quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Já vais tarde!


Assumo meus erros e acertos. Perdemos a consulta pública mais ganha da história da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) quando, nas primeiras pesquisas, tínhamos 38% (trinta e oito por cento) de intenções de votos. Erros estratégicos, erros individuais, erros de um grupo que se revelou nunca ter existido. Para compensar, pessoas maravilhosas se uniram a nós e acreditaram na vitória até o fim. A todos eles (e elas) meu carinho e um beijo no coração. Fui agredido em pleno auditório Rio Negro, do Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL), pelo irmão do vice-governador Omar Aziz. Uma tentativa de intimidação, de calar a voz de quem não teme retratar os fatos. Uma safadeza de uma turma de malandros que imagina dominar o Estado do Amazonas e permanecer impune. Ainda assim, institucionalmente a Ufam só reagiu, timidamente, quando pressionada. Uma vergonha! Um dos reitores mais covardes e ignóbeis que a instituição já teve passou, foi-se. Como o ano de 2009 se vai. E já vais tarde! Calar-me? Não conseguirão. Que os sonhos de todos se transformem em realidade em 2010. Que os covardes e idiotas sejam engolidos pelo tempo e que, no futuro, tenhamos um mundo, um país, um estado, uma cidade e uma Ufam melhor. Adeus 2009! Já vais tarde!

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quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Pós-graduação fajuta


Não é de se estranhar que o Centro de Educação Tecnológica do Amazonas (Cetam) não reconheça certificados de conclusão de cursos de Pós-graduação da Universidade Gama Filho oferecidos em Manaus. A pós-graduaçao lato sensu no Brasil é fajuta e se transformou numa máquina de arrecadar dinheiro até mesmo para as universidades federais. Somente agora o Ministério da Educação tenta regulamentar esses cursos. Que me desculpem os membros do Ministério Público Federal do Amazonas (MPF-AM) mas o Cetam não tem mesmo que aceitar declarações nem certificados de cursos não reconhecidos pelo MEC. Na especialização, por não haver regras, ainda se é obrigado a aceitar (e parece ser esse o caso), embora eu não concorde e defenda o rigor da lei em todos os níveis. Mas, os cursos de Mestrado oferecidos por essa instituição, inclusive em parcerias com universidades espanholas, não servem para nada. O próprio MPF-Am denuncia que a tal entidade já matricula estudantes em curso de Pós-graduação dom duração de três meses para que os candidatos a Delegado no concurso da Polícia Civil apresentem titulação maior e possam ingressas no concurso. Isso é um escândalo que deve ser combatido ferozmente.

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Obra extraordinária


Em seu artigo publicado no Jornal Diário do Amazonas, de hoje, dia 29 de dezembro de 2009, intitulado “O balanço da Ciência”, o diretor presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), professor Odenildo Sena, afirma, para encerrá-lo:”...Por suas características e para o que representa para o desenvolvimento científico e tecnológico do Estado, não tenho nenhum receio de afirmar que a Fapeam é a mais extraordinária obra do governador Eduardo Braga”. Não discuto a questão histórica porque não me recordo, agora, se a Fapeam foi criada pelo governador Eduardo Braga; mas, que a consolidação da Fapeam se deve não apenas ao governador Eduardo Braga, mas ao triunvirato do PT, Marilene Correia, Odenildo Sena e José Aldemir, isso todos nós cientistas, críticos ou não deles, do PT ou do próprio Braga, não podemos negar. Os investimentos na área de Ciência e Tecnologia, sem dúvidas, marcam a administração do governador Eduardo Braga.

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Post referente ao dia 29/12/2009

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Segunda chamada


A Universidade Federal do Amazonas (Ufam) finalmente regulamentou a realização da prova de segunda chamada, um direito do estudante estabelecido pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN). Falhas administrativas que cansamos de apontar durante o processo de consulta, e essa era uma delas, aos poucos são corrigidas pela reitora Márcia Perales e sua equipe. Isso é muito bom. Ao invés de perseguir adversários trocando até cadeados como fez o reitor anterior, Márcia Perales tem se preocupado em resolver os problemas administrativos que emperrava a vida dos estudantes, técnicos e professores. Aos estudantes, porém, fica uma alerta: não abusem! Leia com atenção a portaria e transformem a Ufam em prioridade na vida de vocês. Muita gente faz dois cursos e se houver uma atividade na Ufam e na “outra” Faculdade ou Universidade, priorizam a outra e depois aparecem com as desculpas mais esfarrapadas do mundo tentando refazer as atividades. Professores e professoras! Sejamos duros nesses casos e não permitamos mais fatos desse tipo. Para o bem dos estudantes e da própria Ufam.

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domingo, 27 de dezembro de 2009

Produtividade na UEA


É salutar que a Universidade do Estado do Amazonas (UEA), enfim, tenha aberto concurso público para a carreira de professor. Até então a UEA precarizava o trabalho dos professores na região com a contratação de mão-de-obra sempre temporária. Há que se observar, também, uma política completamente diferenciada da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) em termos de salários e incentivo à produção. O professor receberá, por exemplo, 2% (dois por cento) de gratificação por livro editado, podendo essa gratificação chegar a 20% (vinte por cento) e 0,5% (meio por cento) por artigo publicado, até o limite de 20 artigos, ou seja, mais 10%. Isso significa que um professor com produtividade elevada pode engordar os ganhos em mais 30% (trinta por cento). Quem começar com R$ 7 mil, por exemplo, pode chegar aos R$ 9.100,00. Isso para um professor de 40 horas. Ou a política Federal de salários muda ou a Ufam começará a perder professores efetivos para a UEA de forma oficial porque informalmente já perde há bastante tempo.

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sábado, 26 de dezembro de 2009

Monstruosidade


Lágrimas teimaram em minar dos olhos. De revolta, de ódio. Em pleno dia 25 de dezembro de 2009. Natal! Meu Deus! Não é possível que estejamos no limite da insanidade!? Sena Madureira, há 174 de Rio Branco, capital do Acre. Minha cidade natal. Terra que escolhi para vivenciar o espírito de Natal e a passagem do ano. Em pleno dia 25 um monstro mata uma criança de 2 anos. Pasmem meus leitores e leitoras! Uma criança de 2 anos foi morta pelo padrasto, vítima de estupro. Cinicamente ele alegou aos policiais que o prenderam que “foi um acidente”. Não teve espírito de Natal que desse jeito. Meu lado humano falou mais alto. Enquanto as lágrimas de revolta desciam pelos olhos, apesar de ser uma dos maiores defensores dos direitos humanos, pensei com meus botões que um monstro desses merecia morrer da mesma fora. Esqueci que, no fundo, trata-se de um doente. Ou uma vítima da bebida e da lascívia que domina esses nosso tempo dito “pós-moderno”. Não dá para pensar em quem ficou vivo numa hora dessas. Só se imagina a dor de uma criança violentada em todos os sentidos. Uma vida ceifada por uma tara incontida. É preciso um grito no silêncio: TODOS CONTRA A PEDOFILIA!

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sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Feliz Natal!


Hoje é um dia escolhido para se comemorar o nascimento de Jesus. Grande parte das pessoas amanhece com ressaca. Tradicionalmente a ceia. Depois dela, os vinhos, uísques, cervejas, trocas de presentes. Há pouco o que se falar e muito a se desejar. Portanto, que todos os nossos leitores e leitoras tenham um dia 25 de dezembro de 2009 repleto de alegrias. Sonhos realizados ou não, a vida continua. E que muitos natais ocorram para todos. FELICIDADES!

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quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Cursos fechados

Quem pensava que a Secretaria de Educação Superior (Sesu) do Ministério da Educação (MEC) deixaria “correr frouxo” com os cursos avaliados de forma deficiente quebrou a cara. Os cursos de Direito da Nilton Lins e da Unip passam por processo administrativo e correm o risco de serem fechados porque ainda não cumpriram as exigências do Termo de Ajustamento realizadas em 2007. Há que se registrar uma coisa: os números de estudantes dessas universidades são assombrosos. A Unip, por exemplo, foi impedida de oferecer as 509 vagas que ofertava anualmente. É um verdadeiro absurdo uma quantidade dessas de profissionais por ano no mercado. Em pouco tempo, Manaus terá mais advogado que habitantes. Ainda bem que o MEC tomou uma medida dura, que terá reflexos profundos no formação e no próprio saneamento do mercado de trabalho. As deficiências são as de sempre: professores, regime de trabalho desses professores e falta de infra-estrutura


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quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Trunfo do Lula


O projeto de expansão das universidades brasileiras foi apresentado em rede nacional pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como um dos seus grandes trunfos. Como estatística, é uma beleza. Na vida real, ainda há muito o que fazer. Não a quantas andam nas outras universidades, mas, na Universidade Federal do Amazonas (Ufam), tanto o REUNI quanto os Campi fora da capital padecem da falta crônica de infra-estrutura. Cursos foram abertos com a promessa de que novos professores seriam contratados. Alguns deles até hoje não foram. Laboratórios e bibliotecas não saem do papel e por aí vai. Quero que fique bem-claro uma coisa: não se trata de um problema das administrações superiores das universidades. É bem-verdade que em muitos casos a lentidão nas licitações e no processo de tomada de decisões atrasa obras, cursos e concursos. No geral, porém, o modelo de expansão foi atabalhoado e,a gora, reitores e reitoras estão com um problemão para resolver. Um trunfo de Lula transformou-se em uma grande dor-de-cabeça para muitos administradores das universidades brasileiras.

