segunda-feira, 30 de junho de 2014

O financiamento das universidades brasileiras

Meu nível de mercúrio no sangue passa dos limites quando ouço algumas pessoas se referirem às universidades federais em geral, e à Universidade Federal do Amazonas (UFAM), em particular, como se fosse o pior lugar do mundo para se trabalhar e não tivesse oferecesse nenhuma estrutura para que os trabalhos nela fossem desenvolvidos. É como se tudo o que há na instituição não servisse para nada e ela ainda atrapalhasse a captação de recursos externos. Entendo que se precisa, urgentemente, discutir com mais profundidade o modelo que se implanta, gradativamente, no Brasil. Promover uma corrida entre pares pela captação individual de recursos não é o melhor caminho para elevar a qualidade das universidades brasileiras. O processo de captação de recursos externos tem de ser institucional. Não pode ser centrado no pesquisador. Sob pena de se criarem negócios particulares com o uso de infraestrutura financiada com recursos públicos. O assunto tem de ser discutido às claras. E, urgentemente!


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A zona de conforto organizacional

Parece haver uma zona de conforto intransponível quando se pretende implementar mudanças. E, talvez, transpô-la, seja o maior desafio de qualquer administrador público. Não vencê-la também pode ser a maior causa do que denominei ontem de "A angústia de ser gestor". Embora individualmente as pessoas façam discursos pró-mudança, na prática, quando instadas a se manifestar, optam por manter a zona de conforto organizacional. Com isso, não avançam, não optam por mudanças radicais. Assim, a organização se comporta como nós, seus membros, que, no mais das vezes, preferimos sempre a zona de conforto. Há tendência a investirmos em informações que diminuam as incertezas. Há até um dito popular:"Não se deve trocar o certo pelo duvidoso". Quando, na prática, a organização tem o lema como mantra, mudar é quase impossível.

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OBS: Post do dia 29/06/2014

domingo, 29 de junho de 2014

A angústia de se torna gestor

Nas duas vezes que concorri à reitora da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) a maior preocupação que tive sempre foi o fato de, como gestor, não conseguir promover as mudanças necessárias para modernizar a instituição. Hoje, como gestor, exatamente um ano depois, tenho convicção que não conseguiria. Não conseguiria, e, talvez, por isso tenha desistido de concorrer: a universidade, não apena a UFAM, é a mais tradicional das instituições, concorrendo com o exército e com a igreja. O discurso de modernidade é extremamente falso. É ilusório. Não existe, na prática. A maior angústia, quando nos tornamos gestor, é exatamente esta: é impossível se promover qualquer mudança se a coletividade não quiser. Se não abarcar a ideia. Faz parte do aprendizado, portanto, envolver o maior número possível de apoios para a novas ideias. Caso contrário, viveremos momentos de angústia. Que não serão vencidos individualmente.

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OBS: Post do dia 28/06/2014

sábado, 28 de junho de 2014

Não é tão fácil ser liberal

A decisão tomada pela Espanha de encerrar um exame nacional e deixar que as universidades decidam a forma como os estudantes estrangeiros devem ingressar nas universidades espanholas postada ontem, neste espaço, sob o título "Espanha muda forma de ingresso nas universidades", demonstram que não é tão fácil ser liberal. Assim como, não é nada fácil ser pós-moderno. Servem, também, para refletirmos melhor sobre o nosso Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) como única forma de ingresso nas universidades brasileiras. Temos diversidades regionais que devem ser respeitadas. E, respeitá-las, significa ser liberal. E ser liberal não nos permite centralizar políticas nacionais uniformizadoras. Essa é a contração do ENEM que precisamos enfrentar. Sem paixões, mas, com a certeza de que é fundamental deixar que as Universidades decidam o perfil dos estudantes que querem atrair.

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OBS: Post do dia 27/06/2014

quinta-feira, 26 de junho de 2014

Espanha muda forma de ingresso nas universidades

Enquanto, no Brasil, a política pública é tentar consolidar um exame nacional de seleção baseado no O Programme for International Student Assessment (Pisa) - Programa Internacional de Avaliação de Estudantes, a Espanha anuncia o fim do vestibular para estrangeiros. Lá, existe o vestibular unificado para o ingresso de estrangeiros nas universidade do País. Agora, o Ministério da Educação espanhol aboliu o exame nacional e deixou que cada universidade faça o processo de seleção para a escolha dos estrangeiros que nela irão ingressar. A mim me parece um caminho completamente inverso do que ocorre no Brasil, quando a tendência é o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) se tornar um exame nacional para ingresso em todas as universidades públicas do País. Será que não devemos repensar esta tendência com base no que ocorreu na Espanha?


