quinta-feira, 31 de maio de 2012

Técnicos da Ufam param a partir do dia 4


Os servidores técnico-administrativos da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), em Assembleia geral realizada hoje, às 9h, no Hall do Instituto de Ciências Humana e Letras (ICHL), decidiram paralisar as atividades a partir do dia 4 de junho de 2012, segunda-feira. A greve de membros do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Superior do Estado do Amazonas (Sintesam) será por tempo indeterminado. O Coordenador Geral da entidade, Carlos Augusto Almeida, esclareceu que os técnicos param “até que as reivindicações do sindicato sejam atendidas.” Como grande parte dos estudantes já aderiu à greve, à revelia do Diretório Central dos Estudantes (DCE), inclusive com a criação de um Comando de Greve dos Estudantes, que funciona na sede da Adua-SN, é bem possível que a partir de segunda-feira a Ufam esteja completamente parada. O Comando de Greve dos professores já discute a formação de um Comando Unificado de Greve para atividades cojuntas sejam realizadas a partir de segunda-feira. No final, porém, não ficou claro se a paralisação dos servidores técnico-administrativos será mesmo segunda-feira, pois, nacionalmente, a decisão era de se parar somente no dia 11.

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quarta-feira, 30 de maio de 2012

Moção de apoio à greve dos professores


Ontem, neste espaço, publicamos a carta do professor Edson Andrade, dirigida aos membros do Conselho Universitário (Consuni) da Universidade Federal do Amazonas (Ufam). Hoje, para aqueles que ainda estão em dúvidas, resolvemos publicar, na íntegra, a Moção de Apoio aprovada pelo Consuni. Ei-la:

MOÇÃO DE APOIO À GREVE DOS SERVIDORES DOCENTES DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS

As Universidades Federais constituem no mais importante patrimônio institucional da sociedade brasileira.

Com esta premissa, o Conselho Universitário da Universidade Federal do Amazonas, em reunião extraordinária realizada no dia 29 de maio de 12, por entender a justeza da pauta de reivindicações dos docentes das Instituições Federais de Ensino Superior, empreendida pelo Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior – ANDES-SN, em defesa de melhores condições de trabalho, valorização da carreira docente e do caráter público, gratuito e de qualidade das universidades públicas, aprovou, por unanimidade, moção de apoio à greve dos docentes da UFAM, deflagrada no dia 17 de maio, suspendendo as atividades acadêmicas a partir desta data. As exceções são aquelas consideradas essenciais e previstas em lei e no julgamento da Comissão de Ética e Essencialidade do Comando Local de Greve.

O Conselho Universitário também reconhece que a greve é um direito de todo servidor público, independentemente de sua condição contratual e repudia qualquer forma de retaliação contra discentes, técnico-administrativos em educação e docentes em greve, no pleno exercício do seu direito democrático.
AUDITÓRIO DA FACULDADE DE DIREITO DA UFAM, em Manaus, 29 de maio de 2012.

Márcia Perales Mendes Silva
Presidente

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terça-feira, 29 de maio de 2012

Consuni da Ufam suspende calendário acadêmico


Por maioria de 31 votos contra 7, o Conselho Universitário (Consuni) da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) suspendeu o calendário acadêmico desde o dia 17 de maio, data da deflagração da Greve dos Professores. Com isso, todas as atividades desenvolvidas por professores que “furavam a greve” estão invalidadas e terão de ser repostas quando um novo calendário acadêmico for discutido e votado, ao final da greve. Além disso, foi aprovada uma moção de apoio à greve sugerida pelo Comando de Greve dos professores. Foram cinco horas de discussões com falas históricas como as dos professores Edson Oliveira, que chegou a chorar emocionado ao apoiar o movimento, e a do professor Aloysio Nogueira. Para além dos que estavam presentes, uma das “falas” mais importantes favoráveis à greve veio por intermédio de uma carta dirigida aos Conselheiros da Ufam, enviada pelo representante docente do Curso de Medicina no Consuni, professor Edson de Oliveira Andrade, lida pelo diretor da Faculdade de Medicina, Dirceu Benedicto Ferreira. Quando as “falas” ainda não se posicionavam claramente favoráveis à Greve no Consuni, o professor Dirceu leu uma carta argumentos convincentes e claros, que abriram as portas para a decisão histórica tomada pelo Consuni. Autorizado pelo professor Edson de Oliveira Andrade, publico, na íntegra, a histórica carta destinada aos conselheiros da Ufam.
“Caros Conselheiros
Infelizmente não posso compartilhar com vocês este momento tão decisivo para a Universidade Pública Brasileira. Compromissos agendados há mais de seis meses  me obrigam estar fora de Manaus nestes dias tão conturbados.
Mesmo ao longe quero manifestar a minha posição perante este Conselho e a comunidade universitária amazonense.
O pensamento que aqui exponho já o fiz perante os professores e alunos do curso de Medicina da UFAM, portanto não é algo novo perante os meus pares.
Entendo que esta greve não foi ocasionada pelos professores da IFES, muito menos pelas lideranças de nossas entidades de classe. Ela é fruto da arrogância e do longo descaso de nossos dirigentes nacionais, que ontem fingiam estar ao nosso lado para adquirir a nossa confiança - e votos -, bem como usurpar os nossos sonhos; e que agora mostram a verdadeira face.
Fomos empurrados para esta situação, não a criamos. Mas não vamos e não devemos fugir dela.
Hoje, este Conselho tem o dever de analisar a questão sobre os seus mais diversos aspectos. Por certo esta não é a instância onde a greve deva ser declarada.  A greve independe de aprovação nesta instância. ELA EXISTE, e ponto!
O que penso que este Conselho tem a obrigação de definir é o que chamo de aspectos éticos, políticos e operacionais.
Considero ético e, portanto imperativo, a defesa da Universidade Pública em nosso país. A greve ora em curso tem na sua essência este objetivo, já que é impossível a permanência deste ideário com a destruição do espaço docente público e livre.
Por político, entendo ser dever deste colegiado manifestar de forma cristalina o seu apoio  a este movimento social. Já o fizemos em passado recente ao movimento dos técnico-administrativos e não podemos furtar este apoio político ao corpo docente.
Embora, como já afirmei anteriormente, este Conselho não tenha o condão de decretar greve no seio da UFAM, ele não pode se recusar a analisar a extensão do movimento no âmbito da Universidade. Hoje existe um fato, hoje existe uma realidade: A UFAM ESTÁ EM GREVE! Digo mais: AS UNIVERSIDADES FEDERAIS BRASILEIRAS ESTÃO EM ESTADO DE GREVE!
Penso que esta situação traz enorme impacto sobre a operacionalidade da UFAM e em especial sobre as atividades didáticas.  Eu sei o quanto é doloroso parar as atividades didáticas. Eu sei quantos prejuízos isto acarreta. Para os que estão vivendo o momento presente, e tão somente esse, parece ser o fim de tudo. Isto me foi verbalizado por alunos que tenho no mais alto conceito acadêmico. Mas este é um equívoco de avaliação que se prevalecer comprometerá de forma brutal o futuro da Universidade Pública Brasileira.
A Universidade Pública não pode ser vista com o olhar voltado apenas para o já e o agora. Ela, enquanto instituição, transcende o nosso momento e nos impõe obrigações com as futuras gerações.
Hoje como médico, por certo não dependo do que aqui ganho para manter a minha vida. Mas isto não pode ser usado por mim como um argumento para não apoiar o movimento; muito pelo contrário.  A minha ciência-arte tem como pedra fundamental a solidariedade. Isto é o que une o médico do passado ao médico atual. Esta é a nossa história. Este é nosso compromisso ético.
Em suma, se me considero forte e não dependente destes parcos vencimentos docente, tenho mais é a obrigação de me solidarizar com aqueles que precisam dele para comprar o alimento que tentam por na mesa para os seus filhos. Não fazendo isso, estou apenas expondo uma face arrogante não muito diferente da dos dirigentes nacionais que nos levaram a esta situação tão triste. Mas a Medicina – a que sonho, batalho e acredito – tem a sua fortaleza no servir e neste momento tão grave ela vai se por a serviço do futuro, mesmo que a custa de um pouco de sacrifício ao presente.
Por todo o dito, peço aos colegas conselheiros que apóiem os seguintes encaminhamentos que fisicamente de longe faço, mas em espírito ao lado de cada um de vocês.
1)Apoio incondicional ao movimento grevista docente nacional, e em especial na Universidade Federal do Amazonas.
2)Reconhecer, por fático, o ESTADO DE GREVE, na UFAM
3)Em face desta situação e por considerar insustentável a manutenção do atual calendário acadêmico de modo desintegrado e sem unidade universitária,  proponho a suspensão de sua aplicação até o restabelecimento das atividades docentes regulares no âmbito da UFAM.
Fraternalmente”

