terça-feira, 30 de setembro de 2014

A visão míope sobre o ato de educar

A cada dia tenho mais convicção de que existe uma visão mediana e míope sobre o ato de educar. Faz muito tempo, mas, muito tempo, que eu ouvia pais e mães dizerem, a respeito das filhas que entravam na adolescência: "este passarinho está começando a querer voar. Vou cortar as asinhas dele!". Não há nada mais doloroso e irracional, bem como completamente fora de quaisquer dos propósitos do ato de educar, do que cortar asas. Tolher a liberdade de voar de quem está apto a fazê-lo é um ato de violência sem precedentes. O papel dos pais não é cortar as asas das filhas (curioso, dos filhos, eles tentam até dar asas aos que ainda não as possuem). É ensiná-las a voos seguros, de acordo com a capacidade as assas que possuem. Na escola brasileira, em todos os níveis, o processo é o mesmo: pouco adianta você ter capacidade de voar, de seguir em frente. Nós, os professores e professoras, tomamos nas mãos a enorme tesoura do arcaico sistema e passamos a usá-las sem pena e sem dó naqueles mais hábeis, mais habilitados. Importa cumprir o período letivo, o semestre acadêmico. O sistema educacional brasileiro existe para tolher, para cortar asas, para amarrar a vida dos geniais. Pensamos pela média, educamos pela média e, em quase tudo o que fazemos, vale a média. O estudante nota 10 em tudo, no entanto, não ganha nada a mais por isso. Embora a Lei permita, não os deixam avançar. Toram as suas asas! A míope visão sobre o ato de educar não foi vencida. Que nos venham as asas!


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segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Número de artigos não significa qualidade

Sou daqueles que respeita sim o critério de pelo menos dois artigos por ano como indicador mínimo da produção de um doutor. Porque também sou daqueles que não consegue explicações para o fato de um doutor passar cinco anos sem publicar uma linha. Mas também sou daqueles que não pode admitir que a qualidade da produção de um doutor seja medida única e exclusivamente pelo número de artigos que publica. Tomar apenas o número de artigos como critério para "medir" a produção de um doutor é não fugir exatamente da medição, talvez a mais rasa variável da avaliação. E quando o número de artigos publicados é o critério preponderante, convenhamos, não se tem efetivamente avaliação, mas, uma mera medição. Creio que já avançamos muito, no Brasil, na medição, fase primária da avaliação. É hora de darmos um salto para a avaliação propriamente dita. O desafio está posto. Resta-nos não fecharmos os olhos para a realidade. Afinal, número de artigos não significa qualidade.


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domingo, 28 de setembro de 2014

A Educação como instrumento de controle

Não consigo ver no conjunto de educadores da minha geração nenhum átimo de esperança de que, pelo menos se discuta a Educação, não como um instrumento de controle e poder do Estado (e das elites), mas, como uma base teórica e metodológica para a libertação. E nem me arriscaria em falar de "libertação das massas". No máximo, gostaria que servisse para libertar o ser humano, o indivíduo. Mas, nem isso! Temos hoje uma Educação como instrumento de controle e de poder. Voltada para os interesses de se manter o status quo. Paulo Freire, morto em 1997, deve se remover no túmulo todos os dias diante dos "educadores". Ele que defendia ser a escola o lugar para se "ensinar a ler" o mundo a fim de transformá-lo, não deve estar nada contente com a pura e simplesmente "formação para o mercado" defendida por 10 entre 11 dos educadores atuais, principalmente nas universidades. Relacionar-se com o mercado, algo saudável, ao que parece, foi confundido com servi-lo, sê-lo subserviente. "Conscientizar o estudante", como defendia Freire, é utopia. O que se deve, hoje, é prepará-lo para a empregabilidade. Transformá-lo sim, mas, em instrumento de controle das classes menos favorecidas ou, no máximo, em defensores permanentes do modo de vida preponderante. Uma lástima!


