segunda-feira, 30 de novembro de 2015

À Lei quando a mim convém

Desde 2004, quando disputei pela primeira vez a Reitoria da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), por meio de voto direto e paritário, em uma consulta pública, sempre que novas disputas internas ocorrem, principalmente nas unidades, se quer usar a dura letra da lei. Quando convém a determinado grupo, é claro. Ou quando a Lei beneficia indivíduos ou pequenos grupos de poder. Qualquer que seja o resultado de uma consulta pública, este tipo de modalidade faz parte da história da UFAM, uma das primeiras universidades brasileiras a escolher diretamente seus dirigentes. Inclusive, na primeira vez que a comunidade se manifestou, o Conselho Universitário (CONSUNI), no exercício de sua autonomia, não referendou o nome escolhido pela comunidade, em uma consulta informal. Sempre foi assim na UFAM: todas as consultas são informais, em seguida, referendadas pelos respectivos conselhos.  Quem não aceita esta regra básica do jogo histórico-democrático dentro da Instituição, ou não participa das disputas ou recorre e enfrenta a comunidade. É incoerente, no entanto, defender com unhas e dentes que a escolha de um reitor ou reitora seja feita por consulta pública e que as demais disputas sigam rigidamente a letra da lei: a proporcionalidade de 70% de peso no voto dos professores, 15% dos técnicos e 15% dos estudantes. Ao que parece, a coletividade não aceita mais o coronelismo de quem assim age. E manifesta o resultado nas urnas. Qualquer que seja a forma de escolha.


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domingo, 29 de novembro de 2015

A corrupção que contamina

Às vezes meus botões sofrem com tantas dúvidas que assolam. Desde sábado, quando a  Administração Superior da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), em um ato de coragem, suspendeu as provas do Processo Seletivo Contínuo (PSC) para o ano de 2016, os cotados dos botões sofreram mais. Em geral, somos craques em criticar e atirar quantas pedras forem necessárias nos políticos. Mas, será que chegamos a refletir que comprar as provas de um concurso público é corrupção do mesmo jeito. O fato de querer ingressar em uma universidade a qualquer custo, inclusive por meios ilícitos, não faz ninguém menos corrupto que um político que recebe propina de uma empresa por obras não realizadas, só para ficar em um exemplo. Um pai que pratica um ato desses para beneficiar um filho em detrimento dos demais que participam do certame, é tão corrupto quanto qualquer outro tipo de corrupto. E, se for o filho a praticar algo deste tipo à revelia dos ensinamentos dos pais (quando esses pais não praticam a corrupção), fechou os olhos e os ouvidos para o que lhe foi ensinado. Só a nossa capacidade de se indignar fará com que a corrupção deixe de contaminar todos os setores da vida dos brasileiros.


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sábado, 28 de novembro de 2015

Suspeita de vazamento suspende PSC 2016

A Administração Superior da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) agiu com extrema rapidez diante de “fortes indícios” de vazamento do conteúdo das provas do Processo Seletivo Contínuo (PSC) para o ano de 2016 decidiu suspender o certamente, que se realizaria amanhã, dia 29 de novembro de 2015, e determinar, imediatamente, que a Polícia Federal investigue as suspeitas. De acordo com o Comunicado Oficial, publicado no site da Instituição, a medida tem o objetivo de “a assegurar a lisura do concurso e a igualdade de condições para todos os candidatos”.  Trata-se de uma medida extremamente impopular, mas, corajosa, com a finalidade de garantir a disputa em igualdade de condições para todos os que irão participar do certamente. Pior seria a realização de um concurso com suspeitas de fraude. Que a apuração ocorra de forma profunda e, se houver culpados, que sejam rigorosamente punidos.


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