feira, dia 22 e as matrículas iniciam-se imediatamente, na terça-feira. A Ufam foi a quarta universidade federal mais concorrida do País, no entanto, por se tratarem de estudantes principalmente de Minas Gerais e São Paulo, grande parte das vagas obtidas não foram preenchidas no período regular de matrícula. Esse é um dos pontos da aparente democratização do ingresso promovida pelo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Na prática, a tal democratização não ocorre porque os estudantes podem até obter as vagas, porém, não conseguem, em tempo hábil, entregar os documentos necessários à efetivação das matrículas. Além disso, o tempo de efetivação das matrículas revelou-se curto demais. Talvez, pelo fato de o Enem ter sido inicialmente anulado. Espera-se que haja ajustes e que, efetivamente, o Sisu democratiza o ingresso nas federais.

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quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Congressos e eventos


A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) divulga, a partir de segunda-feira, dia 22, o resultado da 1ª chamada, referente às propostas de eventos e congressos previstos para acontecerem entre os meses de junho a setembro de 2010. Interessados em promover congressos, simpósios, workshops e quaisquer outros eventos científicos e tecnológicos de universidades, instituições de pesquisa, públicas ou privadas podem recorrer ao Programa de Apoio à Realização de Eventos Científicos Tecnológicos (PAREV), da Fapeam. Propostas podem eventos a partir de setembro de 2010 podem ser protocolizadas, das 9h às 13h, em envelope lacrado, por meio de ofício de encaminhamento à Diretoria Técnico-Científica da Fundação, em 2 (duas) vias impressas. Maiores informações sobre o Edital 016/PAREV pode ser obtidas no endereço eletrônico http://www.fapeam.am.gov.br/edital.php?cod=120.

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quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Polêmica tola


A polêmica em torno das vagas do Curso de Medicina da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) oferecidas para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) terem sido preenchidas totalmente por estudantes de fora do Estado é uma tremenda tolice. Diz respeito às questões internas da Ufam mas não tem nenhum matiz de injustiça. Injustiça contra quem, caras-pálidas? Não se deve esquecer que não foram apenas estudantes das escolas públicas os reprovados. Escolas particulares tradicionais não emplacaram ninguém. Anúncios de cursinhos e colégios particulares usando o fato de serem primeiro lugar na Ufam não podem ser postos este ano. A Ufam precisa sim, discutir os aspectos macros e de políticas públicas globais do uso do Enem. Não deve, no entanto, absorver esse discurso de culpa. Só se for culpa pelos filhos de médicos que não conseguiram ingressar agora. Que estudem o ano inteiro e tentem um novo Enem. Uma universidade pública não deve sentir-se pressionada por manchetes e comentários de Blogs. É bem maior que isso. A convivência democrática precisar dar espaços sempre para os tolos e suas tolices. O que seria do mundo sem eles?

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terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Vagas para o Enem


O fato de a Universidade Federal do Amazonas (Ufam) ainda possuir 784 das 1.782 vagas destinadas aos estudantes que fizeram o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para ingresso em 2010 talvez não seja apenas descompromisso dos aprovados. O fato de adotar um exame nacional e uma seleção única não significa que as pessoas aprovadas tenham condições de se deslocar ou encaminhar toda a documentação em tempo hábil. Muitos dos aprovados para a Ufam certamente não possuem condições estruturais de permanecer em Manaus ou mesmo de enviar documentos ou se deslocar. Dependendo da importância do curso na vida de cada um dos aprovados, ocorrerá uma mudança radical. Alguns precisarão montar uma estrutura. Muitos não conseguirão. Isso aumenta a responsabilidade da Ufam com a Casa do Estudante e o apoio aos novos alunos. Por isso sempre defendi que aderir ou não ao Enem não era coisa para se decidida de afogadilho. Os problemas serão muitos mas as instituições públicas e as pessoas existem para encontrar soluções. Encontraremos as nossas. Tenho certeza.