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terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Bolsa universidade


O bolsa universidade, programa da prefeitura de Manaus, tem imenso potencial de inserção social se for bem-fiscalizado. Só no primeiro dia a prefeitura registrou 5.000 inscritos. É mister que os dados sejam cruzados. Em recente conversa com o secretário municipal Projetos Especiais e Gestão Tecnológica,Sidney Leite, ele revelou que das 40 bolsas cortadas havia gente até com carro importado. Segundo ele, as investigações não pararam e vão avançar para o refinamento. Portanto, quem fraudou os cadastros e quem vai concorrer às novas vagas, que fique atento. Seria interessante, também, que fossem aplicadas punições severas aos fraudadores. Afinal, prestar informações não verdadeiras em documentos de fé-pública é crime de falsidade ideológica. Cadeia e devolução do dinheiro aos que fraudarem o bolsa universidade é a melhor forma de cuidar bem do dinheiro público.

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segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

O ano da estatuinte


Professora Márcia Perales Mendes Silva, magnífica reitora da Universidade Federal do Amazonas (Ufam). Receba os meus parabéns, ainda que tardios, pela coragem de ter levado ao Conselho Universitário (Consuni) a mensagem em prol da Estatuinte na instituição. Permita-me destacar o trecho da vossa mensagem que mais me chamou a atenção: “Temos convicção também de que o ano de 2010 será o ano da Estatuinte da UFAM, se assim este Egrégio Conselho decidir, o que nos remete diretamente à realização do Congresso Universitário. Sem dúvida, questões de fundo balizarão essa necessária trajetória, dentre outras: Que universidade está sendo, por nós, construída? Que modelo de universidade queremos hoje e para as gerações futuras? Será que a forma pela qual a Universidade atua vai ao encontro das aspirações que incidam no efetivo exercício de um espaço plural, com educação de qualidade e práticas democráticas?” Tenho convicção de que um novo modelo de gestão deve surgir das discussões assim como tenho convicção de que a Pós-graduação é estratégica para a Ufam e para a região. Assim sendo, nem a burrice nem a mediocridade serão capazes de vencer a expansão da Pós na Ufam. E isso será referendado na Estatuinte com toda certeza.

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domingo, 20 de dezembro de 2009

O problema das fundações


A promessa de autonomia financeira da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) deve ser cobrada constantemente dos governantes atuais. A área de Ciência e Tecnologia do governo Eduardo Braga é uma das poucas intocáveis pelo excelente trabalho desenvolvido. Não se deve confundir, porém, a Fapeam com as ditas fundações de apoio, como a Muraki, criada para “apoiar” a Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e a Fundação Rio Solimões (Unisol), que “apóia” a Universidade Federal do Amazonas (Ufam). Foi por má-gestão em uma semelhante a elas que o reitor da Universidade de Brasília (UnB), Tymothy Moholland, caiu. Sobre as fundações de apoio, diferentemente das de amparo, ainda pairam nuvens estranhíssimas. Vez por outra, são acusadas de servirem para a lavagem do dinheiro público ou dos ganhos dos próprios professores. O Tribunal de Contas da União (TCU) já apertou o cerco contra as que apóiam as universidades federais. Mas, quem fiscaliza as manobras ligadas às universidades estaduais? O problema ainda está longe de ter uma solução que preserve o interesse público.

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sábado, 19 de dezembro de 2009

O tempo administrativo


"Tempo, tempo mano velho, falta um tanto ainda eu sei/Pra você correr macio..." Pato Fu.

Comecei o Post de ontem com a afirmação de que “a Democracia é a ditadura da minoria organizada sobre a maioria desorganizada.” À reflexão de ontem associo parte da letra de “Sobre o tempo”, da banda Pato Fu, para expandir a reflexão de ontem sobre a burrice e a mediocridade administrativa que grassa nas universidades brasileiras, especialmente na Universidade Federal do Amazonas (Ufam). Alegar extemporaneidade de um pedido (por mais que isso seja mentiroso por parte de quem alegou – e mentir diante de um Conselho é gravíssimo) só demonstra o tamanho da mediocridade. Há que se entender o tempo administrativo e o tempo real, o tempo das coisas, o tempo da vida. E, em grande parte das ações e decisões que devemos tomar, o tempo administrativo é lento demais. A vida corre enquanto os administradores que só tomam decisões baseadas no “tempo administrativo” perdem o trem da história. Por em risco um programa de Pós-graduação por defender insanamente o tempo administrativo de forma mentirosa é leviano e ainda revela leveza de caráter. “...falta um tanto ainda eu sei, pra você correr macio...”, eu sei. Mas a Ufam vencerá a mediocridade porque é muito maior que os medíocres. E quando isso ocorrer, o tempo administrativo correrá macio, bem próximo do tempo real, com os medíocres a vê-lo passar sem saber o que está acontecendo.

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sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Fim da mediocridade


Dia desses afirmei que a Democracia é a ditadura da minoria organizada sobre a maioria desorganizada. Nas universidades brasileiras há um fenômeno ainda pior: por mais que as minorias se organizem, são derrotadas pela maioria dos medíocres. Com o que costumo chamar de “democratite aguda”, ou seja, um processo inflamatório agudo da democracia, medíocres fazem conchavos e derrubam quaisquer direitos constituídos ou propostas inteligentes. Pelo simples prazer de provar que são maioria ou por burrice. Como ao medíocre a burrice não passa de um estilo de vida, conchavos são feitos e dane-se o interesse coletivo ou institucional. Antes defensor do “fim dos departamentos” nas universidades brasileiras, especialmente na Universidade Federal do Amazonas (Ufam), onde eles não existem faz tempo, passei algum tempo refletindo sobre a questão da centralização e do autoritarismo. Hoje não tenho mais dúvidas que o mérito é essencial. E, certamente, fará um bem danado às universidades brasileiras que pessoas inteligentes tomem decisões estratégicas, ainda que de forma mais centralizada. Os departamentos são unidades administrativas atrasadas, nos quais perdura a visão estreita e questões pessoais se sobrepõem às questões institucionais. Na prática, não existem faz tempo: não conseguem captar um centavo para a Instituição e, em alguns casos, emperram projetos dos pesquisadores que conseguem financiamento. Não fossem os grupos de pesquisas, cursos de graduação já teriam fechado faz tempo pela inércia dos componentes de grande parte dos Departamentos. Hoje, não tenho dúvidas que o fim dos departamento é essencial para que a mediocridade perca forças dentro das universidades brasileiras.

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quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Pesquisador operário


A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) cada vez mais aperto o cerco contra o que podemos denominar “pesquisador-operário”. No entanto, na realidade brasileira, é cada vez mais difícil encontrar estudantes de pós-graduação que possam se dedicar integralmente aos cursos. Talvez, por isso, a Capes esteja incentivando, em todas as áreas, os mestrados profissionalizantes. Acontece, porém, que há um pano-de-fundo nesse incentivo: os mestrados profissionalizantes são pagos e as turmas, normalmente, fechadas por empresas ou organizações. O problema dos pesquisadores-operários só se agravaria. Por outro lado, sem mudar o perfil dos estudantes dos cursos de mestrados e doutorados acadêmicos, coloca-se em risco os próprios programas, uma vez que as verbas de financiamento estão vinculadas ao número de bolsistas. O certo é que não se pode negar a existência do pesquisador-operário nem obrigá-lo a se afastar dos programas de pós-graduação. O problema existe e precisa ser enfrentado urgentemente.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Oportunidades de ascensão

Os governadores do Amazonas e o Acre, Eduardo Braga (PMDB)e Binho Marques (PT) parecem disputar a mesma fatia do mercado ecológico com unhas e dentes. Até os discursos são semelhantes. Hoje, em Rio Branco, os jornais estamparam a mesma manchete, como se fosse um material distribuído pela assessoria de comunicação do Governo: “Acre leva a proposta mais consistente para Copenhague”. É um nítido caso de auto-elogio, como os que são praticados no Amazonas. Aos olhos dos jornais locais, Amazonas e Acre possuem políticas públicas ecológicas das mais avançadas. Quem cruza as estradas acreanas, porém, só enxerga caminhões e mais caminhões carregados de toras de madeiras. Ao que tudo indica, Braga e Binho (parece até nome de dupla sertaneja) possuem mais discurso ecológico do que a efetiva prática. Ainda precisam fazer muito, ao invés de apenas comprarem espaços em jornais para seus discursos ecológicos.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Números fantasiosos


Os dados revelados pela Organização Não-governamental (Ong) “Todos pela Educação”, que aponta o Amazonas como um dos piores estados do País não devem ser apenas rechaçados oficialmente e ponto. Ainda que existam falhas, o fato de o Amazonas apresentar a segunda maior taxa de abandono escolar entre os estudantes do terceiro ano do Ensino Médio servem para acender a luz vermelha em todos os níveis. Não se pode pensar em melhorar a qualidade do Ensino Médio sem que haja ações contundentes também na base da pirâmide, ou seja, no Ensino Superior. As ações promovidas pela Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e Universidade Federal do Amazonas (Ufam) não se nos apresentam suficientes porque a qualidade do ensino não depende apenas dos números estatísticos. Os programas implementados pela Secretaria de Estado da Educação e da Qualidade do Ensino (Seduc) carecem de avaliação quanto ao processo efetivo de aprendizagem. Sem isso, espumas são lançadas ao vento, estatísticas são apresentadas mas a realidade não muda. (Pro) formar professores não é suficiente. Faz-se necessário avaliar qualitativamente o processo sob pena de a realidade sobrepor-se aos números e transformá-los em fantasiosos.

