quarta-feira, 30 de setembro de 2015

O retorno de Mercadante ao MEC

O anúncio de que o ministro Aloizio Mercadante deixa a Casa Civil e retorna ao Ministério da Educação (MEC) aponta para duas certezas: a primeira é que o filósofo Renato Janine Ribeiro, recebido com júbilo pelos cientistas brasileiros pelo seu pensamento e trajetória, não emplacou. Eu que o saudei como um sopro de renovação diante da desastrada administração de Cid Gomes, no dia 06 de setembro, publiquei, aqui neste mesmo espaço, uma postagem denominada “O ministro que não ministra”. Janine mante-se impávido durante a greve dos professores e técnicos das universidades, como se nada fosse com ele. Falhou política e administrativamente. Deve ter sido um dos motivos da queda. O outro, certamente, foi a necessidade de a presidente Dilma Roussef (PT) ter de encontrar um lugar para um velho aliado em apuros. Eis a outra certeza: Rousseff protege ferozmente seus escudeiros. Mercadante é um deles. Os fatos parecem revelar, contudo, que tanto o ministério, quando a própria Educação, parecem significar muito menos que os discursos e lemas do Governo.


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terça-feira, 29 de setembro de 2015

Servidores federais retornam ao trabalho

A Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), após um embate de mais de 100 dias com o Governo Federal, assinou acordos com o Ministério do Planejamento e Gestão (MPOG) que marcam o retorno ao trabalho de aproximadamente 500 mil servidores federais a partir de amanhã. Os documentos assinados garantem que o índice de aumento vai incidir sobre o Vencimento Básico (VB). Pelo que ficou acertado, haverá paridade entre ativos, aposentados e pensionistas. A Condseef assegura que a proposta será firmada com servidores do Plano Geral de Cargos do Poder Executivo (PGPE), anistiados, administrativos da AGU, Pecfaz, servidores do Hospital das Forças Armadas, Imprensa Nacional, Embratur, administrativos da Polícia Rodoviária Federal e Polícia Federal de leis específicas, Funai, Secretaria de Patrimônio da União e agentes de combate a endemias. Também assinaram acordo os representantes dos servidores do INSS, que retomam o trabalho na quarta-feira.


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segunda-feira, 28 de setembro de 2015

A cobrança de mensalidades nas federais

Ingressei na Universidade Federal do Amazonas (UFAM), como estudante do curso de Comunicação Social, habilitação em Jornalismo, no ano de 1985. Desde aquela época, os cursos de especialização eram ofertados. Uns pagos, outros gratuitos. Até hoje, ao que se sabe, a cobrança das mensalidades nos cursos de Especialização é feita, digamos, “no limbo”. As atividades de extensão ditas “autossustentáveis” também existem há anos. Sem, no entanto, nenhuma lei que proíba ou que regulamente tais cobranças. Demonstrar surpresa com o processo de regulamentação dessas cobranças, se não é má-fé, é, no mínimo, uma tentativa de manipular a opinião pública em geral, e os estudantes universitários em particular. O que se tem em curso no Congresso, nada mais é de o que a regulamentação de algo feito até hoje, sem nenhum tipo de regra. E quando as regras não são claras sobre determinado tipo de prática, muitos ganham e as instituições perdem. Os inúmeros cursos de especialização pagos nas Federais, geram poucos benefícios institucionais e funcionam como uma espécie de complementação salarial de alguns. A quem interessa que continuem como estão? Seria interessante termos respostas concretas. Mas, não as tenho!


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domingo, 27 de setembro de 2015

CONSUNI atacado duas vezes

É inegável que o Conselho Universitário (CONSUNI) da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) foi atacado ao ser impedido de deliberar sobre o Calendário Acadêmico de 2015 por conta da “judicialização da greve”. Por todos os meios, os dois sindicados existentes na UFAM tentaram impor, na marra, o que desejavam. Enquanto tentavam uma decisão, digamos, democrática, também foram à justiça federal. Sofreram uma derrota fragorosa. Apostaram em uma vitória no CONSUNI. Também foram derrotados em duas votações. Sem nenhum pudor, depois de perderem em duas instâncias, passaram a atacar a Reitoria da UFAM: a decisão de suspender as discussões por falta de acordo e de enviar o resultado do trabalho da Comissão, na reunião do dia 14 de setembro de 2015 não foi da Reitoria. Foi do CONSUNI, o órgão superior colegiado de maior poder dentro da UFAM. Como foram derrotados, os dois sindicatos resolveram atribuir à Reitoria da UFAM os problemas advindos da decisão. Moral da história: a judicialização da greve só é condenável se for contra os interesses dos sindicados. Da mesma forma, o CONSUNI só deve ser respeitado se as decisões forem favoráveis aos dois sindicatos. Ao incentivar os professores a se rebelaram contra a decisão do CONSUNI, um dos sindicatos demonstra, claramente, a parcialidade com que conduz a “fala coletiva”. No fundo, o CONSUNI foi atacado duas vezes. E fica muito claro: os sindicatos só respeitam o CONSUNI quando as decisões são a eles favoráveis.


