sábado, 31 de outubro de 2015

A pesquisa e a ética intelectual

Desde que iniciei estudos mais aprofundados sobre Metodologia da Pesquisa Científica, a ponto de publicar um livro, Guia para a elaboração de trabalhos acadêmicos, dissertações e teses (segunda edição, Edicon, 2002), o fiz com uma convicção: as normas técnicas só existem para que o pesquisador, de forma simplificada, demonstre sua ética intelectual. E qual é a demonstração mais clara desta ética intelectual? A citação das fontes nas quais o pesquisador “bebeu”. As normas, portanto, não passam de um padrão, de uma formatação geral mais aceita pelos pares, pela comunidade científica. Citar, ao nosso ver, não passa de uma forma claramente definida de se demonstrar a ética intelectual. A prática de respeitar o trabalho o outro, no entanto, não pode ser cobrada somente na universidade. Desde cedo, o estudante precisa ser acostumado a citar as obras como forma de respeitar o esforço acadêmico alheio. Em assim não sendo, as normas técnicas não passam de entulho.


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

A Ciência de joelhos no Congresso

Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), de São Carlos, tiveram de se ajoelhar no Congresso Nacional para que, após 20 anos, a fosfoetanolamina sintética, capaz de imitar células do corpo humano e sinalizar as que são cancerosas, possa ser usada em testes, nos seres humanos. Nos últimos 20 anos, é a única substância com probabilidade de dar esperanças a quem possui células cancerosas no corpo. O líder do Grupo de Pesquisa que estuda a substância há 20 anos, Gilberto Chierice, hoje se encontra aposentado pela USP de São Carlos. Ainda assim, esteve no Congresso Nacional para defender o uso da substância em humanos. Laboratórios do mundo inteiro já se interessaram pela compra da patente, mas, os pesquisadores querem desenvolver a substância e distribuí-las em laboratórios públicos, como deve ser em caso de patentes financiadas com recursos públicos. Talvez aí esteja a chave para o descaso com a pesquisa até então: a não geração de lucros para empresas. A pesquisa de joelhos jamais servirá a sociedade. O caso da fosfoetanolamina sintética deve ser basilar para repensarmos a própria Ciência no País. Com um alerta: caso seja comprovada a eficácia da substância, o Brasil tem a chance de, efetivamente, ter o seu primeiro Prêmio Nobel.


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

O cada vez mais negócio-Educação

O fato de hoje ser gestor na Universidade Federal do Amazonas (UFAM) não me fez mudar de ideia ainda. Não vejo a Educação como negócio. Logo, não se pode fazer concessão para a exploração pela iniciativa privada como se faz, por exemplo, com o transporte coletivo. É, no fundo, o que se tem defendido hoje. Chega-se ao absurdo de dizer que o Ensino de graduação deve ser transferido totalmente para a iniciativa. O papel das universidades públicas seria desenvolver a Pesquisa e a Pós-graduação. Pois não é que esta visão, que considero completamente equivocada, mudou! Com o pagamento de mensalidades no Mestrado Profissional, a iniciativa privada passa a concorrer com as instituições públicas em um nicho de mercado que, antes, era público e não funcionava de acordo com a lógica do mercado. Nitidamente, o que se quer é reduzir, ao máximo, o uso dos recursos federais na Educação Superior. E fazer com que a Educação se transforme em negócio, em todos os níveis. Aos poucos, nem bolsas a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) oferecerá. Regulará apenas o “mercado”. Será uma espécie de CADE da Educação. Quem viver, verá!


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

O bem-servir como meta

Nós, os servidores públicos, devemos ter como meta permanente o bem-servir. É primordial, principalmente em uma data comemorativa como a de hoje, refletirmos sobre a imagem generalizada que a sociedade faz de nós, como se fossemos sinônimos de serviços prestados com qualidade duvidosa. Somo fundamentais para a sociedade e precisamos assumir o papel de percussores da mudança essencial para nós dentro da sociedade. E isso só ocorrerá quando o bem-servir fizer parte da nossa cultura. E a sociedade reconhecer a presteza e a habilidade com que prestamos nossos serviços. Nas sociedades modernas, atendimento é tudo. E, certamente, seremos mais valorizados quando tivermos o reconhecimento pelo que fazemos. Aí sim, as datas comemorativas terão um real motivo. Por enquanto, temos um arrocho que nos enfraquece. Mas, não devemos deixar que o cenário econômico afete a nossa meta de servir bem.