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sábado, 27 de setembro de 2014

O bem-amado Sistema Nacional de Pós-graduação

Quando, em 1962, Dias Gomes escreveu a sua peça "O bem-amado", adaptada para televisão, como novela, e levada ao ar pela Rede Globo de Televisão de 24 de janeiro a 02 de outubro se 1973, jamais poderia imaginar que o "larapista maquiavelento" personagem Odorico Paraguaçu, seria tão lembrado neste último final de semana por todos os coordenadores de programas de Pós-graduação, de Norte a Sul, Leste a Oeste do Brasil. É que por uma dessas ironias do destino, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), com a maior das boas intenções do mundo, resolveu criar a Plataforma Sucupira, "uma nova e importante ferramenta para coletar informações, realizar análises e avaliações e ser a base de referência do Sistema Nacional de Pós-Graduação (SNPG)". Como consta em um dos links de divulgação, a Plataforma Sucupira "deve disponibilizar em tempo real e com muito mais transparência as informações, processos e procedimentos que a CAPES realiza no SNPG para toda a comunidade acadêmica. Igualmente, a Plataforma propiciará a parte gerencial-operacional de todos os processos e permitirá maior participação das pró-reitorias e coordenadores de programas de pós-graduação." Não duvido de nenhuma das palavras escritas sobre a Plataforma. Muito provavelmente, quando funcionar efetivamente, a Sucupira será fundamental para o gerenciamento da Pós-graduação nas universidades brasileiras e promoverá maior interação e transparência nas relações com a CAPES e com a sociedade. Na versão Beta, no entanto, preenchê-la se tornou uma novela. E, aí, ninguém se lembra que o "nome é uma homenagem ao professor Newton Sucupira, autor do Parecer nº 977 de 1965. O documento conceituou, formatou e institucionalizou a pós-graduação brasileira nos moldes como é até os dias de hoje." Fica mais a lembrança da cidade de Sucupira, criada por Dias Gomes. Peço aos colegas Pró-reitores e coordenadores de curso do Brasil inteiro que, a partir do dia 30 de setembro de 2014, prazo final para o envio dos dados na Plataforma Sucupira, "pensem no futuramente, esqueçam o pratrasmente, pois, teremos uma pós-graduação mais transparente".


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sexta-feira, 26 de setembro de 2014

A medição como parte da avaliação

O tema avaliação sempre me estimula. Sou um entusiasta, gosto de estudá-la. Mas, ao que parece, não há clareza efetiva sobre o que é avaliação, mesmo entre as entidades e órgãos que tratam diretamente do tema no Brasil. Digo isso porque entendo que há visões equivocadas sobre avaliação e medição. Repito: avaliação não é sinônimo de medição. Medição é parte da avaliação. E como tal, é componente essencial desta. Em não sendo assim, não se tem a avaliação efetiva. E encarar a medição como sinônimo de avaliação é empobrecer a avaliação a ponto de, inclusive, matá-la na essência. Desta forma, ou se encara a avaliação como um processo efetivamente de crescimento da organização ou do estudante, do caso da avaliação da aprendizagem. Só assim, teremos a avaliação como instrumento efetivo da aprendizagem: tanto organizacional quanto pessoal. É preciso, portanto, encarar a avaliação como essencial para o crescimento e não apenas como medição. Sem isso, avaliar se confunde com o ato de medir.


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quinta-feira, 25 de setembro de 2014

O apego ao ambiente da sala de aula

Hoje, depois de muito tempo sem compreender efetivamente o que ocorria, talvez consiga entender melhor o apego nosso de cada dia (de nós professores e professoras) ao espaço físico da sala de aula. Tudo leva a crer que se trata de uma resistência cultural, mental. De um apego às práticas antigas como se fosse as únicas possibilidades, digamos, "corretas" da nossa vida. É preciso, portanto, além de quebrar padrões mentais, paralelamente, implodir nossos padrões culturais arraigados. Que, no fundo, não deixam de ser culturais. Resistimos a ver o mundo como a nossa maior sala de aula porque crescemos seguros de que o único espaço plausível para a aprendizagem é a sala de aula. Aprender com a vida, aprender pela experiência, no fundo, é considerado como algo menor. Nossos padrões mentais forjam nossas atitudes e crenças. Forjam, também, nossas resistências, inclusive culturais. O apego à sala de aula que temos é fruto da crença de que o saber oriundo das escola "é mais saber" que os demais. Talvez isso explique o tanto de apego que temos ao ambiente da sala de aula.