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sábado, 26 de setembro de 2015

A greve contra a Reitoria da UFAM

No início do movimento, acreditei que se tratava de uma greve “contra o ajuste fiscal”, pelo “caráter público da universidade” e quetais. Em si, são propostas incapazes de manter uma greve nem por meia hora. Mas, os “movimentos” dos servidores e professores conseguiram ultrapassar mais de 100 dias de greve. Sairão, a partir do dia 30 de setembro, com a “greve mais prolongada da história” e, depois de 115 dias, no caso dos professores, com uma audiência com o Ministro da Educação (MEC) como a maior conquista. Ele dirá o que todos já sabem: não haverá nada além de o que todos já sabemos. Sem meia pauta para tentar convencer os “companheiros”, no Amazonas, passaram a atacar sistematicamente a Administração Superior da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), da qual faço parte. O jogo tem se revelado de uma sordidez que dá nojo e provoca vontade de vomitar. Estive do outro lado. Fui do Comando Local de Greve (CLG). Na época, no entanto, jamais manipulamos dados ou fatos. Em nenhum momento atacamos frontalmente a Reitoria da UFAM. Hoje, ao que parece, há dois grupos para os quais pouco importam as pautas nacionais: estão de olho na Reitoria da UFAM. Possuem um único objetivo: desgastar a Administração atual. Esquecem que, para chegar lá, precisam enfrentar uma consulta pública. E pagarão cada centavo pelas mentiras. A comunidade sabe quem estava “por trás” de cada movimento. E terá discernimento. Posso apostar! A greve é contra a Reitoria da UFAM. Querem desgastar ao máximo quem está no poder hoje como forma de tentar uma mínima chance de chegar lá. Não resistirão. Quem passar do dia 5 de outubro é por pura birra local. O Governo Federal jogou duro e restou quase nada: tentar uma pauta local. A greve contra a Reitoria da UFAM revelou-se um fracasso. Ganhos? Nenhum! Por mais que tentem convencer os companheiros, voltarão ao trabalho absolutamente sem nada. Sair de uma greve completamente desmoralizada é lastimável para uma organização marcada, historicamente, por grandes conquistas.


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sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Com uma mão na frente e outra atrás

Desde a infância ouço o que se convencionou chamar de expressão idiomática “com uma mão na frente e outra atrás”. Das explicações que encontrei, nenhuma foi capaz de me convencer plenamente. Há explicações relacionadas ao fato de o ladrão deixar você “com uma mão na frente e outra atrás”, ou seja, levar tudo (no meu entendimento, inclusive as vestes). Se você disser que o Fulano é um liso, que vive “com uma mão na frente e outra atrás”, você quer reduzi-lo ao mais alto grau de pobreza, modernamente, de vulnerabilidade social. A expressão aplica-se, também, àquela pessoa que entrou em uma disputa com algo, perdeu o que tinha e ainda tiraram mais de o quê se tinha. Diz-se que o Cicrano entrou saiu da disputa “com uma mão na frente e outra atrás”. Com quem reivindica acontece o mesmo: dependendo de o que se pede, a derrota é certa. A saída, no mais das vezes, é “com uma mão na frente e outra atrás”. É como se significasse que o rei está nu. Que o líder levou seus liderados à derrota vergonhosa por um erro de avaliação. Lutar tem dois riscos: perder ou ganhar. Entrar em uma disputa, porém, com a certeza de que a possibilidade de sair “com uma mão na frente e outra atrás” é real não faz sentido. Particularmente, confesso, que sempre associo a imagem a alguém (ou a algum grupo). E quando faço isso, os fatos e a história demonstram que “o rei está nu”. E para sair correndo e esconder a sua vergonha (individual ou coletiva) só existe uma forma: por uma mão na frente e outra atrás, proteger as partes mais “sagradas” do corpo e desandar a correr. É uma forma de tentar demonstrar aos demais uma capacidade de reagir que não existe. E não há como existe porque as mãos estão ocupadas, Avaliar criteriosa e friamente uma conjuntura é crucial para se entrar em uma disputa. Sob pena de ao final, você ter de atravessar a cidade “com uma mão na frente e outra atrás”, mas, nem poder levantar o punho para comemorar sob pena de todos perceberem a nudez que se tenta esconder.


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quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Impor não é negociar

Tenho visto a série “Pablo Escobar: el patron del mal”. Nada melhor de o quê aprender, na prática, qual a diferença básica entre “negociar” e “impor”. As negociações do Cartel de Medellin, leia-se Pablo Emilio Escobar Gaviria”, eram baseadas em uma “estratégia” cujo lema era “plata ou plomo”. Em bom Português, “dinheiro ou chumbo”. Em seguida, ameaçava de morte as gerações presentes, passadas e futuras da “vítima da negociação”. No dicionário Michaelis on-line, “impor” é verbo transitivo direto e significa: ”fazer aceitar à força ou com sacrifício; obrigar a cumprir, pagar ou satisfazer. ” Por seu turno, “negociar” significa “celebrar, concluir (tratado ou contrato)”. Celebrar algum tratado só se consegue com base em partes negociadas, em relações de confiança e respeito. É um processo lento que as partes envolvidas abrem mão, de um lado e do outro, em prol de algo maior: o bem-comum, a comunidade. Em assim não sendo, o que se tem é uma tentativa de subjugar, de impor, “de fazer aceitar à força”. Nos dias atuais, parece que se usa uma coisa pela outra. Mas, efetivamente, impor não é, nunca foi nem será sinônimo de negociar.


