sexta-feira, 31 de julho de 2009

Faz-de-conta


Caso o Ministério da Educação apertasse mesmo o cerco contra os Centros Universitários, Faculdades e Universidades, Manaus não teria apenas dois Centros proibidos de ampliar o número de vagas por falta de professores em regime de tempo integral. Em grande parte dos Centros e Faculdades do Brasil inteiro, o número de professores em tempo integral é um mero faz-de-conta, principalmente em épocas de aprovação dos cursos. Depois disso, os professores mestres e doutores são afastado, principalmente em função dos salários maiores, e são substituídos por, no máximo, especialistas. A alegação dos dirigentes da Ulbra Manaus, uma das notificadas em Manaus, de que faltam professores qualificados para serem contratados em tempo integral é balela. O que falta mesmo é a oferta de um salário digno e condições de trabalho que atraia professores qualificados. Sem isso, o jeitinho brasileiro sempre será empregado para se adequar às exigências legais.

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quinta-feira, 30 de julho de 2009

Controle de frequência


Parece ser mesmo irreversível a mudança que prevê o fim dos departamentos nas universidades brasileiras. Não por convicção das próprias universidades, mas, porque parece ser uma exigência do Ministério da Educação. Há, no fundo, uma tendência nacional de centralização administrativa e de transformação das universidades em organizações semelhantes às empresas tradicionais, com relógio de ponto e tudo. Acontece que não se caminhará nessa direção sem que haja resistências imensas de professores e técnico-administrativos. Os primeiros, tradicionalmente, detestam pensar em controle de freqüência nas universidades públicas, muito embora comportem-se como cordeirinhos quando ministram disciplinas das particulares. Os técnicos, por seu turno, vão lutar enquanto puderem para que sejam tratados da mesma forma que os professores. Logo, também não aceitam o controle de frequência se não ocorrer o mesmo com os professores. Será uma batalha longa mas o MEC tem chances de vencer.

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quarta-feira, 29 de julho de 2009

A mão invisível


A cada reunião que participo na Universidade Federal do Amazonas (Ufam) fico mais convencido de que os dois insucessos que tivemos nas consultas para a escolha do reitor da Instituição foram fruto de uma visão latente de Universidade voltada para os negócios individuais de cada pesquisador e não para a universalização do saber. É como se Adam Smith tivesse baixado sobre as universidades brasileiras e decretado que o segredo é deixar que pesquisadores egocêntricos contribuam, sem querer, para o bem-comum. Ou seja, fica cada vez mais claro, e levei duas eleições para compreender, que o modelo de universalização do saber, de formação de cidadãos, já era. O que se quer hoje é uma universidade mais parecida com os Institutos Tecnológicos na questão da formação e muito semelhante a um varejão de negócios de acordo com a especificidade de cada pesquisador. Quem não pregar esse modelo da mão invisível do mercado sobre os pesquisadores não ganha uma eleição. É esperar para ver.

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terça-feira, 28 de julho de 2009

A tenda da Ufam


A tenda erguida para a 61ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira pra o Progresso da Ciência (SBPC) nos estacionamentos do Instituto de Ci6encias Humanas e Letras (ICHL) e da Faculdade de Tecnologia (FT) da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) até agora ainda permanece lá. O retorno às aulas será dia 10 de agosto e será um dos maiores incômodos se aqueles toldos lá permanecerem. A celeridade com que foi montada a estrutura deveria ser a mesma na hora da retirada. A não ser que a idéia de se ter um Circo Ufam, surgida nos corredores da Instituição, ganhe peso. Como argumentam os humoristas dos corredores, os animais já existem na própria área da Ufam, os palhaços somos a maioria de nós e os expectadores devem ser os estudantes que retomam os estudos dia 10.

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segunda-feira, 27 de julho de 2009

Licenciatura indígena


Acertos devem sempre ser elogiados. E a Universidade Federal do Amazonas (Ufam) acerta, por mais que alguns critiquem de forma velada, ao promover a licenciatura Indígena, políticas educacionais e desenvolvimento sustentável para diretamente para povos indígenas da região do Rio Negro. São 120 vagas e o processo seletivo será realizado somente no município de São Gabriel da Cachoeira. Serão selecionados indígenas das comunidades de Taracuá (Pólo Tukano), Cucuí e São Gabriel da Cachoeira (Pólo Nheegatu) e Tunuí Cachoeira (Pólo Baniwa-Curipaco). Essa é uma forma de a Ufam demonstrar, na prática, que quer mesmo assumir a identidade amazônica.