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segunda-feira, 28 de maio de 2012

A corrupção que destrói a academia mundo afora


No dia 24 de janeiro deste ano, na postagem “O silêncio dos dissidentes: a reputação da ciência preservada”, citei Paul Feyerabend, que no livro “A Ciência em uma sociedade livre”, dá um tapa com luva de pelica na cada de muitos pesquisadores e cientistas: “A unanimidade é muitas vezes resultado de uma decisão política: os dissidentes são suprimidos ou permanecem em silêncio para preservar a reputação da Ciência como fonte de conhecimento confiável e quase infalível. Em outras ocasiões, a unanimidade é resultado de preconceitos compartilhados...”. [...] Assim, mais uma vez, a unanimidade pode indicar uma redução de consciência crítica: a crítica permanece fraca enquanto apenas uma opinião está sendo considerada. Esta é a razão pela qual uma unanimidade que depende apenas de considerações “internas” acaba sendo errônea.” Sábado, o jornal Folha de S. Paulo, publicou o texto “A corrupção acadêmica e a crise financeira”, de CHARLES FERGUSON, do jornal "GUARDIAN". Diz ele: Muitas pessoas que viram meu documentário "Trabalho Interno" (2010) acharam que a parte mais perturbadora é a revelação sobre amplos conflitos de interesses em universidades e institutos de estudos e entre pesquisadores acadêmicos. Espectadores que assistiram às minhas entrevistas com eminentes professores universitários ficaram estarrecidos com o que saiu da boca deles. Mas não deveríamos ter ficado surpresos. Nas duas últimas décadas, médicos já comprovaram de modo substancial a influência que o dinheiro pode exercer num campo supostamente objetivo e científico. De modo geral, as escolas de medicina e os periódicos médicos vêm reagindo bem, aderindo às exigências de transparência. Os cursos de pós-graduação em economia, as faculdades de administração, as de direito e as de ciência política vêm reagindo de modo muito diferente. Nos últimos 30 anos, parcelas importantes do mundo acadêmico americano foram deterioradas, convertendo-se em atividades do tipo "pay to play" (pague para participar). Leia o texto inteiro no link da Folha de S. Paulo. Em época de greve, refletir sobre essa prática corrupta dos cientistas talvez explique como grande parte deles tergiversa para não participar do movimento. Em certa medida, talvez façam parte do Clube apontado pelo jornal e pelo documentário em questão.

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domingo, 27 de maio de 2012

Greve não pode ser chapa-branca

É inexplicável a posição de alguns professores e professoras das universidades públicas brasileiras de só aderir às greves após a reunião dos Conselhos Universitários (Consunis) que, quase sempre, divulgam moções de apoio. Nem sempre, porém, essas moções refletem o pensamento dos reitores e reitoras das Instituições de Educação Superior (IES). Covenhamos, nesse processo todo de “apoio” dos reitores aos professores em greve há muito de hipocrisia, de um lado, e proselitismo político de outro. Se não, vejamos! Os professores, lá na ponta do processo, são trabalhadores. Fazem greve ou não queiram ou não os Consunis das IES. Na outra ponta, estão os reitores (e reitoras) inegavelmente, representantes do Ministério da Educação (MEC), que é Governo Federal, portanto, patrão nessa história. Ao emprestar apoio aos professores em greve, reitores e reitoras, o fazem por dois motivos fundamentais. O primeiro é muito claro: são escolhidos por voto direto da comunidade, num tipo de eleição na qual os professores possuem 70% do peso dos votos. Ficar “mal” com a fatia mais combativa dessa categoria é dar um tiro nos próprios pés. O segundo motivo é ainda mais claro: como a Associação Nacional dos Dirigentes Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), antes do “Governo dos Trabalhadores” um peso-pesado nas negociações com o Governo Federal, hoje é um gatinho de pelos que, de tão manso, mais parece de pelúcia. Perdeu completamente o poder político que tinha. Fosse uma entidade de respeito e vergonha, a Andifes botaria a boca no trombone e denunciaria, sem meias palavras, a fraude eleitoral que foi a expansão das universidades brasileiras: houve um aumento significativo no número de ingressantes, sem a contratação de professores e técnicos na mesma proporção, e, muito menos, sem a compra de equipamentos laboratoriais necessários. O aumento na estatística do número de universidades e estudantes nelas ingressados serve bem à sanha política do Partido dos Trabalhadores em dizer que o Ensino Superior melhorou no País. A greve dos professores, com mais de 50 universidades paradas, é um grito, acima de tudo, contra as péssimas condições de trabalho e de salários. E contra isso a Andifes nunca se posicionou clara e abertamente. O Reuni foi empurrado goela abaixo nas universidades brasileiras, numa espécie de chantagem oficial (que não aderisse não receberia recursos) e nada disse foi denunciado. Reitores e reitoras preferiram optar pela lógica do “pegar ou largar”. Resultado: instituições lotadas de estudantes, mas, sem professores, técnicos e laboratórios para dar conta da demanda recebida. Como não se posicionou firmemente contra a calamitosa imposição do Governo Federal, a Andifes decide apoiar incondicionalmente a greve dos professores, ainda que não seja o que grande parte dos reitores (e reitoras) defende. Nós, os professores, porém, agradecemos muito o apoio dos reitores e dos Consunis, mas, que fique claro uma coisa: não dependemos deles para entrar em greve ou dela sair. Se assim o fosse, estaríamos a fazer uma greve chapa-branca. E dessas não participo. E se sentir o cheiro dela no nosso movimento saio do Comando de Greve na hora.

