quinta-feira, 30 de junho de 2011

Cursos de jornalismo fecharão

Os efeitos da queda da exigência do diploma para o exercício da profissão de jornalista ainda não foram plenamente sentidos na Educação Superior brasileira. O número de cursos de Comunicação Social, e suas várias habilitações, que não consegue "fechar" turmas aumenta a cada dia. Não tenho dúvidas em afirmar que haverá um fechamento em massa de cursos de Jornalismo Brasil afora. E isso se refletirá no exercício da profissão nos próximo cinco ou dez anos. Pelo andar da carruagem, permanecem no mercado os cursos das grandes “grifes” e os das universidades federais. Os demais, aos poucos, irão minguar até fenecer. Isso demonstra, claramente, também, que o brasileiro faz longos discursos em torno da qualidade do ensino, no entanto, quer mesmo é o diploma e ponto final. Se cai a exigência do diploma em uma área ele pulam para outra imediatamente. Algo que precisa ser melhor discutido na academia com urgência.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Ufam sedia Congresso Internacional de Criatividade e inovação

A Universidade Federal do Amazonas (Ufam) sedia, de hoje até o dia 1 de julho, o o I Congresso Internacional de Criatividade e Inovação, em parceria com a Associação Brasileira de Criatividade e Inovação (CRIABRASILIS). Quem ainda não se inscreveu poderá fazê-lo minutos antes, no próprio local do evento, no auditório Eulálio Chaves. Conforme publicamos ontem neste espaço, eis algumas das conferências: Dr. James Kaufman-Estados Unidos (The creative journey: from mini-C to Big C), com enfoque nos diferentes níveis que a criatividade; Dr. Steven Peiffer-Estados Unidos (Early identification of high ability people: critical to global survival), sobre a importância da educação para o estímulo de talentos; Dr. Fernando Cardoso de Sousa-Portugal (Intervenção nas organizações para a criação de sistemas de inovação organizacional), exalta a importância da criatividade e inovação nas organizações; Dr. Julio Romero-Espanha (Renovação pedagógica: arte e educação criativa), explica o campo das artes para a educação criativa; Dra. Manuela Romo-Espanha (Empreendidourismo y creatividad: vinculación y estrategias para su desarrollo), enfatizando a importância da criatividade para empreendedorismo; Dr. Antonio Barrese-Italia (Flowing River Amazonas- um projeto de arte e tecnologia), fala sobre um projeto a ser desenvolvido no Rio Amazonas: Dr. Maria de Fátima Morais da Silva-Portugal (Criatividade: conceitos e desafios na atualidade), esclarece o conceito de criatividade nos dias de hoje; Dr. Antonio Rodriguez-Hernandez-Espanha (Creatividad y Inovación en la Enseñanza Universitária), discute como trazer a criatividade para o âmbito universitário. Iluminados e invejosos possuem um palco excelente para apresentar suas obras inovadoras e criativas. Você pode visitar o site do congresso no seguinte endereço eletrônco: www.congressocriatividade.com.br.

terça-feira, 28 de junho de 2011

Criatividade e inovação: a competição pelo respeito

A competição mais vitoriosa, para todos os envolvidos, que poderia ocorrer dentro das universidades brasileiras, principalmente as públicas, deveria ser pelo respeito ao outro. O sucesso de um deveria ser motivo de orgulho do outro, afinal, os benefícios são para todos os envolvidos, essencialmente os que estão na ponta: os estudantes. No entanto, em alguns casos, aprovar projetos e angariar recursos para as Instituições Federais de Educação Superior (IFES), ainda mais em editais nacionais, parece gerar um ódio mortal por parte dos colegas. A ponto de a informação não gerar nenhum tipo de reação entre os colegas: apenas mudez e olhares incontestavelmente de raiva. Quem tem competência se estabelece. E quando um grupo é tão bom que se considera apto a alçar voo solo, que proponha uma nova forma de caminhar. Possibilidades de novos caminhos existem em todas as áreas. A Universidade Federal do Amazonas (Ufam), por exemplo, promome o I Congresso Internacional de Criatividade e Inovação, em parceria com a Associação Brasileira de Criatividade e Inovação (CRIABRASILIS) nos dias 29 de junho a 1 de julho 11. Eis algumas das conferências: Dr. James Kaufman-Estados Unidos (The creative journey: from mini-C to Big C), com enfoque nos diferentes níveis que a criatividade; Dr. Steven Peiffer-Estados Unidos (Early identification of high ability people: critical to global survival), sobre a importância da educação para o estímulo de talentos; Dr. Fernando Cardoso de Sousa-Portugal (Intervenção nas organizações para a criação de sistemas de inovação organizacional), exalta a importância da criatividade e inovação nas organizações; Dr. Julio Romero-Espanha (Renovação pedagógica: arte e educação criativa), explica o campo das artes para a educação criativa; Dra. Manuela Romo-Espanha (Empreendidourismo y creatividad: vinculación y estrategias para su desarrollo), enfatizando a importância da criatividade para empreendedorismo; Dr. Antonio Barrese-Italia (Flowing River Amazonas- um projeto de arte e tecnologia), fala sobre um projeto a ser desenvolvido no Rio Amazonas: Dr. Maria de Fátima Morais da Silva-Portugal (Criatividade: conceitos e desafios na atualidade), esclarece o conceito de criatividade nos dias de hoje; Dr. Antonio Rodriguez-Hernandez-Espanha (Creatividad y Inovación en la Enseñanza Universitária), discute como trazer a criatividade para o âmbito universitário. Iluminados e invejosos possuem um palco excelente para apresentar suas obras inovadoras e criativas. Com as bênçãos da academia. Mais informações sobre o evento podem ser obtidas no no site do congresso www.congressocriatividade.com.br.
 