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segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

É de lascar!

Enquanto o diretor do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), Adalberto Val, reclama da falta de doutores na região (ele afirma que o déficit é de pelo menos 30% de doutores), doutores querem vir para a Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e são pré-julgados antes de quaisquer tipos de análises da produção e do currículo. Aos olhos de alguns míopes, basta estalar os dedos e há uma fila de doutores querendo vir pesquisar na Amazônia. Em Manaus, doutores em Comunicação ou em Jornalismo são raridades. Atraí-los é mais difícil ainda. Espera-se que, com o espírito do Natal e do Ano Novo, a serenidade seja devolvida às pessoas e Ufam seja posta acima de quaisquer picuinhas pessoais. Não se pode esquecer nunca, seja Natal ou não, que a Ufam é maior que todos nós e ficará para nossos filhos, netos e bisnetos. Nós morreremos, a Ufam não!

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domingo, 13 de dezembro de 2009

Novas diretrizes de jornalismo


As discussões em torno das novas diretrizes para o Curso de Jornalismo não foram bem-conduzidas nem pelo Ministério da Educação, nem pelas universidades e muito menos pelos sindicatos. A proposta traz de volta o estágio obrigatório, supervisionado por professores e cobrado nos últimos períodos do novo curso. Pode até funcionar em alguns locais do País, para a região Norte, porém, é uma catástrofe. Estudantes dos períodos finais do curso, na grande maioria, encontram-se no mercado de trabalho. Corre-se o risco de se criar um “estágio de mentirinha” por meio dos quais a atividade já desenvolvida pelos estudantes nas redações seja aceita como estágio. Como sempre ocorreu na região, estudantes também serão usados como mão-de-obra barata nas redações. A nova proposta dá um bom gás aos patrões e deixa os sindicados dos jornalistas a ver navios. Uma discussão mais profunda é essencial antes que as Novas Diretrizes entrem em vigor. Para o bem do campo da Comunicação, do Jornalismo e de toda a sociedade.

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sábado, 12 de dezembro de 2009

Plágio ou má-fe?


A constatação do promotor da 57ª Promotoria Especializada em Defesa dos Direitos do Constitucionais do Cidadão (Prodedic), Mirtil Fernandes do Vale, de que 80% (oitenta por cento) das 40 questões da prova de Conhecimentos específicos de Enfermagem do Nível Superior do Concurso do Corpo de Bombeiros do Amazonas foram copiadas do livro de um curso preparatório é muito mais grave do que se pode imaginar. Ao que tudo indica, não se trata de puro e simples plágio, mas, de má-fe. Ora, se de 40 questões, 38 foram retiradas de um livro de curso preparatório, ainda que nenhum dos participantes do curso tenham tido acesso à prova, todos, certamente, saem com 80% de chances de ser aprovado em relação aos demais concorrentes. Que o episódio sirva de lição e todas as universidades, principalmente as públicas, tomem mais cuidado na hora de contratar serviços de certos professores e instituições, pois, corre-se o risco de se cair em uma “esparrela” como essa e se jogar fora toda a seriedade dos concursos públicos. E isso é muito grave não apenas para os concursos, mas, para a instituição e para a sociedade, que passa a ver com descrédito o serviço público em geral.

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sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

O nó da segurança


A realização de um seminário para discutir ações de segurança para a área do Campus Universitário Arthur Virgílio Filho, da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), não conseguiu desatar o nó da falta de segurança. Carros continuam ser roubados, estudantes, técnicos e professores são vítimas constantes de assaltos. No caso da segurança, não basta apenas discutir ou indicar ações. Ou são tomadas decisões inibidoras das ações dos assaltantes ou o problema tende a se agravar. Além disso, a Ufam precisa demonstrar claramente que, em termos de segurança, preocupa-se com as pessoas. Não se pode admitir que agentes sejam contratados apenas para proteger o patrimônio. Em uma universidade, o maior patrimônio são as pessoas. E isso precisa fazer parte da política de qualquer grupo que dirija a instituição. Sem que isso ocorra, os problemas tendem a continuar.

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quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Vitória da democracia


Hoje, no Conselho do Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL), serão referendados os nomes do professor Doutor Nélson Matos de Noronha como diretor do ICHL e da professora Marcia Eliane Melo como vice-direitora. Vale lembrar que, do ponto de vista legal, a consulta à comunidade não tem valor nenhum. Portanto, a escolha do professor Sérgio Freire como vice apenas no Condepe (e o fato de ele ter aceito) não feriram, de forma nenhuma, os aspectos legais. No entanto, politicamente (e o resultado da consulta, agora, confirma isso) foi o maior erro do professor Sérgio Freire e do atual diretor, doutor Ricardo José Batista Nogueira. Ao final de tudo, fica a vitória da democracia dentro da Universidade Federal do Amazonas (Ufam). E para coroar o dia de hoje, na Faculdade de Educação (Faced), professores, técnicos e estudantes escolhem hoje entre Arminda Mourão e Luis Carlos Cerquinho como candidatos a diretor (a) e Ana Castro e Thomé Tavares como candidatos a vice-diretor (a).

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quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Destruidor de mentes

O capitalismo neo-liberal é uma espécie de “destruidor de mentes”. Não consegui entender, e esperava ansiosamente, a carta de despedida deixada pela atriz Leila Lopes. Como é possível uma mulher, bela, em plenos 40 anos, suicidar-se? Perdi dois amigos completamente destruídos pelas dívidas. Mataram-se. Por mais que Leila Lopes que não, uma das frases da carta revela o tormento das dívidas, dos problemas: “Estou cansada, cansada de cabeça! Não agüento mais pensar, pagar contas, resolver problemas...”. O capitalismo, o consumismo, a competição diária pelo ter talvez explique a destruição de tantas mentes. A carta de Leila Lopes é provocante pelo pleno domínio sobre a vida e a morte. Não a julgo, não a julguem. Reflitam! Ei-la: “O Não chorem, não sofram, eu estou ABSOLUTAMENTE FELIZ!!! Era tudo o que eu queria: ter paz eterna com meu Deus e, se possível, com minha mãe. Eu não me suicidei, eu parti para junto de Deus. Fiquem cientes que não bebo e não uso drogas, eu decidi que já fiz tudo que podia fazer nessa vida. Tive uma vida linda, conheci o mundo, vivi em cidades maravilhosas, tive uma família digna e conceituada em Esteio, brilhei na minha carreira, ganhei muito dinheiro e ajudei muita gente com ele. Realmente não soube administrá-lo e fui ludibriada por pessoas de má fé várias vezes, mas sempre renasci como uma fênix que sou e sempre fiquei bem de novo. Aliás, eu nunca me importei com o ter. Bom, tem muito mais sobre a minha vida, isso é só para verem como não sou covarde não, fui uma guerreira, mas cansei. É preciso coragem para deixar esta vida. Saibam todos que tiverem conhecimento desse documento que não estou desistindo da vida, estou em busca de Deus. Não é por falta de dinheiro, pois com o que tenho posso morar aqui, em Floripa ou no Sul. Mas acontece que eu não quero mais morar em lugar nenhum. Eu não quero envelhecer e sofrer. Eu vi minha mãe sofrer até a morte e não quero isso para mim. Eu quero paz! Estou cansada, cansada de cabeça! Não agüento mais pensar, pagar contas, resolver problemas... Vocês dirão: Todos vivem!!! Mas eu decidi que posso parar com isso, ser feliz, porque sei que Deus me perdoará e me aceitará como uma filha bondosa e generosa que sempre fui. Aos meus fãs verdadeiros; aos jornalistas imparciais; ao Walter Negrão e sua esposa Orphilia; a LBV; ao Eduardo Gomes; ao prefeito de Itu, Herculano Neto e toda a sua equipe e ao meu amigo Zé meu muito obrigado. Às emissoras que trabalhei, obrigada. E aos colegas maravilhosos, muita luz! A todos os sites dignos que acompanharam a minha vida, SUCESSO!!! Ego, Esther Rocha, Thiago, Odair Del Pozzo, Felipe Campos, não se sintam esquecidos. Não posso citar nomes de amigas, pois aí seria um livro, mas Sueli você é a irmã que eu não tive. Márcia, seja sempre feliz amiga. Magrid, obrigada por tudo! Andréia, do TV Fama, beijo amiga. Tadeu (di Pietro) cadê você??? Desculpe a quem eu esqueci, a vida foi muito mais maravilhosa do que sofrida para mim. Obrigado Jesus. Nossa Senhora e meu Deus, perdoem-me e recebem-me como a filha honesta e bondosa que sempre procurei ser! Fiquem com Deus, todos! Leila Lopes.”