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

terça-feira, 27 de outubro de 2015

A crise não justifica a cobrança


Cansei de ouvir argumentos, de todos os lados, que “o momento atual não permite que as universidades públicas” abram mão da cobrança de mensalidades. Vírgula e vírgulas! Este não pode ser o discurso que venha justificar a cobrança de mensalidades, principalmente no Mestrado Profissional. Uma coisa é regulamentar a prática antiga de se cobrar mensalidades. Outra é empurrar o Mestrado Profissional no bolo dessas cobranças como forma de captar recursos para as universidades públicas. Se a questão for apenas a captação de recursos e a saída paulatina do Estado do financiamento da Pesquisa, da Pós-graduação e do Ensino Público, a discussão é outra. Não é a crise que justifica a cobrança, mas, o modelo que financiamento público. Abrir o jogo e discutir, às claras, com a sociedade, o projeto de “estado mínimo na Educação” é outra coisa bem-diferente. Queremos aprofundar o debate? Espero que assim seja e não se resuma apenas à cobrança de mensalidades na Pós-lato, nos Mestrados Profissionais e nas Atividades de Extensão.


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

domingo, 25 de outubro de 2015

O rock que os filhos nos ensinam

Primeiro foi o show do Foo Figthers. Não contentes, os meninos, meu filho e minha filha, me fizeram vir a São Paulo para o Show do Muse. Minha estreia no Rock, portanto, foi de máxima qualidade. Embora o Allianz Parque não estivesse lotado, valeu a pena a espera de mais de cinco horas. Entramos no estádio por volta das 16h. Os primeiros acordes de Matthew Bellamy soaram por volta de 20h50. Depois Christopher Wolstenholme e Dominic Howard fizeram o público vir ao delírio. Foram duas horas de um som pesado, com o qual me acostumei, ensinado pelos filhos. O que eles me ensinaram ao longo desta jornada de pai? A viver, a saber esperar mais de cinco horas para vê-los com os olhos brilhantes, felizes. Filhos talvez nos ensinem a amar, com toda a plenitude do amor, digamos, verdadeiro. E para aproveitar que estamos aqui, hoje, a estreia da estrela Pop no Brasil, Adriana Grande. Haja fôlego. As férias prometem!



Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

sábado, 24 de outubro de 2015

Alerta contra a cobrança de mensalidades

Toda a comunidade universitária brasileira, especificamente das universidades públicas, deve ficar muito atenta e, em vigília, relativamente à PEC aprovada em primeiro turno, que altera o Artigo 206 da Constituição, a “gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais" não se aplica nos casos de pós-graduação, cursos de extensão e mestrado”. Que as universidades públicas já cobravam mensalidades ou taxas pelos cursos de Especialização Lato Sensu e de Extensão, todos sabemos e quem finge não saber, no mínimo, o faz por conveniência. Mas, permitir que haja cobrança de mensalidades pagas diretamente pelos estudantes nos mestrados profissionais é decretar a retirada do Governo do financiamento do Ensino Público superior. O modelo misto de financiamento, está em vigor há tempos. O que a PEC faz é ampliá-lo. Devemos refletir profundamente sobre a mudança proposta.


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

A peruada da USP

Hoje, ao chegarmos em São Paulo, eu e meus dois filhos, nos deparamos com homens e mulheres, todos fantasiados, pelo centro de São Paulo. Era a tradicional festa dos estudantes da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), que se reúnem no Largo do São Francisco, centro de São Paulo, para a festa denominada “Peruada”. É como se todas as peruas da cidade se reunissem em um só lugar, para comemorar a vida. A festa, ainda que algumas críticas existam, demonstra a força que a USP tem junto a comunidade de São Paulo. A cidade inteira, o dia todo, tem a marca do bom humor dos estudantes da USP. Para se ter uma ideia, nos ônibus, metrôs e nas ruas, entre 21h e 22h, estudantes ainda eram vistos voltando da festa. Há mobilização intensa de jovens, capazes de transformar o dia a dia de uma cidade. A USP, quaisquer que sejam os fatos, claramente, demonstra que é reconhecida e faz parte da vida de São Paulo. Um desafio a ser enfrentado por todas as universidades.