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Educação para a liberdade

Fico a me perguntar se as tantas e necessárias marchas e passeatas em favor da liberdade e contra a intolerância não são resultados de uma educação que aprisiona mais a cada dia. Fala-se tanto em liberdade, porém, penso que nem no núcleo familiar nem na escola, em todos os níveis, exercitamos a liberdade. Curioso é que Maria Montessorri e Paulo Freire são dois pensadores dos mais citados entre os educadores ditos modernos (e até pós-modernos). No entanto, sabe-se de poucas experiências motessorianas e paulofreirianas que tenham sido testadas. Menos ainda das exitosas. Ao que tudo indica, somos muito bons nos discursos no atacado, porém, nossas práticas, no varejo, são dissociadas do que pregamos. Certa vez, em uma das minhas palestras, abordava exatamente este tema: educação para a liberdade. E provoquei uma das professoras presentes: “seu filho tem quantos anos?” E ela: “já sei, professor, o senhor vai dizer que ele deve trazer a namorada em casa, dormir com ela. Isso eu não admito” “Acalme-se”, pedi. Nem era aquela a minha intenção, mas, a reação dela já demonstrara que a liberdade era bem relativa na casa dela. Sorri e completei: ”se o seu filho de 23 anos chegasse em casa e apresentasse a namoradinha de 55 a senhora aceitaria normalmente?” Alguém pode imaginar qual foi a resposta dela?

domingo, 26 de junho de 2011

A morte aos poucos dos professores

A morte súbita do ex-ministro da Educação no Governo Fernando Henrique Cardoso, Paulo Renato Souza, um dos fundadores do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), ocorrida ontem, em São Paulo, me fez refletir: será que não morremos aos poucos nesse ritmo maluco de cobranças, produção de artigos, aulas nos cursos de graduação e pós-graduação, atividades administrativas. Paulo Renato morreu de infarto. E nós? Será que não nos preparamos fielmente para algo igual ou semelhante ao que ele sofreu? Vale a pena ter fama e reconhecimento (inclusive dinheiro, e muito, pois segundo as más línguas o ex-ministro era acionista de uma rede de faculdades e centros universitários particulares) e morrer tão jovem? Penso que uma boa hora para refletirmos sobre essas coisas não é apenas quando um colega professor, famoso, morre. O momento em que a categoria acena com paralisação para discutir a carreira é o mais propício para colocarmos esses problemas à mesa. Em todos os níveis, as cobranças que recebemos são inversamente proporcionais à remuneração. É preciso incluir a qualidade de vida nas discussões. Antes que não tenhamos qualidade nem na hora da morte.

sábado, 25 de junho de 2011

Professores a Ufam param dia 5

Os professores da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) certamente vão aderir à paralisação nacional dos docentes das Instituições Federais de Educação Superior (Ifes), marcada para o dia 5 de julho de 2011. Em estado de greve desde o ano passado por conta do início das negociações salariais, os professores não vislumbram avanços até agora. A paralisação nacional proposta para o dia 5 dá início, efetivamente, à mobilização da categoria por melhores condições de trabalho e salários. O plano de carreira proposto pelo Governo alonga a carreira dos professores e incentiva “professores aulistas” para encurtar os períodos de promoção. A mobilização, a partir do dia 5 de julho, pode desencadear um movimento de greve de todos os professores das federais. Técnico-administrativos de 47 delas já se encontram em greve e esperam a participação dos professores para engrossar o movimento. Pelo andar da carruagem o segundo semestre das universidades federais começará mais tarde.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

A autonomia do ICHL e o Reuni

O Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL) da Universidade Federal do Amazonas (ICHL), em reunião do seu Conselho Departamental realizada no dia 22 de junho de 2011, manda um recado político claro: não irá mais se curvar às pressões do MEC nem da administração superior para que metas sejam cumpridas sem a contrapartida das condições estruturais materiais e de pessoal. Em tarde histórica, decidiu não oferecer mais nenhum dos novos cursos aprovados no Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni) enquanto não forem implantadas as condições mínimas de funcionamento estabelecidas no próprio acordo assinado entre o Ministério da Educação (MEC) e as universidades. Há casos, como o do curso de Jornalismo, por exemplo, que foram prometidas salas de aulas e laboratórios, bem como 4 novos professores, caso fosse implementada a expansão das vagas. O curso aumentou o número de ingressantes de 20 para 42, por ano, e, até agora, recebeu apenas um professor. As duas novas salas de aulas não foram alocadas e os laboratórios de Áudio e Vídeo, no valor de R$ 408.400,00, até hoje não saíram do papel. Vale lembrar que o processo de expansão começou em 2008.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Professores da Federal de Tocantins em greve