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terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Vergonha nacional


O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) que o Ministério da Educação (MEC) quis pintar com a salvação para o fim dos vestibulares nas universidades brasileiras passou a ser denominado pelos estudantes do País inteiro como “piada nacional” do Ensino Médio. Transformou-se em algo muito pior: uma vergonha nacional. Em nota oficial, o Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) foi obrigado a admitir que havia “inconsistências nos gabaritos”. Tucaram o erro, diria José Simão. Havia erro nos gabaritos divulgados, isso sim. Some-se a isso a anulação ocorrida recentemente por roubo das provas e se tem um Exame que caiu completamente em descrédito. Por isso, as grandes universidades brasileiras rifaram o Exame como forma de entrada. Nas discussões internas da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), não faltaram alertas sobre os problemas que poderiam ocorrer em se tratando de um exame unificador apenas do ponto de vista didático e do processo de aprendizagem. Permitir a mobilidade de estudantes nacionalmente é saudável. Promover a concorrência com pessoas mais preparadas de outros estados, aprioristicamente, não. A Ufam não aceitou argumentos contrários e aderiu ao Enem porque tinha um problema muito maior: vestibulares constantemente anulados e com péssima credibilidade junto à comunidade. Com a transformação do Enem nessa vergonha nacional, a Ufam rediscutirá o assunto? É esperar para ver.


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segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Apoio ao estudante


Os dados revelados pela Universidade Estadual do Amazonas (UEA) de que 40% (quarenta por cento) dos estudantes indígenas matriculados nos cursos de graduação deixaram de freqüentar a faculdade indicam que, em alguns casos, a política de apoio aos estudantes deve ser urgentemente repensada. Não basta criar políticas de quotas ou oferecer cursos especialmente para os indígenas: é preciso garantir apoio. E esse apoio é em forma de Casas dos Estudantes, Restaurantes Universitários e Bolsas. Sem isso, não apenas o estudante indígena, mas, quaisquer estudantes servem muito bem aos números positivos que as administrações superiores das universidades costumam mostrar, porém, terminam por empurrá-los (os estudantes) ao fracasso e à frustração. A política de apoio em todas as universidades públicas precisa, com urgência, ser olhada com mais seriedade, pois, sem financiamento para tal, fica-se só no discurso. Daí um índice de evasão tão alto entre os indígenas, o que pode se repetir entre os menos favorecidos de qualquer raça.

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domingo, 6 de dezembro de 2009

Fidelidade à reitora


Se é verdade que Sérgio Freire e Rosemara Staub eram “os candidatos da reitora”, coisa que eu duvido muito, uma vez que a máquina não foi acionada a favor deles, o resultado da consulta à comunidade do Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL) revelou uma curiosidade: 50 professores (as) votaram em Sérgio Freire, o mesmo número de votos que a professora Márcia Perales teve na consulta para a reitoria. Além de curioso, demonstra a fidelidade dessas 50 pessoas à reitora. É algo admirável em se tratando de ICHL, onde o professor Gilson Monteiro, a quem tantos incentivaram disputar a direção do ICHL, teve 17 votos. Somados os votos de Márcia Perales mais os de Gilson Monteiro, dois professores do ICHL, não chegaria nem à metade dos votos obtidos por Sílvio Puga e Nélson Fraiji, uma prova cabal de que “santo de casa não faz milagre”. Nesse ponto, portanto, deve-se “tirar o chapéu” para o ex-reitor Hidembergue Ordozgoith da Frota: tirou o nome da professora Márcia Perales da cartola na sua reeleição (ela foi a única mudança na chapa, para o lugar antes ocupado por Sílvio Puga), deu visibilidade durante os quatro últimos anos e depois a transformou em reitora. Isso é ter controle absoluto sobre o processo e ninguém poderá tirar esse mérito dele.

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sábado, 5 de dezembro de 2009

Casseta & Planeta federal


Deputados federais estudam reagir contra o programa “Casseta & Planeta Urgente” da última terça-feira. O procurador da Câmara, Ricardo Izar (PMDB-SP) irá se encontrar com a direção da emissora, segunda-feira, para tentar um acordo antes de ir à Justiça. Este nem seria o assunto do Blog de hoje, mas, dada a resposta inteligente dos cassetas, que circula pela internet, não pude deixar de publicá-la. Pode até ser FAKE, mas, não importa. A inteligência da “Nota de esclarecimento” me fez publicá-la em todos os Blogs hoje. Os humoristas do Casseta & Planeta não falaram sobre o assunto “para não dar importância à concorrência”, mas publicaram a seguinte nota: “NOTA DE ESCLARECIMENTO: 'Foi com surpresa que nós, integrantes do Grupo CASSETA & PLANETA, tomamos conhecimento, através da imprensa, da intenção do presidente da Câmara dos Deputados de nos processar por causa de uma piada veiculada em nosso programa de televisão. Em vista disso, gostaríamos de esclarecer alguns pontos: 1) Em nenhum momento tivemos a intenção de ofender as prostitutas. O objetivo da piada era somente de comparar duas categorias profissionais que aceitam dinheiro para mudar de posição; 2) Não vemos nenhum problema em ceder um espaço para o direito de Resposta dos deputados. Pelo contrário, consideramos o quadro muito adequado e condizente com a linha do programa. 3) Caso se decidam pelo direito de resposta, informamos que nossas gravações ocorrem às segundas-feiras, o que obrigará os deputados a 'interromper seu descanso.' Equipe do Casseta & Planeta”. Se não foram os Cassetas, fica o registro da genialidade da nota.

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sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Mudança de estilo


O resultado da consulta à comunidade do Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL) escolheu o professor Nelson Noronha como novo diretor e a professora Márcia Eliane como vice com mais de sessenta por cento dos votos nos permite fazer a seguinte leitura: ou existe uma mudança de estilo na nova administração superior da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) ou os professores Sérgio Freire e Rosemara Staub não eram, como se dizia pelos corredores, “os candidatos chapa-branca”. Ainda se pode inferir que o ICHL não tem mais a import6ancia política que seus integrantes imaginam ter. Na escolha do diretor do Hospital Universitário Getúlio Vargas (HUGV), por exemplo, o uso da máquina em favor de um dos candidatos foi nítido, afinal, ganhar um HUGV era crucial para vencer as eleições à reitoria. Já em relação ao ICHL não, pelo menos agora. Resta-nos esperar e observar como será o comportamento na próxima consulta. Os números deixam claro, porém: o professor Sérgio Freire não teve nem o apoio direto de quem esperava ter. Ao professor Nelson Noronha os números foram alvissareiros. Que os aproveite para promover as mudanças prometidas na curta campanha.

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quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Nelson Noronha diretor


A comunidade do Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL) escolheu o professor Nelson Noronha como novo diretor e a professora Márcia Eliane como vice com mais de sessenta por cento dos votos. Transparência, comprometimento e democracia foram o tripé da campanha dos dois e, certamente, balizarão as decisões. Ainda há muito a ser feito em prol da mobilização nas universidades brasileiras. Talvez nem se consiga mais reeditar aquele modelo de participação efetiva da base dos estudantes e dos técnicos. Espera-se que o professor Nelson Noronha exerça uma liderança equilibrada entre “ouvir as bases” e tomar decisões administrativas. O ICHL é um mostro eivado de contradições ideológicas e acadêmicas. Que os vencedores consigam superar as adversidades ideológicas e tenham excelente desempenho administrativo é o desejo de todos nós que sonhamos com um futuro melhor para a Universidade Federal do Amazonas (Ufam).

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quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Participação essencial


Coincidências entre os horários dos debates e as atividades de Coordenador do Programa de Pós-graduação em Ciências da Comunicação (PPGCCOM) da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), bem como da presidência da Comissão de Seleção do Doutorado do Programa de Pós-graduação em Sociedade e Cultura na Amazônia (PPGSCA), impediram-me de participar dos debates dos candidatos à direção do Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL). Ainda que não tivesse as atividades, por motivos pessoais, tomei a decisão de, pelo menos neste processo, permanecer afastado. No entanto, considero essencial que, pelo menos no dia das eleições, a maioria compareça para votar. Nem que seja para protestar, é preciso e fundamental para a Democracia, a participação de todos. Votarei, participarei hoje. E qualquer que seja o resultado, um dos dois candidatos, professores Nelson Noronha ou Sérgio Freire, serão legitimados. Muito melhor que na última escolha, quando havia chapa única. Que vença o melhor ou o menos ruim. Cabe a você avaliar, decidir e votar.

