quinta-feira, 31 de agosto de 2017

Os homens e os banheiros divididos

Sobre o tema abordado ontem, A UFAM e os banheiros unissex, fiquei aqui, cá com os meus botões a matutar, pelos cantos: como, ao longo do tempo, o banheiro que era, digamos, “comum de dois”, passou a levar em conta questões de gênero. A primeira possibilidade que me veio foi a questão sanitária, de saúde pública, perfeitamente justificável. Aí, outra pergunta: por que justificável? Porque nós, os homens, somos extremamente mal-educados e nada higiênicos no uso dos banheiros. Hummmmm! Quem sabe, justamente, não seja esta a maior razão para banheiros serem separados? Lá comecei a imaginar as primeiras mulheres, com seus marmanjos, em casa, a sujar as bordas do vaso sanitário com mijo para todos os lados, afora outros tipos ainda mais fedorentos e piores de m-educação. Amorosa, a própria mulher ia lá, limpava tudo e o condenado, ao usar de novo, deixava a mesma sujeira. Bem! É muito provável que a má-educação e os péssimos hábitos de alguns dos nossos antepassados homens tenha sido o responsável por esta divisão tão preconceituosa que, agora, estamos querendo acabar.


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quarta-feira, 30 de agosto de 2017

A UFAM e os banheiros unissex

Ontem, em uma emissora de TV, vi que a decisão da Reitoria da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) de criar “banheiros unissex” causou espanto em um dos jornais televisivos de repercussão nacional. Fui ao site do mesmo jornal e encontro coisas deste tipo: “homens e mulheres podem compartilhar o mesmo espaço nessas horas de privacidade? Nós estamos prontos para uma nova arquitetura social que inclua banheiros unissex?” Este povo do Sul e Sudeste vive em qual mundo? Ter banheiros unissex não significa nova arquitetura social, coisa nenhuma. Lembro muito bem quando, em um dos Seminários do GT de Ações Afirmativas da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), que iniciou os trabalhos em 21 de maio de 2015, discutíamos a questão do nome social, já aprovado na Instituição, iniciei a minha fala assim: ”quando eu era criança-pequena lá em Sena Madureira, os banheiros eram apenas uma caixa quadrada com um buraco ao meio e sem nenhum tipo de placa para definir que os usuaria”. Minha proposta foi de quê, com a adoção do nome social, os banheiros teriam de ser unissex, para não constranger as pessoas. Não fui levado a sério como em muitas outras propostas inovadoras que fiz quando era Pró-reitor. Em uma delas, sobre um novo processo seletivo, uma das “professoras mais respeitadas” da UFAM perguntou: “E isso tem em outra universidade? A UFAM será a primeira?” e deu um sorrisinho cético. O certo é que a proposta que fiz não foi nem registrada no relatório final do GT. Lembrei-me, na hora, dela e de muitas outras. E fiquei a matutar: parece que a UFAM, depois de ser a primeira universidade brasileira (coisa que até eu discordo) não quer mais ser a primeira em nada. Temos mentes pensantes como em qualquer outra IES. Podemos ousar, sim. Se, coletivamente, quisermos!


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terça-feira, 29 de agosto de 2017

O ambiente que nos revigora na universidade

Hoje, depois de quatro anos como Pró-reitor de Pesquisa e Pós-graduação da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), no período de Julho de 2013 a Julho de 2017, retornei à sala de aula para ministrar parte da disciplina Fundamentos de Administração no Curso de Jornalismo da Faculdade de Informação e Comunicação (FIC) da UFAM. Antes, no segundo semestre de 2015, voltei às aulas, nesta mesma turma, para complementá-la. A sala de aula tradicional, não duvidem, é o pior ambiente de aprendizagem. Principalmente, pelas condições estruturais. No entanto, para o professor, o educador, é o espaço que nos revigora, nos empolga. É como se fosse o combustível para se renovar a luta permanente por uma universidade pública, gratuita, de qualidade e socialmente referenciada. Estou pronto e pintado para a guerra. Que Tupana nos proteja!


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