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Manutenção preventiva


O retorno às na Universidade Federal do Amazonas (Ufam) ocorre no dia 10 de agosto de 2009. Do ponto de vista estrutural, pelo menos no Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL) em nas unidades próximas, houve melhoras. Não se sabe se apenas por conta da 61ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciências (SBPC), mas o certo é que algo não feito nos últimos oi anos (reparos básico) voltou a ocorrer: banheiros foram recuperados, lâmpadas trocadas e coisas do gênero. Resta esperar que a manutenção preventiva não seja abandonada para que não se tenha de enfrentar uma nova sucessão discutindo banheiros e energia elétrica. É muito pobre para uma universidade se limitar a esse tipo de discussão. Que o novo prefeito do Campus, professor Marco Antônio, não esqueça de promover a manutenção básica em todas as unidades da Ufam.

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OBS: Post referente ao dia 26 de julho de 2009.

sábado, 25 de julho de 2009

Professora Patrícia Sampaio na Fapeam


A professora Patrícia Sampaio, doutora em história, sai da coordenação do Programa de Pós-graduação em Sociedade e Cultura na Amazônia (PPGSCA) da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) para assumir a Diretoria técnico-científica da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam). Se o PPGSCA perde com a saída da professora, ganhamos todos os pesquisadores com a certeza de que haverá dedicação e entrega ao trabalho, marcas da professora Patrícia Sampaio. Que nos dois próximos anos o trabalho feito aqui seja consolidado e que a Fapeam mantenha o fomento à pesquisa como o faz até agora com extrema competência.

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sexta-feira, 24 de julho de 2009

O espelho de Narciso


Nem sei se ele achava feio o que não era espelho
Só sei que era Narciso. Narciso Júlio Freire Lobo
Que eu teimava em chamar de Narciso Júlio Lobo Freire
Uma troca sem graça, sem raça, sem sexo, sem nexo.
Se eu não sei quem sou, como saber quem era Narciso?
Reservado, cada vez mais pacato, equilibrado, sóbrio
Desiludido com a Ufam, com a esquerda, não sei se com a vida.
Escondia dores, revoltas, lembranças...não sei, não sabemos.
Mas ele se foi e lembraremos, com saudades, com tristeza, com raiva?
Sabe-se lá! Nós, os humanos, somos sentimentos paradoxais
Detestamos as pessoas vivas, passamos a adorá-las quando morrem.
O Narciso dos últimos tempos, porém, não despertava mais ódios
Era um homem que deixava nosso convício aos poucos, a cada dia
Sem explicar nada. Sem deixar vestígios.
“E à mente apavora o que ainda não é mesmo velho
Nada do que não era antes quando não somos mutantes”.
Nem velho, nem novo. Mutante, mutatis, mutandis mutamos todos.
Narciso mutou-se! Calmo. Tranquilo. E não há mais espelho que reflita a sua imagem.
Narciso nuvem. Narciso neve. Narciso mutante. Narciso leve. Vai, vamos, foi-se!!!!

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Morte do professor Narciso Lobo


A morte do professor doutor Narciso Júlio Freire Lobo é uma perda irreparável não apenas para o Departamento de Comunicação Social (Decom) da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) mas para toda a comunidade de estudiosos e pesquisadores da Comunicação do País. Nos últimos tempos Narciso Lobo estava empolgado com o novo curso de Jornalismo da Ufam, principalmente com o sub-módulo “Sociologia da Comunicação” que, segundo ele, o havia obrigado (de forma saudável, é claro) a voltar aos livros. Ele participou ativamente da campanha de Nélson Fraiji, fiel ao aliado de outros tempos, mas, aos poucos, perdeu as forças. Que Narciso Lobo descanse em paz e deixe como lembrança a maturidade acadêmica e a produtividade. O jornalismo do Amazonas perde um dos seus mais experientes nomes e nós, do Decom, perdemos um amigo, companheiro e conselheiro.
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quinta-feira, 23 de julho de 2009

