quinta-feira, 30 de abril de 2015

O método Beto Richa de educar

As imagens correm o mundo inteiro. São professores feridos por um ataque insano da Polícia Militar comandada pelo governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), que mandou descer o sarrafo nos professores e em quem se manifestasse contra o governo dele. O episódio é lastimável e merece o repúdio de toda a sociedade. Tem um lado pedagógico, porém, à parte a violência insana: demonstrar aos babacas e bobocas que viviam a pedir a volta da ditatura uma amostra grátis de o que seria o País caso houvessem militares ditadores no poder. Para piorar, os mesmos babacas que apareceram nas manifestações com cartazes “fora Paulo Freire”, infelizmente, não puderam provar e sentir na pele o “método Beto Richa de educar”. Ironia das ironias, a vida, no episódio, demonstra claramente as diferenças pedagógicas entre um método e outro de governar. E, por ampliação, de educar. Que apareçam novos paulos e novos freires.


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quarta-feira, 29 de abril de 2015

A inclusão pela Educação

É impressionante como alguns colegas professores e professoras não compreendem o papel social da Educação no processo de inclusão social. Em geral, tratam o estudante a ferro e fogo, como, talvez, também tratem os filhos: pouco diálogo, ou quase nenhum, e muita ordem. Como se o lema tivesse de ser sempre “ordem e progresso”. Acontece que em Educação, quase sempre, a desordem e a criatividade são mais importantes que a ordem. O mundo da vida é complexo e desordenado. E a escola deveria preparar, conjuntamente com a família, para a vida. Assim, a Educação só cumprirá o papel de inclusão quando for criativa até na desordem.


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terça-feira, 28 de abril de 2015

Hoje é o Dia da Educação

Confesso que nem eu sabia, porque dizer que não me lembrava seria uma mentira. Mas, há pouco, recebi a promoção de uma editora universitária que me oferecia livros com desconto por ser o “Dia da Educação”. Outra confissão: não vi, em nenhum lugar, a não ser no próprio anúncio, qualquer menção sobre o “Dia da Educação”. Não sei se estamos tão desiludidos com o Dia disso e o Dia daquilo que nem ligamos mais para tais dias que, como o tal slogan da presidente Dilma Rousseff (PT) “Pátria Educadora”, até agora não deu em nada. Como presente pelo Dia da Educação, nós, os professores e professoras, recebemos a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de liberar a contratação nas universidades federais por meio de Organizações Sociais (OSs). Sem falar na terceirização Plena que segue a passos largos. Realmente, não temos nada a comemorar no Dia da Educação.


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segunda-feira, 27 de abril de 2015

Os cada vez mais restos de ontem

No dia 4 de fevereiro de 2014, neste mesmo espaço, publiquei a postagem “As Mídias Digitais e o jornalismo resto de ontem”. Descarada e desavergonhadamente, as pessoas passaram a compartilhar postagens antigas como se fossem atuais. E o fazem sem nenhum tipo de pudor. O mais degradante é quando professores de Comunicação, e até de Jornalismo, também promovem a mesma prática e não consideram que seja nenhum problema. Chegam a argumentar que o material foi disponibilizado por outra pessoa e cabe ao “atingido” tomar as providências contra a empresa que publicou o material. Hoje, por exemplo, alguém compartilhou o material “MEC deixa de pagar bolsas a 4223 mil educadores”. Imediatamente cliquei no link. Vi que era uma matéria publicada no dia 20 de fevereiro de 2015. Menos mal que não se trata de um tempo tão distante entre o compartilhamento e a publicação. No entanto, isso não exime quem a compartilhou de um comportamento eticamente inaceitável. Está na hora de “os restos de ontem” não serem apresentados como se fosse novidade. Todos merecemos respeito!


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domingo, 26 de abril de 2015

Justiça não interferirá em concurso público

O Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu a autonomia dos membros de uma banca de concurso para elaborar questões de prova e decidiu, por maioria dos seus ministros, que a os critérios usados por bancas examinadoras não poderão mais ser questionados pelos juízes. A decisão tomada pelo STF foi com base em recurso do Governo do Estado do Ceará contra decisão da justiça cearense que julgou não serem razoáveis as questões contidas em uma prova de concurso da área de saúde. Embora não tenha relação direta com as universidades brasileiras, ainda que de forma indireta, o STF devolve a autonomia às bancas examinadoras, em todos os níveis. No entanto, significa que aumenta ainda mais a responsabilidade das universidades de realizarem concursos transparentes e baseados nos princípios constitucionais. O fato de a justiça não poder mais interferir nas questões dos concursos não significa que, a partir de agora, tudo seja permitido.


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A Economia que se aprende em casa

Talvez os primeiros passos da Economia, não sei se como ciência (assim como nem sei se economia é ciência), se aprendam em casa. Isso quando, geralmente a mãe, projeto os ganhos e gastos, mantém as contas da casa “na ponta do lápis”, sem deixar que o orçamento estoure nunca. Às vezes, é uma administração tão impressionantemente exitosa que ficamos a nos perguntar como uma família que ganha tão pouco consegue realizar tantas coisas? É bem provável que não seja a mesma Economia que se aprende na escola, na Educação superior. Mas, muito provavelmente, se aprende a só gastar aquilo que se ganha e ainda a economizar “do pouco que se ganha”. Tais princípios certamente não foram aplicados ao se administrar a Economia do País, por exemplo, o que a levou ao caos atual. Quem sabe não tenhamos que aprender com as zelosas mães princípios que há muito deixamos para trás.