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segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Por linhas tortas


Ainda que por linhas tortas, pelo menos no Amazonas o uso do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para ingresso em 50% das vagas na Universidade Federal do Amazonas (Ufam) surtiu o efeito desejado pelo Ministério da Educação (MEC): provocar mudanças radicais no Ensino Médio de todo o País. A Secretaria de Estado da Qualidade do Ensino e da Educação (Seduc) anunciou que implantará mudanças no Ensino Médio do Estado a partir deste ano. Mais uma vez, no entanto, optam pela Lei do Menor Esforço: anunciam que irão promover treinamento dos professores e farão uma espécie de cursinho pré-Enem. É uma forma distorcida de mudar o processo. Sempre digo que as mudanças na educação do País passam por uma revolução pedagógica. E que deve ser iniciada dentro das universidades também. Enquanto existirem aos borbotões, professores universitários, doutores, que se dizem capazes de discutir quaisquer assuntos, mas não sabem a diferença entre medir e avaliar; nada mudará. Apenas treinar estudantes para o Enem é uma medida populista e descompromissada. Não creio que um educador com o professor Gedeão Timóteo Amorim seja capaz de aceitar uma medida dessas.

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domingo, 14 de fevereiro de 2010

Errou vírgula


Que fique bem-claro uma coisa de uma vez por todas: não considero que a Universidade Federal do Amazonas (Ufam) errou totalmente em aderir ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Sou contra, e disse isso várias vezes, à forma como a instituição aderiu. Não somos obrigados a seguir tudo o que o Ministério da Educação (MEC) determinar. Temos autonomia e precisamos discutir profundamente cada passo a tomar. E isso não foi feito. O pacote de adesão ao Enem veio pronto de acordo com o que a Administração superior decidiu. Os departamentos e as instâncias não existem para carimbar decisões já tomadas. Se for para ser assim, que não sejam consultadas as instâncias inferiores. No caso do Enem era preciso avaliar se as provas são melhores que o antigo PSM da Ufam, se atingiriam o objetivo de selecionar (e vejam bem, selecionar e não avaliar, pois avaliar é muito mais que escolher os melhores) os melhores de Manaus e do Amazonas. Professores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), por exemplo, fizeram um estudo e decretaram que as provas do Enem não são capazes de medir as habilidades dos estudantes. O fato de todas as vagas do curso de Medicina da Ufam oferecidas por meio do Enem serem preenchidas por estudantes de fora do Estado só desmonta o discurso oficial do Governo de que temos uma Educação de qualidade. E a Ufam tem pouca culpa nisso.

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sábado, 13 de fevereiro de 2010

Reprovação (quase) geral


As contas de 2006 da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) foram reprovadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Como prêmio, o ex-reitor, Hidembergue Ordozgoith da Frota levou uma multa de R$ 3 mil, juntamente com a ordenadora de despesas, a ex-pro-reitora de Administração, Neuza Inez Lahan Furtado Belém. O curioso disso tudo é que o ex-reitor teve as contas consideradas irregulares (e essa multa refere-se apenas às contas de 2006), foi na sua administração que mais se anularam concursos e vestibulares por irregularidades, ainda assim, além de ter sido reeleito, conseguiu fazer a sua sucessora, a reitora atual, Márcia Perales Mendes e Silva. Portanto, pode-se falar tudo de Hidembergue Ordozgoith da Frota e de sua incompetência administrativa. No entanto, ninguém pode acusá-lo de não ser competente no uso da máquina administrativa para ganhar eleições internas. Nisso, ele é imbatível.

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sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Pato figurado

Fui contestado por uma das nossas leitoras por ter dito que a Ufam paga o pato com mais esse problema da suspensão das matrículas dos estudantes selecionados pelo Sisu. É bem-verdade que os estudantes selecionados também pagam o pato. Aliás, muitos tocam nas penas desse pato figurado mas, no frigir dos ovos, quem mais sofre com todos esses erros e equívocos constantes é a própria Universidade Federal do Amazonas (Ufam) que, mais uma vez, tem a imagem pública arranhada. Não basta apenas conseguir reverter a suspensão das matrículas na justiça. O que se precisa é, definitivamente, afastar a imagem de incompetência que recai sobre a instituição. E isso é responsabilidade de cada um de nós em todas as atitudes que tomamos. Não é mais possível erramos em concursos e editais sob pena de a imagem da instituição permanecer arranhada por tempo indeterminado.

