sábado, 28 de fevereiro de 2015

É preciso valorizar os professores

Cansei de ouvir, repetidas vezes, aquela velha piada: o senhor trabalha ou só dá aulas? É como se ministrar aulas não fosse trabalho. Ao invés de se motivo de risos, piadas com conteúdo desse tipo deveriam provocar indignação nas pessoas. No entanto, a reação das pessoas revela o quanto a sociedade desvaloriza e ignora a importância de um professor ou professora para a própria sociedade. Sem valorizar professores e professoras, não se valoriza o futuro. Não se dá importância para quem forma todos os profissionais, inclusive, professores e professoras. Ou a própria sociedade passa a valorizá-los e cobra ações do poder público neste sentido, ou nós, os professores e professoras, seremos permanentemente motivo de piadas de gosto duvidoso.


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

O olhar econômico vence o olhar científico

O pano de fundo para a proposta de extinguir a Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação (SECTI-AM), além das óbvias questões políticas, é algo jamais revelado: o controle dos recursos que, no modelo atual, são distribuídos por mérito científico e que, no novo modelo proposta, passam a se guiar meramente pela lógica econômica. Transformada em Departamento da Secretaria de Estado de Planejamento e Desenvolvimento Econômico (Seplan), a SECTI deixa de ter as decisões balizadas no olhar dos cientistas e pesquisadores e passa e se guiar pela lógica de quem ocupar o cargo de Secretário de Planejamento. Por mais que seja alguém de mente arejada, sempre verá o uso de recursos para Ciência, Tecnologia e Inovação como gasto e não investimento. Acontece que os resultados dos investimentos em Ciência, Tecnologia e Inovação nem sempre são imediatos. E é exatamente este o receio dos pesquisadores e cientistas que reagiram ao fim da SECTI: o receio que o mérito acadêmico seja substituído pela lógica econômica ou simplesmente, de modo mais raso, pela “lógica dos amigos do Rei”. Ciência, Tecnologia e Inovação, pelo que representam para o desenvolvimento do País e do Estado, não podem ser transformadas em mero Departamento de uma Secretaria de Planejamento. Se o olhar econômico prevalecer, investir em Ciência, Tecnologia e Inovação será sempre visto como gasto ou “dinheiro jogado fora”.


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Fim da SECTI: uma passo de 10 anos para trás

Das medidas anunciadas pelo governador do Amazonas, José Melo, com o objetivo, digamos, de melhorar a governança do Estado, o maior equívoco é, sem dúvidas, a extinção da Secretária de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação (SECTI-AM). Os “brilhantes” consultores que enganaram a boa-fé do governador argumentam que a “SECTI não foi extinta, mas, transformada em uma Departamento da Secretaria de Estado de Planejamento e Desenvolvimento Econômico (Seplan)”. A visão equivocada dos que prepararam tal plano de “reforma administrativa”, encampada pelo governador, é tentar nos enganar, os pesquisadores, professores e a sociedade, que um departamento da Seplan tem o mesmo valor de uma Secretaria. As mudanças, como a transformação da Agência de Comunicação do Estado do Amazonas (Agecom) em Secretaria de Estado da Comunicação (Secom) deixam claro uma coisa: para este governo, é estratégico investir na propaganda estatal e não em Ciência, Tecnologia e Inovação. No mais, é uma discussão que não leva a lugar nenhum se o governador não for convencido do equívoco histórico que comete. Inclusive porque, hoje, justamente hoje, o Congresso Nacional promulgou a emenda constitucional 85, que incentiva Ciência, Tecnologia e Inovação. Momento histórico pior não haveria para se tomar uma decisão tão equivocada. Talvez Melo tenha sido convencido de que, às vezes, na vida, se precisa dar dois passos para trás a fim de se avançar. O problema é que a decisão anunciada significa um retrocesso de 10 anos, justamente quando o Estado do Amazonas ocupa o quarto lugar nos investimentos em Ciência, Tecnologia e Inovação. Extinguir a SECTI é assumir, publicamente, que o Amazonas sai oficialmente do Sistema Público Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação. Se a decisão foi tomada apenas por motivos políticos, para extirpar quaisquer rastros do senador Eduardo Braga, que criou a SECTI, e do Partido dos Trabalhadores (PT) que sempre a administrou nos últimos 10 anos, é de uma mesquinharia que não se pode admitir em um governador. Mas, se o governador foi convencido equivocadamente por “gênios” do Planejamento, ainda há tempo de voltar atrás e reconhecer o erro. Caso não, assumirá o equívoco e será cobrado pela própria história como o governador que destruiu todo o Sistema de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado. Meus pêsames! OBS: se a máquina de propaganda oficial já estiver montada, certamente, tentarão provar que quem está equivocada sou eu. Bom para ir logo me acostumando com o que virá.