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quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Até o Mestrado Profissional poderá ser pago

A prevalecer, digamos, “o andar da carruagem”, até os cursos de Mestrado Profissional poderão ser liberados para a cobrança de mensalidades pelas universidades públicas. A PEC 395/14, em tramitação na Câmara dos Deputados, “especifica que o ensino superior na rede pública será gratuito apenas nos cursos regulares de graduação, mestrado e doutorado.” Com a especificação claramente definida, o objetivo da Câmara é excluir do princípio constitucional da gratuidade do ensino os cursos de extensão universitária e aperfeiçoamento. Não será de se estranhar, porém, que o Mestrado Profissional também seja tipificado e passe a ser admissível a cobrança de mensalidades para a oferta destes tipos de cursos. Ao que tudo indica, amanhã, dia 24, a matéria será examinada em plenário. Por enquanto, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) já aprovou o que foi proposto.


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terça-feira, 22 de setembro de 2015

Fasubra aponta recuo estratégico: fim da greve?

O Comando Nacional de Greve (CNG) da Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior do Brasil (Fasubra) encaminhou às assembleias um documento intitulado Quase 120 dias em greve! A maior greve da história da FASUBRA enfrenta o ajuste fiscal do Governo Dilma.” O documento faz uma análise de conjuntura e encaminha recomendações às assembleias. Eis o trecho final:
“O momento é adequado para o recuo estratégico, arregimentando forças para a continuidade do combate em outro momento. É importante manter a unidade política do movimento, pois o quadro conjuntural sinaliza para ataques ainda mais duros em breve, que demandarão de nossa categoria capacidade de iniciativa e resistência. Como caracterizamos que não temos mais força para melhorar a proposta que está apresentada na mesa de negociações, cabe ao movimento decidir qual o próximo passo diante de três possíveis cenários: 01- Seguirmos em greve isoladamente na tentativa de melhorar tal proposta, que é de âmbito geral. 02- Recuarmos com a greve e não assinar a proposta por ser uma proposta rebaixada. 03- Assinarmos o acordo, cuja parte econômica foi imposta, e suspender a greve e nos prepararmos para os próximos embates. O CNG/FASUBRA diante desse três possíveis cenários, após um longo debate em relação ao primeiro cenário, avaliou não ser possível melhorar a atual proposta geral apresentada pelo governo aos SPF´s, pois a greve já apresenta nítidos sinais de esgotamento e diante de uma conjuntura desfavorável teríamos que contar nesse momento com uma forte greve tanto da FASUBRA como do funcionalismo e infelizmente após meses em greve, as demais entidades representativas do funcionalismo e a FASUBRA em particular, não apresenta mais essa força. Resta-nos então centralizar o debate sobre suspender a greve e assinar ou não o acordo. Após um longo e exaustivo debate a maioria do CNG/FASUBRA entendeu que seria um equívoco não assinar o acordo e apostar em uma nova greve em 2016, diante do cenário conjuntural colocado.
Inevitavelmente teremos que fazer muita luta e provavelmente uma greve em 2017 (não descartando uma greve em 2016 a depender dos ajustes a serem produzidos pelo Governo) , assinando ou não o acordo agora em 2015. Assim, a pergunta que todos nós precisamos responder é: “Em que patamar de perdas vamos para uma greve em 2017?”. Para que a categoria tenha segurança em responder essa pergunta disponibilizamos para o conhecimento de todas, as tabelas que mostram o impacto em relação as perdas em caso de assinatura do acordo e em caso de não assinarmos.”
OBS: Não publicaremos as tabelas, que podem ser lidas por meio do link já disponibilizado neste blog.


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segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Agilidade e flexibilidade vigiadas

Desde a infância, ouço reclamações exacerbadas relativas à burocracia brasileira. Ao ingressar na Universidade Federal do Amazonas (UFAM), em 1985, como estudante do curso de Comunicação Social, habilitação em Jornalismo, prometi a mim mesmo que usaria tudo o que tivesse de forças para enfrentar a burocracia paralisante do serviço público. Consegui pouco como estudante, até 1992, quando me graduei em Licenciatura em Letras, o segundo curso. Em 1993, ingressei como professor, no curso de Comunicação Social. Seis meses depois, era escolhido, em consulta popular, o Chefe de Departamento. Depois, fui coordenador de curso, coordenador do Programa de Pós-graduação em Ciências da Comunicação (PPGCCOM) por quatro anos e, em julho de 2013, aceitei o desafio a mim proposto pela então reitora reeleita, Márcia Perales Mendes Silva, de ser o gestor da Pós-graduação da Instituição. Laçamos aos coordenadores e coordenadoras de Programas de Pós-graduação um desafio conjunto: tornar Pós-graduação da UFAM, ágil, flexível e de qualidade. No meio do ano passado, após um ano de discussões, aprovamos um conjunto de resoluções que, pelo menos, no papel, dão agilidade e flexibilidade à Pós-graduação da UFAM. Recentemente, porém, ouvi de um dos professores: ”você quer desburocratizar a Pós da Instituição, nós queremos que nos digam o que devemos fazer”. Entendi bem o recado: agilidade e flexibilidade sim, desde que, vigiadas. Decepcionante para mim, mas, é a realidade!