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OBS: Post do dia 25/04/2015

sexta-feira, 24 de abril de 2015

Carlos Nobre será o novo presidente da CAPES

A comunidade dos programas de Pós-graduação das universidades brasileiras ainda não teve tempo de absorver a novidade: após 12 anos, o presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) terá um novo presidente. É o professor e pesquisador Carlos Afonso Nobre, da Academia Brasileira de Ciências (ABC). Entre os anos de 2006 e 2008 o professor Nobre foi o coordenador da Comissão de Cursos Multidisciplinares da CAPES. De fevereiro de 2011 até os dias atuais, exercia a função de secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTi). O antigo presidente da CAPES, Jorge Almeida Guimarães, nos últimos tempos, foi lembrado pela polêmica proposta de que montar uma Organização Social para a contratação de professores para as universidades federais. Não se sabe se o novo presidente manterá o mesmo rumo depois que o MEC garantiu a contratação de professores por concurso para as federais, muito embora o STF tenha deliberado pela legalidade desta contratação feita por meio de OS. O clima de polêmica ainda não foi totalmente dissipado.


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quinta-feira, 23 de abril de 2015

A educação centrada no professor

O tema é recorrente. Qualquer discussão que se trave com estudantes, seja do nível de graduação, seja de Pós-graduação, a questão sempre à tona: a educação não deveria ser centra no estudante? Professores e professoras mais tradicionais argumentam que o estudante não tem autonomia nem preparo para escolher o que vai (ou deve) estudar. Está, no entanto, é, exatamente, a centralidade do problema. Nós, professores e professoras, ainda não conseguimos nos libertar da velha e carcomida pecha de que “sabemos tudo”, inclusive, escolher o que o estudante deve ou não aprender. Na graduação o argumento, talvez, até se sustente em alguma situação. Na Pós-graduação, não! O projeto de pesquisa tem de ser do estudante, de quem vai pesquisar, e não do orientador. Em não sendo assim, mais uma vez, se comete o absurdo de centrar a aprendizagem no professor (ou na professora). Grave equívoco que impede a efetiva implementação da autonomia pedagógica dos estudantes e das universidades.


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quarta-feira, 22 de abril de 2015

A educação muda a vida das pessoas

Tenho convicção de que a Educação muda a vida das pessoas. E se há um modo de se investir nela no interior da Amazônia, a capacidade de mudança é ainda maior. E, talvez, por promover uma mudança tão radical, sofre resistência por parte dos administradores municipais. Há dados de que, nas 100 cidades brasileiras nas quais houve mais investimento em educação, os prefeitos não foram reeleitos. Certamente, um indicador de que não só muda a vida das pessoas, mas, liberta as pessoas do jugo dos políticos. Não haverá mudanças na qualidade de vida das pessoas que moram no interior sem que se tenha uma ação política ampla de investimento na educação como um processo de libertação. A educação que muda a vida é uma educação para a vida. Sem que se tenha um olhar para a educação como um processo geral de elevação da qualidade de vida, não se poderá mudar politicamente o quadro de miséria das cidades do interior, na Amazônia.


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terça-feira, 21 de abril de 2015

O jornalismo nas Mídias Digitais

Salta aos olhos, de forma evidente, o quanto aumentou a responsabilidade dos professores e professoras de jornalismo na era das Mídias Digitais. Trata-se da mais pura falta de sensibilidade, talvez um desvio ético dos mais graves, um professor de Comunicação, de quaisquer das áreas, deixar de checar informações e apenas “compartilhá-la” simplesmente porque alguém “postou em sua timeline”. Uma das maiores especialidades no Facebook, por exemplo, é requentar matérias muito antigas e compartilhá-las como se fosse do dia, do momento. Certamente porque o próprio Sistema Facebook incentiva esse tipo de prática. De quanto em vez, aparecem nas nossas timelines, notícias ou fotografias as quais compartilhamos há um ano. O próprio Sistema Facebook avisa. Nós, no entanto, nem sempre atentamos para este detalhe essencial: em um ano, uma notícia, que no momento da publicação parecia bem-apurada e verdadeira, ao longo deste um ano, pode se revelar completamente inverídica. Compartilhá-la um ano depois como se fosse atual é enganar seus amigos e seguidores e cometer sim, um comportamento profundamente condenável do ponto de vista da ética jornalística. O jornalismo nas Mídias Digitais, necessariamente, precisa ser mais responsável. E cabe a nós, professores e professoras, darmos o exemplo e exigirmos dos estudantes comportamento similar.