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Câmara escancara as portas da universidade pública

A Câmara dos Deputados escancarou, de vez, as portas, janelas e frestas para que a Pós-graduação brasileira passe a ser financiada pelos estudantes. Pela proposta da PEC aprovada em primeiro turno, que altera o Artigo 206 da Constituição, a “gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais" não se aplica nos casos de pós-graduação, cursos de extensão e mestrado”. Ora, uma decisão dessas, que transfere às universidades da decisão de cobrar ou não dos estudantes pelos cursos de Pós-graduação que oferecem. Ainda que o texto aprovado não se refira diretamente aos cursos de Mestrado Profissional, da forma que foi aprovado, deixa margens até para a cobrança de mensalidade nos cursos de Mestrado e Doutorado diretamente dos estudantes. De forma pouco clara, o que a mudança proposta deixa evidente é: “numa época dessas de crise, de recursos rarefeitos, cobrar diretamente dos estudantes” pode ser a melhor saída. Particularmente, discordo frontalmente desta ideia de se cobrar diretamente, inclusive no caso dos Mestrados Profissionais. Como tendência, no entanto, vejo que, no Brasil, as universidades públicas passarão a cobrar pelos cursos de Especialização e Extensão (aliás, já o fazem há muito tempo. Só não ver quem não quer). É cinismo fingir que estas cobranças não acontecem. Agora, colocar no mesmo balaio da Especialização cobrada diretamente dos estudantes os cursos de Mestrado Profissional, é escancarar janelas e portas para a cobrança direta, em breve, de todos os níveis da Educação Superior. Tenho dito!


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

A dívida de generosidade com os estudantes

Nós, os professores e professoras, quer dos cursos de graduação, quer dos programas de Pós-graduação, temos uma dívida de generosidade em relação aos nossos estudantes que, talvez, jamais possa ser resgatada. Uma dívida que, se não começa no Ensino Básico, inicia-se na família. Não exercitamos nem a liberdade nem a autonomia. E, de repente, como em um passe de mágica, cobramos dos nossos estudantes maturidade e autonomia impossíveis de serem encontradas em quem saiu de um Ensino Médio frágil e castrador. Querer que um estudante chegue aos cursos de graduação preparados para enfrentar o ambiente (virtual) de liberdade e autonomia que a universidade brasileira finge ter só pode ser coisa de quem já foi afetado mentalmente pelo próprio sistema: é uma utopia. Ninguém se torna livre e autônomo da noite para o dia. Eis a nossa cristalina dívida. Ou a resgatamos sendo mais generosos com os estudantes (de graduação e pós-graduação) ou estaremos juntos a lamentar resultados pífios da escola do fracasso.


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

terça-feira, 20 de outubro de 2015

O humor variável dos rios

Ontem era a enchente que desabrigava e provocava estragos em Manaus e nos municípios ao longo dos rios. Hoje, a vazante já começa a assustar. Leandro Tocantins, em “O Rio comanda a vida”, em 1952, fora capaz de transformar em ciência a sabedoria popular. Entretanto, até hoje, ainda não se chegou a algum tipo de conhecimento capaz de se poder verificar, antecipadamente, os humores dos rios, ao longo do ano. É mais que evidente, a cada ano, que o poder público deve se unir às universidades para avançar, e muito, no estudo do regime das águas na Amazônia. Só assim, se poderá entender a variabilidade dos “humores” dos rios. Com uma certeza, no entanto: por mais que sejam profundos os estudos e, digamos, milimetricamente precisos, todo conhecimento que envolve os humores da natureza sempre terá como marca primordial a incerteza.


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

FAPEAM explica medidas admnistrativas

O diretor-presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM), René Levy Aguiar, convocou todos os pró-reitores de Pesquisa e Pós-graduação das instituições que recebem fomento da FAPEAM para explicar o problema com o atraso do pagamento das bolsas ocorrido este mês e as medidas administrativas que serão tomadas pela FAPEAM para, digamos, refinar os mecanismos de controle na aplicação dos recursos de fomento à pesquisa no Estado. O atraso no pagamento dos bolsistas, de acordo com o presidente da FAPEAM, não tem relação com as medidas a serem tomadas e ocorreu por problema operacionais no processo entre a FAPEAM e a Secretaria de Fazenda do Estado. Relativamente às medidas a serem tomadas para melhorar o controle das bolsas de Iniciação Científica, bem como de Mestrado e Doutorado, os pró-reitores foram convidados a enviar sugestões, que serão debatidas e consensualizadas em uma nova reunião, a ocorrer segunda-feira, dia 26, na própria sede da FAPEAM. O presidente desmentiu todos os boatos relativos ao órgão e garantiu que as medidas administrativas que já foram tomadas e estão em cursos possuem um único objetivo: garantir a boa aplicação dos recursos públicos e o efetivo controle dos mesmos