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domingo, 20 de setembro de 2015

Para mais confusão

Como se não bastassem todas as bobagens já perpetradas recentemente, ou anunciadas como parte do pacote fiscal, o Governo Federal me sai com outra “confusão”, sem nenhum perdão pelo trocadilho. Não se sabe se alguém responsável pela reforma administrativa do Governo José Melo passou alguma dica ao Governo Federal sobre a fusão da Secretaria de Estado da Ciência e Tecnologia (SECTI) com a Secretaria de Estado do Planejamento, mas, o certo é que lá pelas bandas de Brasília, baixou algum jerico. Simplesmente, como forma de cortar gastos, o Governo pensa em fundir o Conselho de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) com a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Pois vejam só, se o objetivo do Governo Federal é criar confusão e voltar contra si a fúria dos cientistas do País, tenho uma ideia ainda melhor: que tal incluir no processo de fusão o Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anysio Teixeira (INEP)? A reação seria ainda maior. E, talvez, o objetivo de liquidar de vez a Ciência do País seja alcançado, em “troca” do ajuste fiscal baseado na cartilha do capital internacional.


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sábado, 19 de setembro de 2015

A maturação de um doutor

Qual é o tempo de maturação de um doutor? Sou daqueles que acredita que existem doutor que nasce, cresce, vive e nunca amadurece. É o tipo de pergunta cujas respostas podem ser das mais variadas. Quando ainda não e era o Pró-reitor de Pesquisa e Pós-graduação da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), sempre que se discutia a questão da qualidade dos programas de Pós-graduação, dizia: ”se eu tiver um professor comprometido, entrego um curso nota 5”. Em primeiro ligar, não basta ser doutor. Durante muitos anos, o doutorado foi uma forma de se “engordar” salários sem a menor correlação com a Pós-graduação. Felizmente, parece que esta época foi superada. Não é verdade que se deva ser “produtivista”. Mas também, não é verdade que não se deva produzir nada em tempo algum. Um professor-doutor que não tem responsabilidade e comprometimento com a instituição que atua enxerga o título apenas como mais uma oportunidade de “engordar” o que recebe ao final do mês. A maturação de um doutor não é meramente política ou acadêmica. Precisa ser, também, baseada em o que publica. E isso não pode ser confundido com produtivismo. O que não se pode admitir é um doutor não faça mais nada após receber o título. Muitos dos que atacam o chamado “produtivismo” são professores que saíram para cursar doutorado, usaram os recursos públicos e não defenderam vossas dissertações ou teses. Tivessem o mínimo de coerência, não cobrariam comportamento ética de ninguém. Afinal, cometeram o crime de desídia e não o assume. E são muitos. E não amadureceram. Preferem investir no discurso de que o Estado é o único culpado pelos problemas da Educação no País. Quem sai para fazer um mestrado ou um doutorado e não defende a dissertação ou tese não tem moral para falar de ninguém. É de uma irresponsabilidade que não se pode nem qualificar.


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sexta-feira, 18 de setembro de 2015

As agruras de um gestor

Quase sempre, quase tem de tomar uma decisão administrativa, o professor que existe em você se confronta com o gestor. A máxima “a lei é dura, mas, é lei” deveria ser o guia de quem é gestor. No entanto, o espírito do educador paira sempre sobre os ombros de quem aceita assumir uma tarefa administrativa. Quem é gestor tem a convicção de que é impossível agradar os gregos e os troianos. Quem é professor, mais que isso, educador, opta pela missão de educar tantos os gregos quanto os troianos. E, educar, às vezes, é exatamente aplicar duramente a lei, em caráter didático. Se lutar é pedagógico, gerir também o é. Há, no entanto, uma miopia coletiva: quem é gestor é sempre contra a coletividade. É como se o governo existisse para ser contra a maioria. Mas, se assim o é, como se faz a opção preferencial pela democracia e, em seguida, assume-se a filosofia de “o quanto pior melhor? ” Há uma esquizofrenia coletiva cujo objetivo é destruir quem estiver no poder. A presidente Dilma Rousseff (PT) que o diga. Ela e quem for gestor neste país.


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quinta-feira, 17 de setembro de 2015

O padrão da era das cavernas

Em educação, muito se fala em Teoria da Complexidade, Nova Ciência e quetais. Mas, no fundo, o ser humano adora, necessita, logo, não sabe viver sem padrão. É óbvio que tudo na vida é diferente, nenhum dia é igual ao outro, que a única certeza é a morte, no entanto, agendamos sempre o mesmo dia para jogar futebol com os amigos, tomar cervejas, jogar dominó... e por aí vai. O novo causa medo e, na maioria das vezes, por desconfiança, por apostar nas certezas, deixamos boas ideias morrerem. Fala-se muito em inovação em todas as culturas hoje em dia. No entanto, como ser inovador se queremos as coisas repetitivas, padronizadas? Fazer hoje o que se fez há dez anos, defender ideias que cheiram a mofo é um exemplo desta nossa incapacidade de inovar em coisas básicas, do dia a dia. Ou extrapolamos este nosso muro mental e cultural ou voltaremos à época das cavernas.