Os professores da Universidade Federal do Tocantins (UFT) foram os primeiros a deliberar pelo indicativo de greve. Administrativos de 47 universidades brasileiras estão paralisados. O presidente da Seção Sindical dos Docentes da UFT (SESDUFT), Vinícius Pinheiro Marques, professor de Direito daquela instituição, revelou que os professores encontram-se em “estado de greve” desde o dia 17 de novembro do ano passado. As universidades brasileiras, no geral, não possuem condições adequadas de carreira e de trabalho. Não há laboratórios e salas-de-aulas equipadas, os professores são obrigados a produzir desesperadamente para cumprir as metas mínimas exigidas para o funcionamento dos programas de Pós-graduação e ainda convivem com o fantasma de um novo plano de carreira que pode destruir os ganhos e conquistas de longos anos da categoria. A greve em Tocantins pode acelerar paralisações dos professores no Brasil inteiro.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

ProMidi/Ufam aprovado no MEC/SESU

O Programa de Mídias Digitais da Universidade Federal do Amazonas (ProMidi/Ufam) foi um dos 14 programas aprovado pela Ufam no Edital 04 de 2011 (MEC/SESU). A Ufam apresentou 24 propostas este ano e teve 14 programas e 2 projetos aprovados. Todos os anos o Ministério da Educação (MEC), por intermédio da Secretaria de Educação Superior (SESU), lança edital específico para apoiar programas e projetos de extensão universitária cuja base sejam propostas de inclusão social e aprofundamento de políticas públicas que fortaleçam a institucionalização da extensão no âmbito das Instituições de Educação Superior (IES) brasileiras. O ProMidi/Ufam tem base teórica nos Ecossistemas Comunicacionais, área de concentração do Programa de Pós-graduação em Ciências da Comunicação (PPGCCOM). Na primeira fase o objetivo é implantar a revista científica InterMais digital, o Caderno InterMais digital, a rádio Web InterMais e a TV Web Intermais. A longo prazo, “o Programa de Mídias Digitais da Universidade Federal do Amazonas (ProMidi/Ufam) é uma proposta de Desenvolvimento Tecnológico e Extensão Inovadora capaz de promover uma mudança cultural na Ufam e nas suas relações com a sociedade. É abrigado no Parque Tecnológico para Inclusão Social (PCTIS), a Rede de Pesquisa, Extensão e Inovação Tecnológica da Ufam. Assim, o ProMiDi/Ufam funcionará como locus para o desenvolvimento dos projetos de ensino, pesquisa e extensão gerenciados ou desenvolvidos pelo Centro do Mídias Digitais da Ufam (Cemidi), projeto com o qual o coordenador da proposta, professor doutor Gilson Vieira Monteiro, tornou-se Bolsista na categoria de Bolsa Desenvolvimento Tecnológico e Extensão Inovadora, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCT). O ProMidi criará condições para que sejam implantados projetos tais como “Ufam sem papel”, “Comunicação Organizacional Integrada por meio de SMS” e “Ações de extensão em mídias digitais”, por exemplo. Com o Programa, a Ufam digitalizará todos os seus procedimentos administrativos, acadêmicos e didático-pedagógicos possíveis, tendo por base a Internet. Haverá economia de recursos financeiros, bem como agilidade e transparência efetiva na interrelação com a sociedade e a comunidade interna e externa.” O montante aprovado no MEC/SESU foi de R$ 150 mil.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Projeto Mimo.com Wallace Lira

O projeto Mimo.Com deste mês acontece hoje, às 19h30, no espaço Thiago de Melo da Livraria Saraiva Megastore, com o professor de História da Arte, Wallace Lira. Ele estimulará os participantes desenvolvendo o tema “O tempo de cada moda: uma discussão sobre a relação temporal da moda e suas implicações culturais”. Uma vez por mês, o Grupo de Pesquisa Linguagens, Mídia e Moda (Mimo), do Programa de Pós-graduação em Sociedade e Cultura na Amazônia (PPGSCA) da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), reúne professores, pesquisadores e intelectuais para discutir a moda e suas relações com o dia-a-dia.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Provincianismo acadêmico

Pior do que a centralização da produção em Ciências no País é o provincianismo acadêmico. Há quem defenda a mediocridade em nome da dita “desigualdade regional”. Pois eu vos digo e afirmo. Não temos nenhum pesquisador local pior ou menos intelectual que os do Sul e Sudeste do País. Temos sim, uma propensão ao que chamo de “provincianismo acadêmico”: aquela ideia de que somos periféricos e jamais sairemos dessa condição. Podemos ser produtivos, temos a mesma capacidade de pensar e produzir teorias, bem como estamos preparados para jogar o jogo nas mesmas condições. Falta-nos ousadia, determinação e produção. Não temos de brigar para critérios diferenciados coisa nenhum. Precisamos lutar sim, internamente, a fim de termos as mesmas condições de trabalho. Uma universidade, como a Universidade Federal do Amazonas (Ufam) que saiu do patamar de uma escola de terceiro grau melhorada e passou ao patamar de um centro de pesquisas, tem a obrigação de dar aos seus professores-pesquisadores condições de trabalho para disputar de igual para igual com qualquer outro. Deixemos de ser provincianos por opção e mostremos que os jacarés já deixaram as ruas faz tempo.