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segunda-feira, 20 de abril de 2015

Ciência e vida na Terra

O desafio da Ciência, talvez o maior deles, é tentar entender o começo de tudo. O mais improvável dos acontecimentos que se tem notícia, e se vivencia até hoje: a vida na Terra. Agora, a mais nova hipótese é que a Terra teria engolido outro planeta e o fato seria crucial para a existência da vida aqui no Planeta. O choque entre planetas, portanto, não seria algo tão rato quanto parece. E mais: o tal choque que fez a Terra “engolir” o suposto planeta foi o responsável para que fossem criadas as condições essenciais para a vida na Terra. De quando em vez aparecem textos como esses. São interessantes por instigar a memória coletiva sobre o começo de tudo. Servem, também, de alerta para as possibilidades de novos choques às vezes considerados improváveis. De tudo, o maior valor é deixar claro que a Ciência ainda precisa avançar, e muito, na tentativa de desvendar o doce mistério da vida.


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domingo, 19 de abril de 2015

Roubado é sempre vergonhoso

Fico a me perguntar o que será do futuro de nossas crianças se o lema do então goleiro do Flamengo ano passado virar regra. Disse ele, após o título do campeonato carioca ser garfado do Vasco, que “roubado e mais gostoso”. O tema ganhou contornos de uma espécie de vingança hoje, quando o Vasco, por meio de um pênalti duvidosíssimo, na minha opinião, muito embora muitos comentaristas de rádio tenham dito que houve, venceu o Flamengo por 1 x 0 e chegou à final do Campeonato Carioca contra o Botafogo. Erros de arbitragens jamais podem ser relativizados. Ainda mais quando interferem claramente no resultado dos jogos. Como fica a cabeça de uma criança que vê seus pais lutarem contra a corrupção o ano inteiro se esses mesmos pais, no futebol, relativizarem os erros crassos e os considerarem como normais? Um árbitro não tem o direito de errar a ponto de modificar o resultado de um jogo assim como um juiz não pode errar ao emitir uma sentença. O que nossas crianças precisam aprender, se quisermos mudar o País, é: ” roubado é sempre vergonhoso!” Tanto no futebol, quando na vida, pois o futebol faz parte da vida, não é aceitável se fazer a apologia ao roubo. Indignar-se contra ele (o roubo) em todos os níveis é nosso dever.


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sábado, 18 de abril de 2015

Educação para a terceirização

Fosse eu um petista convicto, daqueles que se tornam cegos por determinação do Comitê Central do partido, passaria a gritar aos quatro cantos que a presidente Dilma Rousseff (PT) não mentiu ao lançar o lema “Pátria Educadora” no início do segundo mandato, de pouco mais de cem dias. E seria fácil fazer isso. Bastaria assumir que a “Pátria Educadora” tem um lema, ou digamos, um subtema: ” Educação para a terceirização”. Subtema, aliás, que desde o ano passado, mesmo antes das eleições, prestigiosos e prestigiados representantes do Governo já defendiam, como, por exemplo, a terceirização total dos serviços educacionais superiores prestados pelas universidades públicas brasileiras. Já faz um tempo que o “presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), Jorge Guimarães, anunciou, em Seminário Internacional que “Capes, MEC e MCTI estão planejando a criação de uma OS para gerir a contratação de docentes”. Desde então, ninguém o contestou. Em seguida, a PEC da Terceirização é tirada de um balaio e aprovada a toque de caixa. Aí sim, talvez pelo momento de crise de popularidade que enfrentava, a presidente Dilma Rousseff (PT) se posicionou contra. Mas, se a terceirização é má para os trabalhadores em geral, qual o motivo de ser tão benéfica para as universidades públicas? Quem do Governo será escalado para nos responder?


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sexta-feira, 17 de abril de 2015

A terceirização plena das universidades

Nem foi preciso aprovar a PEC da terceirização, O Supremo Tribunal Federal (STF) se encarregou de entornar a pá de cal sobre as universidades públicas brasileiras. A decisão foi tomada ontem, na calada da noite, sem que os holofotes da mídia fossem voltados para o STF, talvez por interesse da própria mídia e do Governo, uma vez que o presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), Jorge Guimarães, anunciou, em Seminário Internacional que “Capes, MEC e MCTI estão planejando a criação de uma OS para gerir a contratação de docentes”. Enquanto, de um lado, a presidente Dilma Rousseff (PT) joga para a torcida dizendo-se indignada com a terceirização, do outro, membros do Governo trabalharam arduamente para que fosse implantada nas universidades públicas, inclusive, para a contratação de professores, que é uma atividade fim. Com a decisão de ontem do STF, as porteiras, que estavam entreabertas, foram escancaradas.


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quinta-feira, 16 de abril de 2015

O desafio da Educação no interior

O maior desafio de uma instituição pública como a Universidade Federal do Amazonas (UFAM) é interiorizar a Educação Superior com a independência pedagógica necessária sem abrir mão das parcerias com o Governo do Estado e as prefeituras nas quais mantém as unidades próprias. Isso porque é impossível se manter uma independência absoluta quantos os recursos são parcos. Mais que isso: é necessário que as ações de Interiorização sejam efetivadas. No entanto, os resultados só aparecerão efetivamente se houver uma política pública estadual, em conjunto com os municípios, para gerar qualidade de vida aos que ficam no local. Sem que haja um movimento coordenado entre o País, o Estado e o Município, quaisquer políticas e interiorizar a Educação Superior sempre terá algum tipo de problema.


