segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Vitória da persistência


Os estudantes do Instituto Natureza e Cultura (INC) da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), de Benjamin Constant deram uma lição de mobilização a todos os demais estudantes da capital e do interior. Resistiram a todos os tipos de pressão, mantiveram a greve e, enfim, o bom senso venceu: a diretora da universidade, professora Valdete Carneiro da Luz pediu para sair. Resta saber se a administração superior vai permitir que haja uma consulta para a escolha do novo diretor, nos moldes do que acontecerá na Faculdade de Educação (Faced) e no Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL). Não é certo que isso aconteça pois fazer consulta em Benjamin abriria espaço para que as demais unidades fora de Manaus exigissem o mesmo. E isso não é o desejo da reitoria. Pelo menos para agora. Porém, se a professora Márcia Perales cumprir o que falou no próprio debate em Benjamin Constant, a consulta será feita sem demora.

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domingo, 29 de novembro de 2009

Provincianismo acadêmico


A visão provinciana e estreita sobre universidade e sobre o sistema brasileiro de pós-graduação motiva os “sem-títulos” a contestarem o Currículo Lattes. Há que se ter um parâmetro para avaliar a produção dos pesquisadores brasileiros. A plataforma Lattes possui falhas sim, que são corrigidas constantemente. No entanto, deixar de avaliar um currículo sob o argumento de que “no Lattes se põe tudo” é, no fundo, um argumento frágil de quem não assume viseira política e a inveja em relação aos colegas titulados. Tanto nos concursos públicos quanto nas seleções para o ingresso nos programa se Pós-graduação o currículo é o componente que mais pesa na determinação ou não do ingresso de uma pessoa. Negá-lo é negar a própria carreira acadêmica e isso, nós, os pesquisadores-doutores das universidades brasileiras não podemos mais admitir. Estudar, passar quatro anos pesquisando e obter o título de doutor não pode ser vergonha para ninguém. Querem nos punir por pesquisar e se qualificar. Tenho vergonha, sim, dessa visão provinciana e atrasada a respeito da vida acadêmica. Portanto, até que se prove o contrário, todos os doutores brasileiros merecem meu respeito e minha consideração. Contrariamente, tenho cada vez menos respeito por aqueles que não concluíram seus cursos e, sem esconder a dor-de-cotovelo, atiram pedras em nós doutores: atitude mais provinciana não poderia existir.

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sábado, 28 de novembro de 2009

Dinossauros sem-títulos


Tenho claro e cristalino como a água que daqui para a frente, em quaisquer escolhas que tiver de fazer dentro da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), não escolherei, em hipótese nenhuma, quem representar (ou se aproximar) da espécie dos “dinossauros sem-títulos”. Meus leitores e leitoras ainda não sabem de quem se trata? É uma espécie formada por professores da Ufam (e das demais universidades brasileiras) composta por graduados, especialistas e mestres (ou admiradores destes) que, na grande maioria, foi liberada para cursar doutorado, usou o tempo máximo e todos os recursos públicos possíveis para tal, mas não defendeu a tese. Essa espécie tem visão distorcida, atrasada e torpe sobre a universidade e os colegas além de odiar incondicionalmente os doutores, sejam eles quem forem. Há exceções, é claro, desde que o doutor se deixe humilhar ou finja que acredita nas teorias do socialismo puro a enxofre que eles pregam. Representam o atraso e a idiotia baré. Por isso, não sossegarei um minuto enquanto não levar a extinção essa espécie que atrasa as universidades brasileiras.

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sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Direito de discordar


Recebi do professor Dr. Nélson Noronha, candidato a diretor do Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL), da Universidade Federal do Amazonas (Ufam). O seguinte e-mail, o qual reproduzo integralmente, não sem antes tê-lo consultado sobre a conveniência de: “Prezado Professor Gilson Monteiro, Com todo respeito, reitero que o Blog UFAM para o futuro, de sua autoria, tem sido, para a sociedade, um observatório da vida universitária. Muito tem contribuido para a informação dos cidadãos e o debate de idéias. A pluralidade tem tido nesse espaço um lugar indispensável para o enriquecimento de nossa consciência das coisas que vivemos aqui na UFAM e na cidade de Manaus. Mas, peço licença para discordar de sua afirmação de que os Planos apresentados pelos candidatos do ICHL são iguais. Diz o senhor que nunca viu nada tão igual. Mas o senhor mesmo ficou indignado contra a proposta do Professor Sérgio Feire de criação do Comitê Gestor da unidade. Pergunto ao senhor se viu coisa igual na proposta que eu e a Professora Márcia Eliane apresentamos. Pergunto também se crê que existe compatibilidade entre o princípio da gestão democrática do ensino e a atuação desse tal comitê. Um forte abraço do Nelson Noronha - candidato a diretor do ICHL.”