domingo, 19 de junho de 2011

Mudança radical na avaliação da Pós

A nova Coordenadora da Área de Ciências Sociais Aplicadas I, professora doutora Maria Helena Weber, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) deixou a Assembleia da Associação Nacional dos Programas de Pós-graduação em Comunicação (Compós) atônita na tarde do dia 17 de junho de 2011, sexta-feira, no Salão Piratini, do Hotel Embaixador, em Porto Alegre. Nem mesmo a eleição da nova diretoria da Compós, formada por Júlio Pinto (presidente), Itânia Mota (vice-presidente) e Inês Vitorino (Tesoureira) repercutiu mais que a grande novidade na avaliação brasileira: todos os coordenadores de programas farão as avaliações anuais, em uma reunião conjunta, em Brasília. O formulário Coleta/Capes, enviado anualmente, será avaliado por todos os coordenadores de Programas e não mais pela Coordenação de Área e equipe. Ideia absurda para uns, inovadora para outros; a verdade é que ainda vai gerar muita discussão. Particularmente vejo uma avanço imenso em a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), por meio da sua Diretoria de Avaliação (DAV), distribuir o poder de avaliar entre os programas de cada área. Isso, certamente, retira da Coordenação de Área a responsabilidade total pelos processo, dá aos programas autonomia para decidir critérios de qualidade e gera mais transparência ao processo.

sábado, 18 de junho de 2011

Piano e violões no"Interlúdio"da UFRGS

Primeiro um Duo de violões entre Daniel Müller e Marcel Estivalet. Em seguida, Leandro Faber e Marcel Estivalet dividiram o palco para o Duo de Piano e Vilão. Assim, o Departamento de Difusão Cultural (DDC) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) apresentou ontem, às 12h30, mais uma fase do Projeto Interlúdio, criado em 2010, conjuntamente com o Departamento de Música do Instituto de Artes para “dar maior visibilidade à música de câmara produzida por estudantes da universidade”, bem como apresentar diferentes repertórios a vários tipos de públicos. Uma vez por mês, na Sala João Fahrion, no segundo andar do Prédio da reitoria da UFRGS, há um espetáculo. Ontem, ainda que tenha sido um dia de chuva intermitente em Porto Alegre, o espetáculo “Recital de piano e violão” foi oferecido ao público. Na primeira parte, Daniel Müller e Leandro Estivalet, apresentaram o Duo Ariel, o Tango Suíte, de Astor Piazzola, e Jongo, de Paulo Belinatti. Na segunda parte do espetáculo, Leandro Faber e Marcel Estivalet apresentaram o Concerto de Toronto, do compositor cubano Leo Brauwer, criado inicialmente para violão e orquestra sinfônica, mas adaptado por Faber e Estivalet para piano e violão.


sexta-feira, 17 de junho de 2011

Crise dos paradigmas tradicionais

A conclusão mais evidente que posso chegar após os dois dias de apresentação de trabalhos no GT Comunicação e Cibercultura, do XX Encontro Anual da Compós, no auditório da Faculdade de Biblioteconomia e Comunicação (Fabico), da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) foi: há uma crise nos paradigmas tradicionais da ciência e, mais ainda, nas teorias da comunicação. Em algumas falas, nos dois dias, as previsões foram catastróficas, inclusive, de que a própria comunicação não existe. Talvez seja uma visão fatalista demais. Não sei se há verdadeiramente uma crise da ciência ou da área. A crise, ao que parece, é existencial. O homem da era dos computadores e das redes não consegue mais se enxergar por meio do modelo representacionista tradicional no qual o mundo é pré-dado à parte a experiência humana. Ao que parece, não é verdade que o cérebro recebe passivamente as informações vindas do mundo. Em vários campos do conhecimento, a visão representacionista é contestada. Há quem defenda, como Maturana e Varela, que os seres vivos são autônomos. Aprendem com o mundo mas também são ensinados por eles e o ensinam. O conhecimento, portanto, nasce das interrelações. O todo não é simplesmente a soma das partes. A crise é do paradigma representacionista, que não consegue dar conta dos estudos e avanços das conexões, das redes. Talvez das “conexões ocultas” de Fritof Capra, ou da “Biologia da crença”, de Bruce Lippton. Bom para o mundo e para os humanos que esse novo olhar, essa reação ganhe corpo. Excelente resultado do GT de Cibercultura da Compós 2011. Que avancemos nas reflexões e nas pesquisas! Que o olhar seja para a frente e não aponte para um retorno ao passado.