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Equívocos que se nos apresentam

Para início de conversa, não sou do time que entende que a Universidade Federal do Amazonas (UFAM) e Universidade do Estado do Amazonas (UEA) são concorrentes. Ao contrário, reconheço a importância da UEA para a expansão da Educação Superior no Amazonas e entendo que as duas se complementam. Aliás, se complementam tanto que a UEA não existiria se não fossem os professores da UFAM terem sido cedidos para que a UEA saísse do papel. Trabalhar em conjunto, portanto, parece ser algo natural. Acontece que o Governo do Estado apresenta uma reforma administrativa que estingue a Secretaria de Estado da Ciência e Tecnologia e a incorpora a uma supersecretaria cuja sigla é SEPLANCTI. Equívoco grave no primeiro ato. Segundo equívoco do segundo: transformar a SECTI em um mero departamento do tal monstrengo chamado SEPLANCTI. Terceiro equívoco do terceiro ato: transformar a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM) em um mero braço da tal secretaria. O ato final, ao que parece, é querer transformar a FAPEAM em uma fundação de apoio da UEA. Ao que se saiba, a Fundação de apoio da UEA e a Muraki. Que não seja esse o caminho a ser seguido. Republicanamente, instituições devem conversar. Continuar no erro de não receber a UFAM para apresentar suas ideias é mais um equívoco. Tentar ignorar permanentemente a UFAM será fatal. Que assim não o seja, pois, não esperem da UFAM subserviência: isso jamais acontecerá.

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OBS: Post do dia 15/04/2015

terça-feira, 14 de abril de 2015

A medicina da floresta de Padre Paolino

Depois de mais de 50 anos no Acre, mais precisamente em Sena Madureira, o Padre Paolina Maria Baldassari se transformou em estrela de uma reportagem do jornal Folha de S. Paulo pela medica caseira que pratica, denominada pelo jornal de Medicina da Floresta. Mas, aos 89 anos de vida, Paolino é mais que um “médico da família”. É uma espécie de santo vivo. Pelo menos para a minha mãe, Clotilde Alves Vieira Monteiro. Comigo, porém, o que funcionou foi mesmo a medicina tradicional que ele pratica, muito embora sem ser médico: Paolino é um autodidata em que a minha mãe confia mais que os médicos formados na Bolívia e que prestam serviços em Sena Madureira. No meu caso, porém, voltei a minha cidade natal como uma ameba que mais parecia afetar a alma. Em tempo de estudante da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), decidi ser vegetariano. Ganhei uma ameba que ninguém conseguiu curar em Manaus. Ao chegar em Sena Madureira, minha mãe me levou ao Padre Paolino. Recebi dois sacos pequenos cheios de enormes comprimidos, segundo Paolino, vindos da Alemanha. Hoje tenho 52 anos e raramente tenho novos sintomas da doença. Fui curado pelo Padre com a medicina tradicional. Milagre para a minha mãe. Por isso, até hoje, Paolino é um mito.


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segunda-feira, 13 de abril de 2015

ENEM apressa a conclusão do Ensino Médio

Há quem pense que não, mas, hoje, no Brasil, o estudante não precisa mais passar três anos seguidos a cursar as disciplinas do Ensino Médio. Basta ter bom desempenho no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) para que este exame funcione como uma espécie de Supletivo. Os critérios básicos determinados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) são que a pessoa seja maior de 18 anos antes de ter feito a prova do Enem, ter concluído o ensino fundamental e ter um número mínimo de 450 pontos nas 4 áreas de conhecimento do Enem, bem como fazer, no mínimo, 500 pontos na redação. Pela regra no INEP, o estudante deverá declarar que deseja que o ENEM elimine o seu Ensino Médio, caso atinja o desempenho mínimo necessários e os critérios pré-estabelecidos. Advogo que o INEP deveria ser mais radical e ousar: retirar qualquer tipo de exigência de idade. O desempenho de um estudante, faz tempo, não tem mais relação com a idade biológica. As pessoas que possuem mais tempo de desejam estudar, deveriam ser premiadas com a possibilidade de abreviar a conclusão do Ensino Médio. Aliás, vale registrar que os juízes e juízas brasileiros, há algum tempo, aceitam que a aprovação no ENEM elimine o Ensino Médio. No mais das vezes, determinam às Secretarias Estaduais de Educação que emitam, imediatamente, o diploma de quem consegue lograr êxito no ENEM. Na marra, e por decisão judicial, vencemos a visão atrasada de alguns educadores que teimam em reter estudantes.