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quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Consultas na Ufam


A temporada de consultas começou na Universidade Federal do Amazonas (Ufam). Hoje, Arminda Mourão e Ana Castro, da Chapa 1, enfrentaram, em debate, Luiz Carlos Cerquinho E Thomé Tavares, da Chapa 2, pela diretoria da Faculdade de Educação (Faced). O auditório estava esvaziado e meia dúzia de pessoas discutia o destino da Faced. O processo de consulta, por lá, será no dia 10 de dezembro. No Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL), enfrentam-se Sérgio Freire e Rosemara Staub, de um lado; e Nélson Noronha e Márcia Eliane, de outro. Li as propostas das duas chapas e nunca vi tanta coisa igual. Com um detalhe: as propostas da dupla Sérgio Freire e Rosemara são uma extensão clara do que a Ufam usa na administração superior Como já comentei, querer criar no ICHL um Comitê Gestor e um Comitê Acadêmico é implantar de forma velada o mesmo modelo centralizador das unidades do interior.

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quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Na mosca


Nossas pitonisas, cartas de tarot, búzios e bolas de cristal merecem palmas! Sábado, dia 21 de novembro, às 11h51min, publicamos em http://www.blogdogilsonmonteiro.blogspot.com/,(não publicamos em http://www.gilsonmonteiro.net/ por problemas técnicos de acesso ao Painel de Controle) sob o título de “Placar antecipado”, Amazonino Mendes (PTB) e Carlos Souza (PP) não estava nem preocupados com o processo de cassação que seria julgado na terça-feira, dia 24. O placar seria 4 x 2 a favor de Mendes. O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Amazonas derrubou ontem, por 4 x 2 a decisão que cassara o prefeito e o vice por compra de votos. Os dois também foram absolvidos pelo “uso de caixa 2” pelo placar de 4 x 3. Acertamos na mosca o placar. Agora só falta Amazonino Mendes renunciar à Prefeitura, Carijó assumir, convocar novas eleições e Eduardo Braga ser o prefeito de Manaus até a Copa do Mundo. Aí, nossas “máquinas de prever o futuro” seriam convocadas até para os programas dominicais A partir de agora, certamente teremos mais leitores nos “seguindo” todos os dias. Desde já, nossos agradecimentos a todos e todas.

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terça-feira, 24 de novembro de 2009

Ufam desacreditada


O grande desafio da nova reitora da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Márcia Perales, é resgatar a credibilidade perdida. Durante a última campanha para a reitoria fui duramente criticado, inclusive pela própria candidata Márcia Perales, por ter, em uma entrevista, dito que “a Ufam estava na lama”. Retirada do contexto parece uma frase dura, mas, explicada, como o foi, demonstrava apenas que a credibilidade e a imagem da instituição foram completamente desacreditadas nos últimos oito anos. Por vários motivos que não cabem mais trazer de volta, inclusive maledicências e mentiras deslavadas espalhadas pelos adversários, perdemos as eleições. Como prega o dito popular “nada como um dia atrás do outros”, grande parte do que apontamos durante a campanha, dos problemas do Getúlio Vargas à imagem da instituição, agora se confirmam. A queda de 30% (trinta por cento) na procura de todos os cursos da Ufam não representa apenas o fato de haver, agora, novos cursos no Estado. Indica sim, que a credibilidade e a imagem da Instituição encontra-se aranhada. Reitora, parafraseando Roberto Carlos, “faça alguma coisa pela nossa Ufam”!

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segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Utilidade pública