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terça-feira, 1 de dezembro de 2009

A Ufam é maior

Não consigo compreender como as pessoas, nas universidades brasileiras, em especial na Universidade Federal do Amazonas (Ufam) decidem as coisas levando em conta as relações pessoais (ou a falta delas) em detrimento dos interesses institucionais. Está mais do que na hora de entenderem que o Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL) e a Faculdade de Educação (Faced) estão acima dos interesses pessoais, só para ficar nos dois exemplos mais próximos de consultas a serem realizadas. Na Faced, mais do que no ICHL, a “campanha” descambou para as ofensas pessoais e a baixaria explícita. Um nome como o da professora Arminda Mourão, por exemplo, não pode ser jogado na lama, tenha ela os defeitos (como pessoa) que possa ter. Deve ser respeitada pela história de trabalho e dedicação à Instituição, tanto dela quando do seu pai. Os episódios do ICHL e da Faced reafirmar a decisão inteligente de não participar do professo. E a cada dia que passa fica mais claro para mim que não devo nem conversar mais sobre eleições consultas e quetais. Acordem! A Ufam é maior que vocês, maior que todos nós.

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segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Vitória da persistência


Os estudantes do Instituto Natureza e Cultura (INC) da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), de Benjamin Constant deram uma lição de mobilização a todos os demais estudantes da capital e do interior. Resistiram a todos os tipos de pressão, mantiveram a greve e, enfim, o bom senso venceu: a diretora da universidade, professora Valdete Carneiro da Luz pediu para sair. Resta saber se a administração superior vai permitir que haja uma consulta para a escolha do novo diretor, nos moldes do que acontecerá na Faculdade de Educação (Faced) e no Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL). Não é certo que isso aconteça pois fazer consulta em Benjamin abriria espaço para que as demais unidades fora de Manaus exigissem o mesmo. E isso não é o desejo da reitoria. Pelo menos para agora. Porém, se a professora Márcia Perales cumprir o que falou no próprio debate em Benjamin Constant, a consulta será feita sem demora.

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domingo, 29 de novembro de 2009

Provincianismo acadêmico


A visão provinciana e estreita sobre universidade e sobre o sistema brasileiro de pós-graduação motiva os “sem-títulos” a contestarem o Currículo Lattes. Há que se ter um parâmetro para avaliar a produção dos pesquisadores brasileiros. A plataforma Lattes possui falhas sim, que são corrigidas constantemente. No entanto, deixar de avaliar um currículo sob o argumento de que “no Lattes se põe tudo” é, no fundo, um argumento frágil de quem não assume viseira política e a inveja em relação aos colegas titulados. Tanto nos concursos públicos quanto nas seleções para o ingresso nos programa se Pós-graduação o currículo é o componente que mais pesa na determinação ou não do ingresso de uma pessoa. Negá-lo é negar a própria carreira acadêmica e isso, nós, os pesquisadores-doutores das universidades brasileiras não podemos mais admitir. Estudar, passar quatro anos pesquisando e obter o título de doutor não pode ser vergonha para ninguém. Querem nos punir por pesquisar e se qualificar. Tenho vergonha, sim, dessa visão provinciana e atrasada a respeito da vida acadêmica. Portanto, até que se prove o contrário, todos os doutores brasileiros merecem meu respeito e minha consideração. Contrariamente, tenho cada vez menos respeito por aqueles que não concluíram seus cursos e, sem esconder a dor-de-cotovelo, atiram pedras em nós doutores: atitude mais provinciana não poderia existir.

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sábado, 28 de novembro de 2009

Dinossauros sem-títulos


Tenho claro e cristalino como a água que daqui para a frente, em quaisquer escolhas que tiver de fazer dentro da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), não escolherei, em hipótese nenhuma, quem representar (ou se aproximar) da espécie dos “dinossauros sem-títulos”. Meus leitores e leitoras ainda não sabem de quem se trata? É uma espécie formada por professores da Ufam (e das demais universidades brasileiras) composta por graduados, especialistas e mestres (ou admiradores destes) que, na grande maioria, foi liberada para cursar doutorado, usou o tempo máximo e todos os recursos públicos possíveis para tal, mas não defendeu a tese. Essa espécie tem visão distorcida, atrasada e torpe sobre a universidade e os colegas além de odiar incondicionalmente os doutores, sejam eles quem forem. Há exceções, é claro, desde que o doutor se deixe humilhar ou finja que acredita nas teorias do socialismo puro a enxofre que eles pregam. Representam o atraso e a idiotia baré. Por isso, não sossegarei um minuto enquanto não levar a extinção essa espécie que atrasa as universidades brasileiras.

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sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Direito de discordar


Recebi do professor Dr. Nélson Noronha, candidato a diretor do Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL), da Universidade Federal do Amazonas (Ufam). O seguinte e-mail, o qual reproduzo integralmente, não sem antes tê-lo consultado sobre a conveniência de: “Prezado Professor Gilson Monteiro, Com todo respeito, reitero que o Blog UFAM para o futuro, de sua autoria, tem sido, para a sociedade, um observatório da vida universitária. Muito tem contribuido para a informação dos cidadãos e o debate de idéias. A pluralidade tem tido nesse espaço um lugar indispensável para o enriquecimento de nossa consciência das coisas que vivemos aqui na UFAM e na cidade de Manaus. Mas, peço licença para discordar de sua afirmação de que os Planos apresentados pelos candidatos do ICHL são iguais. Diz o senhor que nunca viu nada tão igual. Mas o senhor mesmo ficou indignado contra a proposta do Professor Sérgio Feire de criação do Comitê Gestor da unidade. Pergunto ao senhor se viu coisa igual na proposta que eu e a Professora Márcia Eliane apresentamos. Pergunto também se crê que existe compatibilidade entre o princípio da gestão democrática do ensino e a atuação desse tal comitê. Um forte abraço do Nelson Noronha - candidato a diretor do ICHL.”

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quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Consultas na Ufam


A temporada de consultas começou na Universidade Federal do Amazonas (Ufam). Hoje, Arminda Mourão e Ana Castro, da Chapa 1, enfrentaram, em debate, Luiz Carlos Cerquinho E Thomé Tavares, da Chapa 2, pela diretoria da Faculdade de Educação (Faced). O auditório estava esvaziado e meia dúzia de pessoas discutia o destino da Faced. O processo de consulta, por lá, será no dia 10 de dezembro. No Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL), enfrentam-se Sérgio Freire e Rosemara Staub, de um lado; e Nélson Noronha e Márcia Eliane, de outro. Li as propostas das duas chapas e nunca vi tanta coisa igual. Com um detalhe: as propostas da dupla Sérgio Freire e Rosemara são uma extensão clara do que a Ufam usa na administração superior Como já comentei, querer criar no ICHL um Comitê Gestor e um Comitê Acadêmico é implantar de forma velada o mesmo modelo centralizador das unidades do interior.

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quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Na mosca


Nossas pitonisas, cartas de tarot, búzios e bolas de cristal merecem palmas! Sábado, dia 21 de novembro, às 11h51min, publicamos em http://www.blogdogilsonmonteiro.blogspot.com/,(não publicamos em http://www.gilsonmonteiro.net/ por problemas técnicos de acesso ao Painel de Controle) sob o título de “Placar antecipado”, Amazonino Mendes (PTB) e Carlos Souza (PP) não estava nem preocupados com o processo de cassação que seria julgado na terça-feira, dia 24. O placar seria 4 x 2 a favor de Mendes. O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Amazonas derrubou ontem, por 4 x 2 a decisão que cassara o prefeito e o vice por compra de votos. Os dois também foram absolvidos pelo “uso de caixa 2” pelo placar de 4 x 3. Acertamos na mosca o placar. Agora só falta Amazonino Mendes renunciar à Prefeitura, Carijó assumir, convocar novas eleições e Eduardo Braga ser o prefeito de Manaus até a Copa do Mundo. Aí, nossas “máquinas de prever o futuro” seriam convocadas até para os programas dominicais A partir de agora, certamente teremos mais leitores nos “seguindo” todos os dias. Desde já, nossos agradecimentos a todos e todas.

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terça-feira, 24 de novembro de 2009

Ufam desacreditada


O grande desafio da nova reitora da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Márcia Perales, é resgatar a credibilidade perdida. Durante a última campanha para a reitoria fui duramente criticado, inclusive pela própria candidata Márcia Perales, por ter, em uma entrevista, dito que “a Ufam estava na lama”. Retirada do contexto parece uma frase dura, mas, explicada, como o foi, demonstrava apenas que a credibilidade e a imagem da instituição foram completamente desacreditadas nos últimos oito anos. Por vários motivos que não cabem mais trazer de volta, inclusive maledicências e mentiras deslavadas espalhadas pelos adversários, perdemos as eleições. Como prega o dito popular “nada como um dia atrás do outros”, grande parte do que apontamos durante a campanha, dos problemas do Getúlio Vargas à imagem da instituição, agora se confirmam. A queda de 30% (trinta por cento) na procura de todos os cursos da Ufam não representa apenas o fato de haver, agora, novos cursos no Estado. Indica sim, que a credibilidade e a imagem da Instituição encontra-se aranhada. Reitora, parafraseando Roberto Carlos, “faça alguma coisa pela nossa Ufam”!