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sábado, 26 de maio de 2012

Professora substituta ameaçada na Federal de Roraima


Recebi a denúncia, e não divulgarei os nomes, de que uma professora substituta da Universidade Federal de Roraima (Ufrr) foi acordada, na quinta-feira desta semana, por um telefonema ameaçador. A pessoa não se identificou, mas, pela fala, deu para entender que era do Departamento de Economia. A pessoa disse que a professora não poderia aderir à greve por ser substituta. E que o Departamento de Economia não tinha aderido à greve, logo, os estudantes da disciplina ministrada pela professora não poderiam ficar seu aulas. A fala ameaçadora foi finalizada com a afirmação de que, se mantivesse a adesão ao movimento seria penalizada com a recisão do contrato pelo Departamento de Recursos Humanos da Instituição. A professora substituta comunicou o fato à coordenadora do Departamento ao qual ela está ligada. A coordenadora, por ser turno, repassou o comunicado à Diretora do Centro de Ciências Humanas. A pessoa autora da coação foi descoberta e a decisão tomada pelo Departamento foi de processar a autora por Assédio Moral. Que todos os nossos colegas professores sigam o exemplo cidadão e digno da Diretora do Centro de Ciências Humanas da Ufrr. Ao invés de ceder às pressões, a diretora tomou todas as providências legais e honestas que deveria tomar. Ao mesmo tempo, o exemplo da professora substituta poderia ser seguido pelos colegas de Manaus. Ao invés de cederem às pressões, reajam. E da forma mais honesta que é exercitara cidadania, principalmente dentro da universidade.

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sexta-feira, 25 de maio de 2012

Reitora da Ufam apoia a greve dos professores


A reitora da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Marcia Perales Mendes e Silva, em reunião realizada com o Comando de Greve, hoje, às 9h, não só declarou apoio incondicional à Greve dos Docentes, mas, também, antecipou a data de convocação extraordinária do Conselho Universitário (Consuni) da Instituição para o dia 29 de maio de 2012, às 9h (em local ainda a ser definido). O objetivo da antecipação, argumentou ela, é “levar para a reunião da Andifes” uma Moção de apoio do Consuni à greve. Inicialmente agendada para a tarde de hoje, às 14h, a reunião foi antecipada para 9h a pedido da própria reitora. Em clima de respeito mútuo, vários professores, dentre eles o presidente da ADUA-SN, professor Antônio Pereira de Oliveira, fizeram uma avaliação do movimento e das últimas ações ocorridas. A reitora considerou justa a greve e as reivindicações dos professores e revelou que há problemas que não avançam nas discussões em Brasília. Citou como exemplo o caso de um professor que é contratado para atuar em Benjamin Constant, que deveria receber, além do salário, algum tipo de incentivo para lá se fixar. “Não é legal, não é moral, eles não encontraram excepcionalidade para a Copa? Por que não encontrar uma forma de excepcionalidade, por exemplo, para se fazer uma licitação e construir em Benjamin Constant, bem como incentivar os professores que lá se estabelecem?”, indagou a reitora, que concluiu, ao encerrar a reunião:”A Reitoria da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), ciente do pleno exercício de direito democrático dos docentes, manifesta reconhecimento à justeza e à legitimidade das reivindicações em defesa de melhores condições de trabalho e valorização da carreira docente e do caráter público, gratuito e de qualidade das Instituições Federais de Ensino Superior”. Com a declaração, a reitoria deixa claro que defenderá uma Moção de apoio à greve bem como a lerá na reunião da Associação Nacional dos Dirigentes Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) que ocorrerá em Brasília, quarta-feira, dia 30 deste mês. Será que aqueles professores que praticam terrorismo contra os estudantes e afirmam que a greve é ilegal vão manter o discurso após essa manifestação da reitora? Será que ainda duvidam de que o Consuni não vai acompanhar o pensamento da sua presidente e se manifestar favoravelmente à greve? Terça-feira a dúvida deles será oficialmente tirada.

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quinta-feira, 24 de maio de 2012

O inalienável direito à alienação


Como membro do Comando de Greve dos professores da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) defendo sempre que ninguém é obrigado a aderir ao nosso movimento. Assim como, embora não considere nada razoável, por ser um defensor das liberdades individuais plenas, também defenda o direito de a pessoa ser um analfabeto político. E, em momentos de greve, essa característica aflora tanto entre professores quando estudantes. Grande parte dos nossos colegas professores, por exemplo, diz que só vai aderir à greve quando o Conselho Universitário (Consuni) se manifestar sobre a ilegalidade ou não do movimento. Santa ignorância, diria Robin ao seu companheiro Batman nos desenhos animados. Vamos fazer um exercício de lógica. Uma universidade equivale a uma organização como outra qualquer. Alguém pode imaginar um trabalhador de uma empresa privada ou de um banco qualquer, privado ou não, esperando a manifestação com Conselho de Administração daquelas organizações para entrar em greve? Qualquer trabalhador, ainda mais um professor universitário, não pode desconhecer, em linhas gerais, seus direitos básico como trabalhador. E o direito à greve é um deles. Do ponto de vista do exercício da cidadania e da formação para a vida em sociedade, chego a sentir urticária com pena dos estudantes desses professores. E essa alienação é transmita visceralmente aos seus alunos. Vejam só, leitores e leitoras, a fala de um estudante de direito da Ufam em resposta a um colega seu, sobre a visita do Comando de Greve: “Esses grevistas fizeram um arrastão na nossa Jaqueira, invadiram o CAD achando que poderiam forçar uma adesão da nossa parte, usando mentiras e intimidação, e ainda foram de sala em sala perturbar nossas aulas (eu mesmo estava em prova). A única coisa que conseguiram com essa brincadeira foi causar repulsa por parte dos alunos, aumentar ainda mais a antipatia generalizada por esse moimento e serem tachados de “comunistas baderneiros”... e nem a ameaça de suspensão do período vai fazer a gente parar”. Pelo que o estudante diz, nós, os membros do Comando de Greve, fomos tachados de “comunistas baderneiros”. No próprio discurso o estudante revela-se um alienado completo, no pleno exercício do seu direito inalienável à alienação. E pensar que são esses mesmos estudantes, analfabetos políticos, que vão operar o direito no País. Dá vontade de chorar de pensa da sociedade que tem estudantes com essa visão de mundo e sobre uma greve. Quiçá uma figura dessas nunca chegue a ser um juiz trabalhista.