Vou transformar o post de hoje em utilidade pública porque, na página da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) foi divulgado que o Calendário de Entrevistas seria do Mestrado. Trata-se, na verdade, do Calendário de Entrevistas do Doutorado em Sociedade e Cultura na Amazônia. Amanhã, dia 24 de novembro, das 9h às 12h, serão entrevistados os candidatos (as): Aglaia Barbosa Costa, Cássia Maria Bezerra do Nascimento, Francisca Jane Vieira Jatobá e Márcia Maria de Oliveira. É fundamental que todos os candidatos estejam presentes no local da entrevista a partir do horário de início das mesmas. Na tarde do dia 24 de novembro, das 14h30 às 17h30, serão entrevistados (as) os (as) seguintes candidatos (as): Socorro de Fátima Moraes Nina, Soraia Pereira Magalhães e Thatyana de Souza Marques. No dia 25 de novembro, quarta-feira, das 9h às 12h, serão entrevistados (as): Edilson Bacinello, Elizeu Vieira Moreira, Osmarina Godoy Lima e Raimundo Martins de Lima. Todos e todas que conhecerem um desses candidatos dentro e fora da Ufam, por favor, avisem sobre o calendário das entrevistas e alertem para o fato de que devem estar presentes no local desde o início do horário previsto independentemente da ordem de divulgação das entrevistas. E vamos encerrar essa nota de “utilidade pública” com os parabéns para uma das pessoas que mais exercitam o espírito público dentro da Ufam, o diretor da Faculdade de Medicina, professor Dirceu Benedicto Ferreira, que injustamente foi “expulso” do PET-Medicina e que hoje faz aniversário. Parabéns Dirceu, a Ufam que vai para o futuro pode estar em suas mãos.

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domingo, 22 de novembro de 2009

Ciberativismo e vigilância


Uma das boas discussões das quais participei no Simpósio da Associação Brasileira de Pesquisadores do Ciberespaço (ABCiber), em São Paulo, no período de 16 a 18 de Novembro, no Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) foi sobre ciberativismo e vigilância. Antes de quaisquer comentários sobre o tema, vale ressaltar que havia um número ínfimo de pessoas, como em quase tudo que se faz na universidade brasileira hoje. É contraditório, portanto, que se vá discutir ciberativismo com um número tão pequeno de pessoas. E esse é o ponto a se comentar: falta à universidade brasileira retomar o lugar da política em seu processo de formação. Em tempos de internet e dispositivos sofisticadíssimos de segurança e vigilância, não se pode esquecer a questão da invasão de privacidade. Chips obrigatórios nos veículos não nos levariam a pensar que o estado pode, em tempos não muito longínquos, exigir que cada um de nós, os seres humanos, sejamos portadores de um chip? Queremos ser monitorados 24h por dia? Esse é o cerne da questão. E isso envolve poder, portanto, política, algo que a universidade brasileira não pode se furtar em discutir, estudar e praticar.

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sábado, 21 de novembro de 2009

Falta de profundidade

As primeiras propostas dos candidatos a diretor do Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL) revelam a falta de profundidade que marcará a campanha. Durante duas disputas pela reitoria da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) demonstrei minha indignação em ter de discutir banheiros. Pois não é que no âmbito do ICHL, ao que parece, quem prometer mais sobre os banheiros, corre o risco de ser o vencedor? É o cúmulo do absurdo. Não é possível que estudantes r professores não entendam que o ICHL mudou o perfil. Hoje é um instituto com seis programas de Pós-graduação. Precisa, portanto, ser discutido do ponto de vista estratégico para a própria concepção de universidade. É o instituto capaz de viabilizar a formação humanística e plena para o exercício da cidadania. Ao contrário disso, parece buscar um veio de prestação de serviços. Não dá para comparar o ICHL com a Faculdade de Tecnologia na captação de recursos. A nós, ichlianos cabe pensar o processo de trocas de saberes. Cuidar dos banheiros da Ufam inteira é dever da Prefeitura do Campus que, se não o faz, é por falta de pulso e vontade política da Administração superior.

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sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Novo comitê gestor?


Todas as vezes que precisamos do professor Sérgio Freire no Programa de Pós-graduação em Ciências da Comunicação (PPGCCOM) da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) ele sempre foi solícito e atuou com profissionalismo. O fato de ter assumido como vice biônico no Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL) fragiliza-o politicamente. Louvo, porém, o fato de ele ir às urnas agora e submeter-se à consulta pública. Em vencendo, legitima-se com toda certeza. Mas, essa de criar um Comitê Gestor no ICHL não passa de uma estratégia do grupo maior que ele representa para esvaziar de vez as estâncias existentes e abrir caminho para a implantação de um modelo centralizador e autoritário semelhante ao das unidades do interior. O Comitê Gestor da administração superior dar um ar de democracia às decisões mas, no fundo, serve de lócus para se criar uma teia de troca de favores que fortalece os grupos de poder e enfraquece as instâncias legais da instituição. As experiências ruins da Ufam não devem ser replicadas nos Institutos. No entanto, se Sérgio Freire acredita, tem todo o direito de defender a criação desse comitê. Respeito sua proposta mas, desde já, posiciono-me contra. O Conselho Departamental do ICHL já existe e deve ser fortalecido por todos nós dos departamentos. Essa é nossa obrigação e não nos sentirmos seduzidos por um novo comitê. É o que penso e tenho dito!