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quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Quando todos os lados estão errados

Educar não é um ato isolado. Exige comprometimento da escola, da família e da sociedade. Exige, mais ainda, comprometimento dos participantes diretos no processo: professor (ou professora) e estudante. Um episódio ocorrido em Caxias do Sul dá bem o tom do ponto em que chegamos na Educação brasileira. E, talvez, seja uma situação na qual os envolvidos estão completamente equivocados. Se não, vejamos! A mãe de uma estudante de 13 anos da cidade de Caxias do Sul, registrou queixa na polícia contra a professora. Motivo: um bilhete no qual a professora alertava os pais da estudante para a "falta de empenho" dela no desenvolvimento das atividades. Erra a professora por, digamos, se intrometer em um assunto estritamente familiar, erra a estudante por não demonstrar empenho nas atividades escolares e, erra a mãe, por recorrer diretamente à justiça sem tentar estabelecer um diálogo com a escola (professora) e com a própria filha. O episódio, porém, tem de nos levar a refletir sobre o que, afinal, queremos para a Educação no País. É impossível avançar se o assunto for tratado como tema de justiça. É de Educação, inclusive doméstica, e nesse âmbito deve continuar.


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terça-feira, 23 de setembro de 2014

A Educação pelo convencimento

A Educação pela força, marca incondicional da época na qual fui criado, está morta e enterrada, faz tempo. Por mais que alguns saudosistas ainda queiram tirá-la do túmulo. E esta marca da saudade se manifesta de todas as formas. Hoje, por exemplo, ouvi de um estudante que conseguiu a nota mínima para a aprovação em uma disciplina, que o seu professor havia dito que as questões foram respondidas corretamente "mas ele não gostou da forma como ele (o estudante) as respondeu". Se não é uma brincadeira de gosto extremamente duvidoso, é o retorno a uma época abominável da escola brasileira, na qual o estudante não devia só responder corretamente, mas, da forma como o professor, ou professora, gostava que fosse respondido. Nenhuma política pública, nenhum investimento milionário em Educação será capaz de solucionar o problema da mentalidade canhestra de alguns professores (e professoras). Enquanto nós, professores e professoras, apresentarmos comportamento da era das cavernas, não haverá salvação.


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Propostas para a Educação Básica

Tenho cobrado, neste espaço, propostas dos candidatos candidatas à Presidência da República, para a Educação Superior. Devo fazer mea culpa por, até agora, não ter cobrado com a mesma veemência, os candidatos ao Governo do Estado do Amazonas. Por enquanto, só se fala de escola de tempo integral. É muito pouco. Parece até que o Amazonas tem desempenho excepcional nos exames nacionais. Ao contrário, nos cursos de ponta, a presença de estudantes do Amazonas nas universidades que usam o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) para o ingresso é insignificante. Temos sim, problemas graves na Educação Básica e Média que precisam ser encarados de frente. E devem fazer parte do programa de governo de quem seriamente quer investir em educação. É bem verdade que educação de qualidade se faz com bons salários e comprometimento. Mas, o comprometimento não pode ser só de professores, estudantes e pais de estudantes. Tem de ser, ainda maior, dos políticos e governantes.

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OBS: Post do dia 22/09/2014

domingo, 21 de setembro de 2014

O tempo integral como opção

Até a candidata à reeleição, Dilma Rousseff (PT) tem falado em escola de tempo integral como solução para os problemas da Educação no Brasil. Volto a dizer: passar o dia inteiro na escola apenas por passar não solucionará o problema da Educação no País. Como pai, por exemplo, jamais matricularia meus filhos em uma escola de tempo integral. Viver não é permanecer todo o dia na escola e, quando sair, ainda ter de fazer tarefa em casa. Filhos precisam de cinema, leitura, cultura, música, museus, ruas. Por outro lado, defendo que estudar o dia inteiro, para quem tem tempo e deseja fazê-lo, não deve ser proibido. Portanto, não sou contra a escola de tempo integral. Desde que seja opcional. Desde que não seja para substituir a família. Desde que não seja meramente para que os filhos tenham direito às três refeições diária. Ou seja: a escola não pode (nem deve) substituir a família, ocupar o espaço dos amigos, da cultura, das vivências. Que a escola ocupe o lugar de escola. Mas, que não seja confundida com algo de mais precioso que temos: a vida. E o direito de vê-la.