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quarta-feira, 23 de maio de 2012

Um deputado equivale a 344 professores: a greve não é justa?


Você sabia que o salário de 344 professores, juntos, equivale ao de um deputado? Acha justo um quadro desses? Ainda considera que nós, os professores, não devemos fazer greve? A Educação, no Brasil, nunca foi prioridade. No “governo dos trabalhadores” há uma farra dos bancos e das montadoras de veículos (novo pacote de incentivo à venda de carros foi divulgado) enquanto nós, professores e professoras, somos humilhados pelo próprio Governo. Veja o quadro a seguir.
SALÁRIOS DO GOVERNO FEDERAL
Quadro comparativo
CARGO
TITULAÇÃO
REMUNERAÇÃO
Procurador Federal
Graduação
R$ 14.549,53
Técnico de Planejamento e Pesquisa IPEA
Graduação
R$ 10.905,76
Agente de Polícia Federal
Graduação
R$ 7.514,33
Policial Rodoviário Federal
Ensino Médio
R$ 5.782,11
Professor Adjunto I
Doutorado
R$ 4.300,00
Professor Adjunto I
Mestrado
R$3.016,52
Professor Auxiliar I
Graduação
R$2.130,33
Enquanto um Procurador Federal, apenas com graduação, recebe R$ 14.549,53, um professor adjunto, com doutorado, entra na carreira, agora, após a Medida Provisória, com salário-base de pouco mais de R$ 4 mil. Isso se for Associado. Outro exemplo do absurdo e inaceitável quadro da carreira docente no País. Um Policial Rodoviário Federal, com Ensino Médio, recebe R$ 5.782,11 enquanto um professor adjunto I, com doutorado, recebe o salário-base de R$ 4.300,00. Alguém, em sã consciência, pode considerar que existe isonomia, que há justiça e igualdade na forma como somos remunerados? Não se pode cobrar dignidade da nossa parte quando somos indignamente pagos pelo Estado. Tenho o maior respeito pelo Policial Rodoviário Federal. Considero até que deve receber muito mais do que recebe. No entanto, não desenvolvo trabalho inferior ao dele. Tenho direito a um salário compatível com o que faço. No mínimo, meu salário (e de todos os demais colegas professores com a mesma titulação) deveria ser igual ao de um Procurador Federal. Ou a sociedade, o nosso patrão no final de tudo, considera que trabalhar no processo de formação dos vossos filhos é menos digno que ser um Procurador Federal? Se você considera esse quadro justo, talvez consiga me convencer que não devemos fazer greve. Mas, se vê alguma injustiça, quero seu apoio incondicional para mudar esse cenário da educação brasileira. A dignidade começa por salários dignos. Lutemos, juntos, por ela!

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terça-feira, 22 de maio de 2012

Frequência evita desconto dos dias parados


Seria interessante que todos os sindicatos dos trabalhadores das universidades federais seguissem as recomendações da “Cartilha de greve do serviço público”, editada pela Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário Federal e Ministério Público da União (Fenajufe). Uma delas é “o Sindicato registrar a frequência durante a greve”. De acordo com a cartilha e, mais ainda, levando-se em conta que se trata de uma “greve de ocupação”, é fundamental o comparecimento dos professores ao local de trabalho. Trata-se de uma medida essencial para que o Comando de Greve tenha um elemento auxiliar na hora de negociar o pagamento dos dias parados. Há que se levar em conta que o Supremo Tribunal Federal (STF) considera que a entrada em greve dos servidores é uma “suspensão do contrato de trabalho”. Logo, em função disso, os empregadores, no nosso caso o governo federal, encontram base legal para descontar os dias parados. Tem sido regra durante os movimentos grevistas que haja negociação e pagamento. No entanto, nada garante que isso ocorra sempre. Portanto, manter um controle paralelo de frequência é a única medida capaz de auxiliar no processo de negociação. Caso a greve seja levada a julgamento, caberá tribunal que julgar legal ou não o movimento determinar (ou não) o pagamento dos dias parados. Entende-se, portanto, que o não comparecimento ao local de trabalho e a falta de controle da frequência por parte do Sindicato, ou seja, da ADUA-SN, por intermédio do Comando de Greve, pode ocasionar o corte dos salários dos que não comprovarem participar das atividades do moimento grevista. Participar das atividades da greve e não esquecer e assinar as listas de frequência, portanto, é fundamental para criar o direito aos proventos ao final do mês (ou da greve).

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segunda-feira, 21 de maio de 2012

Reposição para quem trabalha durante a greve


Não tenho nenhuma dúvida de que professores e professoras, individualmente, possuem o direito que não aderir à greve nacional das universidades federais. Esse direito individual, porém, fere frontalmente o direito coletivo, constitucionalmente garantido, à paralisação. É salutar, e em nome da garantia futura desse direito coletivo, que o exemplo do Governo do Distrito Federal (GDF) seja seguido: todos os trabalhadores, tenham feito greve ou não, serão obrigados a repor as aulas. Falta a alguns professores e professoras, coragem para ir às assembleias da categoria e defender abertamente posições contrárias à greve. É digno que o façam e merecem todo o respeito de quem é favorável. Não é digno, porém, e fere os princípios basilares da democracia, não aparecerem nas assembleias, não manifestarem qualquer tipo de discordância e, depois de decretada a greve, continuarem a trabalhar. Agir dessa forma é, antes de tudo, um péssimo exemplo de falta de ética que se dá aos estudantes. Nem se trata de reafirmar a velha máxima do “faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço”. É fundamental, portanto, em caráter didático e como exemplo de respeito à democracia para as gerações futuras, que aqueles professores que não compareceram às assembleias respeitem as decisões coletivas. Por outro lado, é mais importante ainda, que nem se cogite considerar válidas as atividades desenvolvidas em período de greve. Que todos tenham de repor aulas. E, por favor, não me apareçam com histórias escabrosas de professores (e professoras) que apenas mudam as datas das atividades já desenvolvidas nos boletins de frequência. Se estudantes e professores aceitarem esse tipo de prática, jamais poderão abrir a boca para falar mal dos políticos corruptos.