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quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Exerício da cidadania acadêmica


No momento em que se divulgam vários resultados dos processos de seleção para o ingresso nos cursos de Mestrado e Doutorado da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), deve ficar bem-claro a todos que recorrer, para quem se sente prejudicado, é um ato de exercício da cidadania acadêmica. É algo natural e, o fato de haver recurso, não significa que houve fraude ou que o processo corre riscos de anulação. Por outro lado, os professores que fizeram parte das bancas também não devem encarar o recurso como uma expressa manifestação do candidato contra o avaliador. Todos cometemos equívocos e falhas e, em alguns casos, os candidatos tem razão, em outros não. Logo, ambos os lados envolvidos na questão não devem ter melindres. Faz parte da vivência em um Estado democrático de direito, sem quaisquer tipos de traumas.

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quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Motivo de orgulho


Um dos indicadores de que um professor começa a entrar na galeria dos mais experientes (eu diria até, dos mais velhos) é quando uma de suas alunas (ou alunos) começa a apresentar trabalhos em congresso junto com ele. Ontem, na Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), no Eixo 5: jornalismo e novas formas de produção da informação, ao apresentar o Arrigo científico “A prática do jornalismo em redes no Am@zon@s: do jornalismo digital ao jornalismo em tempo real”, fui surpreendido pela estudante de mestrado da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) Joyce da Silva Souza. Ela apresentou, logo após o meu trabalho, o artigo “Blogs jornalísticos: do jornalismo técnico ao subjetivo e intransferível”. Joyce Souza é ex-estudante de jornalismo do Curso de Comunicação Social da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), mora em São Paulo desde 2005, e fora orientada por mim no Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). O III Simpósio Nacional da Associação Brasileira de Pesquisadores em Cibercultura (AbCiber), além dos contatos acadêmicos que podem resultar na ida de André Lemos a Manaus, proporcionou-me esse momento emocionante de apresentar um trabalho ao lado de uma antiga estudante da Ufam, hoje do mestrado da PUC-SP. É um indicador acadêmico e motivo de orgulho.

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terça-feira, 17 de novembro de 2009

Participação política e jornalismo em redes


“A prática do jornalismo em redes no Am@zon@s: do jornalismo digital ao jornalismo em tempo real” é o título do artigo que será apresentado hoje pelo professor Gilson Monteiro no Simpósio Nacional da Associação Brasileira de Pesquisadores em Cibercultura (AbCiber) que acontece até amanhã na unidade de São Paulo da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM). Ele apresentará, também, o artigo “e-Particpaçào Política?” elaborado pela estudante de mestrado em Ciência da Comunicação da Ufam, Cleamy Marialva, sua orientanda. O artigo também é assinado pelo orientador, que não irá a São Paulo. São dois trabalhos acadêmicos que demonstram o espaço que o PPGCCOM da Ufam começa a adquirir nos seminários, simpósios e eventos nacionais e internacionais.

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segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Simpósio Nacional da AbCiber


Acontece hoje, em São Paulo, na Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), a abertura do Seminário Nacional da Associação Brasileira de Pesquisadores em Cibercultura (AbCiber). A conferência de abertura será feita pelo convidado internacional, Olivier Dyens, da Concória University. Ele falará sobre “A condição humana: ensaio sobre a tecnologia”. O professor Gilson Monteiro, coordenador do Programa de Pós-graduação em Ciências da Comunicação (PPGCCOM) da Universidade Federal do Amazonas (Ufam),não participa hoje da conferência de abertura mas estará em São Paulo amanhã para apresentar trabalho. Seu texto sobre a prática do jornalismo em redes foi aceito para ser apresentado no Congresso. Ele também apresentará um artigo da estudante de mestrado em Ciência da Comunicação da Ufam, Cleamy Marialva, sua orientanda, que não irá a São Paulo.