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quarta-feira, 25 de junho de 2014

O papel do professor em sala de aula

A postagem de ontem, denominada "Machismo e intolerância: o poder supremo do professor", neste mesmo espaço, que envolveu a estudante de direito de 20 anos, Maria Clara Bubna, e o seu professor da Universidade Federal do rio de Janeiro (UERJ), empurram-me a retomar o tema. Sem avaliar o mérito do que houve, é certo que vivemos em uma sociedade da informação que as duas versões podem ganhar matizes de verdade. E isso tem de ser pesado por nós, professores e professoras, todas as vezes que partimos para o enfrentamento. Sempre fui um professor que mantive proximidade com os estudantes, talvez tenha exagerado, até, em algumas brincadeiras. Hoje não o faço. A maturidade nos dá a certeza de que há possibilidades de os estudantes, de quaisquer dos sexos, se sentirem ofendidos. E nós, professores e professoras, não temos o direito de ofender ninguém. Precisamos, urgentemente, refletir sobre o nosso papel em sala de aula. Não somos mais os únicos donos do saber. É essencial refletirmos sobre o que falamos, o tipo de humor que praticamos e o que pode provocar nos estudantes. Por outro lado, fico a me perguntar:"o estudante pode optar por deixar de frequentar a sala de aula e compensar o processo de aprendizagem por algo que escolher ao bel prazer? Há graves equívocos no episódio que podem ser avaliados por nós, sem paixão, para tentar melhorar o processo de aprendizagem. Cabe a cada um de nós, professores e professoras, com parcimônia, avaliarmos. Temos boas lições a aprender com o ocorrido.


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terça-feira, 24 de junho de 2014

Machismo e intolerância: o poder supremo do professor

Não tenho como afirmar de qual lado está a razão no que li. Mas, o desabafo da estudante universitária da Faculdade de Direito da Universidade Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Maria Clara Bubna, publicado em um Blog de circulação nacional, demonstra que o machismo e a intolerância, de onde venham, não pode mais ser tolerado. Pelo menos dentro dos moldes do que foi por ela relatado. Se em pleno Século XXI ainda acontecem coisas tão aberrantes quanto as relatadas, só se pode concluir que estamos em um caminho sem volta para o fim do modelo atual de Educação Superior no País. Enquanto não rediscutirmos este formato no qual o poder supremo da sala de aula está centrado na figura do professor (ou da professora), não teremos mudanças estruturais na Educação do País.


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Brigas de líderes enfraquecem sindicatos e federações

As brigas políticas internas, a cada dia, estraçalham os sindicatos e federações que representam as categorias em todas as áreas, principalmente dos trabalhadores em educação do País. Por mais que nos discursos, tanto entre professores quanto técnicos, tenhamos o discurso democrático da convivência, não parece ser a prática mais comum. Pelo menos parece ser este o caso da Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativo em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (FASUBRA). No Facebook as acusações entre correntes são explícitas. A convivência entre os que defendem ideias antagônicas é essencial para a própria sobrevivência das categorias. A partir do momento que as divergências se tornam achaques e ataques pessoais, tendem mais a destruir que a fortalecer as lutas coletivas.

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OBS: Post do dia 23/06/2014

domingo, 22 de junho de 2014

A pedagogia da opressão ainda resiste

Ouço fala de professores (e professoras) a respeito da prática de colegas em sala de aula que reforçam a máxima por mim criada de que a sala de aula é o pior ambiente de aprendizagem a confirma que a pedagogia da opressão resiste ao tempo e às mudanças. Ouvir que ainda existem professores que estabelecem um percentual dos que serão aprovados nas turmas, portando, há um percentual prévio de reprovados, é de causar náuseas. Se queremos mudar a face da educação brasileira, o primeiro passo é não aceitar mais esse tipo de prática e repudiar, veementemente, até os comentários dos colegas a respeito do tema. Enquanto a opressão prevalecer sobre o processo de Educação não teremos avanços!