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Apreensões requentadas na Pós-graduação

Há, no Brasil, uma visão completamente equivocada de que ao ingressar nos programas de Pós-graduação, todos os estudantes, independentemente da sua condição socioeconômica, devem receber bolsas de estudo das agências de fomento. Trata-se de uma visão tão equivocada a ponto de “gerar apreensão entre pesquisadores” quando matérias requentadas, de 2011, são republicadas nas redes sócias e as pessoas as compartilham sem o menor critério. A matéria compartilhada hoje, como se o assunto fosse atual, é do dia 12 de maio de 2011. O que se quis foi, com a matéria, associar ao o corte de bolsas, ao corte no Orçamento para a Educação. Mas, como a própria matéria deixa bem claro, não há nenhuma relação entre um fato e outro. A matéria se refere a uma nota conjunta publicada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) que autoriza exatamente o contrário do que se apregoa: que estudantes de Pós-graduação possam manter a bolsa e o vínculo empregatício, desde que a atividade esteja relacionada com a sua área de atuação profissional e o seu trabalho de pesquisa. As apreensões, portanto, são extremamente requentadas.


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Compromisso e comprometimento

No serviço público brasileiro e, principalmente na Educação, mais ainda na Educação Superior, compromisso e comprometimento são essenciais para que se tenha êxito em quaisquer atividades. Não é possível a implementação de nenhuma política pública relativa ao setor sem que haja comprometimento dos envolvidos. E, para que fique bem claro, os envolvidos não são apenas os professores e professoras: são os técnicos que fazem os serviços de apoio e, com toda a certeza, os estudantes. Portanto, sem que haja comprometimento e compromisso de todos os envolvidos, não se consegue uma Educação Superior de qualidade. E isso não se consegue sem que haja uma mudança cultural profunda nas relações de trabalho e nas relações pedagógicas. E, em todos os níveis. Só assim se terá uma Educação de qualidade.


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

domingo, 22 de fevereiro de 2015

Governança e conformidade na Educação Superior

Na postagem de ontem, “Governança e conformidade na gestão”, abordei especificamente o problema da Petrobras relativamente à governança e à conformidade. Creio que precisamos ampliar a discussão sobre os dois temas principalmente na Educação Superior. Nós, os professores e professoras das universidades públicas federais, fizemos a opção de sermos administrados, digamos, por nós mesmos. Combinado com o processo democrático de escolha dos dirigentes, e apenas a se levar em conta o olhar administrativo, cria-se um problema de governança quase impossível de ser resolvido. À parte as exceções, estudantes, professores e técnicos votam para escolher diretores de unidades e uma dupla para ser reitor (ou reitora) e vice. Como os diretores nem sempre possuem a mesma visão administrativa da, digamos, administração superior, cria-se um problema seríssimo de governança. Ou se tem maturidade para que as questões pessoais não superem as questões institucionais ou a governança se nos apresenta fragilizada. Há, também, o problema da conformidade. Em função da autonomia universitária, nem sempre os membros da comunidade universitária, inclusive alguns dirigentes, querem atuar em conformidade com as leis. É mister, portanto, que se discuta com profundidade as questões de governança e conformidade na Educação Superior se, efetivamente, queremos melhorá-la.


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

Governança e conformidade na gestão

Desde o momento que Graça Foster deixou a presidência da Petrobras, imediatamente, a empresa passou a divulgar comerciais com vistas a tentar recuperar a imagem pública, mais do que arranhada pelo escândalo de propina popularmente chamado de Petrolão. Há uma espécie de massacre, ou seja, repetições à mil com a finalidade de exaltar as qualidades da empresa. A repetição constante de uma mensagem termina por fazer valer o conteúdo da mensagem. São técnicas de comunicação que as empresas usam em horas de crise extrema. É o que parece ser a situação da Petrobrás e do próprio comercial posto no ar, inclusive, nas televisões. O mais curioso da peça é trazer para o comercial duas palavras típicas da administração: governança e conformidade. Para o público geral talvez diga pouco. Para quem é da área, trata-se de admitir, publicamente, que a empresa não tinha governança e não trabalhava dentro da “conformidade”. No geral, a mim me parece uma peça desastrosa. Daquelas que ficariam muito melhor se não existissem. Recorrer ao academicismo da governança e da conformidade para tentar recuperar a credibilidade talvez seja o que se pode chamar de tiro no pé.

Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.


OBS: Post do dia 21/02/2015

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Devemos aprender com o MST?

Li recentemente que o Movimento dos Sem Terra (MST) condicionou defender a presidente Dilma Rousseff (PT) a “um novo projeto de Reforma Agrária”. E nós, os professores e educadores que defendemos publicamente a permanência dela no poder, devemos seguir o exemplo do MST e cobrar, ou melhor condicionar, a defesa dela a “um novo projeto de Educação Superior”? Não fosse tal movimento considerado mais do que normal, no Brasil, eu diria que se trata de uma chantagem sem limites. Mas, o que se dizer de um setor que apoiou espontaneamente a reeleição da presidente Dilma e recebeu como prêmio a nomeação de Cid Gomes para o ministério e a retirada de Clelio Campolina do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação? Na política, ao que parece, ou se sobrevive com lobby e chantagem ou se fenece. Chegará um dia, e talvez não esteja tão longe, que os reitores e reitoras das universidades brasileiras, por uma questão de sobrevivência das Instituições que dirigem, talvez tenham de usar métodos similares aos do MST. Não por gostarem, mas, por exigência do ambiente no qual circulam. Ao que parece, é chegada a hora!


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Eternamente de mãos atadas

A sensação que tenho, na Educação Superior brasileira, é que vivemos eternamente de mãos atadas. Reféns. Ou das micropolíticas internas ou das macropolíticas governamentais. E tudo o que se faz é pouco diante dos olhos internos e, menos ainda, diante dos olhos do nosso mantenedor, o Ministério da Educação. Talvez porque, no fundo, o nosso mantenedor, de fato, seja o Ministério da Fazenda em conjunto com o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG). Aí, o nosso próprio mantenedor oficial, o MEC, esteja, também, de mãos atadas. Inclusive, na hora da escolha de quem vai dirigi-lo. No fundo, o MEC é refém das políticas econômicas, que nem sempre “casam” com as políticas educacionais. Daí, prevalece a lógica da economia: deve-se fazer o que é mais barato. Em Educação, Ciência e Tecnologia, no entanto, o Retorno Sobre o Investimento (ROI) não é imediato. Muito menos, em alguns casos, palpável. E se não é palpável, mais ficamos de mãos atadas. A tal autonomia das universidades, no campo financeiro, é mais que relativa. Porque o próprio MEC não a tem. Daí estarmos sempre de pires à mão, em Brasília, a depender da vontade política de um ou outro governante ou ministro. Triste realidade a nossa!


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

A Educação Superior nas mãos da iniciativa privada

Só não vê quem não quer: o Governo de Fernando Henrique Cardoso (FHC) abriu as porteiras e os governos do PT trataram de mantê-las escancaradas à iniciativa privada. A Educação Superior no Brasil está nas mãos da iniciativa privada e ninguém no Governo esconde isso, muito embora nossas lideranças sindicais, tanto dos professores quanto dos reitores das federais, às vezes façam de conta que a política pública não caminha nesta direção. Vejam o que disse o então ministro da Educação, Fernando Haddad, ao mudar as regras do Financiamento Estudantil (Fies), que agora chegou aos estudantes de Mestrado e Doutorado: “o Brasil precisa chegar a 10 milhões de matrículas no ensino superior”. Nem os reitores nem os líderes sindicais ligaram muito para a manifestação. Acontece, porém, que, agora, enquanto os primeiros perdem o sono com o corte no orçamento, os gastos com a iniciativa privada beiram o absurdo. De 2010 a 2014, os gostos com o Fies subiram de R$ 1,1 bilhão para R$ 13,4 bilhões. O ritmo de número de vagas, no entanto, só cai, enquanto o lucro dos grupos privados aumenta estratosfericamente: entre 2003 e 2009 as matrículas aumentaram em 5%. Mas, entre 2009 e 2013, quando a injeção de recursos só aumentou, o número de matriculados caiu para o ritmo médio de 3%. Abram os olhos, brasileiros e brasileiras! O que estão a fazer com a Petrobrás para jogarem-na no lixo e nas mãos da iniciativa privada vão fazer, em breve, com as universidades públicas brasileiras. Aliás, já começaram a fazer! Penso que é hora de ANDES e ANDIFES iniciarem um diálogo maduro sobre o tema. Se é que ainda temos tempo de salvar as Instituições públicas brasileiras. O momento, com o corte brutal do orçamento das universidades brasileiras, é mais grave do que imaginamos. Requer toda a atenção e cuidado! Requer, também, que tenhamos grandeza de espírito para enfrenta-lo. E juntos!