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quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Público e privado


“A mistura do público e do privado é a grande interrogação que precisa que precisa ser esclarecida nesse processo”. A frase, leitores e leitoras, não é de nenhum deputado da oposição e muito menos do presidente do Sindicato dos Professores da Universidade do Estado do Amazonas (Sind-UEA), Ricardo Serudo. É do deputado estadual Vicente Lopes (PMDB), dita em um dos jornais de Manaus ontem. Espantoso é o fato de ele ser do mesmo partido do governador Eduardo Braga, portando da base do Governo, sobre a expropriação milionária, de R$ 17,5 milhões, do terreno na Nilton Lins, no Distrito Industrial 2. A UEA já pagou parte do montante e a transação ainda não foi concluída porque o Ministério Público do Estado (MPE) estuda denúncia d superfaturamento. A reitoria da UEA, por outro lado, sobre o assunto diz apenas se tratar de uma “questão de Governo”. Quando até membros do próprio partido do governador começam a desconfiar do negócio é sinal de que tem mais coisas entre a UEA e a Nilton Lins do que a vã inteligência dos mortais possa imaginar. Curioso nisso tudo é que terrenos no Distrito Industrial são concedidos pela Suframa a preço de banana. Certamente o da Nilton Lins, hoje repassado para a UEA, não deve ter custado o preço de um cacho de banana pacova. Por isso o negócio espanta tanto até deputados do PMDB.

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quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Assessoria especializada


O receio de que uma decisão judicial desfavorável no Amazonas afete todo o País deve ser a força que move a equipe de assessores especiais do Ministério da Educação (MEC) que auxilia a Universidade Federal do Amazonas (Ufam) a tenter reverter a liminar que suspende as matrículas dos estudantes selecionados pelo Sistema de Seleçào Unificado (Sisu), que usa o resultado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para ingresso em 50% (cinquenta por cento) das vagas na Ufam. A juíza da 3ª Vara da Justiça Federal no Amazonas, Alcioni Escobar, determinou a suspensão das matrículas porque houve mudança no peso da prova de redação após o início do processo. A Ufam alega que houve erro no edital inicial e tentou retificá-lo. Essa mudança de peso no meio do jogo, ainda que tenha havido erro, é como se , no meio do jogo, o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, decretasse que um gol passa a valer dois ou que um gol provindo de escanteio vale três. No entender da juíza, nenhuma regra pode ser modificada durante a partida. Há panos para enormes mangas nessa história e a Ufam, mais uma vez, paga o pato por um erro em Edital. Isso é incrível!

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terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Rever o Enem


O anúncio feito pelo Pró-reitor Adjunto de Ensino de Graduação da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Adilson Hara, de que a Ufam vai rever o uso do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para o próximo ano significa que, pelo menos, a administração superior atual não é insensível a um problema que considero grave. O argumento de que a Ufam é federal e não deveria se preocupar com as desigualdades é falacioso. Antes de aderir cegamente ao Enem era preciso uma discussão mais ampla sobre o assunto. Ao recuar, a Administração da Ufam dá sinais de maturidade e merece aplausos. O problema é que há uma pressão quase insuportável do Ministério da Educação (MEC) para que todas as federais usem o Enem como única porta de entrada. Para tanto, o Enem já é critério de corte até para quem pretende concorrer às 165 mil bolsas de estudos do Programa Universidade Para Todos (Prouni). Será que a Ufam sairá dessa sinuca-de-bico? O que o MEC não pode esquecer, e muito menos nenhuma das universidades federais, é que a enorme desigualdade social existente entre as regiões não poderá ser corrigida apenas com um o uso de um exame nacional único. Políticas públicas de inclusão e acesso à educação e aos bens culturais devem ser incrementadas antes da adoção de um exame desses. Sem isso, o resultado só reflete a vala existente entre as regiões.

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segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Incrições do Prouni