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domingo, 20 de maio de 2012

Pós-graduação não é essencialidade na greve


Essencial, do ponto de vista das normas legais vigentes, para que uma instituição seja considerada universidade, o funcionamento dos programas de Pós-graduação durante o período de greve é um privilégio inaceitável. É curioso que alguns poucos professores que trabalham nos programas de Pós-graduação das universidades brasileiras defendem “plena integração” com os cursos de graduação. No entanto, em momentos de greve, argumentam que a paralisação é apenas para os cursos de graduação. Pura balela, professores e professoras! Custo a crer que alguém que atua em uma universidade brasileira acredite nesse falso argumento de que a greve é só para cursos de graduação. Se há, porém, que fique claro: greve é greve em todas as atividades. Repito: quando uma categoria entra em greve, só o Comando de Greve decide o que é ou não essencialidade. E, convenhamos, é algo ilógico, inaceitável e incoerente uma pessoa fazer greve em um nível e defender que se mantenham as atividades em outro como se houve uma universidade da graduação e outra da pós-graduação. A não ser que se trata de uma analfabeto político, algo também pouco crível em se tratando de um professor universitário, prefiro a crer em alguém de uma hipocrisia tão grande a ponto de tangenciar o cinismo.

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sábado, 19 de maio de 2012

A idiotia e a má-fé dos que furam a greve


Não nos é permitido, qualquer que seja o nível da nossa ignorância ou idiotia, em sendo professor de uma Instituição de Ensino Superior (IES), desconhecer informações básicas sobre o que seja um movimento grevista. Falo de ignorância porque é aceitável, inclusive, louvável, que um professor universitário admita não ser o dono de todos os saberes. Impossível, porém, que não saiba nada, principalmente sobre o direito basilar de todo trabalhador: a greve. E falo de idiotia porque "A palavra 'idiota' vem do grego 'idiótes' e era usada para designar quem não participava da vida política". Não querer participar de nada é um direito de qualquer professor, até mesmo universitário. Que o faça, porém, assumindo claramente a sua idiotia e não revelando a completa ignorância. Todo esse preâmbulo é essencial para esclarecermos alguns colegas, professores e professoras da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), que insistem simultaneamente na ignorância e na idiotia. Até o mais ignóbil dirigente de qualquer organização, pública ou privada, empresarial ou não, sabe que, quando uma categoria decreta greve, essa organização (e a Ufam é uma organização, ou alguém duvida disso?) passa a ser dirigida pelo Comando de Greve. Não acredite, por ser a mais deslavada das mentiras, meu caro colega professor e minha cara colega professora, que a greve só “passa a ser legal” quando recebe a chancela do Conselho Universitário (Consuni). Tenho o maior respeito pelo soberano Conselho da minha instituição, no entanto, leitores e leitoras, professores e professoras, o Consuni não apita nada, não tem a menor ingerência sobre a greve ou o Comando de Greve. É bem verdade que, do ponto de vista político, receber o apoio do Consuni é importante. Mas, não recebê-lo, não faz a menor diferença. A greve é uma construção coletiva, com a soma da dedicação e do esforço de cada um de nós. Porém, o Consuni só se manifesta oficialmente após o período da greve. Até lá, qualquer atividade que não tenha sido considerada essencial pelo Comando de Greve ão tem nenhum valor. Aulas ministradas a partir do dia 17, data da deflagração da greve, portanto, são inócuas. Quem quiser ministrá-las tem todo o direito individual de fazê-lo. Deve estar claro, porém, inclusive para os estudantes, que só serão aceitas como válidas se forem atividades consideradas essenciais pelo Comando de Greve. E, cá entre nós, leitores e leitoras, no Comando de Greve, não há nenhum idiota, pois, se assim o fosse, não participaria do Comando; muito menos ignorante a ponto de não entender que considerar essenciais aulas ministradas durante a greve é um tiro no pé, ou seja, é esvaziar o movimento. Assim sendo, furar a greve não é uma aposta muito inteligente. E espalhar pela Ufam que o Consuni precisa se manifestar sobre a greve para que seja considerada legal ou não cheira à má-fé ou a um nível de desinformação que beira a burrice.

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sexta-feira, 18 de maio de 2012

Palestra sobre carreira docente e previdência


Hoje, às 9h, no Auditório da Faculdade de Estudos Sociais (FES), a Associação dos Docentes da Universidade Federal do Amazonas (Adua) promove, como atividade de greve, a palestra “Salário, Previdência e Carreira Docente”, a ser ministrada pela coordenadora da Auditoria Cidadã da Dívida Pública, doutora Maria Lúcia Fattorelli. Ela é considerada referência nacional quando o assunto é Dívida Pública, Orçamento e Gastos Sociais. Ela também ministrou a mesma palestra ontem, às 9h, no auditório Dr. Zerbini, na Faculdade de Medicina. Com as palestras, servidores e estudantes podem entender a conjuntura política e econômica brasileira e como o País administra o Orçamento e suas implicações na carreira dos servidores públicos. Um bom momento para que todos, estudantes e servidores, compromissados com a defesa da universidade pública compareçam ao evento. Quem quiser conhecer mais sobre a palestrante pode visitar a página da Adua.

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quinta-feira, 17 de maio de 2012

A cumplicidade dos estudantes com a mediocridade


Não costumo dar ouvidos aos anônimos. Mas, o comentário de um estudante que não tem coragem de assumir o que diz e assino como personagem de história em quadrinhos a respeito do que escrevi aqui ontem sob o título de “A imbecilidade das bestas reacionárias” merece registro. Diz ele: “É um direito seu e dos professores, sem sombra de dúvida. Mas é o direito de todo aluno ensino de qualidade, professores comprometidos com a ministração do conhecimento. Eu vejo muito professores da UFAM mesmo que são péssimos exemplos de profissionais, que não planejam, nem preparam as aulas, que viajam mais do que dá aulas, que simplesmente faltam e não dão sequer uma justificativa, esses professores ainda querem ter direitos de fazer greve? Acho que antes de reivindicar seus direitos, tem que analisar se estão cumprindo seus deveres (eu sei que há professores exemplos, mas são muito raros). Primeiramente tem que se fazer os deveres para poder ter razão de cobrar seus direitos.” O que se dizer de um estudante que aceita esse tipo de prática e que, ao denunciá-la, o faz na surdina, ou escondido por trás de um avatar? A mim me parece um clássico caso de cumplicidade com a mediocridade. É direito de todo estudante denunciar esse tipo de prática, reunir o centro acadêmico, seus colegas e denunciar publicamente essa prática. Só não o façam escondido sob o manto do anonimato. Aprendam a assumir seus atos. Deixem de ser cúmplices da mediocridade. A universidade será melhor.