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

O jornalismo que esconde fatos

Que no jornalismo do Amazonas, os fatos só são divulgados se forem de interesse de quem ocupa o poder, é fato. Que o jornalismo brasileiro também perdeu e vergonha e virou um disse-me-disse provinciano, está cada vez mais evidente. É de se perguntar, entre nós, professores e professores de jornalismo, qual foi o nosso erro? Não tenho resposta, só sei que “rola” no mundo um dos maiores escândalos financeiros, o do HSBC, e, aqui entre nós, é como se nada houvesse. Será que os U$ 7 bilhões de recursos de brasileiros ou de quem tem negócios com brasileiros não quer dizer nada? Ou, como entre nós, os brasileiros, sete é conta de mentiroso, não vale a pena divulgar? O jornalismo brasileiro, a cada dia, é capaz de me envergonhar mais. Chego a questionar o próprio trabalho de professor de jornalismo. Será que cumprimos o nosso papel? De que adiantam as escolas de jornalismo se temos uma prática tão condenável e vergonhosa em relação à sociedade? Não tenho respostas, mas, muitas indagações. E uma certeza: é vergonhoso que a grande imprensa brasileira esconda fatos. Ao que parece, o Petrolão não passa da ponta de um iceberg financeiro de proporções internacionais. Mas, como isso não é de interesse de quem quer ver o Governo da presidente Dilma Rousseff (PT) acuado, melhor não mostrar. Vergonhoso o papel da imprensa brasileira!


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Piores cursos de Medicina do Brasil

Na lista dos cinco piores cursos de Medicina do Brasil, por meio da nota obtida no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (ENADE), está um de Manaus. Eis as sete Instituições com piores notas no ENADE. Em todas elas os estudantes obtiveram Nota 1 e as IES tiveram CPC 2:

Universidade Presidente Antônio Carlos - Juiz de Fora (MG)
Centro Universitário Serra dos Órgãos – Teresópolis(RJ)
Universidade Federal do Rio Grande do Sul - Porto Alegre (RS)
Universidade Nilton Lins – Manaus (AM)
Centro Universitário do Espírito Santo – Colatina (ES)
Centro Universitário de Caratinga – Caratinga (MG)
Faculdade Presidente Antônio Carlos - Porto Nacional (TO).

É espantoso que a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) esteja entre as piores, pois, no geral, está entre as melhores federais do Brasil. De acordo com a própria universidade, houve boicote dos estudantes. Vale lembrar que o curso de Medicina da Universidade Federal do Pará (UFPA) também está entre os piores do Brasil, com Nota 3 no ENADE, mas, CPC 2.


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

domingo, 15 de fevereiro de 2015

Aprender com os jovens

Penso que nós, os professores e professoras, talvez devêssemos aprender um pouco com os jovens. Falamos tanto em educar para a autonomia e para a democracia, mas, pelo visto, praticamos pouco o que tanto defendemos. Será que o nosso discurso não é da liberdade, mas, a pedagogia é da opressão? Quando digo que devemos aprender com os jovens, falo no campo da alegria e, às vezes, até da irreverência, sem deixar que se aproxime da irresponsabilidade. O que não podemos é nos afastar em demasia deles, sob pena de o professo educacional fracassar. E não por culpa deles, mas, da nossa sisudez, da nossa inflexibilidade. Pensar o processo de educação como uma cumplicidade de muitos, dentre eles, nós, os professores e professoras, é fundamental para que tenhamos sucesso. Sem que seja assim, atribuiremos sempre o fracasso a eles como se nós fizéssemos tudo “direitinho” e eles não tivessem interesse. Cabe a nós despertar o interesse. E, talvez, aos nos aproximarmos, tenhamos mais chances de acertarmos. Vale a pena experimentar!