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sábado, 21 de junho de 2014

Primeiros-socorros na Educação Superior

Hoje, eu, meu filho e minha filha presenciamos uma cena na em que uma pessoa estava praticamente morta e foi ressuscitada em função de massagens torácicas e respiração boca a boca. Depois de uma longa conversa sobre a importância da vida humana, minha filha afirmou:"Papai, na universidade, todos os estudantes deveriam ter um curso de primeiros-socorros". Nem sei se na universidade. Talvez primeiros-socorros fosse um conteúdo essencial para o processo de formação de qualquer ser humano. Isso se a vida fosse, efetivamente, um bem acima de qualquer outro. Salvar vidas deve ser um valor fundamental. E aprender a fazê-lo em situações de emergência, como a que ocorreu hoje, é dever de cada um de nós em relação ao outro. Creio que é necessário avaliarmos a possibilidade. Só quando se passa por uma situação como a que presenciamos se consegue compreender tal necessidade.


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sexta-feira, 20 de junho de 2014

Lições de futebol para a Administração

Sou daqueles que, desde os tempos que conclui meu curso de Mestrado em Administração na Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA-USP), uso o futebol como metáfora para discutir o processo de tomada de decisões na Administração. E esta Copa do Mundo no Brasil demonstra, pelos resultados obtidos até agora por alguns favoritos e pelas surpresas, que o futebol deve ser observado com mais cuidado como forma de se estudar os processos decisórios. E um deles é o mais fundamental: a equipe. Os times ou as seleções devem ser observados atentamente para que tenhamos, pelo menos, modelo para a formação de equipes. Principalmente de equipes vencedoras. E nem sempre, uma equipe vencedora é formada somente por craques. Comprometimento e vontade de vencer são fundamentais. E isso nós temos de observar na formação das equipes.


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quarta-feira, 18 de junho de 2014

A lentidão no processo decisório

Há algo que me incomoda nas universidades brasileiras, problema comum ao serviço público: a decisão no processo decisório que, às vezes, se confunde com ineficiência, ineficácia ou falta de efetividade. Qualquer que seja a definição, fica-se sempre com a impressão de que o setor público é lento demais em tudo. E, talvez, o seja mesmo e tenhamos de tomar decisões para tornar mais ágil o processo de decisão, principalmente de compras. Projetos são suspensos, verbas devolvidas por conta de decisões que devem ser tomadas com base na Lei das Licitações. Não sei se a Lei precisa mudar. O que sei é que se torna muito difícil administrar com tantas decisões, principalmente de compras, emperradas pela burocracia. Algo precisa ser feito para termo mais efetividade no processo de compra no serviço público.


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terça-feira, 17 de junho de 2014

Acelerar em lugar e reter

Está mais do que na hora de, todos nós, que participamos do Sistema Educacional Brasileiro, em todos os níveis, deixarmos de lado o preconceito e aceitarmos, como filosofia, como abordagem didático-pedagógico, a aceleração e não a retenção, como base para o pensamento educacional. Enquanto Paulo Freire é reverenciado, porém, pouco praticado, temos uma Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) que nos permite usar os preceitos freirianos, mas, teimamos em não fazê-lo. Em qual universidade brasileira, por exemplo, se pode, rotineiramente, eliminar períodos por meios de provas? Quem é capaz de acelerar os estudos, caso tenha tempo, sem esbarrar nos limites de créditos impostos pelas próprias universidades? Controlar, reter e reprovar parecem ser verbos do dia-a-dia da educação no País. Mudar este tipo de cultura para que tenhamos agilidade e flexibilidade não parece ser um desafio tão fácil. Não nos custa, porém, pelo menos discutir os problemas desta visão secular de retenção que perdura na Educação brasileira.


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segunda-feira, 16 de junho de 2014

Aulas tradicionais provocam retenção

Os que acompanham meus escritos sobre Educação sabem que tenho uma espécie de mantra: a sala de aula é o pior ambiente de aprendizagem. Hoje, li que o professor Eric Mazur, físico da universidade de Havard, "faz campanha contra aulas tradicionais há 27 anos". Quando falo que a sala de aula é o pior ambiente de aprendizagem não é apenas o aspecto físico, mas, o que simboliza a sala de aula: exatamente a aula tradicional. E foi sobre uma análise feita por um grupo de cientistas que se debruçou sobre 225 métodos de ensino que o físico de Havard se manifestou. No estudo, os professores concluíram que abordagens de ensino que transformam os estudantes em participantes ativos reduzem a reprovação e aumentam as taxas de aprovação em 6%. Paulo Freire nem precisou de pesquisa para constar isso há tempos. Cabe a nós implementar uma mudança radical, ainda que tardia.