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quarta-feira, 16 de maio de 2012

A imbecilidade das bestas reacionárias


É impressionante a reação de algumas “bestas quadradas do apocalipse” quando se anuncia uma greve. E quando ela é dos professores das universidades federais, então, são mais raivosas e insanas, ainda, essas reações. A primeira delas, velha, batida e sem nenhuma criatividade, é que os professores deveriam encontrar uma nova forma de greve “que não prejudicasse os estudantes”. Por definição, e não se precisa ser nenhuma sumidade, basta ter inteligência mediana para entender, a greve é o último recurso que os trabalhadores possuem para pressionar seus patrões, quando não há mais possibilidades de negociação. Logo, por definição, greves sempre prejudicarão alguém, afinal, são medidas de força. Elas, as greves, no entanto, não prejudicam apenas os estudantes. Professores, técnicos e todos os atingidos, direta ou indiretamente, saem sempre com algum tipo de prejuízo. Nunca vi, nem li, nada escrito por qualquer besta imbecil e reacionária quando o Congresso, como agora, quer estabelecer como salário para si, o teto do funcionalismo público, ou seja, o salário de um ministro do Supremo Tribunal Federal, que hoje é de R$ 26,7 mil por mês. Com que direito alguém escreve que “adoramos não fazer nada?” Sou vice-coordenador do Programa de Pós-graduação em Ciências da Comunicação (PPGCOM) da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), ministro disciplinas no curso de Graduação, fui escolhido coordenador do curso de Jornalismo da Ufam, ministro disciplina no Doutorado e Mestrado em Sociedade e Cultura na Amazônia, bem como coordeno dois grupos de pesquisa, além de coordenar o Programa de Mídias Digitais da Ufam (Ecoem), dentro do qual são desenvolvidas 11 ações de Ensino, Pesquisa e Extensão. Afora isso, sou parecerista em três revistas científicas nacionais e avaliador do Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anysio Teixeira (Inep). Posso ser acusado de não fazer nada? Enquanto recebo aproximadamente R$ 11,5 mil bruto por todo esse trabalho, um ministro do STF ganha R$ 26,7 mil. Ministro do STF possui Doutorado? Capta recursos para a Instituição? Forma gerações e gerações de estudantes? Não aceito que nenhum imbecil venha a público dizer que nós, os professores universitários, não fazemos nada. Exijo respeito a mim e aos meus colegas de trabalho e de luta sindical por melhoria da nossa qualidade de vida e da Educação no País. A greve é um direito constitucional. E quando o coletivo, depois de quase três anos sendo enganado constantemente por um governo que não cumpre os acordos estabelecidos entra em greve, tem de ser respeitado. Quero ver esses que reagem contra os professores o fazerem com a mesma veemência contra os ministros do STF ou os parlamentares, quando esses decidem por aumentar os próprios salários. E mais: se somos tão estratégicos e importantes para a sociedade, porque esses mesmos reacionários não esbravejam para que nossos salários sejam equiparados aos dos ministros do STF? Garanto, sem nenhuma modéstia, tenho respeito acadêmico, trabalho e preparo intelectual superior a muito ministro do STF. Mereço sim ter salário igual ao deles pelo mérito do trabalho que desenvolvo. E não sinto nenhum tipo de vergonha ou culpa e estar ao lado dos meus companheiros professores em uma greve. É direito deles! É meu direito!

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terça-feira, 15 de maio de 2012

Greve nas federais a partir do dia 17


Hoje é um último dia para as Assembleias Gerais (ADs) do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes – SN) decidirem se optam ou não por entrar em greve por tempo indeterminado a partir do dia 17 de maio de 2012. A deliberação pela greve foi tomada nos dias 21 e 22, em Brasília, com a presença de quatro diretores do Andes-SN e 35 representantes de Seções Sindicais. Os 35 voltaram em favor da greve por tempo indeterminado a partir do dia 17 e decidiram que as ADs teriam os dias 14 e 15, ontem e hoje, para decidirem pela adesão ou não ao movimento. O período também serviu para que as ADs tirassem seus representantes no Comando Nacional de Greve. Na Universidade Federal do Amazonas (Ufam) os professores fazem Assembleia Geral hoje, às 9h30, para deliberarem sobre a entrada ou não da Ufam na Greve Geral, como será construído o Fundo de Greve e o Cronograma das Atividades. A se acompanhar a tendência das demais Ads, os professores da Ufam param as atividades a partir de quinta-feira, dia 17, por tempo indeterminado.

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segunda-feira, 14 de maio de 2012

Universidades devem rediscutir o Enem


As universidades brasileiras precisam urgentemente rediscutir o processo de uso do Sistema de Seleção Unificado (Sisu), que usa as notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Por mais que os defensores existem e que as adesões sejam quase unânimes, há problemas que não foram discutidos à exaustão e hoje prejudicam sensivelmente a administração do ensino. A mais grave delas é o despreparo dos professores para lidar com situações que fogem às regras estabelecidas. Recebi, recentemente, a informação de que uma estudante de Letras da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) sentiu-se humilhada por ter sido chamada na sexta lista de espera do curso. Disse ela que ao entrar em sala de aula, a professora avisou que ela estava reprovada e teria de cursar novamente a disciplina. A estudante sentiu-se humilhada, embora não tenha denunciado oficialmente a professora. No entender dela (da estudante) houve discriminação pelo fato de ela só ter sido aprovada na sexta lista de espera. O fato é que o problema existe, é recorrente e as universidades precisam discutir mais amplamente os problemas surgidos a partir da adoção do Sisu.