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domingo, 15 de novembro de 2009

Idiotia eleiçoeira


Há uma turma de professores míopes (ou até mesmo babacas) do Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL) que se auto-intitulam analistas políticos (também vale a denominação de cientistas políticos) e fazem análises mirabolantes. Uma delas seria a de que “a plataforma do Gilson é uma ótima administração na direção do ICHL para depois chegar à reitoria”. Esse tipo de análise se encaixa na nova categoria criada por Márcio Souza, a da idiotia baré, que está bem acima da antiga categoria da “leseira baré”, também criada por ele. Ainda que fosse verdadeira a leitura do tal cientista político, não seria legítima? O que acontece é que esses cientistas, no fundo, fazem parte daquela categoria dos que “mamam nas tetas”, da Fapeam, da Sect, do Governo e quetais. Assumem um discurso dito de esquerda dentro da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), mas, no fundo fazem o “jogo” de quem estiver no poder. Eu diria que, por ingenuidade, babaquice (aliás, melhor usar a denominação de Márcio Souza, idiotia) ou porque gostam mesmo de dobrar os joelhos. E era nesse cenário de “fogueira das vaidades” ou de pura idiotia baré que pessoas lúcidas me incentivaram a ser candidato ao ICHL. Discutimos, avaliamos e concluímos que ser candidato agora seria entrar exatamente na fogueira das vaidades e da idiotia. Lutar contra duas candidaturas do mesmo campo de sustentação da reitoria seria cometer suicídio político. Somos oposição a esse grupo que está aí por convicção. Por acreditar que a universidade é o lócus da liberdade, da democracia e do exercício pleno da cidadania. Enquanto houver interferência externa com o único fim de massacrar as vozes de oposição, não farei parte da idiotia eleiçoeira. Meus cumprimentos e respeito aos dois candidatos com votos de que consigam mobilizar e retirar o ICHL do marasmo administrativo e político em que se encontra.

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sábado, 14 de novembro de 2009

Universidade cidadã


Tratar a greve dos estudantes e professores do Instituto de Natureza e Cultura da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), de Benjamin Constant simplesmente com base no Estatuto da Ufam é, no fundo, defender um modelo autoritário e centralizador imposto às unidades do interior e que tentam trazer para a capital. O fim dos departamentos não representa apenas uma ameaça à democracia. É, na verdade, trazer para Manaus o modelo aplicado no interior que tem só um ponto positivo: devolver a capacidade de mobilização e luta aos estudantes, professores e técnicos. A revolta em Benjamin Constant não é apenas contra a diretora, Valdete Carneiro da Luz. Ë, acima de tudo, a revolta de pessoas que acreditam em uma universidade cidadã, democrática e participativa. Durante a consulta pública defendi, com unhas e dentes, o direito de a comunidade escolher seus diretores no interior. Não mudei e não calo! Essa turma que está no poder na Ufam representa oito anos de autoritarismo, clientelismo, nepotismo e troca de favores. Não posso aceitar esse tipo de prática. Enquanto tiver forças, lutarei por uma universidade democrática e cidadã. Os crápulas que me criticam pelos corredores são os mesmos que se alinham ao poder do Estado (e à intervenção deste na Ufam). Esses pulhas deviam ter vergonha da posição covarde que assumem diante da greve de Benjamin Constant.

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sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Manipulação indevida


Incrível, fantástico, extraordinário. É de morrer de raiva! Entendemos a revolta dos professores e estudantes do Instituto de Natureza e Cultura da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), de Benjamin Constant. No entanto, não dá para manipular informações e nos jogar na cova dos leões como se estivéssemos a fazer oposição irresponsável. Ontem, ao darmos a nota sobre a GREVE, não tivemos acesso à Portaria 2.491 2009. Hoje fica muito claro que a Comissão foi criada para apurar tanto as denúncias contra a Diretora da Unidade Valdete da Luz Carneiro quanto as denúncias que ela fez em Manaus. Afora a crítica, que ainda mantenho, de tratar uma greve, que é política, com o olhar meramente administrativo, devemos admitir que se trata de um procedimento administrativo cabível. É apenas na discussão política que se deve pautar o olhar para o ato. Assim, nem no regime militar se podia fazer denúncias irresponsáveis.

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quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Comissão apura greve de Benjamin


Incrível, fantástico, extraordinário. É de morrer de rir! Desde o dia 28 de outubro os estudantes do Instituto de Natureza e Cultura da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), de Benjamin Constant, entraram em GREVE. A direção da unidade não deu resposta ao pedido de regularização do transporte dos estudantes que moram em Tabatinga. Isso gerou uma série de reivindicações dos estudantes e a resposta da diretora, professora Valdete da Luz Carneiro, segundo os estudantes e alguns professores, foi "eu não estou nem aí com a infelicidade de vocês". A resposta da diretora gerou revolta e insatisfação dos estudantes. Os professores da unidade, em assembléia, decidiram apoiaram as reivindicações dos estudantes e hoje a unidade se encontra em um processo de desgovernabilidade. Professores e estudantes pediram a abertura de uma investigação sobre: o uso dos recursos da unidade e os processos de perseguição contra os professores dentre outras coisas. A resposta da reitoria da Ufam é, no mínimo, hilária e não condiz com os tempos de liberdade em que vivemos. Baixou a Portaria 2.491 2009 para analisar os fatos colocados pelos professores e apurar as denúncias que a Diretora da Unidade Valdete da Luz Carneiro fez em Manaus. Ou seja, que está sob suspeita e sob o fogo cruzado de estudantes e professores é a diretora, no entanto, foi aberta uma comissão de sindicância para apurar as denúncias feitas pela diretora contra os professores e estudantes do INC UFAM Benjamin Constant?! Nem no regime militar!!!

