sábado, 26 de setembro de 2015

A greve contra a Reitoria da UFAM

No início do movimento, acreditei que se tratava de uma greve “contra o ajuste fiscal”, pelo “caráter público da universidade” e quetais. Em si, são propostas incapazes de manter uma greve nem por meia hora. Mas, os “movimentos” dos servidores e professores conseguiram ultrapassar mais de 100 dias de greve. Sairão, a partir do dia 30 de setembro, com a “greve mais prolongada da história” e, depois de 115 dias, no caso dos professores, com uma audiência com o Ministro da Educação (MEC) como a maior conquista. Ele dirá o que todos já sabem: não haverá nada além de o que todos já sabemos. Sem meia pauta para tentar convencer os “companheiros”, no Amazonas, passaram a atacar sistematicamente a Administração Superior da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), da qual faço parte. O jogo tem se revelado de uma sordidez que dá nojo e provoca vontade de vomitar. Estive do outro lado. Fui do Comando Local de Greve (CLG). Na época, no entanto, jamais manipulamos dados ou fatos. Em nenhum momento atacamos frontalmente a Reitoria da UFAM. Hoje, ao que parece, há dois grupos para os quais pouco importam as pautas nacionais: estão de olho na Reitoria da UFAM. Possuem um único objetivo: desgastar a Administração atual. Esquecem que, para chegar lá, precisam enfrentar uma consulta pública. E pagarão cada centavo pelas mentiras. A comunidade sabe quem estava “por trás” de cada movimento. E terá discernimento. Posso apostar! A greve é contra a Reitoria da UFAM. Querem desgastar ao máximo quem está no poder hoje como forma de tentar uma mínima chance de chegar lá. Não resistirão. Quem passar do dia 5 de outubro é por pura birra local. O Governo Federal jogou duro e restou quase nada: tentar uma pauta local. A greve contra a Reitoria da UFAM revelou-se um fracasso. Ganhos? Nenhum! Por mais que tentem convencer os companheiros, voltarão ao trabalho absolutamente sem nada. Sair de uma greve completamente desmoralizada é lastimável para uma organização marcada, historicamente, por grandes conquistas.


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