Finalista do Prêmio CNN


O estudante de Comunicação Social (habilitação em Jornalismo), Marcos César de Oliveira Pinheiro, da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) tornou-se finalista do Prêmio CNN de Jornalismo deste ano. O estudante produziu o vídeo “Revolução do processo de juta e malva” baseado na criação de duas máquinas que realizam a desfibramento e maceração das fibras retiradas da juta e da malva. O invento saiu do papel com o apoio da professora da Ufam, Terezinha Fraxe e Marcos César confia em um bom resultado: “Investi na força da história”. O vídeo pode ser visto no endereço
http://www.concursocnn.com.br/2009/seus-videos.php?id=614&vid=148 e demonstra que a dedicação dos estudantes e a força dos fatos são capazes de por a Ufam entre as melhores do País. Ainda que não seja o vencedor, Marcos César dá um exemplo de dedicação e pode servir para que outros estudantes, de Jornalismo ou não, ganhem estímulo para participar de concursos com a certeza de que temos condições vencer. Confiar no potencial individual dos estudantes e na nossa capacidade como professores e essencial para as vitórias. Marcos César está entre os 10 melhores do Brasil e isso não é pouco.

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quarta-feira, 22 de julho de 2009

Câmara de Extensão


A Câmara de Extensão da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) reúne-se hoje para decidir os projetos de Fluxo Limitado para o biênio 2009/2010. Serão projetos apoiados pela Pró-reitoria de Extensão e Interiorização, em cujo titular da pasta, professor Frederico Arruda, a ala considerada mais radical da Ufam aposta muito. Pelo passado de luta de Arruda e sua competência administrativa, mais, principalmente pelo discernimento político, todos temos a certeza de que as perseguições aos adversários ocorridas em alguns setores da Ufam serão banidas na Extensão. O processo de seleção de projetos de Extensão, a bem da verdade, tem sido, pelo menos aparentemente, democrático e sem quaisquer tipos de interferência. A Câmara examina os projetos, seus membros emitem pareceres que podem, dentro do espírito da lisura e da democracia, serem contestados. Que a prática seja mantida!

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terça-feira, 21 de julho de 2009

Crise aguda


A crise de manutenção vivida pela Universidade Federal do Amazonas (Ufam) é das mais agudas. A falta de Internet e de telefones tem obrigado técnicos e professores a usarem seus modens e celulares para resolver problemas institucionais. Está certo que as verbas de manutenção vindas do Ministério da Educação mal conseguem suprir o dia-a-dia de das universidades brasileiras. No entanto, a opção por “não fazer nada” em termos de manutenção foi do antigo reitor, Hidembergue Ordozgoith da Frota. Nos últimos oito anos quem manteve um prefeito incompetente e inoperante foi ele. Ao nomear o professor Marco Antônio, antigo administrador da Fazenda Experimental da Ufam, para a Prefeitura do Campus a professora Márcia Perales parece querer romper com os oito anos de desmandos e incompetência da administração anterior. Embora só tenha sido eleita pela força da máquina administrativa usada pelo antigo reitor para elegê-la, pelo jeito, Márcia Perales terá de romper definitivamente com o estilo e com o antigo chefe. Caso contrário, não conseguirá administrar a herança maldita herdada pois nem mesmo com a realização da 61ª Reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) os problemas foram minimizados.

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segunda-feira, 20 de julho de 2009

Desafio acadêmico


Um dos desafios a ser enfrentado pela nova Pró-reitora de Ensino de Graduação da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), professora Rosana Parente, é corrigir o calendário acadêmico da instituição. Há anos que não se tem uma grave, porém, ainda assim, o calendário da Ufam é completamente diferente do calendário das demais universidades brasileiras. Isso dificulta a mobilidade acadêmica dos próprios estudantes de graduação que querem mudar para outras universidades ou daqueles que são recebidos pela Ufam. Além disso, tem o problema de as férias escolares não coincidirem com o período de férias dos ensinos Fundamental e Médio. Com isso, pais professores, técnicos e estudantes terminam por não desfrutarem, nem no meio, nem no final do ano, alguns dias de folga ao lado dos filhos. Não será tão difícil, basta que os períodos da Ufam comecem mais cedo a cada seis meses. Depende mais de vontade política e bom senso. E até agora a professora Rosana Parente demonstra ter as duas coisas de sobra.

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domingo, 19 de julho de 2009

Autonomia em questão


O Governo brasileiro tem de concluir, e logo, a Reforma Universitária, por uma questão de autonomia. Não adianta dizer que as instituições brasileiras são autônomas se vem um Programa de Apoio ao Plano de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni) e dita o que vai e como será feito. O argumento de que as universidades concordaram é falacioso. Não houve uma discussão aprofundada e o que se vê hoje, por exemplo, são cursos abertos sem as mínimas condições de funcionamento. Trata-se, na verdade, de um ato irresponsável das administrações superiores das universidades brasileiras que deveria ser combatido sem tréguas. Há universidades (e a Universidade Federal do Amazonas (Ufam) é uma delas) nas quais novos cursos são criados com apenas um professor e nenhuma estrutura laboratorial.