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

O saber universal e a universidade

A universalidade do saber parece se confundir com o conceito de universidade. Mas, ao meu ver, a universalidade do saber, por mais que pareça um mero jogo de palavras, não se confunde com o saber universal. Este último tem mais relação com a crença de que “o universo conspira”. O saber universal, portanto, é o saber do próprio universo, da terra, das coisas, digamos, do instintivo, do intuitivo. E este saber, também é uma mera opinião, parece completamente distante da universidade. É verdade, não se pode negar, que existem espasmos, resistências. De muitos poucos, para trazer o sentimento, o saber universal, o saber intuitivo para dentro da universidade. A única garantia que se tem, no entanto, é a da própria resistência como forma de tentar abrir frestas para este saber intuitivo. Ele ainda está longe de ser reconhecido e valorizado dentro da universidade.

Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.


OBS: Post do dia 18/10/2015

sábado, 17 de outubro de 2015

Pilares que não existem na universidade

Dia desses li o comentário de uma estudante de Pós-graduação da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) com tantos equívocos de dar dó. Dizia ela que certo professor, considerado por ela “um dos pilares da UFAM”, propagava que seu Programa “era inovador”, mas, “não levava em conta” as dificuldades que os estudantes passavam. Ponto de discórdia número um: não há professor nenhum, ou professora, que seja pilar de uma universidade. A base de qualquer universidade é o processo decisório democrático. Logo, as decisões são tomadas em Coordenações (colegiadas) e Conselhos. Não há pilares assim como não há professor nenhum que seja dono de quaisquer programas de Pós-graduação, muito embora, em alguns casos, muitos façam parecer que é assim que funciona. Por fim, o mais grave equívoco: o fato de uma proposta de programa ser inovadora, não garante que os estudantes do Programa não possam enfrentar dificuldades. Com cortes de 75% promovido pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e o recadastramento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM), que também significa cortes, é pouco provável que os estudantes, bem como os programas, não tenham dificuldades. Pilares, em qualquer programa de Pós-graduação, são as pesquisas e seus estudantes. Que podem (e devem) ser inovadores sempre. Ainda que o ambiente seja de crise.


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

A densa fumaça sobre o jornalismo

Há densa fumaça sobre o jornalismo que se pratica no Amazonas. Prova disso são as trapalhadas que se lê e se ouve, capazes de mudar até o sentido de o que se disse ou de o que se quer dizer. Dia desses ouvi um repórter que faz a cobertura para um programa de TV em um helicóptero. Ele insistiu que a fumaça que encobria Manaus era tensa. Imaginei que ele quisera dizer que a fumaça era intensa. Ou então, densa. A não ser que “tensa” seja uma forma apocopada de “intensa”, não faz o menor sentido. Muda, radicalmente, o que se quer dizer em relação ao que se disse. Fato similar ocorreu em relação a uma entrevista dada pela reitora da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) a um dos jornais da cidade. Frase da reitora: “A força da greve e os prejuízos que ela traz”. Manchete do jornal: “A força da greve é o prejuízo que ela traz”. Meu filho diria: “Papai, este jornal mitou”.


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Minha homenagem à professora de vida

Por uma questão de justiça, todos os dias 15 de outubro, data que se comemora o Dia do Professor (deveria ser, também da professora), tenho o dever de prestar uma homenagem, até o dia que morrer, a minha professora de vida, Clotilde Alves Vieira Monteiro, minha mãe. Não apenas pelo fato de ser mãe, mas, por ser “professora de vida” para os filhos, netos, amigos e estudantes que por ela foram alfabetizados. Dona Clotilde, como é conhecida em Sena Madureira, minha cidade natal, talvez seja a mais condecorada educadora do município. Merecia ser do Estado. Não por ser minha mãe. Mas, pela educadora que é e sempre foi. A Senhora ensinou a mim, aos meus irmãos, aos netos e a todos os seus ex-alunos a viver. É um exemplo de vida para todos nós. Por isso, no dia 15 de outubro, devo reverenciá-la como professora e exemplo de vida. Parabéns professora Clotilde. Parabéns, minha mãe!