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domingo, 15 de junho de 2014

Administrar é gerenciar conflitos

Jamais estive no time daqueles que defendem e acreditam que administrar é gerenciar conflitos. Há momentos, porém, que esta máxima parece se transformar em verdade absoluta. Por mais que a missão e a visão das empresas sejam escritas da forma mais positiva possível, nem sempre o clima organizacional é, digamos, para cima. E quando se trabalha em uma instituição pública de educação, como é o meu caso, há um conflito que, em tese, não poderia ocorrer: entre o interesse público e o privado. Em condições normais de temperatura e pressão é o tipo de conflito que não deveria existir em uma instituição pública. Acontece, porém, que por conta da própria política pública do Governo Federal para a Educação Superior, se criou um modelo misto, que obriga pesquisadores a captar verbas para os seus projetos. Por conta disso, criou-se uma concorrência entre pares que estimula a divisão entre produtivos e não produtivos, assim como surge a divergência entre os interesses privados de alguns que transformaram o espaço público em escritórios particulares de serviços à parte da própria universidade. Talvez este seja o pior conflito a ser administrado atualmente nas universidades brasileiras.


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sábado, 14 de junho de 2014

Cargos de confiança não podem ser eletivos

Avançamos muito na Universidade Federal do Amazonas (UFAM) ao conquistarmos o direito de escolher, pelo voto, ainda que seja por meio de uma consulta, quem a dirigirá. Durante muito tempo, mantive a crença de que toda a equipe do candidato também deveria ser indicada na hora da eleição. Na última disputa da qual participei diretamente, um dos concorrentes bateu o pé (cheguei até a criticá-lo) e não apresentou os nomes dos demais membros da equipe. Ainda assim, chegou ao segundo turno. Nas conversas que tínhamos ele sempre me dizia que um reitor (e ele já o tinha sido uma vez) não poderia se dar ao luxo de submeter os nomes da equipe ao voto porque se tornaria refém da escolha e teria sérias dificuldades em mudar algum dos membros, caso fosse necessário. Tinha razão o colega Nélson Fraiji. Tenho de dar a mão à palmatória. Hoje me parece claro e evidente que um gestor tem de ter o mínimo de autonomia na escolha de seus assessores. Caso não, o caos administrativo se instala. Em qualquer tipo de organização.


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sexta-feira, 13 de junho de 2014

Juiz cassa liminar que reconduziu Lourivaldo do HUGV

O argumento frágil e infundado do ex-diretor do Hospital Universitário Getúlio Vargas (HUGV), Lourivaldo Rodrigues de Souza, aceitos equivocadamente pelo juiz plantonista da Terceira Vara Federal, Ricardo Augusto dos Sales, não prosperaram. O juiz federal convocado, Carlos Augusto Pires Brandão, cassou a liminar que reconduzia o ex-diretor do HUGV ao cargo. A Fundação Universidade do Amazonas (FUA) impetrou Agravo de Instrumento contra a decisão do juiz plantonista  da Terceira Vara Federal e conseguiu reverter a liminar concedida. O juiz convocado não aceitou o argumento de que houve abuso de autoridade por parte da magnífica reitora da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), Márcia Perales Mendes Silva. No julgamento do Agravo, o juiz convocado, Carlos Augusto Pires Brandão, reconhece que, "à luz de uma nova matriz jurídico administrativa, houve um automático rompimento do modelo de administração até então existente". Na decisão, o juiz federal Pires Brandão suspende os efeitos da liminar concedida pelo juiz amazonense e manda que seja comunicado ao juiz concedente e à UFAM.


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quinta-feira, 12 de junho de 2014

O futebol como metáfora da Administração

Sempre que posso, inclusive em sala de aula, uso o futebol como metáfora.O que aconteceu hoje com a Seleção Brasileira talvez reafirme a ideia de que se pode usar sim o futebol como metáfora para analisarmos os problemas que enfrentamos em quaisquer organizações do ponto de vista administrativo. O trabalho do técnico Luis Felipe Scolari em prol do grupo, por exemplo, serve de lição. Manter o jogador Oscar contra tudo e conta todos é apostar no indivíduo que você confia e na equipe, no grupo. Ele foi um dos melhores jogadores. Assim funciona na vida: ou você confia em alguém no grupo e na equipe ou não administra. Olhar o futebol como metáfora é um ponto fundamental para, talvez, termos condições de administrar melhor. É o que parece!