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O modelo da escada deve ser superado

O Brasil, definitivamente, precisa superar o Modelo Escada, implementado em todos os níveis da Educação no País. Vocês, leitores e leitoras, hão de me perguntar:"Mas o que é este tal de Modelo Escada?" Prontamente vos respondo, meus caros leitores e leitoras. O Modelo Escada é aquele baseado na premissa de que a aprendizagem ocorre como se o ser humano, o estudante, subisse uma escada, degrau por degrau. Baseado, portanto, nas variáveis desempenho e tempo. Acontece que, pela lógica deste modelo, pouco importa se o desempenho for excepcional: ele estará condicionado ao tempo de permanência em determinado período letivo, em determinada série. Também pode ser denominada de "a lógica da retenção", ou seja, ficar, ser reprovado, jubilado, abandonar o curso, limitar os crédito, tudo isso pode, mas, acelerar o curso com base em desempenho ótimo, isso não pode, não permitimos, muito embora a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) não faça nenhum restrição. Ao contrário, a LDBEN até estimula a aceleração do desempenho. Nós, nossas escolas, nosso sistema educacional brasileiro trata a aceleração como um pecado, como um equívoco, como "querer passar todo mundo". Nosso maior desafio na Educação, ao que parece, é vencer o modelo pré-estabelecido da escada.

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OBS: Post do dia 20/09/2014

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

O Brasil que enterra seus gênios

Enquanto na Pós-graduação tempos um sistema avançado, cada vez mais moderno, e que não se isola do mundo, nos cursos de Graduação temos raríssimas e honrosas exceções de experiências que podem ser vistas como novas, embora o mundo já as faça há tempos. E uma delas me foi revelada ontem, quando voltava de um evento em companhia do presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), professor Glaucius Oliva. Disse ele que o brasileiro Artur Ávila, ao ser recebido pela presidente Dilma Rousseff, após ter tido a honra de ser agraciado com a Medalha Fields, considerado o Prêmio Nobel na área de Matemática, lembrou dos tempos em que venceu uma Olimpíada Mundial de Matemática e, paralelamente, cursava o Ensino Médio em uma escola do Rio de Janeiro e o Mestrado no Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA). O IMPA é um exemplo de práticas raras. Seu presidente, César Camacho, inclusive, não possui curso de Graduação. Mas é doutor em Matemática pela Universidade de Berkeley. Só se espanta com essas experiências do IMPA quem não conhece a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN). Nada do que se faz lá é ilegal. Torna-se excepcional pelos resultados obtidos. Em Educação, temos um Brasil que desconhece o mundo e mais: desconhece suas próprias experiências exitosas. É preciso quebrar os tabus de que se deve avançar série por série; período letivo por período letivo. Nosso maior índice de sucesso na Graduação, nos últimos 21 anos, foi de 55%. Isso significa que de cada 10 que entravam, pouco mais de cinco saíam. Hoje o patamar é muito pior: de cada 10 que entram, seis ficam pelo meio do caminho, vítimas da retenção ou da evasão. Há, no Brasil, uma entidade cujo objetivo é difundir "boas práticas educacionais": A Brazilian Association of International Education (FAUBAI). É pouco se nós, as universidades brasileiras, não ousarmos, não deixarmos a mesmice modorrenta da administração acadêmica atual de lado. Enquanto investirmos somente em mecanismos atrasados de controle de frequência e conteúdos, enterraremos nossos gênios nos primeiros anos dos cursos de Graduação.


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A urgente modernização das mentes

A Educação brasileira, ao que parece, se encontra em uma encruzilhada: ou promovemos uma modernização monumental das mentes dos que nela trabalham ou estaremos, mais uma vez, a construir a Escola do fracasso, em todos os níveis. É impossível pensar um País moderno, ágil e com as respostas imediatas que a sociedade precisa se o mundo estiver no Século XXI e as nossas mentes no Século XIX. Ainda que se diga, genericamente, que o Século XIX foi "Século da burguesia, das novas classes trabalhadoras, das novas ideias, do ensino, das letras e dos novos gostos literários. Do ponto de vista pedagógico e, digamos, da administração da aprendizagem, paramos no tempo. Enferrujamos nossas mentes: deixamos nossos corpos, embora em vida, quase embalsamados e com cheiro de mofo. A mudança das práticas pedagógicas é precedida por uma mudança de atitude. De modo de pensar. Talvez este seja o nosso maior desafio.

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OBS: Post do dia 18/09/2014

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Um outro olhar sobre a Moda

O Projeto Mimo.com, do Grupo de Pesquisa Linguagens, Mídia e Moda (MIMO), do Programa de Pós-graduação em Sociedade e Cultura na Amazônia (PPGSCA), da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) retoma hoje as atividades com a palestra "Moda: um outro olhar!", às 19 h, na livraria Saraiva Manauara Shopping. Os eventos do Mimo são marcados por um bate-papo descontraído. Desta vez, o tema será abordado pelo professor MsC. Wallace Lira, e pela jornalista e consultora de imagem Karen Leão.
O Grupo de pesquisa Linguagens, Mídia e Moda (MIMO) surgiu da necessidade de um diálogo interdisciplinar das pesquisas em Artes, Comunicação, Cinema, Linguística, Literatura, Mídia e Moda em desenvolvimento pela Linha de Pesquisa 2 – Redes, processos e formas de conhecimentos – no Programa de Pós-Graduação em Sociedade e Cultura na Amazônia (PPGSCA) das quais emanam linguagens e expressões humanas, da poesia à moda, na formação do indivíduo ou de redes conforme sua liberdade de escolha. O grupo Mimo é coordenado pelo professor doutor da Ufam Gilson Vieira Monteiro.