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segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Utilidade pública


Vou transformar o post de hoje em utilidade pública porque, na página da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) foi divulgado que o Calendário de Entrevistas seria do Mestrado. Trata-se, na verdade, do Calendário de Entrevistas do Doutorado em Sociedade e Cultura na Amazônia. Amanhã, dia 24 de novembro, das 9h às 12h, serão entrevistados os candidatos (as): Aglaia Barbosa Costa, Cássia Maria Bezerra do Nascimento, Francisca Jane Vieira Jatobá e Márcia Maria de Oliveira. É fundamental que todos os candidatos estejam presentes no local da entrevista a partir do horário de início das mesmas. Na tarde do dia 24 de novembro, das 14h30 às 17h30, serão entrevistados (as) os (as) seguintes candidatos (as): Socorro de Fátima Moraes Nina, Soraia Pereira Magalhães e Thatyana de Souza Marques. No dia 25 de novembro, quarta-feira, das 9h às 12h, serão entrevistados (as): Edilson Bacinello, Elizeu Vieira Moreira, Osmarina Godoy Lima e Raimundo Martins de Lima. Todos e todas que conhecerem um desses candidatos dentro e fora da Ufam, por favor, avisem sobre o calendário das entrevistas e alertem para o fato de que devem estar presentes no local desde o início do horário previsto independentemente da ordem de divulgação das entrevistas. E vamos encerrar essa nota de “utilidade pública” com os parabéns para uma das pessoas que mais exercitam o espírito público dentro da Ufam, o diretor da Faculdade de Medicina, professor Dirceu Benedicto Ferreira, que injustamente foi “expulso” do PET-Medicina e que hoje faz aniversário. Parabéns Dirceu, a Ufam que vai para o futuro pode estar em suas mãos.

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domingo, 22 de novembro de 2009

Ciberativismo e vigilância


Uma das boas discussões das quais participei no Simpósio da Associação Brasileira de Pesquisadores do Ciberespaço (ABCiber), em São Paulo, no período de 16 a 18 de Novembro, no Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) foi sobre ciberativismo e vigilância. Antes de quaisquer comentários sobre o tema, vale ressaltar que havia um número ínfimo de pessoas, como em quase tudo que se faz na universidade brasileira hoje. É contraditório, portanto, que se vá discutir ciberativismo com um número tão pequeno de pessoas. E esse é o ponto a se comentar: falta à universidade brasileira retomar o lugar da política em seu processo de formação. Em tempos de internet e dispositivos sofisticadíssimos de segurança e vigilância, não se pode esquecer a questão da invasão de privacidade. Chips obrigatórios nos veículos não nos levariam a pensar que o estado pode, em tempos não muito longínquos, exigir que cada um de nós, os seres humanos, sejamos portadores de um chip? Queremos ser monitorados 24h por dia? Esse é o cerne da questão. E isso envolve poder, portanto, política, algo que a universidade brasileira não pode se furtar em discutir, estudar e praticar.

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sábado, 21 de novembro de 2009

Falta de profundidade

As primeiras propostas dos candidatos a diretor do Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL) revelam a falta de profundidade que marcará a campanha. Durante duas disputas pela reitoria da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) demonstrei minha indignação em ter de discutir banheiros. Pois não é que no âmbito do ICHL, ao que parece, quem prometer mais sobre os banheiros, corre o risco de ser o vencedor? É o cúmulo do absurdo. Não é possível que estudantes r professores não entendam que o ICHL mudou o perfil. Hoje é um instituto com seis programas de Pós-graduação. Precisa, portanto, ser discutido do ponto de vista estratégico para a própria concepção de universidade. É o instituto capaz de viabilizar a formação humanística e plena para o exercício da cidadania. Ao contrário disso, parece buscar um veio de prestação de serviços. Não dá para comparar o ICHL com a Faculdade de Tecnologia na captação de recursos. A nós, ichlianos cabe pensar o processo de trocas de saberes. Cuidar dos banheiros da Ufam inteira é dever da Prefeitura do Campus que, se não o faz, é por falta de pulso e vontade política da Administração superior.

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sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Novo comitê gestor?


Todas as vezes que precisamos do professor Sérgio Freire no Programa de Pós-graduação em Ciências da Comunicação (PPGCCOM) da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) ele sempre foi solícito e atuou com profissionalismo. O fato de ter assumido como vice biônico no Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL) fragiliza-o politicamente. Louvo, porém, o fato de ele ir às urnas agora e submeter-se à consulta pública. Em vencendo, legitima-se com toda certeza. Mas, essa de criar um Comitê Gestor no ICHL não passa de uma estratégia do grupo maior que ele representa para esvaziar de vez as estâncias existentes e abrir caminho para a implantação de um modelo centralizador e autoritário semelhante ao das unidades do interior. O Comitê Gestor da administração superior dar um ar de democracia às decisões mas, no fundo, serve de lócus para se criar uma teia de troca de favores que fortalece os grupos de poder e enfraquece as instâncias legais da instituição. As experiências ruins da Ufam não devem ser replicadas nos Institutos. No entanto, se Sérgio Freire acredita, tem todo o direito de defender a criação desse comitê. Respeito sua proposta mas, desde já, posiciono-me contra. O Conselho Departamental do ICHL já existe e deve ser fortalecido por todos nós dos departamentos. Essa é nossa obrigação e não nos sentirmos seduzidos por um novo comitê. É o que penso e tenho dito!

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quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Exerício da cidadania acadêmica


No momento em que se divulgam vários resultados dos processos de seleção para o ingresso nos cursos de Mestrado e Doutorado da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), deve ficar bem-claro a todos que recorrer, para quem se sente prejudicado, é um ato de exercício da cidadania acadêmica. É algo natural e, o fato de haver recurso, não significa que houve fraude ou que o processo corre riscos de anulação. Por outro lado, os professores que fizeram parte das bancas também não devem encarar o recurso como uma expressa manifestação do candidato contra o avaliador. Todos cometemos equívocos e falhas e, em alguns casos, os candidatos tem razão, em outros não. Logo, ambos os lados envolvidos na questão não devem ter melindres. Faz parte da vivência em um Estado democrático de direito, sem quaisquer tipos de traumas.

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quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Motivo de orgulho


Um dos indicadores de que um professor começa a entrar na galeria dos mais experientes (eu diria até, dos mais velhos) é quando uma de suas alunas (ou alunos) começa a apresentar trabalhos em congresso junto com ele. Ontem, na Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), no Eixo 5: jornalismo e novas formas de produção da informação, ao apresentar o Arrigo científico “A prática do jornalismo em redes no Am@zon@s: do jornalismo digital ao jornalismo em tempo real”, fui surpreendido pela estudante de mestrado da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) Joyce da Silva Souza. Ela apresentou, logo após o meu trabalho, o artigo “Blogs jornalísticos: do jornalismo técnico ao subjetivo e intransferível”. Joyce Souza é ex-estudante de jornalismo do Curso de Comunicação Social da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), mora em São Paulo desde 2005, e fora orientada por mim no Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). O III Simpósio Nacional da Associação Brasileira de Pesquisadores em Cibercultura (AbCiber), além dos contatos acadêmicos que podem resultar na ida de André Lemos a Manaus, proporcionou-me esse momento emocionante de apresentar um trabalho ao lado de uma antiga estudante da Ufam, hoje do mestrado da PUC-SP. É um indicador acadêmico e motivo de orgulho.

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terça-feira, 17 de novembro de 2009

Participação política e jornalismo em redes


“A prática do jornalismo em redes no Am@zon@s: do jornalismo digital ao jornalismo em tempo real” é o título do artigo que será apresentado hoje pelo professor Gilson Monteiro no Simpósio Nacional da Associação Brasileira de Pesquisadores em Cibercultura (AbCiber) que acontece até amanhã na unidade de São Paulo da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM). Ele apresentará, também, o artigo “e-Particpaçào Política?” elaborado pela estudante de mestrado em Ciência da Comunicação da Ufam, Cleamy Marialva, sua orientanda. O artigo também é assinado pelo orientador, que não irá a São Paulo. São dois trabalhos acadêmicos que demonstram o espaço que o PPGCCOM da Ufam começa a adquirir nos seminários, simpósios e eventos nacionais e internacionais.