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quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Mudança radical na Educação Básica

O Ministério da Educação (MEC) apresentou a proposta de currículo único para a Educação Básica do País. Serão realizadas audiências públicas até dezembro para que, das discussões e propostas apresentadas, se tenha uma base para a Educação no País. A ideia basilar da proposta é que a Educação Básica seja dividida em quatro grandes eixos, Linguagens, Matemática, Ciências da Natureza e Ciências Humanas, como já ocorre no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). Cada uma dessas grandes áreas será desdobrada em disciplinas. De toda a estrutura, 60% será única e 40% poderá ser regionalizada. Reconhecer diferenças regionais e a complexa diversidade cultural brasileira é fundamental, no entanto, não se pode fazer uma Educação de qualidade sem que haja uma estrutura básica pré-definida. Caso não sofra grandes modificações, a proposta do MEC poderá mudar radicalmente não apenas a Educação Básica, mas, a Educação brasileira em todos os níveis.


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terça-feira, 15 de setembro de 2015

Um governo sem rumo

É quase impossível acreditar que o Governo Dilma Rousseff (PT) esteja tão completamente sem rumo a ponto de lançar as últimas medidas, que mais parecem ameaças, aos trabalhadores brasileiros, especialmente aos Servidores Públicos Federais em greve. Quando as negociações davam a impressão que avançavam, vem o governo com um complemento ao ajuste fiscal já anunciado, que cortou R$ 9 bilhões da Educação. E, pasmem, leitores e leitoras, traz de volta a CPMF, adia o reajuste já negociado com os servidores públicos somente para agosto do ano que vem e ainda paira no ar a ameaça de congelamento dos salários. Será que não há, neste Governo, alguém que veja um palmo além do nariz? Se não é uma aposta no desgaste de quem está há mais de 100 dias em greve, é uma miopia inaceitável. Nenhum de nós quebrou o País. Pedir a compreensão e o sacrifício de todos, inclusive dos mais ricos, talvez seja até aceitável. Impor sacrifício tamanho aos trabalhadores em geral é mais um indicador de um governo completamente sem rumo.


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segunda-feira, 14 de setembro de 2015

A mídia que quer governar

O editorial de ontem do jornal Folha de S. Paulo, denominado “Última chance”, mais parece um ultimato à presidente Dilma Rousseff (PT). Para aqueles que não viveram nem os anos de chumbo do regime militar, nem os momentos que o antecederam, é como se a história se repetisse e a Folha fosse uma voz da mídia, como em 1964, quando chamou a ditadura de “ditabranda”. A mídia completamente livre como o é hoje parece ter dado a ela (mídia) o poder extremo de governar. Se não o deu, a fez tentar usurpá-lo desavergonhadamente. Pôr a presidente da República Federativa do Brasil nas cordas e tentar dizer o que ela deve ou não fazer é, no mínimo, uma arrogância sem tamanho, para não se dizer outra coisa. Em todos os níveis parece acontecer o mesmo: tentam manipular a opinião pública por meio da mídia ou governar no lugar de quem foi eleito. Talvez esta seja mais uma face do “Anacronismo democrático” ao qual me referi ontem aqui neste mesmo espaço.


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domingo, 13 de setembro de 2015

Anacronismo democrático

Quando ingressei na Universidade Federal do Amazonas (UFAM), em 1985, ainda como estudante de Comunicação Social, habilitação em Jornalismo, acreditava, piamente, ter ingressado em um espaço plenamente democrático, no qual as ideias divergentes, ao invés de serem vistas negativamente, eram exaltadas, reconhecidas e incentivadas por ser, ao meu ver adolescente, o combustível da própria vida universitária. O tempo, os fatos, a vida e a carreira como professor da Instituição me fizeram ver que se tratava de um engano dos maiores. O espaço democrático para ideias divergentes é uma fachada. O que se quer, em alguns casos, é impor uma única verdade: a dita verdade coletiva. É um centralismo democrático, um anacronismo democrático, travestido de “vontade coletiva”. A coletividade é muito maior que alguns indivíduos que dela se apropriam e a manipulam. Ainda bem que nem sempre todos se submetem. Combater as desigualdades não significa pensamento único. A pior das desigualdades é querer subjugar uma comunidade em torno de um pensamento único. Não me submeti, não me submeto, não me submeterei.