quinta-feira, 16 de junho de 2011

Programas do Norte e do Nordeste lembrados na Compós

Sob o tema “Memória e perspectivas da pesquisa e da pós-gaduação no Brasil”, a mesa de presidentes da Compós encerrou os trabalhos do dia de ontem do XX Encontro Anual da Compós, no auditório da Faculdade de Biblioteconomia e Comunicação (Fabico) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Para nós, os programas do Norte e do Nordeste, o ponto alto foi quando o ex-presidente da Compós no biênio 2007/2009, Erick Felinto, criticou, de forma cortês, mas veemente, a uniformização das áreas de concentração e ressaltou os sopros de inovação dos programas do Norte e do Nordeste que quebraram a hegemonia da palavra “comunicação” como parte das áreas de concentração de todos os programas anteriores. “Falta refletir a diversidade na própria estrutura dos programas. Afora a Escola Superior de Propaganda e Morketing, que criou o programa em “Práticas de consumo”, temos alguma novidade nos programas do Norte e do Nordeste. Como “Perspectiva da pesquisa e da Pós-graduação no Brasil” na área de Comunicação, Erick Felinto, foi enfático:”devemos lutar para que a diversidade seja refletida nas áreas de concentração e nas linhas dos programas. É fundamental termos flexibilidade para pensar o novo e abandonar a nossa histórica timidez teórica. Precisamos ser mais inovadores. O novo surge com a diversidade e a multiplicidade. “Esse é o nosso maior desafio para os próximos anos.” Felinto já havia provocado a área no GT Comunicação e Cibercultura, ao apresentar o trabalho “Da teoria da comunicação às teorias da mídia ou, temperando a epistemologia com uma dose de cibercultura”, no qual critica polidamente a falta de ousadia generalizada no campo da Comunicação. A atual presidente da Compós, Itania Maria Mota Gomes, que deixa o cargo amanhã, apresentou um quadro com todos os 40 programas de Pós-graduação em Comunicação e suas respectivas áreas de concentração e linhas de pesquisa, confirmando a uniformização ao qual se referiu Erick Felinto. Ela citou nominalmente o caso da Universidade Federal do Pará (UFPA) com um dos que fogem ao padrão, ao criar o mestrado em “Comunicação, cultura e Amazônia” e ressaltou a inovação que os programas do Norte (como o PPGCCOM da Ufam) e do Nordeste trouxeram para a área, alertando, apenas, para os cuidados que se deve ter em não fragmentar a área. O XX Encontro Anual da Compós prossegue hoje com o segundo dia de apresentação de trabalhos nos 15 GTS.


quarta-feira, 15 de junho de 2011

Abertura da XX Compós na UFRGS

Com um discurso emocionado, que misturou despedida e agradecimentos, uma vez que deixa a presidência da Associação Nacional dos Programas de Pós-graduação em Comunicação (Compós), na sexta-feira, dia 17, a presidente, Itânia Maria Mota Gomes, marcou a abertura do XX Encontro Anual da Compós, no Auditório 2 da Reitoria da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), ontem, às 18h. Num ambiente de carinho e emoção, criado pelo discurso da presidente, foi entregue o I Prêmio Compós de Dissertações e Teses. O prêmio de melhor Dissertação foi para Luiz Marcelo Robalinho Ferraz, orientado por Isaltina Gomes, defendida na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). O título da dissertação premida é “Epidemia e Memória - narrativas jornalísticas na construção discursiva sobre a dengue.” Orientado por Paulo Sibília, da Universidade Federal Fluminense (UFF), a dissertação “Vídeos de família: entre os baús do passado e as telas do presente”, de Lígia Azevedo Diogo, recebeu menção honrosa. O prêmio de melhor tese foi para Bruno Roberto Campanella, orientado por João Freire, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) cujo título é “Perspectivas do cotidiano: um estudo sobre os fãs do programa Big Brother Brasil”. Houve empate técnico nas menções honrosas do doutorado entre Letícia Cantarela Matheus, cuja orientadora foi Marialva Barbosa, da Universidade Federal Fluminense (UFF), com a dissertações “Comunicação, tempo e história: tecendo o cotidiano em fios jornalísticos” e “Fernanda M. Silva”, orientada por Itania Gomes, Universidade Federal da Bahia (UFBA), com a dissertação “A conversação como estratégia de construção de programas jornalísticos televisivos”. Os trabalhos da Compós 2011 prosseguem hoje na Faculdade de Biblioteconomia e Comunicação (Fabico) com a reunião dos novos 15 Grupos de Trabalhos (GTs) aprovados ou mantidos pelo processo de reclivagem ocorrido ano passado.

terça-feira, 14 de junho de 2011

Café Intercom hoje na Saraiva

"Comunicação,Cultura e Entretenimento" é o tema do I Encontro do Projeto Café Intercom e terá como palestrante o professor Doutor Waldomiro Vergueiro. Ele é professor titular e vice-chefe do Departamento de Biblioteconomia e Documentação da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (CBD/ECA/USP). Coordenador do Núcleo de Pesquisas de Histórias em Quadrinhos (NPHQ/ECA/USP). Também é coordenador de cursos do Núcleo José Reis de Divulgação Científica (NJR/ECA/USP). Atua como membro do corpo editorial da Revista Interamericana de Bibliotecología e da International Journal of Comic Art. Pesquisa os seguintes temas: histórias em quadrinhos, histórias em quadrinhos - Brasil, Biblioteconomia, desenvolvimento de coleções e qualidade em bibliotecas. Suas mais recentes publicações são “Qualidade em serviços de informação” e “Como usar as histórias em quadrinhos na sala de aula”. O I Café Intercom é coordenado pela professora Denize Piccolotto, doutora em tecnologia da educação e pelas mestrandas do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação da Universidade Federal do Amazonas (PPGCCOM/Ufam), Jonária França e Anielly Laena. É resultado do projeto de extensão Café Intercom: a Proext no caminho da pesquisa, cujo objetivo é promover o diálogo entre pesquisadores, professores e alunos de comunicação das diversas instituições de ensino. O encontro será hoje, às 19h, no Espaço Cultural Thiago de Melo, da Livraria Saraiva MegaStore, no Manauara Shopping.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Professores temporários do Reuni