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domingo, 12 de abril de 2015

Matéria orquestrada contra as universidades públicas

Talvez esteja com uma espécie de Síndrome de Perseguição, mas, considero estranho demais, na melhor das hipóteses, uma coincidência orquestrada para que assim ocorresse, o fato de os jornais O Globo, Zero Hora, Diário Catarinense, Gazeta do Povo e O Estado de São Paulo, tenham se unido para produzir a matéria “Negócios entre universidades públicas e empresas são alvo de investigação”. Publicaram o material justamente no mesmo dia das manifestações contra a presidente Dilma Rousseff(PT). O que se vê é um movimento muito bem orquestrado da mídia brasileira com uma única finalidade: desgastar o governo da presidente Dilma Rousseff e tentar incutir na cabeça das pessoas que “tudo o que é público não presta”. Como a Petrobrás não rende mais nada para eles, o alvo, agora, são as universidades públicas. Certamente, querem fazer sangrá-las até que sejam privatizadas. Concluo que se trata de um movimento orquestrado porque não é possível que nenhum dos jornalistas de tantos jornais, em conjunto, não saibam da existência da Lei 8.958, de 20 de dezembro de 1994, que “dispõe sobre as relações entre as instituições federais de ensino superior e de pesquisa científica e tecnológica e as fundações de apoio e dá outras providências.” Nenhum deles, também, se deu ao trabalho de ler a Lei 12.772, de 28 de dezembro de 2012, que “dispõe sobre a estruturação do Plano de Carreiras e Cargos de Magistério Federal; sobre a Carreira do Magistério Superior” e dá outras providências. A maioria das acusações de exercício ilegal remunerado feitas pela reportagem é coisa de quem desconhece completamente a Lei 12.772. Vejamos o que diz o Art. 21, que reproduzirei na íntegra:
“No regime de dedicação exclusiva, será admitida, observadas as condições da regulamentação própria de cada IFE, a percepção de:

I - remuneração de cargos de direção ou funções de confiança;

II - retribuição por participação em comissões julgadoras ou verificadoras relacionadas ao ensino, pesquisa ou extensão, quando for o caso;

III - bolsas de ensino, pesquisa, extensão ou de estímulo à inovação pagas por agências oficiais de fomento ou organismos internacionais amparadas por ato, tratado ou convenção internacional; (Redação dada pela Lei nº 12.863, de 2013)

IV - bolsa pelo desempenho de atividades de formação de professores da educação básica, no âmbito da Universidade Aberta do Brasil ou de outros programas oficiais de formação de professores;

V - bolsa para qualificação docente, paga por agências oficiais de fomento ou organismos nacionais e internacionais congêneres;

VI - direitos autorais ou direitos de propriedade intelectual, nos termos da legislação própria, e ganhos econômicos resultantes de projetos de inovação tecnológica, nos termos do art. 13 da Lei no 10.973, de 2 de dezembro de 2004;

VII - outras hipóteses de bolsas de ensino, pesquisa e extensão, pagas pelas IFE, nos termos de regulamentação de seus órgãos colegiados superiores;

VIII - retribuição pecuniária, na forma de pro labore ou cachê pago diretamente ao docente por ente distinto da IFE, pela participação esporádica em palestras, conferências, atividades artísticas e culturais relacionadas à área de atuação do docente;

IX - Gratificação por Encargo de Curso ou Concurso, de que trata o art. 76-A da Lei no 8.112, de 1990;

X - Função Comissionada de Coordenação de Curso - FCC, de que trata o art. 7º da Lei nº 12.677, de 25 de junho de 2012;      (Redação dada pela Lei nº 12.863, de 2013)

XI - retribuição pecuniária, em caráter eventual, por trabalho prestado no âmbito de projetos institucionais de ensino, pesquisa e extensão, na forma da Lei nº 8.958, de 20 de dezembro de 1994; e (Redação dada pela Lei nº 12.863, de 2013)

XII - retribuição pecuniária por colaboração esporádica de natureza científica ou tecnológica em assuntos de especialidade do docente, inclusive em polos de inovação tecnológica, devidamente autorizada pela IFE de acordo com suas regras.      (Incluído pela Lei nº 12.863, de 2013)

§ 1o  Considera-se esporádica a participação remunerada nas atividades descritas no inciso VIII do caput, autorizada pela IFE, que, no total,  não exceda  30 (trinta) horas anuais.

§ 2o  Os limites de valor e condições de pagamento das bolsas e remunerações referidas neste artigo, na ausência de disposição específica na legislação própria, serão fixados em normas da IFE.

§ 3o  O pagamento da retribuição pecuniária de que trata o inciso XI do caput será divulgado na forma do art. 4º-A da Lei nº 8.958, de 20 de dezembro de 1994.

§ 4o  As atividades de que tratam os incisos XI e XII do caput não excederão, computadas isoladamente ou em conjunto, a 120 h (cento e vinte horas) anuais, ressalvada a situação de excepcionalidade a ser justificada e previamente aprovada pelo Conselho Superior da IFE, que poderá autorizar o acréscimo de até 120 h (cento e vinte horas) exclusivamente para atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovação. (Incluído pela Lei nº 12.863, de 2013)”. Por fim, em 21 de maio de 2014, a Presidência da República publicou o Decreto 8.240, que “regulamenta os convênios e os critérios de habilitação de empresas referidos no art. 1o-B da Lei no 8.958, de 20 de dezembro de 1994”. Portanto, bastaria um pouquinho de boa vontade e mais responsabilidade jornalística para que a matéria não fosse tão tendenciosa. Se há falta de transparência, que seja investigada. Mas, não é por falta de Leis que regulamentem, inclusive, as atividades para os quais os professores com Dedicação Exclusiva podem exercer. A falta de ética a manipulação da mídia brasileira começam a passar dos limites de tudo o que possa ser aceitável.