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Crise afeta a pesquisa brasileira

A presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Helena Nader, afirma que a Ciência brasileira vive a pior crise nos últimos 20 anos. Com o ajuste fiscal, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) sofreu um corte de 25%. No Ministério da Educação (MEC), o corte foi de 9%. A SBPC também reclama, mesmo antes do ajuste fiscal, dos R$ 2,5 bilhões retirados do Fundo de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) para pagamentos de bolsas do programa Ciência sem Fronteiras. O problema é que os cortes afetaram as agências federais de fomento, como a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), e as agências estaduais, como a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM). A queda na arrecadação afeta, de forma direta e indireta, todos os setores, inclusive, a Pesquisa no País. Principalmente porque o financiamento da Pesquisa, no Brasil, é integralmente estatal. A continuar neste ritmo, até os Centros de Pesquisa, Laboratórios e quetais que possuem convênios com a iniciativa privada terão verbas cortadas. A crise na economia termina por afetar a todos nós, ainda que indiretamente.

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OBS: Post do dia 12/09/2015

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

A covardia coletiva levada ao extremo

No dia 23 de agosto de 2015, aqui, neste mesmo espaço, publiquei a postagem denominada “A covardia coletiva”. Ei-la, na íntegra: ”Nitidamente, ao que parece, professores e técnicos tentam induzir estudantes a ocupar as reitorias das universidades, inclusive aquelas, como a da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), cujos estudantes não entraram em greve. É um tipo de covardia coletiva de quem não tem argumentos para enfrentar nem a categoria, que não aceita este tipo de movimento, nem o Ministério Público Federal (MPF), por conta da Lei de Greve. Tanto é legítimo entrar em greve, quanto é direto não o fazer, caso você não seja convencido pelos argumentos de quem faz a greve. Há, no entanto, a crença de que todos são obrigados a aderir, mesmo que a minoria decida fazê-lo. Quem está do outro lado, como administrador, tem o dever de garantir o direito dos dois lados. Há, porém, uma covardia coletiva. Tanto dos que aderem à greve quanto dos que deixam de fazê-lo: querem obrigar os administradores a tomar partido de um ou de outro lado. É a mais covarde das covardias: tentar obrigar um gestor a fazer o que não pode. Há má fé dos dois lados na tentativa de colocar os gestores em posições extremas de conflito com as categorias. Publicar notícias de invasões e compartilhá-las permanentemente com o objetivo de tentar fazer com que os estudantes façam o que, covardemente, não conseguem fazê-los é de uma insensatez inexplicável. Só o fazem os que são fracos de espírito e covardes e que tentam manipular estudantes. Se todos, juntos, tiverem coragem que o façam, mas, que não tentem manipular estudantes. E, ao que parece, é um movimento ardilosamente contido nas notícias e nos compartilhamentos. Que os estudantes não se deixem manipular!”. No dia 31 de agosto de 2015, estudantes acamparam na Reitoria da UFAM. Terá sido mera coincidência?! Não tenho respostas, apenas a suspeita de que, talvez, a covardia coletiva possa ser levada ao extremo. Tomara estar errado na minha suspeita. Para o bem da UFAM e da sociedade.


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quinta-feira, 10 de setembro de 2015

A sabedoria popular que não se explica

Lembro-me, como se fosse hoje, do meu avô, Alfredo Guedes Monteiro, que se foi, nos meus braços, como se a vida fosse um mero sopro. Respirou fundo, ouvi um som mais forte, e parou de respirar. Corri, gritei, “o vovô morreu”. Tinha morrido mesmo. Como um passarinho. Aquele cabelo branquinho, um gosto permanente por me ensinar. O Fredó era a imagem permanente que tenho, até, hoje, da sabedoria. Foi ele que me ensinou, e com ele aconteceu exatamente assim, que quando um doente terminal tem uma melhora absurda e aparente, é porque a morte está próxima. Passei a observar mais acuradamente o que ele me ensinara. É raro que assim não o seja. Em tudo na vida, quando as partes envolvidas tentam demonstrar mais força, é quando arquejam, dão o último suspiro: estão prestes a morrer, a acabar, a decretar o fim. Arroubos, frases feitas, palavras de ordem não passam de claras demonstrações de que o fim está próximo, mas, não se quer (nem se pode admitir). Lutar é uma das coisas mais lindas da vida. Não querer morrer é admirável, mas, todos sabemos: a morte é a única certeza. Logo, o que começa nesta vida terá um fim. Nada é indeterminado. A sabedoria popular não se explica. Começa a observar mais acuradamente e verás: quanto mais se tenta demonstrar forças é porque nenhuma força se tem mais.


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quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Nem vencedores nem vencidos

Não sei qual será o destino que a Comissão retirada em reunião do Conselho Universitário (Consuni) da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) apontará na nova reunião prevista para o dia 14. Só sei de uma coisa: é preciso que a Instituição seja posta acima de qualquer desavença havida até agora. Só existe verdadeiramente acordo e negociação quando as pessoas desarmam seus espíritos e discutem maduramente o problema, sem se preocupar em resolver o problema a partir do estereótipo de vencedores ou vencidos. Se houver boa vontade de todos os envolvidos no processo, a UFAM sairá mais forte e, o que é mais importante, os estudantes terão o menor prejuízo possível. Em assim não sendo, é pouco provável que se chegue a uma solução segunda-feira. Ao que parece, a comunidade inteira da UFAM aposta em uma saída negociada, sem vencedores nem vencidos, para o bem da própria universidade.