A Universidade Federal do Amazonas (Ufam) está em fase de encerramento das discussões sobre a distribuição das 61 vagas de professores temporários cujas contratações foram autorizadas apenas para os cursos fazem parte do Programa de Apoio aos Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni), instituído pelo Decreto nº 6.096, de 24 de abril de 2007. Entendo que todas as universidades brasileiras, e não-apenas a Ufam, não podem nem pensar em abrir novos cursos com professores temporários. Seria aceitar, de novo, a lógica da precarização do trabalho. Nada contra os professores substitutos, mas tudo contra começar novos cursos de forma precária, sem infra-estrutura de pessoal e de laboratórios. Ainda que exista a pressão de se cumprir o que estabelece calendário do Reuni, cuja previsão de encerramento é o ano de 2012, as universidades possuem autonomia para rediscutir, em conjunto, o tal calendário. Até agora, grande parte das promessas do Reuni não foram cumpridas. Quem garante que as serão? Acima de tudo, é necessário mantermos a coerência e lutarmos por um ensino superior de qualidade sempre. E até admissível que professores temporários sejam contratados em função da conjuntura econômica. No máximo, porém, para cursos já existentes e em função das necessidades urgentes de as turmas novas não ficarem sem aulas. Abrir novos cursos, porém, com professores temporários, é aceitar publicamente a irresponsabilidade da política de expansão meramente pelo número de vagas.

domingo, 12 de junho de 2011

Runi II será inevitável

Instituído pelo Decreto nº 6.096, de 24 de abril de 2007, o Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni) faz parte do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) do Governo Federal. No papel, o objetivo do Reuni seria ampliar e garantir a permanência de estudantes no Ensino Superior. A época, ou seja, em 2007, a adesão era voluntária, porém, quem não aderisse ficaria à míngua. Às que aderiram, as promessas eram de dar condições para a expansão física, acadêmica e pedagógica. Na prática, isso não ocorreu em nenhuma das universidades. Previsto para ser concluído em 2012, já se fala em um Renuni II, pois o primeiro deixou um universo de pessoas frustradas, uma vez que efetivamente não foram garantidas as condições para a expansão física, acadêmica e pedagógica de forma responsável. Cursos foram criados com a promessa da contratação de professores e da compra de equipamentos para os laboratórios. Esses equipamentos, em muitos cursos que expandiram o número de vagas, nunca chegaram. Com a suspensão da contratação de professores de carreira, o Governo Federal autorizou a contratação de temporários para os cursos novos do Reuni. Ou seja, volta a valer a velha regra de professores substitutos, arrumadinhos daqui, de acolá e que se dane a qualidade do ensino. O Reuni, infelizmente, só tem foco na expansão do número de vagas. Pela falta das condições mínimas de funcionamento dos novos cursos, reitores e reitoras das federais serão obrigados a lugar por uma espécie de Reuni II sim para evitar que estudantes e professores pairem, como zumbis, por departamentos e unidades das instituições.

sábado, 11 de junho de 2011

Um olhar para o futuro

A Universidade Federal do Amazonas (Ufam) vive um dos momentos mais importantes da sua história recente: a Estatuinte. No entanto, a discussão não pode partir do Estatuto existente, como um mero formulário legal, para que mudanças sejam sugeridas. Além disso, não se pode pensar a Ufam como um amontoado de indivíduos, cursos ou faculdades. É necessário pensar a Ufam essencialmente não como mera formadora de mão-de-obra para o mercado. Uma universidade deve formar para o exercício pleno da cidadania, para a vida. E não apenas mão-de-obra. Não é um centro de cursos profissionalizantes. Tem de formar para a vida e, como conseqüência, para o mercado. O foco, portanto, não é pura e simplesmente no mercado, mas no cidadão. A lógica de formação tem de ser da cidadania para o exercício profissional e não da técnica pela técnica e para a técnica. Conquistas inovadoras não podem nem devem ser destruídas. Ao contrário, devem servir de norte para as futuras mudanças. O passado deve ser olhado como acúmulo de experiências para corrigir rotas de futuro e não como engessador das ações do presente e marco para o futuro. É preciso, portanto, pensar em novos processos, inclusive de aprendizagem, e não partir para uma Estatuinte com a ideia fixa de que nada pode ser feito para mudar o estado de coisas consideradas equivocadas na Instituição. A construção de um futuro melhor para a Ufam e para a comunidade tem de ser construída em cada atitude, dia-a-dia.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Mobilizações tímidas na Ufam

Timidez talvez seja a palavra para definir a mobilização tanto de técnico-administrativos quando de professores da Universidade Federal do Amazonas (Ufam). Hoje, pela manhã, professores realizaram uma reunião ampliada na sede da Adua-Secção Sindical. Como sempre, com a participação mínima da categoria. Na entrada da Ufam, técnico-administrativos fizeram uma Assembleia para discutir os rumos da paralisação. A decisão tomada anteriormente é de que a greve será de esvaziamento. Com isso, somente as atividades essenciais serão mantidas. O Comando de Greve decidiu que só serão validadas as atividades por ele (Comando) autorizadas. De qualquer forma, quando professores e técnicos mobilizam-se, ainda que timidamente, é sinal de que nem tudo está perdido.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Novo prazo para a Estatuinte da Ufam