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quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Argumentos pouco convincentes


A constante exigência de produtividade por parte da Capes e das Agências de Fomento me foi apontada por alguns colegas como o fator preponderante para o comportamento pouco ético de doutores ligados aos programas de Pós-graduação das universidades brasileiras. É bem verdade que não seria nada fácil para a reputação acadêmica de muitos doutores seus programas serem fechados por “falta de produtividade” dos seus professores. Recorrer a artifícios duvidosos para “engordar” a produtividade, no entanto, parece ainda mais grave. Não devemos esquecer, também, que as regras são estabelecidas pelos próprios pares. Portanto, criar regras rigorosíssimas para, em seguida, recorrer a artifícios nada éticos é uma postura que deve ser repensada pelos professores universitários. O que não podemos admitir são citações sem que as fontes sejam mencionadas. Esse roubo acadêmico não deve ser tolerado.

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terça-feira, 10 de novembro de 2009

Microssaia justa


A Universidade Bandeirante (Uniban) passou a usar uma microssaia bem menor do que a usada pela estudante Geisy Arruda, pois, reitor da Instituição, Heitor Pinto Filho, decidiu no início da noite de ontem, anular a expulsão da estudante. A expulsão tinha sido decidida pelo Conselho Universitário (CONSU) da instituição, mas o assessor jurídico da reitoria, Décio Lencioni Machado, garantiu que ao decisão foi tomada como “pessoa física”. A estudante fora hostilizada e sofreu assédio e ameaças de agressão, dia 22 de outubro, por cerca estudantes alunos após usar uma microssaia. Com a decisão de voltar atrás, agora quem fica com a microssaia é a própria Instituição. A reação de boa parte da sociedade brasileira foi fundamental para a estudante não fosse execrada publicamente. O fato de a expulsão ter sido anulada não impede que mantenhamos a mobilização. Continuemos a assinar o documento on-line de repúdio contra o ato de selvageria dos estudantes da Uniban. Assim, mostraremos que não estamos dispostos a atura essa postura covarde, retrógrada e conservadora dos estudantes.

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segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Puta! Puta! Puta!

É impressionante como as coisas mudam. Em maio de 1968 os estudantes iam às ruas para gritar Luta! Luta! Luta! Em maio de 2001 a palavra de ordem dos jovens sonhadores era Lula! Lula! Lula! Hoje, com o avanço do conservadorismo e do fundamentalismo nas universidades brasileiras, os estudantes da Uniban (que a minha colega da Compós Ivana Bentes passou a chamar brilhantemente de UNITALIBAN) passam a gritar Puta! Puta! Puta! Fico a imaginar: será que quando fui agredido em pleno auditório Solimões, do Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL) da Universidade do Amazonas (Ufam) alguns estudantes, pelo menos mentalmente, não estariam gritando: Bate! Bate! Bate!? E quando o irmão do vice-governador do Amazonas, Omar Aziz, fez o gesto de descarregar uma arma fictícia em mim, não seria exagero imaginar que uma trupe berrasse Mata! Mata! Mata! Ou, quando o irmão do governador Eduardo Braga, Carlos Braga, tentou quebrar o dedo do radialista Joaquim Marinho, a brava juventude que “tem orgulho de ser amazonense” não gritaria Quebra! Quebra! Quebra! O que essa ditadura fundamentalista baseada em clientelismo e troca de favores que se ergue em alguns estados e no poder central precisa fazer para nos revoltarmos, para reagirmos? A ditadura baseada no massacre da maioria contra as minorias talvez seja mais dura e dolorosa que os governos militares pois age baseada na legitimidade do voto. A reação contra a estudante da UNITALIBAN é só uma face do conservadorismo que tomou conta da sociedade e dos nossos antigos ícones da chamada esquerda. Fiquemos de olho em todos os contornos desse novo rosto da sociedade brasileira e não deixemos de reagir. Uma boa forma de reagir é assinar o documento on-line contra a expulsão covarde, retrógrada e conservadora da estudante.