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

O caramujo nas pesquisas no Amazonas

Fontes próximas ao governador José Melo (PROS) dizem que ele nunca falou a frase a ele atribuída sobre as pesquisas com caramujos no Amazonas, que virou até motivos de piadas. A Comissão Especial, criada para aprimorar os mecanismos de controle dos benefícios concedidos pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM) não tem o objetivo de fazer “auditoria de qualidade” na concessão de bolsas nem de suspender quaisquer dos benefícios atualmente concedidos, mas, de “aprimoramento dos instrumentos legais para concessão e acompanhamento dos benefícios direcionados ao setor de ciência e tecnologia”. Como o caramujo, que se abriga na carapaça, a Administração atual da FAPEAM encontrou pessoas que receberam bolsas integralmente, mas não concluíram os mestrados ou doutorados e não querem devolver os recursos aos cofres do Estado, pesquisadores que não enviam relatórios e não cumprem as exigências mínimas contidas nos editais e nos termos de compromisso assinados. Espera-se, portanto, não uma interferência na autonomia dos comitês no processo de concessão de benefícios, mas, um aprimoramento do controle dos recursos públicos empregados. E que os caramujos não tenham mais como se esconder.


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

terça-feira, 13 de outubro de 2015

Os salvadores da Pátria Educadora

Não creio em “salvador da Pátria” na política assim como não creio em “salvador da Pátria” em nenhum campo da vida social. O último salvador do qual se tem notícia, foi crucificado por um Pilatos, que lavou as mãos, e o deixou parar na cruz, com pregos nas mãos e nós pés. Assim sendo, nem o Governo Federal é o único responsável pela “Pátria Educadora”, nem os que se autointiulam dela defensores. Defender a Educação como bem público e transformá-la em estratégica para o País não acontece por força de meia-dúzia de abnegados. Estejam eles nos gabinetes de Brasília ou nos sindicatos Brasil afora. Caso a sociedade não seja convencida da importância estratégica da Educação para o País, dificilmente se terá êxito em tentar “salvar a Educação”. Todos os setores da sociedade precisam ser conquistados, convencidos. Caso contrário, amofinaremos em uma guerra fratricida sem a menor possibilidade de vencermos a letargia e os slogans governamentais e sindicais. É preciso mais que placas, faixas e “conversa fiada”. Ou ficaremos, todos, meramente como críticos dos slogans oficiais de quaisquer dos lados.


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

O coronelismo científico brasileiro

Digo, sem receio nenhum de errar, que a Ciência que se pratica no Estado do Amazonas é baseada em uma espécie de coronelismo, talvez, até, de barranco. Fincada no pensamento conservador provinciano. É uma Ciência que se baseia em “você sabe com quem está falando?” Privilégio da Ciência praticada no Amazonas? Não! Mil vezes não! A estrutura da Ciência brasileira é assim. Ninguém tem liberdade para ser cientista, para escolher o que pesquisar. Tudo é determinado pelo sistema, se não de avaliação, mas, com certeza, o de financiamento. Nenhum estudante de Pós-graduação pesquisa o que gosta, o que deseja. Para se manter dentro dos parâmetros da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), só pode pesquisar o que o seu futuro orientador pesquisa. Sem coerência e coesão, a pesquisa não vale nada ou quase nada. Eis o braço forte da avaliação sobre a Ciência brasileira. No caso específico da CAPES, além de avaliar, é quem financia. Logo, ou se faz o que “ela” manda ou não se tem recurso para a pesquisa. No Amazonas, o governador José Melo (PROS) quer fazer a mesma coisa: interferir na autonomia científica e “avaliar” a qualidade das pesquisas. É o coronelismo de barranco misturado com o coronelismo científico levados ao extremo. Não é de hoje que alerto. A universidade brasileira sofre de um mal quase incurável: a perda da autonomia consentida. Deixar uma agência de fomento, local ou nacional, definir o que será pesquisado é o último degrau da subserviência. Demonstra a face do coronelismo científico preponderante no País.