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terça-feira, 16 de setembro de 2014

Um bando... assaltaram

Desde os tempos do Curso de Licenciatura em Letras pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM), tornei-me leitor do professor Marcos Bagno e defendo que não se deve ter "Preconceito Linguístico", nome de um livro famoso do professor. Sempre defendi, também, que não se deve relativizar em se tratando da escrita formal. E, por mais que um jornal seja um veículo de Comunicação de Massa, a formalidade, a mim me parece, é uma necessidade. Lembro-me, também, da época, ainda estudante, quando o professor Frânio Lima nos alertava para o fato de usarmos frases curtas a fim de evitarmos, principalmente, erros relativos ao sujeito da oração. Pois não é que hoje, ao ler um grande jornal da cidade, deparei-me com um exemplo similar aos que nos eram apresentados em sala de aula. Certamente em função de um parágrafo muito longo, a repórter começou falando de "um bando" (sujeito da oração) que "assaltaram" uma agência bancária na cidade. Talvez os conselhos da época de estudante ainda devam ser repetidos hoje. Para o bem do jornalismo!


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segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Para florescer a escrita na Escola

Lembro-me de uma frase da professora Maria Luíza Cardinale Baptista, essencial para se pensar o processo de escrita na Educação Superior brasileira: "Gilson, você precisa se autorizar". Talvez todos nós, professores e professoras, precisemos não só nos autorizar, mas, encontrar uma forma de "deixar florescer a escrita". E isso não é tão fácil quanto costuma parecer, mas, também não é uma meta impossível de ser alcançada. Requer entrega, dedicação, sofrimento, dores do "parto" de cada texto, mas, é a única saída para, efetivamente, mudarmos a cara da Educação do Brasil. Temos de levar o prazer para o ato de ler e de escrever. Quando o prazer não for visto como pecado, mas, como fonte de vida, florescerá a escrita, brotará o desejo, a paixão, o bem-querer-bem, mantra de Maria Luíza. E quanto isso acontece é o primeiro passo para aquela "autorização" do início desta postagem.



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domingo, 14 de setembro de 2014

A campanha eleitoral que deseduca

Cada vez que vejo alguns programas da Propaganda Eleitoral fico com a sensação de que anos e anos em sala de aula são jogados fora em minutos. Enquanto, ao longo dos anos, nós, os professores e professoras, tentarmos, digamos, universais, de respeito ao outro, adversários com potencial de vencer eleições, em todos os níveis, transformam a disputa numa espécie de "vale-tudo" sem as regras mínimas deste tipo de esporte, que, cá entre nós, está mais para barbárie televisa que Esporte. Ainda no campo do Esporte, fosse no Boxe, o árbitro abriria contagem contra quase todos os que disputam as eleições majoritárias no Brasil e no Amazonas. O que se faz no Rádio, na Televisão, nos Jornais e nas Mídias Digitais é algo reprovável em todos os sentidos. Enquanto a Política, na prática, demonstrar valores diametralmente opostos ao que a vida nos ensina, teremos poucos avanços no que chama de Educação.


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sábado, 13 de setembro de 2014

A responsabilidade transferida para a Escola

Por um acaso, hoje, em uma rádio que transmite em cadeia nacional, ouvi a propaganda eleitoral do candidato à reeleição em São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB). Ele promete mais "mil escolas em tempo integral". Não posso crer que a solução para os problemas educacionais do Brasil sejam escolas em tempo integral. Como pai e como educador, jamais matricularia meu filho em um escola em tempo integral. A não ser que os políticos, e os pais, vejam este tipo de escola como uma forma de transferir da família, portanto, dos pais, para a Escola, uma responsabilidade que é da família, logo, dos pais. Educar, assim como prover a alimentação dos filhos, é dever dos País, da família. Deixar os filhos em uma escola de tempo integral apenas pelo alimento é uma demonstração clara e inequívoca de que o Estado se exime de criar condições de vida digna para a população. Trancafiá-los (os filhos dos menos abastados) é uma forma indireta de dizer que os professores (e professoras) são os únicos responsáveis pela educação dessas crianças. Não os são! A vida não se resume a uma sala de aula, a uma escola. Crianças precisam viver, experimentar, sentir o mundo. E serão impossíveis de transformar o mundo para melhor se permanecerem o dia todo em uma escola.