O resultado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) não é usado apenas para ingresso nas universidades federais e centros de educação tecnológica. É critério de corte para quem pretende concorrer às 165 mil bolsas de estudos do Programa Universidade Para Todos (Prouni). Só podem concorrer estudantes que tenham obtido pelo menos 400 pontos de média das cinco notas do Enem: ciências da natureza e suas tecnologias, ciências humanas e suas tecnologias, linguagens, códigos e suas tecnologias, matemática e suas tecnologias e redação. O estudante também não pode ter zerado na prova de redação. As inscrições só podem ser feitas no site http://siteprouni.mec.gov.br/. Os candidatos ainda precisam ter renda familiar mínima de três salários mínimos (R$ 1.530) por pessoa para concorrer às bolsas de 50%; e renda mínima por pessoa de um salário mínimo e meio (R$ 765) para concorrer às bolsas integrais. Também é preciso atender no mínimo uma das seguintes condições: ter cursado o ensino médio completo em escola pública ou em escola privada com bolsa integral da instituição; ter cursado o ensino médio parcialmente em escola pública e parcialmente em escola privada com bolsa integral da instituição ou ser professor da rede pública de ensino básico, em efetivo exercício, integrando o quadro permanente da instituição, e estar concorrendo a vaga em curso de licenciatura, normal superior ou pedagogia. No último caso, a renda familiar por pessoa não é considerada. As inscrições encerram-se na quarta-feira, dia 10.

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domingo, 7 de fevereiro de 2010

Revolução forçada


O resultado do uso do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) pela Universidade Federal do Amazonas (Ufam), quando a maioria dos estudantes que ingressariam nos cursos mais concorridos foi de fora do Amazonas só revela uma coisa: o ensino fundamental e, principalmente o ensino médio, precisam passar por uma revolução de qualidade nunca vista na história deste Estado. Cabe aos governos criarem políticas públicas capazes de reduzir as desigualdades. E, se ao Ministério da Educação (MEC) só restou tomar uma medida de força para que os governos estaduais se tocassem, não devemos criticar a Ufam. Por linhas tortas, o resultado da Ufam indica um puxão de orelhas no Governo do Estado. A estrutura do ensino médio é frágil, pedagogicamente sem qualidade (o resultado Enem revela isso). Portanto, cabe à reitora da Ufam, professora Márcia Perales, com a sensibilidade que tem demonstrado, não assumir para si o ônus do resultado. Tem de mostrar claramente que, se todos os estudantes que ingressaram na instituição são de fora, a culpa não é da Ufam, mas de um ensino médio de péssima qualidade. A nós, na Ufam, cabe receber os melhores e, com isso, cumprir a política pública nacional de melhoria da qualidade do ensino. Se parece injusto hoje, com o tempo veremos que haverá uma melhoria (forçada, é claro) geral.

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sábado, 6 de fevereiro de 2010

Todos de fora


Com bem-diz a professora Mirna Feitoza, “a história se vinga”. É bem verdade que não se precisava ter um grama de inteligência para concluir: com a adoção do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), a maioria dos estudantes que ingressariam nos cursos mais concorridos seria de fora de Manaus. Eu, professor Gilson Monteiro, um dos candidatos a reitor da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), em debate no Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL) não tive nenhuma dúvida em declarar minha posição contrária à adoção do Enem exatamente porque tiraria as chances dos estudantes amazonenses de ingressarem na Ufam. Não deu outra. A pró-reitoria de Ensino de Graduação (Proeg) divulgou que todos os estudantes ingressantes no curso de Medicina são de fora do estado. De acordo com a Proeg, dos 1.803 estudantes que ingressaram este ano por meio do Enem, 45% (quarenta e cinco por cento) são de fora do estado. A incompetente administração superior que dirigia a Ufam adotou imediatamente o Enem sem discutir com profundidade os problemas que adviriam na tentativa de fugir dos Vestibulares anulados constantemente. Nem isso deu jeito. A juíza da 3ª Vara da Justiça Federal no Amazonas. Alcioni Escobar, determinou a suspensão das matrículas da Ufam. Realmente a história se vinga.

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sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Pacotes de democracia


Ë impressionante como, em alguns casos, a Administração de organizações públicas abusa de brincar de democracia: apresenta pacotes de democracia com gosto acre de ditadura. Espera-se que isso não ocorra na Estatuinte da Universidade Federal do Amazonas (Ufam). A comunidade não agüenta mais ser chamada para discussões cujos pacotes de decisão foram tomados em comitês gestores ou coisas similares. Não se pode convocar uma Estatuinte para decidir exatamente o que os dirigentes desejam que seja decidido. Esse é um momento crucial para a Ufam avaliar as práticas administrativas e pedagógicas e ressurgir com agilidade e respostas para as demandas da sociedade. Caso isso não ocorra, melhor não brincar de democracia. Os segmentos organizados da instituição precisam esquecer a prática da bajulação explícita e pensar na Ufam. Sem isso a Estatuinte é mero instrumento decorativo para firmar a imagem de uma administração democrática mas que, na prática, configura-se tão autoritária, ou mais, que a administração anterior.