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domingo, 13 de maio de 2012

A inflexibilidade na apresentação de artigos


A área da Comunicação, ou campo como alguns defendem, tem uma característica intrínseca: extremamente libertária no discurso e profundamente reacionária na prática. Certamente, é, das áreas, a que aceita mais tardiamente qualquer tipo de novidade, inclusive nas práticas administrativas e pedagógicas. Ao dizer ontem que a “Rigidez cartesiana impera na Alaic”, terminei por cometer injustiça tanto em relação à Associatión Latinoamericano de Investigadores da Comunicação (Alaic) quanto as demais associações e entidades representativas dos pesquisadores em Comunicação. A inflexibilidade diante do novo é um traço presente no DNA da área. A liberdade que pregamos no discurso não se reflete no dia a dia. Afora raríssimas exceções, a prática, nos congressos, por exemplo, é os participantes serem obrigados a se curvar às “celebridades” da área, aceitando, por exemplo, dezenas de minutos de leituras de um texto-resumo do artigo aceito, por essas “celebridades” denominam apresentação. A máxima modernidade que alguns se permitem é uma apresentação em Power Point, com apenas um slide, contendo o nome do artigo, a assinatura do autor e informações sobre o que faz. Mais nada. É como se a regra ousa dizer fosse: todos somos obrigados a aturar os “nossos líderes” quaisquer que sejam as besteiras por eles ditas.” Fica meio às escondidas, nas entrelinhas e espaços em branco, a lição: aqui é um ambiente acadêmico e faz parte do processo apresentações tão modernas quanto as tumbas dos faraós do Egito. Passa da hora de as apresentações em Congressos serem o mais informal possível, com uma troca efetiva de experiência entre os participantes a partir de temas propulsores que perpassem os artigos abordados. Ninguém pode ser obrigado a permanecer em salas antigas, com cadeiras mal-conservadas, péssimas condições de ventilação, como quase sempre é a regra em Congressos. É fundamental otimizar as apresentações, promover mais os encontros e as trocas de experiências para possíveis parceiras acadêmicas e intelectuais. Esse deve ser o fim dos Congressos. Caso não passam a ser ou sessões públicas de torturas expressas ou demonstrações de desrespeito explícito aos que se apresentam. Um novo formato é possível. Quem topa o desafio de propô-lo?

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sábado, 12 de maio de 2012

Rigidez cartesiana impera na Alaic


Ontem, aqui neste espaço, reclamei de “A academia amarrada pelo mediavalismo do método”. Não demorou muito e fui vítima dessa visão equivocada e desse método tradicionalíssimo de se olhar o mundo. Meu orientado no Doutorado em Sociedade e Cultura na Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Sandro Adalberto Colferai, professor da Universidade Federal de Rondônia (Unir) no Campus de Vilhena, não pode vir ao XI Congresso Latinoamericano de Investigadores da Comunicação (Alaic). Disse a ele que não teria problema nenhum em apresentar o artigo dele, uma vez produzimos vários artigos juntos e as ideias contidas em “Isolamento revisitado: as disparidades no acesso às tecnologias da comunicação na Amazônia brasileira” sintetizam o que refletimos no Grupo de Estudos e Pesquisa em Ciência da Comunicação, Informação e Artes (Interfaces). Passei a manhã do dia 10 preparando a apresentação e cheguei cedo ao GT 10, Comunicación, Tecnologia y Desarrollo. O artigo tinha imensa correlação com o que se discutia no grupo, porém, fui impedido de apresentá-lo. Motivo: pelas regras da Alaic, ninguém pode apresentar o trabalho de outra pessoa. Nem mesmo o orientador. A não ser que “tenha colocado o nome no artigo”. Como não me presto a esse tipo de coisa, o artigo do Sandro Conferai não foi apresentado. Azar deles! Perderam a chance de discutir o tema bom o olhar dos ecossistemas comunicacionais. Ficam, porém, com a rigidez cartesiana que merecem!

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sexta-feira, 11 de maio de 2012

A academia amarrada pelo medievalismo do método


É cada vez mais claro para mim, principalmente após dois dias de participação no XI Congresso Latinoamericano de Investigadores da Comunicação (Alaic), que precisamos, urgentemente, nos liberar das amarras do método tradicional e recriarmos o que se convencionou chamar de “pensamento comunicacional latinoamericano”. Somos assumidamente funcionalistas, pensamos de forma compartimentada e não sabemos dar um passo a frente sem, primeiro, fazermos o tal “recorte epistemológico”. Temos uma pesquisa que não inova, não consegue ser tridimensional nas abordagens e, no mais das vezes, os resultados de pesquisas transformadas em artigos não passam de sumários estatísticos sem nenhum tipo de significância. Somos cartesianamente metódicos como o “mestre” mandou. Os Congressos atuais são chatos e maçantes, alguns colegas, por remorso, prestigiam a apresentação de outros colegas. As estrelas da constelação falam seus 20min e dão no pé. E a vida teórica da área continua como a de um cachorro, em círculos, a tentar morder o próprio rabo. Dos artigos às apresentações, somos metodicamente chatos, pouco atraentes para quem nos ouve. Quando descobriremos que há vida possível para além de Descartes?

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quinta-feira, 10 de maio de 2012

Professor da Ufam apresenta trabalho em Congresso Internacional


O coordenador do Programa de Mídias Digitais da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e professor dos Programas de Pós-graduação em Sociedade e Cultura e de Comunicação, Gilson Monteiro, apresentou ontem, no GT6, Economía Política de las Comunicaciones, do XI Congresso Latinoamericano de Investigadores da Comunicação (Alaic), no Auditório da Faculdade de Direito da Universidad de La República Uruguay, o trabalho “Mídias digitais, ecossistemas comunicacionais vivos e o consumo de informações”. A maior novidade é que não se trata meramente de um artigo, mas sim de um ensaio baseado nos “preceitos dos ecossistemas comunicacionais emanado do Grupo de Estudos e Pesquisa em Ciência da Comunicação, Informação, Design e Artes (Interfaces) do Programa de Pós-graduação em Ciências da Comunicação (PPGCCOM) da Universidade Federal do Amazonas (Ufam).” Monteiro iniciou suas reflexões sobre o comportamento do “varejo de informações na Web” em 1997, no trabalho final da disciplina Comunicação e Marketing, ministrada na Escola de Comunicações e Artes (ECA) da Universidade de São Paulo (Usp), pela professora Ana Akemi Ikeda. O título do trabalho final daquela disciplina era “Comunicação e varejo no Século XXI”. “Naquele momento, minha preocupação teórica era traçar cenários de como seria o processo de distribuição da informação a partir do advento da Internet e do boom que antevíamos nessa nova logística, em fluxos, que, conseguíamos vislumbrar, quebraria o monopólio da distribuição de informações pelos meios de comunicação de massa tradicionais”, esclarece. Em 2002, publicou o texto “O futuro do varejo de informações na Web”, na Biblioteca On-line de Ciências da Comunicação (BOCC), e concluiu com duas afirmações ousadas para a época: “todas as empresas estabelecidas na rede serão empresas de mídia e só terá vantagem competitiva na rede quem trabalhar baseado em poderosos bancos de dados a respeito do comportamento de compra (ou de uso) do cliente.” O que é hoje o Facebook, ser não o maior banco de dados do mundo a respeito do consumidor mundial? Pergunta ele no artigo-ensaio apresentado ontem no Congresso da Alaic? O texto faz reflexões sobre o que o professor denominou de Facejournalism e apresenta as bases teóricas do Programa de Mídias Digitais da Ufam (Ecoem).