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

domingo, 11 de outubro de 2015

A privatização começou com FHC

Para os que ainda demonstram surpresa com o lento processo de privatização da educação superior no Brasil, reproduzo integralmente o texto que escrevi e postei, aqui neste mesmo espaço, em 28 de julho de 2012, denominado “A futura cooperativa de serviços educacionais”. A privatização começou com FHC e não parou mais.
“Será que os negociadores do Governo Federal imaginam que somos tapados? Que não sabemos ler nas entrelinhas e entre tabelas. Essa “nova proposta de carreira”, como bem afirmou o “negociador oficial”, Sérgio Mendonça, não passa de uma mal-ajambrada adaptação da primeira proposta, apresentada no dia 13 de julho e 2012, por acaso, uma sexta-feira 13, número do PT. Depois da entrevista de Rosane Collor à Rede Globo de Televisão fiquei a imaginar: será que no MPOG andam a praticar rituais de magia negra, com bodes pretos, para tentar enganar os professores e professoras em greve? Só pode! Porque a proposta apresentada é tão tuim, mas tão ruim que consegue ser pior que a vigente carreira de magistério superior. É ruim por alargar ainda mais a diferença entre os que estão na base e o topo da carreira. É péssima por acentuar a divisão da categoria entre os “pesquisadores Qualis A” e os “professores”. É terrivelmente deplorável por engessar a progressão de um nível ao outro. Enfim, é tão ruim que foi rejeitada integralmente pela base de professores. Nas entrelinhas e entre tabelas, essa proposta destrói de vez a carreira do magistério superior no Brasil e abre a primeira brecha para o surgimento da “cooperativa de serviços educacionais” ou alguma empresa do gênero. O que se quer com essa proposta é criar condições estruturais capazes de inocular o vírus da privatização por dentro (que já existe em boa parte da universidade brasileira). Essa universidade produtivista tem defensores vorazes. Principalmente entre os professores doutores (que hoje se julgam apenas pesquisadores). Eles são os “mais competentes”, por isso, conseguem “captar mais recursos para a instituição”. Transformam o espaço público dos laboratórios e salas de aulas em negócios próprios. Usam à exaustão todo o patrimônio da instituição para alicerçar o “empreendedorismo acadêmico”. Em suma, são “esses guerreiros” da educação brasileira os responsáveis pelo “financiamento” das universidades com a publicação em revistas internacionais e nacionais Qualis A. Quem não se lembra de cada item da pauta do Governo Fernando Henrique Cardoso, dentre elas a criação dos centros de excelência? Pois bem, tudo o que o movimento dos docentes das universidades brasileiras lutou contra foi empurrado goela abaixo nos governos Lula e, agora, de Dilma Roussef. A última cartada é esse plano de carreira. Não demora e eles criam mecanismos jurídicos legais para contratarem a “cooperativa dos temporários e substitutos”. Logo, logo, essa cooperativa se transforma em uma empresa de serviços educacionais. As armadilhas já foram lançadas. A tal Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares é o embrião. Depois dela, vão tentar convencer a sociedade de que o Estado não deve ser o responsável pelo financiamento das universidades. Que basta manter os prédios e contratar professores cooperados para ministrar aulas. A privatização estará efetivada! Depois não digam que não foram avisados!”


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

Reposição e vitória para Inglês ver

A expressão “para Inglês ver”, no Brasil, tem o mesmo significado de algo da “terra do faz-de-conta”. O acordo assinado entre o Governo Federal e a Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (FASUBRA) tem um item que é uma dessas pérolas de fingimento, para ser bem-educado, de ambas as partes. O Governo finge que é duro e cobra a reposição dos dias parados dos grevistas e os grevistas fingem que obtiveram uma vitória esmagadora nas negociações. “Tudo papo”. Nem o Governo cobrará a reposição de ninguém nem houve vitória de nada. Firmaram um acordo para a reposição “de trabalho dos dias parados” relativo ao exercício de 2014 e 2015. Reposição de trabalho, apenas, só pode ser piada. Afinal, em sã consciência, ninguém acredita que ainda haja “trabalho” a ser reposto relativo ao ano de 2014. Logo, o Governo finge que acredita em reposição assim como os sindicatos fingem que venceram nas duas greves. Jogo de cena que nem o Inglês mais desatento é capaz de acreditar.

Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.


OBS: Post do dia 10/10/2015

A polícia política na academia

Ultimamente tenho a sensação de que existe uma espécie de polícia política na academia. Mais que isto: milícias de justiceiros. São pessoas que passam o tempo todo a apontar o dedo para quem exerce a liberdade de pensar e agir. O pensar e o agir livremente só podem ser aceitos quando se faz exatamente como o grupo de justiceiros considera correto. Caso não, você cai em desgraça perante a “tchurma” e vira motivo de maledicências permanentes. Se você não pensa igual a eles, não merece ser respeitado, não merece exercer a liberdade. Ninguém pode, nem deve ser obrigado a pensar exatamente igual ao outro. O exercício da cidade rompe os muros da própria universidade e não deve se curvar ao pensamento único defendido por determinados grupos. Todo ser humano deve ser livre para escolher, inclusive, quando permanecer ou sair de determinado grupo: seja de amigos, seja grupo político. Em não sendo assim, o patrulhamento político interferirá sempre na liberdade do indivíduo.

Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.


OBS: Post do dia 09/10/2015

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Lei de Greve na Comissão de Direitos Humanos

Desde 2011, o Projeto de Lei 710 tramita a passos de cágado, no Senado. De autoria do senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), o projeto “disciplina o exercício do direito de greve dos servidores públicos, previsto no inciso VII do art. 37 da Constituição Federal”. Como não há uma Lei específica para o exercício do direito de greve do servidor público, aplica-se a mesma Lei que rege a greve na iniciativa privada. E foi por conta disso que recentemente travou-se uma espécie de guerra fratricida entre os pares, recentemente, nas universidades brasileiras. No último dia 5, o Projeto entrou na pauta da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa, mas, sabe-se Deus quando irá avançar. Dentro outras coisas, a Lei 710 “estabelece que as deliberações aprovadas em assembleia geral, com indicativo de greve, serão notificadas ao Poder Público para que se manifeste, no prazo de trinta dias, acolhendo as reivindicações, apresentando proposta conciliatória ou fundamentando a impossibilidade de seu atendimento, caso em que poderão os servidores deflagrar a greve. Dispõe que a participação em greve não suspende o vínculo funcional. Estabelece que os servidores em estágio probatório que aderirem à greve devem compensar os dias não trabalhados de forma a completar o tempo previsto na legislação”.


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Técnicos da UFAM voltam ao trabalho amanhã

Os Técnicos Administrativos em Educação (TAEs) da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) decidiram hoje, em Assembleia Geral realizada pela manhã, retornar imediatamente ao trabalho, a partir de amanhã. O Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Superior do Amazonas (SINTESAM) já encaminhou ofício à Magnífica Reitora da UFAM, professora Márcia Perales Mendes Silva, comunicando a suspensão da greve hoje e o retorno às atividades a partir de amanhã. Além dos itens relativos às reivindicações dos Servidores, o Governo Federal e a Federação de Sindicatos de Trabalhadores em Educação das Instituições Federais de Ensino Superior Públicas do Brasil (FASUBRA) firmaram um acordo para a reposição dos dias não trabalhados relativos aos exercícios de 2014 e 2015, a depender a homologação do referido acordo.


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

PSOL expulsa dirigente intolerante

Ontem, aqui neste mesmo espaço, falei da “nuvem de preconceito e intolerância” que encobria o PSOL da cidade de Cruzeiro do Sul, no Acre, quando o presidente do Diretório Municipal do partido, Pastor Bibiano Queiroz, manifestou-se “contra a união civil entre pessoas do mesmo” e anunciou que “proibiria a filiação de homossexuais no partido”. Quem não resistiu foi ele. A reação da direção nacional do partido foi imediata. A Executiva Nacional do PSOL e Luciana Genro não deixaram por menos e pediram a desfiliação imediata de Bibiano Queiroz, caso este já tivesse a filiação homologada ou a não aceitação da filiação do mesmo. O PSOL não revê tolerância nenhuma e cortou pela raiz as possibilidades de homofobia no diretório de Cruzeiro do Sul, no Acre. Um bom exemplo para os demais partidos.

Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.


OBS: Post do dia 06/10/2015

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Um PSOL mais que diferente: intolerante

Uma novem de preconceito e intolerância encobre o SOL, ou melhor o PSOL da cidade de Cruzeiro do Sul, no Acre. O presidente do Diretório Municipal do partido, Pastor Bibiano, não só declarou ser contra a união civil entre pessoas do mesmo, mas também, anunciou que proibirá a filiação de homossexuais ao partido. Embora admire muitas das ideias defendidas pelo PSOL, reconheço que seus membros as defendem com tanto rigor e convicção que, às vezes, chegam muito próximo da intolerância. Mas como falar de intolerância em um partido que aceita até pastor para dirigir um de seus diretórios? Como todo “bom pastor”, no entanto, o tal membro demonstra intolerância e preconceito inadmissíveis. É muito pouco provável que o PSOL “deixe para lá” ou “faça de conta que não é com ele”. Deixaria o PSOL de ser uma organização verdadeiramente partidária, como sempre o foi. É esperar! De certa forma, já decepcionado. E que o fato não seja visto como exemplo por ninguém!