A Comissão Executiva do Processo de Estatuinte (CEPE) da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) prorrogou para até o dia 10 de junho de 2011, sexta-feira, o prazo para o preenchimento das vagas remanescentes de delegados dos Institutos e Unidades acadêmicas da Ufam. O objetivo da medida é completar o número total de delegados e ampliar a participação da comunidade universitária na discussão da Estatuinte, momento mais importante para o futuro da Ufam. Também estão prorrogadas para até o dia 30 de junho de 2011 as inscrições de entidades da Sociedade Civil Organizada. Dentro do prazo estabelecido inicialmente, nenhuma entidade se inscreveu. Faltam ser completadas 10 vagas de delegados para Manaus e cinco vagas, uma em todos os campi do interior, nas cidades onde há unidades da Ufam. É lamentável que em muitas unidades da capital não tenham sido preenchidas todas as vagas. Os membros da comunidade em geral e da comunidade universitária em particular deveriam encarar o Congresso Universitário Estatuinte, que ocorrerá entre os dias 26 e 30 de setembro de 2011, como o ápice da democracia na Instituição.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

A greve dos técnicos e a Estatuinte da Ufam

Hoje, às 9h, no Hall do Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL), os servidores técnico-administrativos da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), decidirão a natureza da greve. Decidir a natureza de uma greve é optar por paralisar totalmente as atividades, a chamada greve de esvaziamento, ou fazer uma greve de ocupação. Sem querer interferir de nenhuma forma na autonomia da categoria dos técnicos, mas, apenas como sugestão, principalmente em função do momento de esvaziamento quase que total, o ideal seria aproveitar a greve e discutir exaustivamente qual será a posição conjunta dos técnicos da Ufam no Congresso Estatuinte Universitário. Além de fazer uma greve sem esvaziar a Instituição, dariam uma demonstração de civilidade e compromisso com as futuras gerações da Ufam. Irei a Assembleia de hoje para propor esse caminho. Tenha certeza que a comunidade da Ufam passará a respeitar muito mais os seus técnicos se perceber o compromisso de todos com a Estatuinte. Se não for assim, e dependendo do tempo de paralisação, a Estatuinte será muito mais esvaziada, o que não é o desejo de ninguém.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Liberdade de araque

Do episódio da agressão por mim sofrida, no dia 11 de maio de 2009, no Auditório Rio Negro, do Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL), da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), uma das frases que mais me marcou foi do sociólogo Carlos Santiago. “A universidade é o único lugar que você pode até duvidar da existência de Deus e não ser punido por isso”. Foi uma bela defesa. No entanto, parafraseando uma conhecida propaganda de um falido banco: “o tempo passa, o tempo voa, e universidade é a mesma numa booooaaaaaaaa!” É preciso que, na prática, as universidades, e não apenas a Ufam, pratiquem a liberdade com respeito às diferenças de credo, raça, sexo. O que vejo hoje é uma liberdade de araque, de discurso, desconexa da prática. Posso estar equivocado, mas, gostaria muito de sentir-me livre até para duvidar da existência de Deus. No entanto, duvido, se assim o fosse, ter a posição individual plenamente respeitada.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Começa a paralisação dos técnicos da Ufam

A paralisação dos servidores técnico-administrativo da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) iniciou hoje. Não se sabe, ainda, o nível de adesão nem “como” será a greve. Quarta-feira, às 9h, no Hall do Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL), os servidores decidirão a natureza da greve, ou seja, se será de ocupação ou esvaziamento. Essa é uma decisão das mais importantes para o movimento, muito embora, as greves de ocupação, historicamente, sejam cumpridas apenas por quem lidera o movimento. E, a meu ver, esse é indicador que enfraquece a categoria; ainda mais em um momento de desmobilização geral por que passam todos os setores. De concreto, grande parte dos técnicos compareceram ao trabalho hoje e, oficialmente, a categoria está em greve. Entre os professores, pelo menos por enquanto, não há indicativo de paralisação. Na última Assembleia da Adua-Secção Sindical, foi tirada uma moção de apoio. As negociações salariais foram iniciadas, mas ainda não há resposta concreta do Governo. O Plano de Carreira é o principal objeto de discussão.

domingo, 5 de junho de 2011

Todos podem participar da Estatuinte

Após a postagem de ontem sobre o Congresso Estatuinte da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), a ser realizado entre os dias 26 e 30 de setembro de 2011, recebi pedidos de esclarecimentos sobre quem pode ou não participar. Ao que se sabe, todo pessoa, no exercício do pleno gozo da cidadania, pode participar não só do Congresso Universitário Estatuinte, mas também de todo e qualquer colegiado da Instituição. Nenhuma pessoa é impedida de participar, inclusive, das reuniões do Conselho Universitário (Consuni). Deve-se esclarecer, porém, que o direito a voto é apenas dos conselheiros. Ainda assim, o direito à voz é essencial para o processo democrático de decisão. Quer quiser participar como delegado ainda pode fazê-lo, uma vez que a Comissão Executiva do Processo de Estatuinte (CEPE) da Ufam adiou para até o dia 30 de junho de 2011 as inscrições das entidades da Sociedade Civil Organizada. Há 10 vagas de delegados para Manaus e cinco vagas para o interior. Essas cinco vagas foram distribuídas para cada uma das cidades onde há unidades da Ufam. A Estatuinte decidirá o futuro da Ufam. É fundamental a participação de toda a comunidade: da Ufam e fora dela.