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sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Portas abertas para os Estados Unidos

A área de Ciências Humanas, que tanto reclamara por ficar fora do programa Ciências Sem Fronteiras, ganhou um alento: a Comissão de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) divulgou edital com possibilidades de Doutorado nos Estados Unidos para a área de Ciências Humanas. Sociais, Letras e Artes. O Edital é uma parceria entre a Capes e a Comissão Fulbright e oferecerá 30 bolsas com a duração de nove meses. As inscrições estão abertas e serão encerradas no dia 12 de outubro.
Caso o bolsista seja selecionado para participar do treinamento intensivo em Inglês, a duração da bolsa pode se estender para até 15 meses. QUem for selecionado terá direito as seguintes benefícios: mensalidade enquanto estiver nos Estados Unidos, auxílio deslocamento, pagamento de eventuais taxas para acesso às instalações da instituição nos EUA, auxílio instalação pago em parcela única, auxílio seguro saúde mensal, auxílio para aquisição de livros e/ou computador e auxílio para participação de eventos.


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quinta-feira, 11 de setembro de 2014

UFAM entre as quarenta melhores do Brasil

Para início de conversa devo dizer que não sou entusiasta de rankings de nenhum tipo. Normalmente, exageram para mais ou para menos. É uma mania norte-americana, incorporada no Brasil pela Editora Abril e pela Folha de S. Paulo, que desde 2012 publica o Ranking Universitário Folha (RUF), que o faz com a pretensão de servir para que o jovem brasileiro tome decisões na hora de escolher a melhor instituição na qual quer estudar. Não critiquei veementemente a Universidade Federal do Amazonas (UFAM), quando, em 2013, ficou em 66, assim como não comemorarei com fogos o fato de a UFAM, no RUF divulgado recentemente, ter subido 26 posições e encostado na Universidade Federal do ABC (UFABC), ambas na posição 40. Independentemente dos critérios usados, no entanto, subir 26 posições em um ano, em qualquer ranking, é feito admirável. A posição no Ranking da Folha é uma resposta aos permanentes críticos internos, assim como serve para cada um de nós, entendermos que muito precisa ser feito para atingirmos a excelência. Não somos tão ruins quanto muito querem fazer crer assim como não vivemos em um paraíso. É preciso, no entanto, abandonar de vez nosso complexo de inferioridade: temos cérebros como em qualquer outro lugar do mundo e é nossa obrigação traçarmos metas permanentes par estarmos entre as melhores do País qualquer que seja o ranking.


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quarta-feira, 10 de setembro de 2014

O problema da escola em tempo integral

Quase todos os candidatos ao Governo do Estado do Amazonas prometem investir mais na construção de escolas em tempo integral. Há dois problemas graves nesta proposta. O primeiro é que apenas construir escolas jamais pode resolver o problema da Educação no Brasil, muito menos no Estado. O segundo é acreditar que a escola em tempo integral é a solução para a péssima qualidade da Educação no Estado. Manter uma criança o dia inteiro em uma Escola tem a capacidade de resolver, talvez, um problema social dos maiores: a falta de alimentação e acompanhamento dos jovens. No entanto, é impossível que a Escola substitua os pais. Daí que passar mais tempo dentro de uma escola não significa que a aprendizagem melhore. Portanto, construir mais prédios (escolas) e manter o estudante mais tempo dentro dela não é a chave para os grandes problemas educacionais do Estado e do País.