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O sagrado direito à informação pública

Causa-me estranhamento, às vezes irritação, a reação quase que generalizada, no Brasil, principalmente de colegas professores e professoras, ao exercício ao sagrado direito à informação pública. Geralmente defensores vorazes do direito à liberdade, ao acesso à informação pública e quetais, tornam-se insensíveis e reticentes quando se trata de garantir o mesmo direito a quem o solicita se disser respeito ao trabalho desenvolvido em alguma esfera das quais participem. A informação sobre os atos de um servidor público é livre. Direito consignado não apenas pela Constituição Federal de 1988, mas também, reforçado pela Lei de Acesso à Informação (Lei 12.527, de 18 de outubro de 2011). Negar esse direito à alguém a mim me parece mais grave quando cometido por quem, em tese, defende a liberdade como bandeira.

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OBS: Post do dia 11/06/2014

terça-feira, 10 de junho de 2014

A ousadia como oxigênio da Pesquisa

Vivo a me perguntar se não somos caretas demais, se "ainda somos os mesmos e vivemos como nossos pais", quiçá nos bisavós, quando o assunto é a Pesquisa. Além de sermos oprimidos pelas constantes avaliações do pares que se encastelam nas agências reguladoras e de fomento, dobramos os joelhos diante da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e transformamos alguns dos nossos professores de Metodologia da Pesquisa Científica em atuantes fiscais do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro). É isso mesmo, nós, os professores e professoras das universidades brasileiras, transformamos a ABNT em uma espécie de Deusa dos Centímetros e Espaços em Brancos da Pesquisa Brasileira. Criamos um fetiche em favor das medidas a ponto de, em alguns casos, gerarmos anomalias tamanhas relativamente às normas que impedem trabalhos brilhantes do ponto de vista do conteúdo de serem recomendados para publicação porque um dos membros da Banca Examinadora pega a "fita métrica", alguma das inúmeras NBRs e finca o pé que "seguir as Normas da ABNT" é essencial. Talvez devêssemos ser mais ousados e menos apegados às NBRs para melhorar a qualidade das pesquisas no Brasil.


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segunda-feira, 9 de junho de 2014

Estratégico sem ser desonesto

Ao que parece, existe uma confusão generalizada em Administração, principalmente na Administração Pública, em relação ao termo estratégico e ao uso que dele se faz. É perfeitamente possível ser estratégico sem ser desonesto. A crença de que estratégia tem sempre relação com desonestidade precisa ser derrubada. Vivi um tempo, na universidade brasileira, no qual as pessoas abusavam desse tipo de expediente. Quer nas reuniões dos conselhos superiores, quer nas assembleias de estudantes, técnicos e professores, existiam aqueles que eram os últimos a se inscreverem para poder fazer prevalecer suas posições e seus discursos. Aos poucos, "a estratégia" foi descoberta. Tipo de prática deixou de ser corriqueira. Longos e vazios discursos, enxurradas de inscrições, também tinham o objetivo de esvaziar as reuniões ou assembleias a fim de ser aprovado aquilo que as lideranças desejavam. Com a chegada ao poder dos nosso antigos "ídolos" da esquerda, "a estratégia" foi combatida por quem sabia demais como usá-la. Mas, ficou a impressão que para ser estratégico se tem de usar, quase sempre, algum tipo de artimanha. É um desafio vencer esta crença. Cabe a nós, todos, enfrentá-lo.