sábado, 4 de junho de 2011

A Estatuinte e o futuro da Ufam

A Comissão Executiva do Processo de Estatuinte (CEPE) da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) adiou para até o dia 30 de junho de 2011 as inscrições de entidades da Sociedade Civil Organizada para que essas participem do Congresso Universitário Estatuinte que ocorrerá entre os dias 26 e 30 de setembro de 2011. No prazo estabelecido inicialmente, nenhuma entidade se inscreveu. Há 10 vagas de delegados para Manaus e cinco vagas, uma em todos os campi do interior, nas cidades onde há unidades da Ufam. É profundamente lastimável e lamentável tanto a ausência da comunidade universitária (muitas unidades nem completarem o número de delegados) quanto da sociedade organizada. Pensar a Ufam para os próximos 10 anos e dizer como ela funcionará é tarefa de todos. Não é possível que as pessoas não possam dedicar quatro dias das suas vidas para decidir o futuro de uma geração. Se a Ufam não te olhar é porque você, também, não olha para ela. Muito além dos 10 delegados que a Sociedade Civil organizada tem direito, precisamos da participação de todas as entidades. Embora não tenham direito a voto, pois só os 10 delegados o terão, o Congresso Universitário Estatuinte é aberto à participação de todos. Criticamos tanto nossos parlamentares, atiramos pedras em todas as direções e na hora de demonstramos, com atitudes, que somos capazes de fazer diferente, nos escondemos. Deixo aqui o meu apelo e peço a ajuda de todos os meus leitores e leitoras para que mobilizem membros das entidades que conhecem a fazerem a inscrição no Congresso Estatuinte da Ufam. As inscrições foram prorrogadas até o dia 30 de junho. Participe! Você é fundamental para o futuro da Ufam!

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Conservadorismo de esquerda na Estatuinte

É estranho que nenhuma das entidades representativas dos três segmentos da comunidade da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) não tenha contestado a forma de escolha dos delegados que comporão o Congresso Universitário Estatuinte, ou seja, quem redigirá o Estatuto da Ufam para os próximos anos. Causa-me espanto, inclusive pelo processo de desmobilização por que passam todas as universidades, que uma decisão tão importante para o futuro da Ufam não seja tomada por meio de eleições, com voto direito de cada segmento da comunidade. A Comissão Executiva do Processo de Estatuinte (CEPE) indicou que as Assembléias Estatuintes Setoriais (AESs) escolheriam os delegados. Diz o documento da CEPE, aprovado no Conselho Universitário (Consuni) em 17 de setembro de 2010, que as Comissões de Base da Estatuinte (CBEs) devem ser “Composta por todos os membros de cada Unidade. Cada um dos segmentos (docentes, TAEs e discentes) deverá garantir a maior participação de seus pares para que as discussões e decisões reflitam os anseios de todos.” O espírito é, portanto, garantir a maior participação dos pares para que as discussões reflitam os anseios de todos. Conservadores de esquerda em algumas das CEBs, porém, preferiram abrir mão do número de delegados aos quais os institutos tinham direito como forma de “castigar” professores que se candidataram, mas não tinham participado das reuniões, inclusive da reunião de escolha dos delegados. Usaram pesos e medidas diferentes para eliminar desafetos e manter simpatizantes. A CEPE da Ufam deveria adiar a data do Congresso, pois as discussões foram completamente esvaziadas e não atingiram nem a Sociedade Civil Organizada, pois nenhuma entidade se inscreveu para participar do processo. Não sei se por falta de interesse da própria comunidade ou por um processo de divulgação inócuo, mas a verdade é que não se pode admitir uma Estatuinte sem a participação da Sociedade Civil Organizada e sem que os delegados sejam escolhidos pelo foto direito e universal dos seus pares. Assim são escolhidos os reitores, diretores e chefes de departamentos. Assim devem ser escolhidos os delegados do Congresso Universitário Estatuinte para mantermos o mínimo de coerência com as ideias que lutamos e defendemos ao longo da história democrática da Ufam.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

MEC fecha vagas nos cursos de Direito

O Ministério da Educação (MEC), enfim, tomou uma medida que só merece elogios: suspendeu 11 mil vagas em todo o País nos cursos de Direito que foram mal-avaliados. Todos os cursos de graduação que obtiveram Conceito Preliminar de Curso (CPC) 1 e 2 em 2009 da área de direito tiveram vagas reduzidas entre 15% a 65% do total das vagas autorizadas. O critério para determinar o corte foi “notas menores, cortes maiores”. Criada recentemente, a Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior do MEC divulga a primeira medida já demonstrando a que veio. Algo precisava ser feito! Afinal, não é mais possível que, nos exames da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) a aprovação dos egressos das universidades, centros universitários e faculdades não passe de 20% (vinte por cento).

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Agilidade administrativa

As universidades brasileiras precisam ganhar agilidade administrativa. E essa agilidade precisa se refletir nos fluxos de informações. A Universidade Federa do Amazonas (Ufam) vive um momento ímpar. Muito provavelmente em setembro deste ano, reúne-se para discutir seu novo Estatuto. É o momento de sair desse patamar de tartaruga administrativa e ganhar velocidade no processo decisório. Não se pode partir, no entanto, para um modelo administrativo centralizador. Até na iniciativa privada, as organizações modernas transferem o poder de decisão ao coletivo. No entanto, é preciso separar o fluxo administrativo do fluxo democrático e estratégico. Os colegiados devem servir para o processo de tomadas de decisões estratégicas em todos nos níveis, bem como são, por excelência, instâncias recursivas. Democracia não é discutir todos os dias cada passo administrativo que se vai dar. A principal característica das organizações democráticas e garantir o amplo direito de defesa em todas as suas instâncias. Espera-se esse “tom” do novo Estatuto da Ufam.