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terça-feira, 9 de setembro de 2014

A irresponsabilidade na Educação Superior

Impressiona a falta de visão do todo, a falta de compreensão da complexidade do professo educacional demonstrada por alguns colegas que "militam" na Educação Superior. Transferir para os ensinos Básico e Médio um problema que, um dia, será do Ensino Superior, é uma demonstração inequívoca da falta de visão do todo. É lamentável, mas, há colegas professores e professoras que defendem a não realização de atividades de nivelamento "porque o problema não é da Universidade". E quanto formamos péssimos profissionais (ou deixamos de formá-los) o problema é de quem? Trata de um ciclo que, talvez comece na Educação Básica e termine na Educação Superior. Digo talvez porque acredito piamente que se trata de um processo no qual só se pode determinar começo, meio e fim apenas para efeito administrativo. Mas, quando a cadeia começa com um estudante ruim no ensino básico, certamente se terá um estudante ruim no ensino médio. Este mesmo estudante, se nada for feito, ou vira estatística da retenção ou se forma mal. Temos, então, do ponto de vista tradicional, o final do ciclo. Eis, aí, a irresponsabilidade: entender que se trata do fim. Ao sair da universidade, formado ou a abandonando, o que se tem é o início e não o fim do ciclo. Portanto, tentar se eximir da responsabilidade por uma educação básica ruim não é a melhor postura da universidade brasileira.


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segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Ministro anuncia menos horas em sala de aula

Hoje vi uma entrevista do Ministro da Educação, Henrique Paim, que me deixou menos preocupado com a adoção de um "currículo único" no Brasil. Caso seja mesmo mantida a ideia do Ministro, o Brasil passaria a ter um Ensino Básico com menos horas em sala de aula. Pois eu vos digo, educadores, a medida de reduzir o tempo em sala de aula deveria se estender para todos os níveis da Educação no Brasil. O tempo de permanência em sala de aula é longo demais e tira do estudante a chance de vivenciar experiências de troca de saberes muito mais interessantes que o tempo fixo em sala. É preciso transformar a Educação com mudanças no processo educacional. O modelo "professor ensina, estudante aprende" está fadado ao fracasso. E não se precisa nem ir longe para perceber as marcas do fracasso no dia a dia da Escola. Retenção e reprovação parecem ser a regra, ainda que muitos professores argumentem que "não podem mais reprovar" porque o Governo exige estatísticas positivas. E quem disse que a função precípua da escola é a reprovação? Talvez tenhamos que repensar nossa prática pedagógica, além das mudanças propostas pelo Governo.


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domingo, 7 de setembro de 2014

Cruzada contra a sala de aula tradicional

A visita que fiz hoje ao Parque das Aves, localizado no Parque Nacional do Iguaçu, em Foz do Iguaçu, Paraná, serviu para que se firmasse ainda mais, em mim, a ideia de que é preciso uma cruzada ainda mais forte contra a sala de aula tradicional. Em cada placa com informações sobre as aves, em cada ave, ao vivo, via-me a obrigação de algo fazer para que a Escola, definitivamente, mude de lugar. Um parque como aquele é uma sala de aula ao ar livre praticamente pronta. Adultos, adolescentes e crianças passeavam no Parque com os olhos brilhando de felicidade. Satisfação em estar ali. Em descobrir a história de cada uma daquelas aves. Eu me sentia em uma espécie de sala de aula viva. Quero algo assim para a juventude. Quero uma Escola Nova para os meus netos, pois não pude fazê-la para os meus filhos. Intensificarei a cruzada contra a sala de aula tradicional. É o que posso prometer para as gerações atuais.






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Uma escola para chamar de minha

Vez por outra me pego a lembra da frase da minha filha: "Pai, se eu pudesse, largava esta escola e fundava outra completamente diferente, onde a gente pudesse ser feliz. Tivesse vontade de ir". Talvez seja possível contar nos dedos o número de crianças que, verdadeiramente, sente prazer em ir para a Escola. Até na arquitetura, mais parece uma prisão consentida, pelos pais, porque criança não tem a opção de dizer não. Ao que parece, nem os pais querem chamar a escola de sua, nem os filhos querem fazer o mesmo. Aquele prédio, em algum canto do bairro, é visto como um "mal necessário". Uma lugar onde as crianças se amontoam, violentam e são violentadas moralmente e nós fingimos que se trata de um processo de formação. Muitas vezes, o que fazemos é formar pessoas infelizes e pouco preparadas para a vida. Quero uma escola para chamar de minha! Você, não?!