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Ética só para se cobra dos outros

Como reação ao fato de um conhecido “cobrador de ética dos outros local” ter compartilhado a seguinte matéria “Membros de bancas avaliadoras em concursos da Ufam davam privilégios a candidatos amigos”, publiquei a postagem “A quarteirização da falta de ética”. Não bastou. Três professores de jornalismo o Brasil inteiro, dentre eles um que já dirigiu uma Associação da área e cobra ética de todos em suas postagens no Facebook, também compartilhou a notícia. Argumentou que o fez porque “considerou a notícia bem fundamentada”. Retruquei que era uma notícia do dia 16 de maio de 2014, baseada em um release do MPF/AM e que ninguém da UFAM fora ouvido. O figurão, arauto da ética, não se deu por vencido. Disse que “aquilo era da dinâmica das redes” e que caberia à universidade contestar o Ministério Público ou o jornal. Reafirmo: trata-se de um comportamento condenável, muito mais quando parte de um professor ou professora de jornalismo. É equívoco dos mais graves relativizar comportamentos condenáveis por se trata de algo postado na Internet. É dever de tudo professor de jornalismo defender princípios inabaláveis: o contraditório deve ser respeitado. Acusados devem ser ouvidos e não se deve publicar release na íntegra. Ainda mais quando o material denigre a imagem de uma Instituição centenária, como se seus dirigentes nada fizessem para cobrar desvios éticos dos seus professores. Para essas figuras que se consideram intocáveis, ética só existe para ser cobrada dos outros. Ao avisar que fiz um printer de todos os compartilhamentos dos professores de jornalismo que chegaram a mim e solicitaria as providências legais cabíveis relativas ao caso, o professor completou a sua obra nada democrática e muito menos ética: apagou o compartilhamento da sua timeline do Facebook e todos os comentários que havia feito sobre o assunto. Como se tratava de um compartilhamento terceirizado, pois não o sigo nem ele me segue, e depois de hoje não faço questão nenhuma de segui-lo, a outra professora, que também compartilhara a tal matéria, não só apagou a matéria da sua timeline, mas também, meus comentários. Para essa turma, ética existe para ser sobrada apenas dos estudantes ou, quem sabe, apenas se deve praticar no jornalismo tradicional. Na Internet, para ele, tudo é permitido. Inclusive, que ninguém se responsabilize por comportamento tão reprováveis quanto os deles.

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OBS: Post do dia 11/04/2015

sexta-feira, 10 de abril de 2015

A quarteirização da falta de ética

Em tempos de tantas cobranças a respeito do comportamento ética de deputados, senadores, enfim, de políticos em geral, ontem me deparei, no Facebook, com uma sequência de práticas reprováveis. Uma das pessoas que sigo e me seguem, cujo nome prefiro manter em sigilo, compartilhou a seguinte matéria: “Membros de bancas avaliadoras em concursos da Ufam davam privilégios a candidatos amigos”. Pasmem, leitores e leitoras! No dia 9 de abril de 2015, uma matéria que foi publicada no dia 16 de maio de 2014 foi compartilhada como se fosse do dia. Não bastasse isso, mais duas pessoas compartilharam o mesmo texto. Pior de tudo: uma delas publicou no seu Feed de Notícias o texto inteiro sem dar o crédito ao jornal. Já no primeiro momento, fui ao texto do jornal. Vi que se tratava de um texto publicado há quase um ano. Não contente, passei aos detalhes mais importantes: fontes. O número de pessoas ouvidas e os detalhes revelados servem para esclarecer o profundo trabalho de investigação do repórter. Espanto maior: a matéria fora baseada em um release enviado pelo setor de Assessoria de Imprensa do Ministério Público Federal no Amazonas (MPF/AM) sem que nenhuma fonte da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) tenha sido ouvida. É o típico caso de terceirização e quarteirização da falta de ética. Que, aliás, corre o risco de transformar o Facebook em puro lixo!


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quinta-feira, 9 de abril de 2015

A terceirização na Educação

No dia 22 de julho de 2012, um domingo, publiquei, neste espaço, a seguinte postagem "A lógica gerencial no serviço público”. Já antecipava que, num futuro não muito distante, teríamos a terceirização total dos serviços educacionais. No dia 28 de julho de 2012, voltei ao tema com a postagem “A futura cooperativa de serviços educacionais”. No dia 02 de outubro de 2012 foi mais além na postagem “A privatização dos hospitais universitários”. Dei até o nome da futura empresa: Empresa Brasileira de Serviços Educacionais (EBSEREDU), com sigla e tudo. Para não dizerem que não falei dos espinhos, no dia 30 de outubro de 2012 publiquei “A reforma universitária em curso” com outra sugestão de sigla para a mesma futura Empresa Brasileira de Serviços Educacionais (EBSEDUC). Se alguém ainda tem dúvida de o que ocorrerá nas universidades públicas brasileiras e nos institutos federais, eis o que foi aprovado ontem pela Câmara dos Deputados, dia 08 de abril de 2014, como “texto-base do Projeto de Lei 4330/04, que regulamenta os contratos de terceirização no setor privado e para as empresas públicas, de economia mista, suas subsidiárias e controladas na União, nos estados, no Distrito Federal e nos municípios.” Gostaria muito de saber o porquê de os nossos Sindicatos e representações coletivas nunca terem dado ouvidos aos alertas que emiti daqui há dois anos. Será que não seria hora de acordarem?