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

domingo, 4 de outubro de 2015

A incerteza elevada ao quadrado

Se o ajuste fiscal, com o corte de R$ 9 bilhões no Orçamento para a Educação, já provocou um clima de incertezas, o que se dizer, quando a tal crise vem acompanhada de uma dança das cadeiras quase permanente, como aconteceu com o Ministério da Educação (MEC) e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI)? O que será feito com a direção da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), por exemplo? Seu atual presidente será mantido? Seus diretores ficarão? E no MCTI, o que vai acontecer? Uma nova mudança no secretariado ou na direção do órgão? Professores, pesquisadores e cientistas vivem um momento de incerteza elevada ao quadrado. Sem contar que falta de vontade política de o Governo negociar fomentou, além de uma greve de mais de quatro meses, uma guerra fraticida entre colegas dentro das universidades. As feridas demorarão a cicatrizar, assim como a incerteza parece não ter fim.


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

O preconceito contra a Pós-graduação

Em algumas universidades públicas brasileiras parece haver extremo preconceito contra a pós-graduação a ponto de se ouvir que os professores foram contratados para ministrar aulas nos cursos de graduação e que “vão para a Pós porque querem”, pois, “não são obrigados”. E não deixa de ser verdade. Nenhum professor é obrigado a fazer parte de um programa de Pós-graduação. Muitos vão, inclusive, porque é “chique” manter o nome atrelado à Pós-graduação. Outros porque jamais seriam bolsista produtividade, por exemplo, nem concorreriam em editais das agências de fomento. Os que tentam desmerecer a Pós-graduação, no fundo, o fazem por pura inveja. No mais das vezes, por não atingirem o mínimo de produção acadêmica para se credenciar e se manter em um dos programas de Pós. Esquecem que a Pesquisa é crucial para as instituições serem melhor avaliadas. Portanto, a ideia de que a Pós é uma espécie de estorvo não passa de um equívoco dos maiores. E precisa ser revista. Caso contrário, choramingar porque “não há política de pesquisa” é pura balela de quem não tem o que dizer.

Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.


OBS: Post do dia 03/10/2015

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

O ego nutrido pela inveja

Há pessoas cuja pequenez é microscópica e cujo ego não cabe no corpo, muito menos na alma. Porque a pequenez maior é a da própria alma. São pessoas amargas, que se alimentam da inveja como fonte para se manter vivas. Investem na arrogância como diferencial par esconder a fraqueza de espírito. Míopes por opção, não conseguem enxergar a incompetência como marca das suas trajetórias. E tratam de investir em ataques pessoais ou insinuações maldosas, carregadas da amargura do veneno que destilam. Ao morderem a própria língua, esquecem que já ocuparam cargos públicos e, ou foram demitidos (ou demitidas) por incompetência e inépcia administrativa, ou tiveram passagens medíocres pelos cargos que ocuparam. Ou tentaram ocupar e não conseguiram. Fracassados e fracassadas tendem a projetar no outro a própria imagem do fracasso. Os ataques pessoais funcionam como válvulas de escape. Só nutrem a inveja de fracassados e fracassadas! Não me sinto feliz com o sentimento do desprezo. Mas, às vezes, para confrontar egos nutridos, o desprezo é necessário.


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

As incertezas na Educação

Como se já não bastasse o fato de a presidente Dilma Rousseff (PT) transformar o Brasil em uma “Pátria Educadora”, mas, seu ministro da Fazenda, Joaquim Levy, passar uma tesoura de R$ 9 bilhões no Orçamento da Educação, vive-se um clima de insegurança, quase de suspense, nas áreas de Educação, Ciência e Tecnologia. Primeiro com o Ministério da Educação (MEC) a funcionar como abrigo, como anteparo aos aliados. Depois, com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) como moeda de troca. Sabe-se Deus se não pode ser até extinto! Não contente com o clima de incerteza, o Palácio não desmente peremptoriamente a história da fusão entre o Conselho de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Com a ida (ou melhor, a volta) de Aldo Rebelo (PC do B) para o Ministério da Defesa, o MCTI vai a leilão. Haverá dança das cadeiras na CAPES, no CNPq, no segundo escalão do MCTI? Ao que tudo indica, 2015 não será o ano da “pátria educadora”, mas sim, “o ano que não terminou” para a Educação brasileira.


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.