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segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Simpósio Nacional da AbCiber


Acontece hoje, em São Paulo, na Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), a abertura do Seminário Nacional da Associação Brasileira de Pesquisadores em Cibercultura (AbCiber). A conferência de abertura será feita pelo convidado internacional, Olivier Dyens, da Concória University. Ele falará sobre “A condição humana: ensaio sobre a tecnologia”. O professor Gilson Monteiro, coordenador do Programa de Pós-graduação em Ciências da Comunicação (PPGCCOM) da Universidade Federal do Amazonas (Ufam),não participa hoje da conferência de abertura mas estará em São Paulo amanhã para apresentar trabalho. Seu texto sobre a prática do jornalismo em redes foi aceito para ser apresentado no Congresso. Ele também apresentará um artigo da estudante de mestrado em Ciência da Comunicação da Ufam, Cleamy Marialva, sua orientanda, que não irá a São Paulo.

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domingo, 15 de novembro de 2009

Idiotia eleiçoeira


Há uma turma de professores míopes (ou até mesmo babacas) do Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL) que se auto-intitulam analistas políticos (também vale a denominação de cientistas políticos) e fazem análises mirabolantes. Uma delas seria a de que “a plataforma do Gilson é uma ótima administração na direção do ICHL para depois chegar à reitoria”. Esse tipo de análise se encaixa na nova categoria criada por Márcio Souza, a da idiotia baré, que está bem acima da antiga categoria da “leseira baré”, também criada por ele. Ainda que fosse verdadeira a leitura do tal cientista político, não seria legítima? O que acontece é que esses cientistas, no fundo, fazem parte daquela categoria dos que “mamam nas tetas”, da Fapeam, da Sect, do Governo e quetais. Assumem um discurso dito de esquerda dentro da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), mas, no fundo fazem o “jogo” de quem estiver no poder. Eu diria que, por ingenuidade, babaquice (aliás, melhor usar a denominação de Márcio Souza, idiotia) ou porque gostam mesmo de dobrar os joelhos. E era nesse cenário de “fogueira das vaidades” ou de pura idiotia baré que pessoas lúcidas me incentivaram a ser candidato ao ICHL. Discutimos, avaliamos e concluímos que ser candidato agora seria entrar exatamente na fogueira das vaidades e da idiotia. Lutar contra duas candidaturas do mesmo campo de sustentação da reitoria seria cometer suicídio político. Somos oposição a esse grupo que está aí por convicção. Por acreditar que a universidade é o lócus da liberdade, da democracia e do exercício pleno da cidadania. Enquanto houver interferência externa com o único fim de massacrar as vozes de oposição, não farei parte da idiotia eleiçoeira. Meus cumprimentos e respeito aos dois candidatos com votos de que consigam mobilizar e retirar o ICHL do marasmo administrativo e político em que se encontra.

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sábado, 14 de novembro de 2009

Universidade cidadã


Tratar a greve dos estudantes e professores do Instituto de Natureza e Cultura da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), de Benjamin Constant simplesmente com base no Estatuto da Ufam é, no fundo, defender um modelo autoritário e centralizador imposto às unidades do interior e que tentam trazer para a capital. O fim dos departamentos não representa apenas uma ameaça à democracia. É, na verdade, trazer para Manaus o modelo aplicado no interior que tem só um ponto positivo: devolver a capacidade de mobilização e luta aos estudantes, professores e técnicos. A revolta em Benjamin Constant não é apenas contra a diretora, Valdete Carneiro da Luz. Ë, acima de tudo, a revolta de pessoas que acreditam em uma universidade cidadã, democrática e participativa. Durante a consulta pública defendi, com unhas e dentes, o direito de a comunidade escolher seus diretores no interior. Não mudei e não calo! Essa turma que está no poder na Ufam representa oito anos de autoritarismo, clientelismo, nepotismo e troca de favores. Não posso aceitar esse tipo de prática. Enquanto tiver forças, lutarei por uma universidade democrática e cidadã. Os crápulas que me criticam pelos corredores são os mesmos que se alinham ao poder do Estado (e à intervenção deste na Ufam). Esses pulhas deviam ter vergonha da posição covarde que assumem diante da greve de Benjamin Constant.

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sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Manipulação indevida


Incrível, fantástico, extraordinário. É de morrer de raiva! Entendemos a revolta dos professores e estudantes do Instituto de Natureza e Cultura da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), de Benjamin Constant. No entanto, não dá para manipular informações e nos jogar na cova dos leões como se estivéssemos a fazer oposição irresponsável. Ontem, ao darmos a nota sobre a GREVE, não tivemos acesso à Portaria 2.491 2009. Hoje fica muito claro que a Comissão foi criada para apurar tanto as denúncias contra a Diretora da Unidade Valdete da Luz Carneiro quanto as denúncias que ela fez em Manaus. Afora a crítica, que ainda mantenho, de tratar uma greve, que é política, com o olhar meramente administrativo, devemos admitir que se trata de um procedimento administrativo cabível. É apenas na discussão política que se deve pautar o olhar para o ato. Assim, nem no regime militar se podia fazer denúncias irresponsáveis.

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quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Comissão apura greve de Benjamin


Incrível, fantástico, extraordinário. É de morrer de rir! Desde o dia 28 de outubro os estudantes do Instituto de Natureza e Cultura da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), de Benjamin Constant, entraram em GREVE. A direção da unidade não deu resposta ao pedido de regularização do transporte dos estudantes que moram em Tabatinga. Isso gerou uma série de reivindicações dos estudantes e a resposta da diretora, professora Valdete da Luz Carneiro, segundo os estudantes e alguns professores, foi "eu não estou nem aí com a infelicidade de vocês". A resposta da diretora gerou revolta e insatisfação dos estudantes. Os professores da unidade, em assembléia, decidiram apoiaram as reivindicações dos estudantes e hoje a unidade se encontra em um processo de desgovernabilidade. Professores e estudantes pediram a abertura de uma investigação sobre: o uso dos recursos da unidade e os processos de perseguição contra os professores dentre outras coisas. A resposta da reitoria da Ufam é, no mínimo, hilária e não condiz com os tempos de liberdade em que vivemos. Baixou a Portaria 2.491 2009 para analisar os fatos colocados pelos professores e apurar as denúncias que a Diretora da Unidade Valdete da Luz Carneiro fez em Manaus. Ou seja, que está sob suspeita e sob o fogo cruzado de estudantes e professores é a diretora, no entanto, foi aberta uma comissão de sindicância para apurar as denúncias feitas pela diretora contra os professores e estudantes do INC UFAM Benjamin Constant?! Nem no regime militar!!!

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quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Argumentos pouco convincentes


A constante exigência de produtividade por parte da Capes e das Agências de Fomento me foi apontada por alguns colegas como o fator preponderante para o comportamento pouco ético de doutores ligados aos programas de Pós-graduação das universidades brasileiras. É bem verdade que não seria nada fácil para a reputação acadêmica de muitos doutores seus programas serem fechados por “falta de produtividade” dos seus professores. Recorrer a artifícios duvidosos para “engordar” a produtividade, no entanto, parece ainda mais grave. Não devemos esquecer, também, que as regras são estabelecidas pelos próprios pares. Portanto, criar regras rigorosíssimas para, em seguida, recorrer a artifícios nada éticos é uma postura que deve ser repensada pelos professores universitários. O que não podemos admitir são citações sem que as fontes sejam mencionadas. Esse roubo acadêmico não deve ser tolerado.

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terça-feira, 10 de novembro de 2009

Microssaia justa


A Universidade Bandeirante (Uniban) passou a usar uma microssaia bem menor do que a usada pela estudante Geisy Arruda, pois, reitor da Instituição, Heitor Pinto Filho, decidiu no início da noite de ontem, anular a expulsão da estudante. A expulsão tinha sido decidida pelo Conselho Universitário (CONSU) da instituição, mas o assessor jurídico da reitoria, Décio Lencioni Machado, garantiu que ao decisão foi tomada como “pessoa física”. A estudante fora hostilizada e sofreu assédio e ameaças de agressão, dia 22 de outubro, por cerca estudantes alunos após usar uma microssaia. Com a decisão de voltar atrás, agora quem fica com a microssaia é a própria Instituição. A reação de boa parte da sociedade brasileira foi fundamental para a estudante não fosse execrada publicamente. O fato de a expulsão ter sido anulada não impede que mantenhamos a mobilização. Continuemos a assinar o documento on-line de repúdio contra o ato de selvageria dos estudantes da Uniban. Assim, mostraremos que não estamos dispostos a atura essa postura covarde, retrógrada e conservadora dos estudantes.

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segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Puta! Puta! Puta!