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quarta-feira, 8 de abril de 2015

Campus da UFAM encanta professora

"Esta é a melhor estrutura e a mais bonita de todas as universidades brasileiras que conheço. Aqui é uma maravilha!". Com essas palavras a professora Lydia Masako Fereira, que é Coordenadora Medicina III CAPES, Professora Titular Cirurgia Plástica UNIFESP/EPM e Pesquisadora CNPq 1ª, abriu a aula inaugural da Pós-graduação da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) denominada “Mestrado Profissional e seus Desafios”, no auditório da Faculdade de Direito (FD), dia 06 de abril de 2015. Ao proferir tais palavras antes de iniciar a aula, ouviu-se, no auditório lotado, certo burburinho, muito provavelmente de espanto. Certamente porque é muito raro que alguém que vive o dia-a-dia da UFAM reconheça o quanto é bela a estrutura do Campus Universitário Artur Virgílio Filho, principalmente o Setor Norte, que a professora revelou ainda não ter conhecido. Quem sabe o elogio de uma professora que mora em São Paulo sirva pelo menos para nos tocarmos de o quanto é importante a estrutura que a UFAM oferece aos seus estudantes e servidores. Talvez tenhamos de cuidar mais e valorizar o que o empresário Moysés Ysrael teve a ousadia de reconhecer como “nosso maior patrimônio” e transformou em slogan da universidade.


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terça-feira, 7 de abril de 2015

Tratamento sim, prisão, jamais

Quando digo em todos os lugares que meus filhos jamais estudariam em um colégio cuja filosofia educacional é treinar para concursos e não para a vida é, justamente, pelo desfecho que tomou um vídeo que envolve um estudante desta referida escola na qual eu jamais matricularia um dos meus filhos. Criminalizar o problema é demonstrar uma visão punitiva e não pedagógica de uma violência sim, mas, que precisa ser vista pedagogicamente e não criminalmente. Botar a menina que filmou e o garoto agressor pura e simplesmente no banco dos réus é estar ao lado daqueles que defendam a diminuição da maioridade penal e da pena de morte. O vídeo demonstra a que ponto pode chegar um jovem, por soberba ou para se mostrar para a menina que gravava as cenas. E é para isso que deveria ser usado: como forma de educá-los a fim de que atrocidades daquelas não fossem toleradas ou potencializadas na fase adulta. Nenhum dos que participaram do infeliz episódio pode ou deve ser visto pura e simplesmente como um criminoso comum. Certamente, se o meu filho fosse a vítima, no íntimo, teria vontade até de esganar os agressores. No entanto, como adulto e educador, tenho a obrigação de dominar meus instintos animalescos. A sociedade, da mesma forma, tem o dever de dominar o instinto coletivo animalesco. Caso contrário, ao invés de educar, potencializar crimes ao criminalizar atos inconsequentes de jovens que são adolescentes e não podem ser tratados como adultos. Tirá-los do caminho da violência exibicionista é nossa responsabilidade. Criminalizá-los é perder uma chance de ouro de efetivamente nos portarmos como educadores. Todos os envolvidos precisam de tratamento, de acompanhamento psicológico e não de prisão punição pública. Que o episódio nos ajude a refletir sobre a nossa reação coletiva relativamente ao caso.


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segunda-feira, 6 de abril de 2015

Mestrado Profissional em destaque na UFAM

Com a palestra “Mestrado Profissional e seus desafios”, a professora Dra. Lydia Masako Ferreira abre oficialmente o primeiro semestre letivo da Pós-graduação da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) hoje, às 14h, no Auditório da Faculdade de Direito (FD), localizado no Setor Norte do Campus Universitário. A aula inaugural da Pós-graduação da UFAM é uma promoção da Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação (PROPESP) e tem por objetivo esclarecer a comunidade da UFAM sobre a importância do Mestrado Profissional para o processo de formação na Região Norte. Há que se vencer o preconceito existente em relação ao Mestrado Profissional. E isso só se consegue com informações, com esclarecimentos. Para se ter uma ideia de o quanto é grande o preconceito, o Mestrado Profissional, durante muito tempo, foi visto como um curso de segunda linha, que não dava direito ao Doutorado, quando, na verdade, não há nenhuma diferença legal entre um e outro. A diferença é apenas conceitual e será, certamente, bem-esclarecida pela professora Lydia Ferreira.


