quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Eternamente de mãos atadas

A sensação que tenho, na Educação Superior brasileira, é que vivemos eternamente de mãos atadas. Reféns. Ou das micropolíticas internas ou das macropolíticas governamentais. E tudo o que se faz é pouco diante dos olhos internos e, menos ainda, diante dos olhos do nosso mantenedor, o Ministério da Educação. Talvez porque, no fundo, o nosso mantenedor, de fato, seja o Ministério da Fazenda em conjunto com o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG). Aí, o nosso próprio mantenedor oficial, o MEC, esteja, também, de mãos atadas. Inclusive, na hora da escolha de quem vai dirigi-lo. No fundo, o MEC é refém das políticas econômicas, que nem sempre “casam” com as políticas educacionais. Daí, prevalece a lógica da economia: deve-se fazer o que é mais barato. Em Educação, Ciência e Tecnologia, no entanto, o Retorno Sobre o Investimento (ROI) não é imediato. Muito menos, em alguns casos, palpável. E se não é palpável, mais ficamos de mãos atadas. A tal autonomia das universidades, no campo financeiro, é mais que relativa. Porque o próprio MEC não a tem. Daí estarmos sempre de pires à mão, em Brasília, a depender da vontade política de um ou outro governante ou ministro. Triste realidade a nossa!


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