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

A caixa de maldades dos professores

Recebi uma meme com os seguintes dizeres (veja a foto a seguir): reunião de professores: vamos marcar todas as provas em uma semana. Resolvi, então, escrever sobre o assunto porque tenho lá minhas dúvidas se muitos colegas professores e professoras não fazem isto: marcam todas as provas para a mesma semana. Certamente, nem precisam fazer reunião para tal. Mas, que todos possuem uma espécie de “caixa de maldades” pronta para ser aberta, não tenho ´duvidas. Por intuição, por mera intuição, pergunto a ti, leitor e leitora, que são estudantes, quantas provas foram marcadas para a quarta-feira de cinzas, para a quinta e para a sexta-feira logo após o Carnaval? Números exatos não tenho, mas, conhecendo meus colegas professores e professoras, não creio que tenham sido poucas. É como se quisessem penalizar os estudantes pelo “tamanho” do feriado pagão no Brasil. Só mesmo por muita maldade!


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.


OBS: Post do dia 14/02/2015

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

A regulamentação da profissão de cientista

Dia desses vi no Facebook uma página de coleta de assinaturas para que seja enviado ao Congresso Nacional um Projeto Popular de Lei que propõe a regulamentação da profissão de cientista. Ser profissional regulamentado ou não, eis a questão. E é nesta seara que farei a minha reflexão. Nós, os cientistas e pesquisadores, devemos ter a profissão regulamentada? Passaríamos a ter um curso de graduação, digamos, “em cientista”? Um bacharelado para formar pesquisadores? Particularmente entendo que em um mundo moderno, da velocidade com que as mudanças ocorrem regulamentar profissões é um atraso sem tamanho. Emperra os avanços do conhecimento e as possibilidades de inovações e aquisição de novos conhecimentos. Não consigo ver o conhecimento preso às caixinhas das corporações profissionais. Já pensarem em a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) se transformar no Sindicato dos Cientistas ou coisa parecida? Não! Eu não estou convencido de que devamos ter a profissão de cientista regulamentada. Creio que o tema deve ser muito mais aprofundado e não pode surgir de uma emenda popular. Seria muito populismo para pouca Ciência.


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Nos tempos da mobilidade estudantil familiar

Sou de uma geração que não havia política pública de mobilidade nenhuma. A única possível era a “mobilidade familiar”: se um membro mais rico da família decidia “trazer alguém para estudar”, estava efetivada a mobilidade estudantil. E foi o que ocorreu comigo: não fosse a bondade de um dos meus primos, que se foi, Alfredo Mansour Bulbol, eu não teria alçado o voo que alcei. O preâmbulo é para voltar ao tema de ontem, “o risco da mobilidade internacional”, e dizer que os riscos existem, inclusive, na mobilidade nacional. E só podem ser minimizados se houver compreensão dos professores e professoras. Se esses conseguirem entender que educar é um ato de amor. De doação e entrega principalmente aos estudantes com problemas, com desempenho crítico. E não aos estudantes academicamente aptos. É dever da escola, portanto, da universidade, cuidar dos seus. Gosto do slogan criado por Moysés Israel para a Universidade Federal do Amazonas (UFAM):”Nosso maior patrimônio”. Mas, o slogan parece ter provocado uma visão distorcida. É preciso ficar claro que o nosso maior patrimônio não é a UFAM em si, mas, os estudantes. E é responsabilidade de qualquer universidade cuidar dos seus estudantes. Sem isso, não há mobilidade familiar nem política pública de mobilidade nacional ou internacional que tenha chances de êxito.


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

O risco da mobilidade internacional

Impressiona, a cada dia, a visão estreita, para não dizer míope, de alguns colegas professores e professoras sobre o papel e a responsabilidade da universidade na vida de um estudante. Ouvi, dia desses, de um colega professor, algo que considero uma aberração: ”o risco de ficar desperiodizado, de perder o período letivo tanto na entrada quanto da saída da mobilidade estudantil é do próprio estudante”. Há muito denomino este tipo de visão de “pedagogia Pilatos”, ou seja, pedagogia do “lavar as mãos”. Por mais que pareça esdruxula para o Século no qual vivemos, tal visão é muito mais presente do que se imagina. Par a um sem número de professores, “a culpa” por não se sair bem nas disciplinas é sempre do estudante. O professor não, ministrou a disciplina e cumpriu a sua obrigação. Cabe ao estudante cumprir a dele. No caso da mobilidade internacional, por exemplo, “quem mandou se meter a fazer mobilidade?” O maior risco da mobilidade internacional talvez não esteja lá fora, mas, aqui dentro das nossas próprias universidades. E é um risco de perspectiva do olhar dos nossos professores e professoras. É de se lamentar, mas, ao mesmo tempo, de se enfrentar tal visão extremamente atrasada.

Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.


OBS: Post do dia 11/02/2015

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

O nivelamento melhora o Ensino

Como durante anos nós, os professores, resistimos ao nivelamento como uma variável fundamental para a melhoria da qualidade do Ensino no Brasil, em todos os níveis, o Senado Federal veio e decidiu por nós. O que era para ser um instrumento didático de melhoria da qualidade do processo de aprendizagem pode se transformar em Lei. O Projeto de Lei do Senado (PLS) Nº 467 de 2012, pretende alterar a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN), Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, e obrigar o “sistema de ensino de identificar os estudantes de baixo rendimento e inseri-los em plano de recuperação”. Entendo que não se deve nem o usar o temo “recuperação”. O que se deve entender é a essência de o que significa uma escola inclusiva, uma escola que se preocupa com os seus estudantes. Tivéssemos sensibilidade e não precisaríamos de uma Lei para exercermos o nosso dever pedagógico de usar o nivelamento (e não a recuperação) como variável didático-pedagógica essencial no processo de aprendizagem. É dever da escola, independentemente de qualquer Lei, usar de todas as estratégias possíveis para que seus estudantes atinjam o nível de excelência desejável para o exercício da cidadania e o exercício profissional. Em suma, o nivelamento melhora o processo de aprendizagem, portanto, o Ensino. Pensemos!


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Urticárias contra a inovação

Ao que parece, existe, no sistema educacional brasileiro, certa resistência à inovação. Vou mais longe, há quem sinta urticárias só de pensar em inovação. Principalmente, em se tratando de inovações no processo de aprendizagem. Tenho a impressão de que isso ocorre porque, quando se trata de inovação, é necessário mais trabalho. Mais suor, mais lágrimas. E nós, os professores e professoras, como seres humanos que somos, resistimos às mudanças. Tendemos a nos posicionar na zona pessoal de conforto. Ao contrário, se queremos uma sociedade viva, com pessoas criativas, não podemos fazê-lo sem que a inovação seja parte do nosso dia a dia. Assim, é fundamental que vençamos a resistência contra a mudança. Sem o gosto pela mudança não há inovação. Sem inovação, não teremos um sistema educacional atraente. E sem um sistema educacional atraente, teremos pessoas frustradas e infelizes. Vencer nossa resistência contra a inovação é essencial para que possamos ter uma educação mais humana e criativa.


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

domingo, 8 de fevereiro de 2015

Nós mais próximos das Mídias Digitais

Se até o Twitter está mais próximo do Facebook, como bem demonstrei na postagem de ontem neste espaço, qual o motivo de nós, os professores e pesquisadores, ainda estarmos longe do Facebook ou do Twitter? Ou, se estamos neles, não os usamos como auxiliar ao processo de aprendizagem? Preconceito ou desconhecimento. Não há outra explicação. E remar contra a maré, com o perdão da rima pobre, é um tiro no pé. Não precisamos mais criar ambientes de aprendizagem específico. Isso pode ser feito em minutos, num grupo aberto ou fechado do próprio Facebook. Só é preciso cuidado exatamente na hora de decidir se o grupo (ou disciplina) será fechado ou aberto. Caso a turma e o professor ainda não tenha tanta maturidade (ou habilidade) para lidar com os percalços de uma disciplina na qual qualquer um pode opinar, melhor que o grupo seja fechado. O próprio professor ou professora insere os estudantes no grupo (matricula e aceita o estudante na disciplina). Não dói, não há nenhum segredo! Bem, um ambiente deste é outra coisa. Precisa haver interação permanente. Docentes e discentes, ou interagem ou o ambiente se torna algo similar à sala de aula tradicional: um silêncio sepulcral. Trazer a nossa sala de aula tradicional para as Mídias Digitais é o salto de qualidade que queremos. Basta fazermos isso!