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domingo, 8 de junho de 2014

A depressão coletiva provocada pela política

Nos últimos anos voltei no Partido dos Trabalhadores (PT). Muito provavelmente votarei de novo. Não o farei, porém, com a mesma convicção de antes. Esperei tanto do PT quando do PC do B, que tivéssemos práticas diametralmente opostas às antigas práticas da Arena e do MDB, que foram herdadas pelo PMDB e pelos nanicos filhotes da Arena que se espalharam por várias siglas, inclusive, alguns dos mais distintos membros do Arenão viraram dirigentes prestigiados do próprio PT. É a dinâmica da política e que cada um faça o que a sua consciência considerar o melhor para a sociedade. E aqui é está o meu ponto de maior discórdia em relação aos partidos que tanto votei: o melhor para a sociedade parece ter se transformado em o melhor para os sócios e parceiros. E isso provocou um gap, uma espécie de depressão coletiva. Uma depressão tão grande que olhamos para trás e a decepção toma o lugar do sonho. E isso nos faz votar por eliminação e não por convicção. Hoje minha utopia transformou-se em agonia. E muito dessa agonia tem o DNA dos partidos e dos ídolos que eles abrigavam: morreram ou se transformaram. E me tornaram parte de uma coletividade que sonha com menos convicção é fé. Estou triste! É triste!


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sábado, 7 de junho de 2014

A ética das relações de trabalho

Não tenho nenhuma dúvida do papel que exercem sindicato de um lado, patrões do outro. No caso do Serviço Público, apesar de existirem gestores nos vários níveis, o patrão é a sociedade. E, tanto de um lado, como membro até do Comando Nacional de Greve (CNG) quanto do outro, como Pró-reitor de Pesquisa e Pós-graduação da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), cheguei à conclusão de que, se temos um objetivo em comum, melhorar a sociedade, é preciso mais ética nas relações de trabalho. Falo isso porque tenho convicção de que se há casos de excessos e abusos dos superiores com Assédio Moral, o que se dizer quem faz um concurso público para um cargo, assina contrato de trabalho e, logo e seguida, desaparece, faz corpo mole ou até não cumpre nem as obrigações mínimas relativas ao cargo. Será que o Assédio Moral só existe do superior para o colaborador? Quando, ao contrário, o servidor não cumpre o mínimo estabelecido no contrato de trabalho, há algum tipo de assédio? Ou seria Assédio Moral às avessas? Não tenho respostas, mas, uma certeza: se houver mais respeito às obrigações (o que se pode chamar de ética) teremos menos tensões nas relações de trabalho.


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sexta-feira, 6 de junho de 2014

A tendência à informalidade no Serviço Público

Há uma tendência à informalidade no serviço público que, se não é ingenuidade, é prática que deve beneficiar, de alguma forma, muita gente. Lembro-me que, quando fiz o meu Mestrado na Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA-USP), ao buscar informações sobre o padrão seguido na teses e dissertações, recebia a seguinte resposta:"siga as normas da casa". Um dia, resolvi tirar a prova dos nove. Fui à biblioteca e solicitei 10 teses e 10 dissertações. Cada uma tinha "um jeito" diferente. As tais "normas da casa" não passavam de lenda urbana acadêmica. E olha que isso ocorria na toda poderosa FEA da USP, lá pelos idos de 1998. De lá para cá, constato que as regras informais são muito mais poderosas do que os estatutos, regimentos e quetais. Sinal de que ainda precisamos avançar muito.


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quinta-feira, 5 de junho de 2014

A visão castradora e os prazos na Educação

Até hoje ainda não sei qual a medida efetiva utilizada pelos burocratas da área de Educação para estabelecer, rigorosamente, o prazo máximo e o prazo mínimo para a conclusão dos cursos de Graduação no Brasil. Por mais que os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) tragam números referentes ao mínimo e ao máximo, acredito que a universidade brasileira, mais uma vez, ao tratar do tema, cai no que convencionei chamar de "perda da autonomia consentida". Tais prazos deveriam ser encarados como diretrizes, não como leis. Afinal, diretrizes não são leis, são caminhos, direções, nada além. Transformar diretrizes em leis faz parte da nossa sanha por "vigiar e punir". Nada é mais antipedagógico do que uma estrutura curricular amarrada em pré-requisitos. O "período ideal" é uma fantasia criada por gestores educacionais completamente fora da realidade das Instituições brasileiras. Formar-se no "período ideal" é concluir um curso qualquer no "tempo mínimo" estabelecido pelos PCNs. Como a visão predominante na educação brasileira é castradora, não se pode, por exemplo, concluir um curso em um tempo abaixo do mínimo, nem que se tenha tempo para isso. Ou seja, no Brasil, é perfeitamente possível reter, reprovar e jubilar (expulsar). Acelerar os estudos, porém, por mais que se tenha tempo e capacidade intelectual para tanto, é um pecado quase mortal.