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terça-feira, 8 de setembro de 2015

Disputa por espaço na entrada da Reitoria

O Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Superior do Estado do Amazonas (Sintesam) convocou para amanhã, às 9h, na entrada do Centro Administrativo (a Reitoria) da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), uma Assembleia Geral. Muito provavelmente para discutir a proposta feita pelo Governo Federal, que começou a fechar os primeiros acordos com Servidores Federais em greve no dia 04 de setembro de 2015, sexta-feira. A prevalecer o que a Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef) acertou com o Governo, haverá indicativo de fim da greve. Só não se sabe como ficará a “disputa” por espaço físico na entrada da Reitoria da UFAM, uma vez que estudantes de um dos centros acadêmicos da UFAM, ainda não desfizeram o “acampamento”. Acusam tanto a Administração Superior da UFAM de truculência, mas, ao que parece, a disputa por espaço físico na entrada do prédio da Reitoria demonstra o contrário do que dizem.


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segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Governo fecha acordo com servidores

Desde a sexta-feira, dia 4 de setembro de 2015, o Governo Federal começou a fechar os primeiros acordos com Servidores Federais em greve. As categorias aceitaram a nova proposta do Governo, de 5,5% de reajuste em 2016 e 5,3% em 2017, quando, então novamente o assunto será rediscutido. O que parece ter sido fator decisivo para o fim do impasse foi, justamente, não a mudança nos índices, mas, a possibilidade de uma “nova mesa de negociações” em 2017. De acordo com o Ministério do Planejamento, já sinalizaram em aceitar a proposta a Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), que representa 70% dos servidores civis do Executivo, a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social (CNTSS/CUT) e a Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps), estes últimos representam os trabalhadores das carreiras da Previdência, Saúde, Trabalho e do INSS.


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domingo, 6 de setembro de 2015

O ministro que não ministra

A chegada do filósofo Renato Janine Ribeiro ao Ministério da Educação (MEC) foi saudada por muitos como um sopro de vigor ao combalido Governo Dilma Rousseff (PT). Até agora, Ribeiro não passa nem de sopro. A greve de professores das universidades federias ameaça chegar aos 90 dias e nem sinal do ministro. No MEC, só se ouve os nomes do secretário-executivo, Luiz Cláudio Costa, ou do Secretário de Educação Superior (SeSU), Jusualdo Pereira Farias. O ministro mais parece uma Rainha da Inglaterra da Pátria Educadora. Confesso que até eu me enganei com a grife Janine Ribeiro. No entanto, gostaria muito que ele não estivesse apenas no ministério, mas, o assumisse para valer, pois, ao meu ver, até agora, não o fez. Em um momento destes de crise aguda, com cortes de R$ 9 bilhões no Orçamento do MEC, o que a Educação menos precisa é de um ministro omisso. Não demora e começaremos a sentir saudades do Cid Gomes, que foi uma nulidade no Ministério.


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sábado, 5 de setembro de 2015

O exercício diário de ser calhorda

Os últimos episódios dos quais participei, como observador, fizeram-me acreditar em uma única verdade: viver em sociedade é ser permanentemente um canastrão, ou seja, um péssimo ator. As pessoas fingem tão mal, representam com tanta inépcia que não seria nada anormal dizer que a vida em sociedade é um exercício diário de ser calhorda. No dicionário, calhorda é “Desprezível, sem caráter, que causa nojo e repulsa. Um sujeito que não se importa com as outras pessoas, ilude e engana.” É sinônimo de “nojento, repulsivo, escroto, desprezível, ignóbil, biltre, sórdido, torpe, ananicado, fúfio, baixo, miserável, infame, indigno, pífio, à-toa, somenos, ignominioso, abjeto, refece, ordinário, vilão, vil, asqueroso, contemptível, mísero, reles, soez, desprezável, pulha”. Haja adjetivo! Ainda assim, para manter a paz, a vida em sociedade, o respeito às diferenças, você é obrigado a cumprimentar educadamente cada ser que, no fundo da alma, você gostaria de externar todos os adjetivos possíveis para a figura. A vida em sociedade requer o pleno exercício da arte de fingir. Dizer o que pensa em todos os momentos é ser excluído aos poucos. O se aprender a viver em sociedade, ou se aprende a ser péssimo ator, ou você será um zumbi dentro de qualquer grupo. Triste e ignóbil realidade!