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domingo, 5 de abril de 2015

Seres de muita luz

Há uma crença na Educação brasileira de que aluno significa a=sem e luno=zu, portanto, um ser sem luz. A conclusão só faz sentido quando se toma a origem do termo, sem se fazer correlação com a etimologia. Aluno vem do Latim “Alumnus”, que significa, de acordo com o Dicionário Hauaiss, "criança de peito, lactente, menino, aluno, discípulo". Por outro lado, é derivado do verbo alére, que, de acordo com o mesmo dicionário, significa "fazer aumentar, crescer, desenvolver, nutrir, alimentar, criar, sustentar, produzir, fortalecer etc”. Alunos, portanto, são seres de muita luz. No entanto, creio que o termo mais exato para ser usado, principalmente na Educação Superior, é estudante, aquele que se dedica à apreensão de conhecimento sobre determinada ciência, disciplina ou arte. Muitos usam um termo pelo outro, como se fossem permutáveis. Entendo que não o são. Defendo, portanto, principalmente em se tratando da Pós-graduação, que o termo mais exato, e não o mais correto, seja estudante.


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A soberba de alguns na Escola

Transformou-se em viral um vídeo gravado por uma estudante da, talvez, mais tradicional escola de Inglês de Manaus no qual ela, a quem filma, faz gracejos e chega a chamar a atenção de um colega agressor, aos risos, de que ele iria matar o garoto, iria quebrar o pescoço do garoto. Descobre-se, depois, que, além de tudo, o agredido era um autista. O vídeo demonstra a soberba de alguns jovens que se consideram donos do mundo. Não possuem limites e pensam que agredir um colega da forma que aquela criança foi agredida é mais uma de suas brincadeiras. E qual foi o crime do colega para merecer tamanho castigo? Pegara um pirulito jogado ao chão que, ao que parece, pelas imagens, seria do agressor. Qualquer que fosse o motivo, não estudante tem o direito de agredir o outro como mostram as cenas. O fato demonstra a responsabilidade coletiva pela Educação, em todos os níveis, como sempre fazemos questão de alertar neste espaço. Pais soberbos em conjunto com professores soberbos terminam por gerar estudantes soberbos.

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OBS: Post do dia 04/04/2015

sexta-feira, 3 de abril de 2015

O Estado sem preconceitos

Fico a me perguntar se não há um equívoco gravíssimo e, pelo jeito, incorrigível, no Brasil: o preconceito impregnado nas instituições. Vejamos um exemplo: se me candidato a senador da república, por exemplo, não posso, jamais, no Senado, defender crenças pessoais, crenças particulares. Ainda que eu seja católico, protestante ou do candomblé, no exercício do mandato, por dever ético e correção, teria o dever de defendo o estado laico e a liberdade plena de crença ou, até, no limite, a crença nenhuma. E uma pessoa optar por ser ateu, por exemplo, não cabe ao estado julgá-la ou condená-la na Terra. Muito menos ao Senado ou ao Congresso. Para quem acredita em Deus, que esta pessoa seja condenada ou não por Deus. Por mais ninguém. Em não sendo assim, entra-se numa disputa que desvirtua a função precípua de um Congresso. E, que parece, ocorre hoje no Brasil. Em particular, cada um de nós pode ter as suas crenças. No exercício de uma função pública, temos o dever de defender a laicidade.


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quinta-feira, 2 de abril de 2015

Educar para a participação

Educar não é enquadrar. Não é colocar em moldes. Não é transformar as pessoas em reacionários. Em pessoas com um único modo de ver o mundo. Nesse sentido, o Brasil precisa de uma mudança radical na perspectiva do olhar que o que seja educar. Essa mudança, porém, tem de começar no núcleo familiar. É nele que temos o coração do autoritarismo, do machismo e de outros “ismos” da sociedade brasileira. É preciso que sejamos democráticos em casa para que nossos filhos consigam, verdadeiramente, viver e entender a democracia. Em não sendo assim, é bem possível que, em breve, tenhamos mais pessoas nas ruas pedindo a volta dos militares. A vida em democracia não é fácil. Depende de comprometimento e participação permanentes. E isso não se consegue em um passe de mágica. É um doloroso exercício diária de embates, convencimentos e comprometimentos. Porém, só assim, se pode mudar a própria estrutura de poder baseada na exploração das dependências que existe no País.


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Ações pedagógicas sobre as normas

Há, na universidade brasileira, uma espécie de preconceito em relação aos regimentos e normas. Acontece que na vida como na escola, não se vive em sociedade sem regimento, normas e regras. Ainda que elas não estejam explícitas, escritas. Ao que parece, antes das ações pedagógicas tradicionais, cabe a uma universidade ter algum tipo de “ação pedagógica” a respeito das normas a fim de que as pessoas que fazem parte da comunidade sejam convencidas a segui-las e não apenas a cumpri-las. Uma norma, um regimento, um regulamento, quaisquer que sejam as leis, devem ser aceitas para serem bem-sucedidas. Mas, para serem aceitas, devem ser conhecidas e, digamos, reconhecidas. Portanto, devem fazer parte da cultura da instituição. Só assim contribuirão verdadeiramente para o bom funcionamento administrativo.

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OBS: Post do dia 01/04/2015