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quarta-feira, 9 de maio de 2012

O novo mundo possível de Juan Bodernave


Com o título “La comunicacion y el nuevo mundo posible” o professor paraguaio, Juan Diaz Bodernave, foi o responsável pela Conferência de Abertura do XI Congresso Latinoamericano de Investigadores da Comunicação (Alaic), no Auditório da Faculdade de Direito da Universidad de La República Uruguay. Ele iniciou a conferência lembrando a sua origem paraguaia para dizer que “os guaranis acreditavam em uma terra sem males”, portanto, “outro mundo era possível.” Para ele o modelo civilizatório do mundo ocidental ruiu, pois era baseado em dois elementos devastadores: lucro e acumulação de capital são devastadores. Na fala, ressaltou que só há resistência ao modelo capitalista atualmente nas religiões mundiais, em alguns indígenas primitivos e nas teorias políticas avançadas. Resistir ao modelo e enfrentá-lo requer a destruição do mito de que existe uma superioridade do pensamento ocidental e do progresso com as bases atuais. “É preciso resignificar os conceitos de desenvolvimento e progresso e de que Democracia só existe no capitalismo.” No campo da Comunicação é fundamental varrer o que Bodernave denominou de Epistemologia Colonial, cuja base é racionalista. “Devemos substituir o penso, logo existo, de Descartes, pelo penso, sinto, atuo; logo existo.” O professor defendeu, também, o retorno de uma ética social. Relembrou que Stalin, em nome de determinada racionalidade, matou centenas de camponeses. “Não se pode ter liberdade e igualdade sem fraternidade”, repetiu. Bodernave diz que o ressurgimento da ideia de terra, mulher e sagrado é o que indica a direção desse “novo mundo possível”. O respeito ao lugar, as qualidades femininas e o sagrado são, portanto, os elementos desse novo mundo possível.



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terça-feira, 8 de maio de 2012

Eleições para o ANDES hoje e amanhã


Professores e professoras das universidades e institutos tecnológicos do País inteiro ligados ao Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN) vão às urnas hoje e amanhã para a escolha da nova diretoria do sindicato. A Chapa 1, “Trabalho docente e compromisso social”, encabeçada pela professora Marinalva Silva Oliveira, da Universidade Federal do Amapá, é a única concorrente. Ainda assim, componentes da chapa e militantes do sindicado mobilizam-se para que os sócios participem do processo e legitimem o mandado da chapa que, na Regional Norte 1, tem como primeiro Vice-presidente o professor aposentado da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Amecy Gonçalves Bentes de Souza e como segundo vice-presidente o professor Carlossandro Carvalho de Albuquerque, da Universidade do Estado do Amazonas (UEA). O professor do Departamento de Comunicação Social (DECOM) da Ufam, Antônio José Vale da Costa, é candidato a primeiro tesoureiro da Regional Norte 1. A chapa possui 19 pontos de luta que vão desde a defesa dos 10% para a Educação à garantia da Carreira Única. Este ano a chapa inova com o chamado para as eleições, feito em forma de cordel, de autoria de Nando Poeta: “Meu caro docente eu chamo/Agora a sua atenção/E na forma de cordel/Faço a apresentação/Da Chapa 1 que concorre/Para a nova direção”. Leia o texto completo!

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segunda-feira, 7 de maio de 2012

Dois bilhões para a consolidação do Reuni


Corre, à boca pequena, em Brasília, o boato de que o Ministério da Educação (MEC) possui R$ 2 bilhões para serem investidos no que a alta cúpula do Ministério chama de “consolidação do Reuni”. O problema é que ninguém quer mais ouvir falar do Programa de Apoio ao Plano de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais nome composto que atende pela sigla Reuni. Como esse programa conseguiu apoio financeiro para a estrutura física mas deixou muito a desejar no campo da contratação de pessoal, o MEC não quer mais relacionar a sigla a uma nova etapa do mesmo projeto. Não há um nome oficial para a continuação do Reuni. O que se sabe, porém, é que o montante de R$ 2 bilhões está reservado para que o programa anterior seja consolidado.

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domingo, 6 de maio de 2012

Comprometimento na Educação


Por mais modernas que sejam as metodologias aplicadas por professores e escolas, em quaisquer dos níveis, não haverá sucesso no processo de aprendizagem se não houver um fator essencial: comprometimento. É fundamental que professores, estudantes e todos os demais envolvidos no processo tenham responsabilidade e compromisso com o ato de aprender. Além disso, o envolvimento da família é essencial para que “estudar” não se resuma apenas a uma atividade burocrática desenvolvida em sala de aula. Em assim sendo, é bem possível que se obtenha êxito. No entanto, por se tratar de processo, há sempre, também, a possibilidade do insucesso. Fundamental, portanto, é ter clareza de que Educação é um trabalho constante em longo prazo. Em assim sendo, as chances de frustração ficam reduzidas.

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sábado, 5 de maio de 2012

Bolsas da Capes e do CNPq serão reajustadas


Em evento realizado ontem, em São Paulo, o 23 Congresso de Pós-graduandos, o presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Glaucius Oliva, anunciou que as bolsas de Mestrado e Doutorado no País oferecidas pela agência de fomento por ele presidida e pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), serão reajustadas em 10% a partir do mês de julho. Congeladas desde 2008, as bolsas de Mestrado atualmente possuem o valor de R$ 1.300,00 e as de Doutorado R$ 1.800,00. No início de 2013 as bolsas sofrerão novo reajuste, cujo percentual ainda não foi definido pelas duas agências de fomento. De acordo com a fala de Oliva aos Congressistas, o reajuste de janeiro reporá a inflação do período. Ele só não deixou claro se essa reposição será apenas relativa ao ano de 2012 ou ao período de 2008 a 2012, quando os benefícios permaneceram congelados. A expectativa dos demais pesquisadores é que o valor de todas as bolsas oferecidas pelas duas agências de fomento governamentais também recebam o mesmo percentual de reajuste a partir de julho deste ano.

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sexta-feira, 4 de maio de 2012

STF considera Prouni constitucional


O Supremo Tribunal Federal (STF) considerou constitucional o Programa Universidade Para Todos (Prouni) do Governo Federal. Três ações, da Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino (Confenem), o Democratas (DEM) e a Federação Nacional dos Auditores Fiscais da Previdência Social (Fenafisp) questionavam vários pontos, dentre eles, o de que o Prouni promove discriminação entre os cidadãos. O programa estabelece que as universidades particulares, para receberem alguns benefícios em isenção fiscais, devem criar políticas afirmativas tais como reservar vagas, por meio de processo seletivo, para estudantes que cursaram o ensino médio completo em escola pública ou que tenham cursado instituições particulares na condição de “bolsista integral”. Além disso, devem, também, reservar, parte dessas bolsas para negros, índios e portadores de necessidades especiais. Pelas regras do Prouni, bolsas de estudo integrais só podem ser concedidas a estudantes cuja renda familiar mensal não ultrapasse um salário mínimo e meio.

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