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Autonomia fast food

No dia 30 de agosto de 2015, aqui, neste mesmo espaço, posicionei-me veemente contra o “Jornalismo fast food de Manaus” por considerar que, a prática, em Manaus, é de um “jornalismo de conveniência”. A mesma lógica pode ser aplicada, com todas as letras, para a autonomia universitária, tão “bravamente defendida”: não passa de uma autonomia da conveniência, portanto, uma “autonomia fast food”: servida da forma como for conveniente ao freguês. Na última reunião do Conselho Universitário da UFAM, realizada ontem, dia 03 de setembro de 2015, quando se discutia alternativas para o Calendário Acadêmico, ouvi uma professora, teatralmente quase chorar e dizer que tinha vergonha de encarar os colegas professores que “judicializaram a greve”. Confesso, as lágrimas quase brotaram em meus olhos. Porque, no fundo, também concordo que em uma universidade verdadeiramente madura, as decisões devem ser tomadas em seus conselhos e, só após, as pessoas devem recorrer à justiça, caso se consideram prejudicas. Se uma pessoa vai à justiça porque se considera vilipendiada em seus direitos, nunca considerei isso um problema, um ataque à autonomia da UFAM e dos seus conselhos. É um caminho natural em um estado democrático de direito. Considero sim, uma extrema violência, por exemplo, o CONSUNI ser impedido de deliberar. Para mim, sempre, é preciso deixar que os conselhos deliberarem e, só depois, como um passo mais natural do mundo, recorrer à justiça. Por isso o discurso da professora me emocionou tanto. Vejo, no entanto, que, ao que parece, está em jogo uma espécie de “autonomia fast food”, ou seja, uma autonomia da conveniência: ir à justiça é um grave erro, algo imperdoável, se for contra os meus interesses, mas, se for eu a fazê-lo, é perfeitamente normal e defensável. Se não for o final dos tempos, sou mais besta de o quê imaginava sê-lo!

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OBS: Post do dia 04/09/2015

quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Uma borracha passada na história

Por uma daquelas coincidências inexplicáveis, fui designado para representar a Reitora da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), professora Márcia Perales Mendes Silva, na “Sessão Especial” da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (ALE-AM) em “Homenagem ao 28° Aniversário de Fundação do Jornal Amazonas em Tempo”, hoje, às 11h, no Plenário Ruy Araújo, daquela casa. Fiquem com a sensação de que o “esquecimento” fora proposital. Porque todos os nomes das pessoas que compuseram aquela equipe do número Zero do Amazonas em Tempo foram citadas. É bem possível, e nem prestei atenção nisto à época, que o meu nome não tenha saído mesmo nas matérias especiais da edição do dia 5 de setembro de 1987, que só circulou no dia 7 de setembro (pouca gente deve lembrar deste detalhe). É bem possível que o “temível” Carlos Alberto Honorato ainda lembre quem foi o Editor de Esportes do “Em tempo” na época dele. Tenho certeza de apenas um que não esquece nada, o meu hoje colega professora da UFAM, também colega do Em Tempo, Wilson Nogueira. Os demais, certamente, não lembram. Talvez porque sempre fui avesso ao aulicismo, às bajulações. Em outros tempos, muito provavelmente aquelas pessoas ouviriam um protesto duro por tentarem “passar uma borracha na minha história”. Dois anos como gestor me fizeram aprender que ali, naquele momento, representava a Instituição UFAM. E ninguém pode ou deve ser institucionalmente mal-educado ou grosseiro. Deixo a má-educação e a grosseria para eles com a certeza de que fracassarão se tentarem apagar a mim e a minha história.


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quarta-feira, 2 de setembro de 2015

STF adia decisão sobre ponto de grevistas

Um pedido de vistas do ministro Luís Roberto Barroso adiou a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o corte automático do ponto de servidores públicos grevistas. O relator do processo, Ministro Dias Tofolli, votou pelo desconto dos dias parados. O ministro Edson Fachin considerou que o desconto só pode ocorrer se a greve for considerada abusiva. O ministro Luís Roberto Barroso pediu vistas e adiou a decisão. A Advocacia Geral da União (AGU) entende que, como não existe uma Lei de Greve para os servidores públicos, aplica-se a Lei 7.783. E por esta lei, a se há a interrupção do trabalho, o desconto tem de ser imediato. Entre todos os sindicatos dos servidores públicos federais há o termo de que uma decisão do STF favorável ao corte automático dos salários dos servidores em greve inviabilize o exercício do direito de greve. O STF reconheceu a “repercussão geral do caso”. Isso significa que a decisão a ser tomada servirá como base para futuros processos sobre o assunto. As greves, dependendo do STF, nunca mais serão as mesmas.


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terça-feira, 1 de setembro de 2015

Um olhar diferenciado para a Amazônia

À parte cortes no orçamento e no financeiro da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) é cada vez mais evidente que não se pode ter o mesmo olhar para a Amazônia que se tem para os demais estados do País. Impossível comparar programas de Pós-graduação no interior do Amazônia com programas no interior de São Paulo, por exemplo. A questão não é nos olhar como “coitadinhos”, mas, respeitar as diferenças brutais existentes entre uma região e outra. Asa políticas compensatórias usadas para o Polo Industrial de Manaus (PIM) dão um exemplo de como a região permaneceria se fosse tratada como igual às demais. Assim deve ocorrer em todos os níveis. Não se pode usar a mesma régua quando se sabe que, já no início, as possibilidades de concorrência igual não existem. Há um custo amazônico que faz com que aqui, tudo seja mais caro, entre 30% e 40%. Logo, em qualquer orçamento, em qualquer bolsa, a correção deve ser feita sob pena de as condições de competição não serem iguais, muito embora a régua o seja. Eis a necessidade do olhar diferenciado. Em todos os sentidos.


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