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quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Violência inconcebível


A professora doutora Selda Vale, da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), relatou uma cena de violência inconcebível presenciada por ela ontem. O motorista do ônibus 125, do consórcio Transmanaus, além não permitiu a entrada de um estudante e ainda o arrastou por alguns metros. Revoltada, a professora procurou a Pró-reitoria de Assuntos Comunitários para denunciar o ocorrido. Em seguida, a própria supervisora da empresa foi comunicada do fato e disse que providências seriam tomadas e o motorista demitido. O nome do motorista criminoso não foi revelado. O que ocorre é que há um desrespeito generalizado ao ser humano dentro da Ufam. Ser professor tornou-se profissão de alta periculosidade e não se pode mais admitir tanta violência.

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quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Concorrência nacional


Durante o processo de consulta à comunidade para a escolha do novo reitor da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), realizada em abril do ano passado, posicionei-me contra o uso do Enxame Nacional do Ensino Médio (Enem) como única forma de substituição do Processo Seletivo Macro (PSM), antigo Vestibular, por entender que promoveria uma concorrência nacional. Os adeptos da livre-concorrência em todos os níveis, do econômico ao educacional, devem estar felizes da vida. A concorrência agora para ingressa na Ufam é nacional, ou seja, os estudantes locais correm o risco de ficar de fora ou ser minoria. Ao me posicionar contrário ao Enem temia, exatamente, que nos anos iniciais, os estudantes de Manaus ficassem de fora. Os defensores da concorrência ampla argumentam que, com o passar do tempo, o nível de educação de todos os estados brasileiros tenderá a se igualar exatamente em função do Enem. Talvez, sim, talvez, não. É fundamental que haja um estudo, ao final do processo, para se detectar o perfil dos ingressantes e verificar se serão confirmadas ou não as suspeitas de que estudantes de fora de Manaus ocuparão as vagas dos cursos mais concorridos da Ufam.

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terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Federal do ABC lidera


Até o final da noite de ontem o curso de Medicina da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) era o mais procurado no Amazonas e o quarto no País inteiro no novo Sistema de Seleção Unificada (Sisu). No Amazonas, a Ufam é praticamente a única instituição a selecionar seus ingressantes de 2010 por meio do Enxame Nacional do Ensino Médio (Enem). O curso mais procurado das universidades brasileiras é o de Ciência e Tecnologia, da Universidade Federal do Grande ABC, até ontem com 11.529 inscrições, mais que o dobro do segundo colocado, o de medicina, da Universidade Federal de Pelotas, com 5.439 inscrições. O fato de o curso de Ciência e Tecnologia da Federal do ABC liderar o ranking dos cursos mais procurados não é nenhuma surpresa para mim. Conheço o modelo didático-pedagógico adotado por eles, foi trazido e proposto para a Ufam por uma comissão da qual eu participava e nem deram ouvidos à proposta. Moderno, inovador e diligente, o novo curso da Federal do Grande ABC vai liderar a procurar durante alguns anos. Esperem para ver.

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segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Bondade eleitoral

A bondade da Prefeitura Municipal de Manaus (PMN) em relação aos candidatos que correm ao programa Bolsa Universidade é tamanha que chega a impressionar. Não fosse 2010 um ano eleitoral, dificilmente haveria tanta preocupação com a entrega dos documentos de quem se candidatou ao programa. É de se imaginar que essa bondade toda também se estenda à análise dos documentos. Logo, dificilmente serão pegos casos de fraudes explícitas como foram detectadas anteriormente. Não que essas fraudes não ocorram. É que, talvez, pelo momento, não haja muita vontade política em detectá-las. E quanto à entrega dos documentos pendentes, os candidatos ao programa terão até sábado, agora em quaisquer dos postos, para regularizar a situação. De acordo com a Secretaria de Municipal de Projetos Especiais e Gestão Tecnológica (Semtec), desta vez não haverá prorrogação de prazo de entrega. Com o ano eleitoral e a bondade da Prefeitura é bem-provável que novos prazos sejam dados aos inadimplentes.

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