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

sábado, 7 de fevereiro de 2015

O Twitter mais próximo do Facebook

Talvez o maior sonho do fundador do Facebook, Mark Zukerberger, seja: o Facebook é a própria Internet. A quase totalidade dos teóricos e “analistas de ponta de dedos” aposta que o Facebook não passaria de mais um Orkut da vida, com hora marcada para morrer no futuro. Desde que passei a estudar e a apostar no Facebook como Plataforma, no Programa de Pós-graduação em Ciências da Comunicação (PPGCCOM) da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), alinhei-me ao lado dos poucos que acreditam que o Facebook terá vida mais longa. E reafirmo: tem potencial para ser sim, a própria Internet. Digo isso baseado em fatos, em movimentos da concorrência. Microsoft e Google investem, cada vez mais, em dispositivos e aplicativos que as aproximam do Face. Agora, mais um gigante facebookeia: recebi ontem à noite um comunicado do Twitter incentivando a falar em particular: “Agora você pode mandar mensagens privadas para grupos e todos se sentirão acolhidos, Troque conversas, compartilhe Tweets ou planeje surpresas, tudo de uma só vez e com muitas pessoas”. Acolhimento, compartilhamento, curtição: nada mais Facebook do que tais conceitos. Como o cutucar é parte da essência do Twitter, fica evidente que, à parte os erros ao longo da implantação e os que ainda comete hoje, Zukerberger tinha razão. Para nós, os educadores, o maior desafio é levar tais ferramentas para a sala de aula. Integrá-las não apenas ao espaço físico da sala, mas, ao processo de troca de saberes, de aquisição de conhecimento. O Twitter se aproxima do Facebook. Nós, os educadores e pesquisadores temos de se aproximar dos dois. Assim, estaremos nos aproximando dos nossos estudantes.


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

O maior ganho do SiSU

Desde o início, quando as universidades brasileiras passaram a usar as notas do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) como forma de ingresso, previa que a concorrência nacional exporia as vísceras da má-qualidade da Educação no Amazonas. E que os cursos mais procurados não teriam suas vagas preenchidas por estudantes de Manaus. Não deu outra: Medicina e Direito, na Universidade Federal do Amazonas (UFAM) tem o maior índice de “estrangeiros” quando se analisa o ingresso via Sistema de Seleção Unificada (SiSU). Há um ganho indireto, porém, que, a meu ver, superou todos os problemas que se possa atribuir ao ENEM e ao SiSU: por conta do Exame, juízes de Norte a Sul, Leste a Oeste do Brasil passaram a obrigar as Secretarias de Estado da Educação a expedir o diploma dos estudantes do Ensino Médio que obtiveram êxito no ENEM. Não fossem os gestores educacionais brasileiros tão tradicionais, não se precisaria da mão de um juiz ou juíza. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) é tão cristalina quanto ao tema: estudantes de desempenho excepcionais, em todos os níveis, podem eliminar períodos cursos e disciplinas com a realização de uma prova. Sonho com o dia que a capacidade de dedicação aos estudos seja premiada. Que o desempenho e a excelência do estudante sejam mais valorizados que o engessamento imposto pelos burocratas.


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

O financiamento indireto das particulares

Tenho dito, há tempos, que os governos do Partido dos Trabalhadores (PT), em se tratando da Educação Superior, não muram em uma vírgula a política neoliberal do governo Fernando Henrique Cardoso (FHC). Ao contrário, refinaram um modelo de saída estratégica do Estado do financiamento das Instituições de Educação Superior públicas. O Estados e municípios também acompanharam a política do Governo Federal e, hoje em dia, é possível se encontrar financiamento indireto de estudantes que passam de 50 mil. Não se precisa ser muito inteligente para perceber que, nos três níveis, federal, estadual e municipal, o que se tem é uma política de redução dos custos na Educação Superior. A única variável que se leva em conta é a econômica. O custo por estudante define o investimento e “estamos conversados”. Vencer este tipo de lógica é o desafio. Estamos preparados para enfrenta-lo?

Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

Uma concorrência desigual

É bem provável que nossas lideranças, sindicais e políticas, ainda não tenham percebido que nós, as universidades públicas, travamos uma disputa desigual contra as instituições particulares de Educação Superior. E um traço desta desigualdade fica evidente nos processos decisórios administrativos. Por lei, as instituições de Educação Superior, que públicas, quer particulares, caracterizam-se por decisões colegiadas. Nas públicas, a prática é regra. E, em alguns casos, retarda sobremaneira o processo decisório. E isso se configura em uma fraqueza, do ponto de vista administrativo. Nas particulares, por lei, também deveriam ser decisões colegiadas. Na prática, valem as diretrizes estabelecidas pelos donos ou acionistas. Ainda que existam, para efeito da Lei, os conselhos. Trata-se, portanto, de uma variável importantíssima para o processo de gerenciamento das organizações de educação superior que enfraquece as organizações públicas. Torna a concorrência desigual pois a sociedade não compreende a lerdeza dos processos decisórios nas organizações públicas em confronto com a agilidade nas particulares.

Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.


OBS: Post do dia 04/02/2015

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

As corporações predominam na formação

Por trás do discurso de que devemos “formar para o mercado” na Educação Superior, há um lobby corporativo, nem sempre explícito, na direção da forma meramente técnica, obedecendo os ditames do exercício profissional. Nada além disso. Talvez, por isso, o Ministério da Educação (MEC) não consiga vencer o cúmulo do absurdo que é a pessoa ser formada pelo Sistema de Educação Superior do País, mas, só ser autorizado a exercer a profissão pelas corporações. Uma corporação oficialmente faz isso. Outras tentam, a todo custo, obter o mesmo privilégio. Indiretamente, o que essas corporações dizem é que o Educação superior gerida pelo MEC não e boa. Por isso, é necessário que haja um teste para o exercício legal da profissão. Em alguns casos extremos, as corporações determinam, ainda que indiretamente, a duração e a carga horária dos cursos. E quando isso acontece, não política pública que se sustente. Ainda mais se for voltada para uma formação ampla, para o exercício da cidadania. Enfrentar a pressão corporativa não tem sido uma missão fácil paras as universidades. Muitas delas nem o fazem. É mais uma faceta do que resolvi denominar de perda da autonomia consentida.


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Educar é mais complexo que ensinar

Nós, os professores e professoras, “militamos” na Educação, mas, poucos, se dão ao trabalho de educar. Digamos que somos “ensinadores” que jamais ousam ser educadores. Inclusive porque, muitos de nós, entendem que educar é papel dos pais. Nós, no máximo, devemos ensinar. Em muitos casos, nem isso. Principalmente porque há, na Educação Superior, um grave equívoco: encarar os jovens que chegam às universidades como se fossem capazes, em um passe de mágica, de se transformarem em seres autônomos, maduros e capazes de tomar decisões por si. Se alguns assim chegam, a maioria padece da falta de maturidade. Quando não, nem souberam escolher o curso. Fazem-no com base na oportunidade de ingressar na universidade para, só depois, escolher o caminho profissional. Acontece que as universidades não se adaptaram a esta realidade. Não dão aos estudantes a oportunidade de vivenciar o ambiente acadêmico e, só depois, escolher a direção a seguir. Escolhem com base em um “menu” de cursos pré-determinados. E ao ingressarem para tais cursos, enfrentam dificuldades inimagináveis para mudar de curso. Tudo isso porque, no fundo, para nós, os ditos educadores, devemos apenas ensinar. E não educar. A visão do ensinador é limitada. Centrado nos conteúdos pré-estabelecidos. E não na visão do todo. Nos problemas dos estudantes, nas dificuldades que possuem, que trazem de uma vida escolar anterior. Por isso educar é mais complexo que meramente ensinar. Será que temos consciência dessa diferença?


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

domingo, 1 de fevereiro de 2015

Somos o que os outros pensam de nós

Há um livro de Marketing, ao qual tive acesso quanto cursei Mestrado na Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA-UASP), que mudou a minha vida. Mudou a minha forma de olhar o mundo e para o mundo. Talvez nem seja lá uma grande obra. Mas, foi capaz de virar pelo avesso uma crença introjetada pelos pais, pela família: a de que eu não deveria me preocupar com a opinião das outras pessoas, deveria cuidar da minha vida e pronto. Erro histórico que se repete até os dias atuais. O livro se chama “Posicionamento: a batalha por sua mente”, de Al Ries e Jack Trout. Além de trazerem o conceito de Posicionamento na visão tradicional do Marketing, ou seja, a forma como a empresa (e você também é uma empresa, portanto serve para nós, seres humanos) se apresenta à sociedade, ou seja como ela se vê e se “vende”, há outro tipo de posicionamento crucial, que eles denominam de posicionamento psicológico. É como a empresa (ou, logicamente, você) é visto pela sociedade. E é aí que caem por terra todos os antigos argumentos da família de que não devemos nos importar com ninguém. Não somos apenas o que pensamos ser. Somos, mais que tudo, o que outros pensam de nós. A credibilidade não nasce apenas das nossas atitudes, mas, de o que as pessoas pensam de nós. Ou tomamos consciência disso ou viveremos na redoma de vido do eu para mim mesmo. E feneceremos!


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.