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quarta-feira, 4 de junho de 2014

O descomprometimento de mão em mão

Deparei-me com outra característica da realidade nas organizações públicas brasileiras que, no mais das vezes, fazemos questão de não querer ver: os descompasso absurdo entre o discurso e a prática quotidiana. Não é raro você encontrar um colega que, nos discursos de corredor e cantina defende arduamente o direito do outro, o respeito às diferenças, à liberdade, mas, quando é instado a demonstrar, na prática, que faz o que diz, falha. Parece haver um comprometimento ferino e ferrenho com o individual e, quando se deve tratar bem o indivíduo e respeitá-lo, o comprometimento com as ideias defendidas anteriormente pula de mão em mão como uma peteca. Oro e rezo para chegar um dia no qual as pessoas bradam discursos libertários o façam, também, nas ações.


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terça-feira, 3 de junho de 2014

Entre o mundo real e o mundo de Alice

Quando se entra no serviço público como gestor da chamada Administração Superior das universidades brasileiras, como eu entrei há quase um ano, se descobre que existe o mundo real e um mundo, criado na cabeça de algumas pessoas, que se poderia muito bem denominar de o Mundo de Alice, numa alusão ao País das Maravilhas da famosa história infanto-juvenil. Tudo isso para dizer que há uma distância quase estelar entre o que se precisa fazer, o que se quer fazer e o que se pode fazer. E sabem o que faz essa diferença entre o que se quer fazer e o que se pode fazer? Dinheiro e orçamento de um lado e burocracia, do outro. Há limitações entre o que é justo, o que se deseja e o que se pode. Lição que todos nós deveríamos aprender: se não com os outros, assumindo, de alguma forma, um cargo administrativo. Só assim se aprende a lidar com a frustração pessoal e a frustração coletiva que nasce da falta de recursos para se fazer o que precisa ser feito.


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segunda-feira, 2 de junho de 2014

Atendimento e comprometimento são fundamentais

Na última semana o Programa de Pós-graduação em Comunicação, Cultura e Amazônia (PPGCOM) da Universidade Federal do Pará (UFPA) recebeu pesquisadores de Norte a Sul, Leste a Oeste do País para a 23° Encontro Anual da Associação Nacional dos Programas de Pós-graduação em Comunicação (COMPÓS). O evento ocorreu do dia 27 ao dia 30 de maio de 2014, com abertura no Teatro Maria Sylvia Nunes, na Estação das Docas. Os pesquisadores da área de Comunicação fizeram questão de saudar a presidente do Encontro, professora Maria Ataíde Malcher, que também é a coordenadora do PPGCOM-UFPA, e toda a sua equipe por dois fatores fundamentais: o atendimento e o carinho com que todos foram recebidos em Belém. Só participei da abertura e pude atestar algo que defendo há tempos e tentei por em prática há mais de um ano na Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação (PROPESP) da Universidade Federal do Amazonas (UFAM): atendimento é tudo. O evento em Belém comprovou que, quando há comprometimento é possível se fazer uma recepção inigualável. Cordialidade, competência e comprometimento são essenciais. E podem ser demonstrados com o uso das novas (antigas) tecnologias. Por exemplo, nenhum dos participantes da COMPÓS 2014 deixou de receber orientações permanentes por SMS e por e-mail (avôs das novas tecnologias). O equilíbrio entre o atendimento presencial carinhoso e o uso das Mídias Digitais transformaram o Encontro em Belém em um modelo a ser seguido. E que o seja!


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domingo, 1 de junho de 2014

A preconceituosa classificação das universidades

Há uma preconceituosa classificação das universidades brasileiras. Para quem tem este olhar carregado de preconceito, as universidades públicas federais são mais nobres que as estaduais, que são melhores que as municipais. Abaixo dessas e em uma espécie de limbo, estão as confessionais que, ainda assim, possuem alguma qualidade reconhecida. Caso seja uma instituição particular, porém, é tida como "da pior qualidade". Discordo frontalmente deste tipo de visão. O fato de ser particular não significa que a qualidade seja baixa a priori. Assim como existem universidades públicas particulares, há particulares também ruins. Cada uma delas, porém, tem papel fundamental e bem-definido no Sistema de Educação Superior do País. Classificá-las como piores ou melhores pelo fato de serem particulares ou públicas é um equívoco dos mais graves. O que devemos é trabalhar para elevar o nível da Educação no País. Desafio nada fácil de ser vencido.


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