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domingo, 8 de novembro de 2009

Ladrões titulados


Não me venha com essa história de esquecimento. O que ocorre hoje no Brasil (e pelo jeito no mundo) em relação aos trabalhos acadêmicos são posturas cada vez mais dolosas. Muitos doutores e mestres brasileiros poderiam ser acusados de formação de quadrilha sem a menor chance de se cometer injustiças. Afora reservas éticas que se deve respeitar, há uma turma numerosa que troca trabalhos, orienta estudantes na elaboração de projetos e depois participa das bancas de seleção como se isso fosse a coisa mais natural do mundo e, por fim, entope os trabalhos dos orientados com o nome do orientador e mais uma lista de colaboradores que nem tocam nos artigos. Se isso não é formação de quadrilha, não sei mais como tipificar o crime. Para completar, não citam as fontes de onde “roubam” as idéias, porque, a meu ver, não citar as fontes é roubo e ponto final. Até a reitora da Universidade de São Paulo (USP), doutora Suely Vilela, está envolvida em um caso com dimensões semelhantes às que levantamos aqui. Um artigo de uma aluna de doutorado em Pedagogia da USP recebeu a “colaboração” (vejam o termo usado para não faz nada nos artigos científicos) de mais dez professores doutores, dentre eles a própria reitora da USP. No artigo havia fotos e frase plagiadas. Há que se montar uma força-tarefa nas universidades brasileiras contra o roubo titulado enquanto é tempo sob pena de a Pós-graduação no País, construída com o suor de muitas pessoas honestas, perder completamente a credibilidade.

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sábado, 7 de novembro de 2009

Diretores biônicos


A forma como a greve dos estudantes da unidade de Benjamin Constant da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) é tratada só demonstra uma coisa: por mais que haja uma tentativa explícita de se negar, a administração atual é uma extensão da administração Hidembergue Ordozgoiht da Frota. É evidente, e isso também não se pode negar, que a reitora Márcia Perales, tenta humanizar mais as relações. No entanto, permanece a ideia de “assepsia política”. A greve de Benjamin Constant não pode ser vista apenas como uma reação à diretora da unidade. É preciso se fazer uma leitura política: trata-se de um modelo administrativo centralizador e autoritário que deu errado. Portanto, é responsabilidade sim da administração superior agir para que a rota seja corrigida. Muito me admira que uma reitora e um vice-reitor, escolhidos diretamente pela vontade da comunidade ainda mantenham diretores biônicos. Por mais que tenha respeito aos professores Márcia Perales e Hedinaldo Narciso, acima de qualquer coisa, meus colegas de trabalho, defenderei com unhas e dentes o direito de toda a comunidade dos Campi da Ufam de se manifestarem sobre quem irá dirigi-los. É, na melhor das hipóteses, o mínimo de coerência que se pode exigir. Afinal, os votos dos estudantes, técnicos e professores do interior servem para eleger a reitora, mas não se pode nem pensar nos mesmos votos para escolher os diretores?

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sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Greve ganha força em Benjamin Constant


A greve dos estudantes da unidade de Benjamin Constant da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) completa hoje oito dias sem uma solução. O vice-reitor, Hedilnaldo Narciso deixou bem claro aos estudantes que “eles (a administração superior) não tem autoridade para tirar a professora Valdete Carneiro do poder”. Ontem os estudantes paralisaram biblioteca, a assistência social, a sala dos professores e a diretoria. Os estudantes fizerem “barulhaço” e não deixaram a parte administrativa funcionar. Eles estão decididos a permanecer em greve enquanto a diretora não for retirada. A ida do vice-reitor a Benjamin Constant parece ter sido apenas uma tentativa da administração superior de amenizar a situação. Com o lema “quando mais enrolar a greve vai continuar”, os estudantes garantem que vão às últimas conseqüências para garantir que sejam realizadas as eleições para a direção da unidade. Volto ao conclamar às lideranças democráticas da Ufam para garantirem, imediatamente, a realização de uma consulta pública para decidir quem serão os administradores das unidades do interior.