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OBS: Post do dia 06/09/2014

sábado, 6 de setembro de 2014

Preocupação com o currículo-Brasil

Estou com as orelhas e o que mais puder em pé com os burocratas da Educação em Brasília. Já tinha lido a notícia e hoje, vi na TV, o ministro da Educação, Henrique Paim, anunciar que teremos um currículo comum no Brasil, ao qual já denominei de currículo-Brasil. Não me parece sensato imaginar que a saída para os problemas da Educação brasileira esteja na adoção de uma espécie de currículo-único ou currículo-padrão. Em termos de Brasil, desconhecer as especificidades regionais é um grave problema, que se nos apresenta, por exemplo, no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). É extremamente preocupante que as escolas passem a "jogar com o regulamento embaixo do braço" a fim de atender um currículo nacional com o olho no desempenho de seus estudantes no ENEM. A pasteurização educacional pode resultar em um Brasil dos livros escolares e o Brasil da vida real. Conhece o País pela média é mais perigoso do que o desconhecimento atual de alguns.

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OBS: Post do dia 05/09/2014

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

A sala de aula fora da Escola

A sala de aula tradicional ainda parece ser a própria metáfora da Escola. E, incrivelmente, esta visão não muda nem mesmo nos níveis superiores. Ao que parece, pouco se avançará no processo de conquistar jovens para a escola se a sala de aula for considerado o único ambiente de aprendizagem possível. Talvez o mundo seja a melhor sala de aula e nós, professores e professoras, ainda não nos demos conta disso. Aliás, nós, país e mães, temos parcela de culpa por esta visão atrasada de Escola ainda perdurar até hoje. Deveríamos estar mais próximos da Escola, participar mais, interferir nas políticas públicas e não deixar que apenas o Estado, por meio dos seus "iluminados", decidam os rumos da Escola no País. Imaginar uma escola cujas salas sejam o mundo pode ser o início de uma mudança salutar.


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quarta-feira, 3 de setembro de 2014

A complexidade das decisões em Educação

Em tese, falar sobre Educação parece tão simples e fácil que até nos deixa à vontade para expor ideias e defendê-las com tamanha ênfase que soam verdades absolutas. Confesso, inclusive, que, após ler o que escrevo, fico a imaginar que tudo é só uma questão de querer, de vontade política. Mas, não o é. Tomar decisões em Educação é muito mais complexo que a vã filosofia Moraniana possa imaginar. Por isso, é sempre mais fácil apontar o dedo e indicar os erros que ressaltar os acertos. Caso fosse simples educar, uma regra exitosa aplicada com um dos nossos filhos poderia ser replicada e daria certo com os demais. Imaginem o que é educar uma turma com 10, 20, 40 ou, acima de 50 como se quer agora, com este olhar produtivista na Educação? Formar pessoas não é um processo similar a uma linha de produção. Não se pode ter padrões absolutamente verdadeiros. Enquanto nosso olhar não enxergar a complexidade do processo de educar, é pouco provável que tenhamos mudanças efetivas.


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terça-feira, 2 de setembro de 2014

Mais Arte e menos burocracia na Educação

Talvez outra receita para se implementar uma mudança radical na Educação do País seja adotarmos o lema "Mais Arte, menos burocracia". Porque se a Arte liberta e a política aprisiona, como tenho pregado aqui neste espaço, a burocracia, além de aprisionar, controla e sufoca. Nas escolas, em todos os níveis, a burocracia sufoca ainda mais, principalmente porque nós, professores e professoras, temos uma natural sanha controladora que nos impede de entendermos a Educação com um processo de evolução do ser humano como pessoa, como cidadão e como inquieto ser que busca a aquisição permanente de conhecimento. Quando educar se transforma em um mero ato burocrático, a burocracia supera a arte, a criatividade, o prazer. Logo, quando se educa para o desprazer, a burocracia impera. É fundamental que sejamos capazes de ver a Educação como um processo prazeroso e permanente da vida. Caso não, a burocracia sempre vencerá a Arte.


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segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Ideias reacionárias que viram moda

Chego a sentir calafrios quando leio notícias de que a "fatia" do eleitorado que mais manifesta desejo de votar em Marina Silva (PSB) é a dos jovens, universitários. Se for verdade, talvez se confirme uma suspeita que tenho há tempos nas interações com os jovens estudantes: se nós, da nossa geração, não somos os mesmos nem vivemos como nossos pais, eles, ao certo, querem a volta do modo de vida dos nossos avós. É bem provável que o diagnóstico eleitoral explique uma suspeita que tenho há temos e reafirmei na postagem de ontem: a universidade é tanto reacionária quanto o exército e a igreja. Caso não, é porque a sociedade, ao que parece, é retratada dentro da universidade. E é bem diferente da sociedade dos nossos país. Avançamos demais para ideias tão reacionárias virarem moda. Que o espírito dos deuses progressistas vençam os deuses do atraso. Amém!


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