É impressionante como as coisas mudam. Em maio de 1968 os estudantes iam às ruas para gritar Luta! Luta! Luta! Em maio de 2001 a palavra de ordem dos jovens sonhadores era Lula! Lula! Lula! Hoje, com o avanço do conservadorismo e do fundamentalismo nas universidades brasileiras, os estudantes da Uniban (que a minha colega da Compós Ivana Bentes passou a chamar brilhantemente de UNITALIBAN) passam a gritar Puta! Puta! Puta! Fico a imaginar: será que quando fui agredido em pleno auditório Solimões, do Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL) da Universidade do Amazonas (Ufam) alguns estudantes, pelo menos mentalmente, não estariam gritando: Bate! Bate! Bate!? E quando o irmão do vice-governador do Amazonas, Omar Aziz, fez o gesto de descarregar uma arma fictícia em mim, não seria exagero imaginar que uma trupe berrasse Mata! Mata! Mata! Ou, quando o irmão do governador Eduardo Braga, Carlos Braga, tentou quebrar o dedo do radialista Joaquim Marinho, a brava juventude que “tem orgulho de ser amazonense” não gritaria Quebra! Quebra! Quebra! O que essa ditadura fundamentalista baseada em clientelismo e troca de favores que se ergue em alguns estados e no poder central precisa fazer para nos revoltarmos, para reagirmos? A ditadura baseada no massacre da maioria contra as minorias talvez seja mais dura e dolorosa que os governos militares pois age baseada na legitimidade do voto. A reação contra a estudante da UNITALIBAN é só uma face do conservadorismo que tomou conta da sociedade e dos nossos antigos ícones da chamada esquerda. Fiquemos de olho em todos os contornos desse novo rosto da sociedade brasileira e não deixemos de reagir. Uma boa forma de reagir é assinar o documento on-line contra a expulsão covarde, retrógrada e conservadora da estudante.


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domingo, 8 de novembro de 2009

Ladrões titulados


Não me venha com essa história de esquecimento. O que ocorre hoje no Brasil (e pelo jeito no mundo) em relação aos trabalhos acadêmicos são posturas cada vez mais dolosas. Muitos doutores e mestres brasileiros poderiam ser acusados de formação de quadrilha sem a menor chance de se cometer injustiças. Afora reservas éticas que se deve respeitar, há uma turma numerosa que troca trabalhos, orienta estudantes na elaboração de projetos e depois participa das bancas de seleção como se isso fosse a coisa mais natural do mundo e, por fim, entope os trabalhos dos orientados com o nome do orientador e mais uma lista de colaboradores que nem tocam nos artigos. Se isso não é formação de quadrilha, não sei mais como tipificar o crime. Para completar, não citam as fontes de onde “roubam” as idéias, porque, a meu ver, não citar as fontes é roubo e ponto final. Até a reitora da Universidade de São Paulo (USP), doutora Suely Vilela, está envolvida em um caso com dimensões semelhantes às que levantamos aqui. Um artigo de uma aluna de doutorado em Pedagogia da USP recebeu a “colaboração” (vejam o termo usado para não faz nada nos artigos científicos) de mais dez professores doutores, dentre eles a própria reitora da USP. No artigo havia fotos e frase plagiadas. Há que se montar uma força-tarefa nas universidades brasileiras contra o roubo titulado enquanto é tempo sob pena de a Pós-graduação no País, construída com o suor de muitas pessoas honestas, perder completamente a credibilidade.

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sábado, 7 de novembro de 2009

Diretores biônicos


A forma como a greve dos estudantes da unidade de Benjamin Constant da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) é tratada só demonstra uma coisa: por mais que haja uma tentativa explícita de se negar, a administração atual é uma extensão da administração Hidembergue Ordozgoiht da Frota. É evidente, e isso também não se pode negar, que a reitora Márcia Perales, tenta humanizar mais as relações. No entanto, permanece a ideia de “assepsia política”. A greve de Benjamin Constant não pode ser vista apenas como uma reação à diretora da unidade. É preciso se fazer uma leitura política: trata-se de um modelo administrativo centralizador e autoritário que deu errado. Portanto, é responsabilidade sim da administração superior agir para que a rota seja corrigida. Muito me admira que uma reitora e um vice-reitor, escolhidos diretamente pela vontade da comunidade ainda mantenham diretores biônicos. Por mais que tenha respeito aos professores Márcia Perales e Hedinaldo Narciso, acima de qualquer coisa, meus colegas de trabalho, defenderei com unhas e dentes o direito de toda a comunidade dos Campi da Ufam de se manifestarem sobre quem irá dirigi-los. É, na melhor das hipóteses, o mínimo de coerência que se pode exigir. Afinal, os votos dos estudantes, técnicos e professores do interior servem para eleger a reitora, mas não se pode nem pensar nos mesmos votos para escolher os diretores?

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sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Greve ganha força em Benjamin Constant


A greve dos estudantes da unidade de Benjamin Constant da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) completa hoje oito dias sem uma solução. O vice-reitor, Hedilnaldo Narciso deixou bem claro aos estudantes que “eles (a administração superior) não tem autoridade para tirar a professora Valdete Carneiro do poder”. Ontem os estudantes paralisaram biblioteca, a assistência social, a sala dos professores e a diretoria. Os estudantes fizerem “barulhaço” e não deixaram a parte administrativa funcionar. Eles estão decididos a permanecer em greve enquanto a diretora não for retirada. A ida do vice-reitor a Benjamin Constant parece ter sido apenas uma tentativa da administração superior de amenizar a situação. Com o lema “quando mais enrolar a greve vai continuar”, os estudantes garantem que vão às últimas conseqüências para garantir que sejam realizadas as eleições para a direção da unidade. Volto ao conclamar às lideranças democráticas da Ufam para garantirem, imediatamente, a realização de uma consulta pública para decidir quem serão os administradores das unidades do interior.

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quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Consulta no ICHL


Estão abertas e vão até o dia 13 de novembro de 2009 as inscrições para a Consulta à comunidade que escolhera o Diretor e o Vice-diretor do Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL) da Universidade Federal do Amazonas (Ufam). A consulta está prevista para ocorrer no dia 02 de dezembro e o novo diretor (ou diretora) assume no dia 5 de março de 2010. Por mais que se queira dissociar a atual consulta da disputa para a reitoria da Ufam ocorrida este ano, o processo caminha para uma espécie de “terceiro turno”. O grupo que apoiou a candidatura da professora Márcia Perales parece não abrir mão de lançar várias candidatos para enfraquecer a oposição. A tática foi utilizada nas três últimas consultas e “deu certo”. A vaidade pessoal pode, mais uma vez, deixar que o grupo ligado à atual reitoria vença de novo.

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quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Exagero oficial


Tenho o maior respeito pela professora Márcia Peralhes, reitora da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), escolhida pela comunidade. Mas, alguém precisa avisar aos assessores dela que a Ufam administrada por eles deve ser totalmente diferente da Ufam que vivemos no dia-a-dia. Há no próprio site da instituição uma nota cujo título é “Seminário finaliza com 270 ações inovadoras”. Dizer que em três meses de administração foram implantadas 270 ações inovadoras ou é uma tentativa de bajular a chefe ou uma determinação oficial de se livrar da imagem da antiga administração à qual essa está ligada até o pescoço. Nos dois casos, a emenda sai pior do que o soneto, pois, se em três meses foi preciso mudar 270 processos de gestão é sinal de que o legado administrativo do professor Hidembergue Ordozgoith da Frota foi um dos piores dos últimos anos da instituição. E, se isso é verdade, descolar-se da administração anterior é mesmo uma medida de urgência.

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terça-feira, 3 de novembro de 2009

Retrocesso inaceitável


Há uma corrente de professores e técnicos da Faculdade de Educação (Faced) que defende uma discussão sobre a consulta à comunidade para a escolha de diretor e vice-diretor da unidade. É inadmissível que um avanço conquistado a duras penas pelos movimentos organizados da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), seja posto em xeque. Então, a comunidade da Ufam não concordou com a escolha da reitora realizada de forma direta? Ou será que é legítimo escolher direção maior da universidade, porém, os demais cargos devem ser indicados pelos conselhos? É bem verdade que, em alguns casos, a Ufam passa pelo processo que denomino “democratite aguda”, ou seja, um processo de inflamação da democracia. No entanto, é na universidade brasileira que devemos aperfeiçoar a democracia representativa e não ceder aos rompantes do tempo administrativo. Deixar que os conselhos escolham os diretores das unidades é um retrocesso inaceitável.

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segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Vanguarda do atraso


A estudante de turismo Geisy Arruda, de 20 anos, que foi hostilizada pelos colegas na Universidade Bandeirante de São Paulo (Uniban) por usar um microvestido, revelou que professores e funcionários também participaram do ato de vandalismo. O fato de usar microvestido não transforma ninguém em prostituta. Em um programa de televisão de São Paulo, reproduzido pelo jornal Folha de S. Paulo, Geisy Arruda argumentou: “Como um aluno vai ter atitude decente se os próprios professores e funcionários apóiam as hostilidades?” Não é possível que se esteja deixando a hipocrisia e o reacionarismo invadir o ambiente universitário. Que a universidade brasileira enfrenta um momento de atraso miopia política, isso ninguém pode negar, mas chegar a ponto de um professor ser agredido em sala-de-aula e uma estudante ser hostilizada por usar uma microssaia é algo inadmissível. Será que vamos aceitar passivamente reações fundamentalistas ser reagirmos? Não posso crer que a universidade brasileira hoje seja a vanguarda do atraso.