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quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Consulta no ICHL


Estão abertas e vão até o dia 13 de novembro de 2009 as inscrições para a Consulta à comunidade que escolhera o Diretor e o Vice-diretor do Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL) da Universidade Federal do Amazonas (Ufam). A consulta está prevista para ocorrer no dia 02 de dezembro e o novo diretor (ou diretora) assume no dia 5 de março de 2010. Por mais que se queira dissociar a atual consulta da disputa para a reitoria da Ufam ocorrida este ano, o processo caminha para uma espécie de “terceiro turno”. O grupo que apoiou a candidatura da professora Márcia Perales parece não abrir mão de lançar várias candidatos para enfraquecer a oposição. A tática foi utilizada nas três últimas consultas e “deu certo”. A vaidade pessoal pode, mais uma vez, deixar que o grupo ligado à atual reitoria vença de novo.

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quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Exagero oficial


Tenho o maior respeito pela professora Márcia Peralhes, reitora da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), escolhida pela comunidade. Mas, alguém precisa avisar aos assessores dela que a Ufam administrada por eles deve ser totalmente diferente da Ufam que vivemos no dia-a-dia. Há no próprio site da instituição uma nota cujo título é “Seminário finaliza com 270 ações inovadoras”. Dizer que em três meses de administração foram implantadas 270 ações inovadoras ou é uma tentativa de bajular a chefe ou uma determinação oficial de se livrar da imagem da antiga administração à qual essa está ligada até o pescoço. Nos dois casos, a emenda sai pior do que o soneto, pois, se em três meses foi preciso mudar 270 processos de gestão é sinal de que o legado administrativo do professor Hidembergue Ordozgoith da Frota foi um dos piores dos últimos anos da instituição. E, se isso é verdade, descolar-se da administração anterior é mesmo uma medida de urgência.

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terça-feira, 3 de novembro de 2009

Retrocesso inaceitável


Há uma corrente de professores e técnicos da Faculdade de Educação (Faced) que defende uma discussão sobre a consulta à comunidade para a escolha de diretor e vice-diretor da unidade. É inadmissível que um avanço conquistado a duras penas pelos movimentos organizados da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), seja posto em xeque. Então, a comunidade da Ufam não concordou com a escolha da reitora realizada de forma direta? Ou será que é legítimo escolher direção maior da universidade, porém, os demais cargos devem ser indicados pelos conselhos? É bem verdade que, em alguns casos, a Ufam passa pelo processo que denomino “democratite aguda”, ou seja, um processo de inflamação da democracia. No entanto, é na universidade brasileira que devemos aperfeiçoar a democracia representativa e não ceder aos rompantes do tempo administrativo. Deixar que os conselhos escolham os diretores das unidades é um retrocesso inaceitável.

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segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Vanguarda do atraso


A estudante de turismo Geisy Arruda, de 20 anos, que foi hostilizada pelos colegas na Universidade Bandeirante de São Paulo (Uniban) por usar um microvestido, revelou que professores e funcionários também participaram do ato de vandalismo. O fato de usar microvestido não transforma ninguém em prostituta. Em um programa de televisão de São Paulo, reproduzido pelo jornal Folha de S. Paulo, Geisy Arruda argumentou: “Como um aluno vai ter atitude decente se os próprios professores e funcionários apóiam as hostilidades?” Não é possível que se esteja deixando a hipocrisia e o reacionarismo invadir o ambiente universitário. Que a universidade brasileira enfrenta um momento de atraso miopia política, isso ninguém pode negar, mas chegar a ponto de um professor ser agredido em sala-de-aula e uma estudante ser hostilizada por usar uma microssaia é algo inadmissível. Será que vamos aceitar passivamente reações fundamentalistas ser reagirmos? Não posso crer que a universidade brasileira hoje seja a vanguarda do atraso.

domingo, 1 de novembro de 2009

No aeroporto


Os estudantes da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) de Benjamin Constant vão receber o vice-reitor, Hedinaldo Narciso, no aeroporto de Tabatinga. Eles não arredam o pé e garantem que só terminam a greve com a saída da diretora, professora Valdete da Luz Carneiro. Os estudantes dizem ter gravado a seguinte frase proferida pela professora Valdete Carneiro: "Se a gestão não é adequada, a infelicidade é dos alunos". Segundo eles, foi essa frase e o tom como foi dita que radicalizou o movimento. Em sendo verdade que a frase foi dita, trata-se de algo grave; e, vinda de uma pedagoga, mais grave ainda. A permanência dos diretores das unidades do interior sem que haja eleições é injustificável e só demonstra que a atual administração superior mantém a política linha-dura da antiga administração; aliás, com muita coerência, uma vez que se trata do mesmo projeto de universidade, que usa a democracia para chegar ao poder, mas, depois de ganha as eleições esquece alguns dos princípios basilares da democracia construída a duras penas dentro da Ufam.