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sábado, 18 de julho de 2009

Antropologia empresarial

Falar em Antropologia empresarial em tempos não muito distantes dentro das universidades brasileiras talvez fosse considerado crime de lesa-autonomia. Pois vejam bem, a profissão começa a ganhar corpo no País, talvez em função da popularização exagerada do Marketing, mas o certo é que já se fala em Antropologia Empresarial sem os mesmos pré-conceitos de antes. Na argentina já se oferece curso de Pós-graduação em Antropologia Empresarial. Quem sabe esse também não pode ser o rumo do curso na Universidade Federal do Amazonas (Ufam). E ainda há quem diga que áreas como Antropologia e Filosofia não são capazes de captar recursos. O certo é que se a relação com a sociedade, aí incluindo o mercado, for feita sem preconceitos, cursos que pareciam improváveis podem surgir sempre.

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sexta-feira, 17 de julho de 2009

Ajuste alterado

O ajuste de matrícula dos cursos de férias, previsto para ser feito ontem e hoje foi suspenso em função do atraso na “rodagem” da matrícula automática. O novo ajuste de matrícula dos cursos de férias ficou para a semana que vem, ainda sem data prevista. Todos esses atropelos fazem com que, no início do período, as coordenações de curso tenham mais trabalho para ajustar matrículas que poderiam ser automaticamente rodadas. Como bem alertamos ontem, uma das causas desse atraso é o não-lançamento das notas pelos professores. Ainda que demore algum tempo, esse tipo de problema só pode ser resolvido com a tomada de consciência por parte de todos nós, professores. Volto a frisar, há coisas que não dependem da administração superior. E essa é uma delas. Portanto, se queremos uma Ufam melhor e mais preparada para o futuro, precisamos fazer a nossa parte porque nenhum sistema de informação pode funcionar bem se não houver a participação efetiva dos usuários que alimentas os sistemas com as informações.

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quinta-feira, 16 de julho de 2009

Última hora


Não por irresponsabilidade; às vezes até por problemas de prazos ou problemas técnicos, mas, na verdade, boa parte dos professores da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) não entrega as notas das avaliações e provas nas datas previstas no calendário acadêmico. Quaisquer que sejam os problemas, no entanto, precisamos desenvolver a consciência coletiva de que, assim como cobramos prazos dos estudantes, precisamos cumprir os nossos sob pena de prejudicar a administração acadêmica. E nesse ponto, sejamos justos, nada depende exclusivamente da administração superior da Instituição. A Pró-reitoria de Ensino de Graduação (Proeg) pouco pode fazer se nós, os professores, não tomarmos consciência de que a vida dos estudantes pode ser altamente prejudicada se atrasarmos a entrega das notas. Quando isso ocorre, provoca atraso na matricula automática. Além do mais, se o estudante perde a matrícula automática por falta do lançamento de notas das disciplinas que são pré-requisitos, piora ainda mais. Portanto, nesses casos, deixar para a última hora é a pior coisa que tem para a Ufam e para os estudantes. Nesse ponto, nossa compreensão e conscientização é o melhor caminho. Façamos isso?!

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quarta-feira, 15 de julho de 2009

Vícios insanáveis

Quisesse a Universidade Federal do Amazonas (Ufam) ser transparente e preservar a honradez e a dignidade dos seus concursos públicos, ao invés de ter assinado um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), teria, administrativamente, anulado todos os certames objeto do Edital 013/2008 por conterem vícios insanáveis. E muito me admira que a juíza Jaiza Fraxe não os tenha anulados a todos, sem exceção. O motivo é simples: o Edital 013/2008 fere completamente a Resolução 003/2006 do Conselho Universitário (Consuni), documento que regia os concursos públicos de carreira do magistério superior, à época. E isso foi alertado por mim e pelo professor Raimundo Martins ao diretor do Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL), professor Dr. Ricardo José Batista Nogueira. Os vícios insanáveis são os seguintes. O prazo de inscrições estabelecido pelo Edital 013/2008 foi de 02 de junho de 2008 a 18 de junho de 2008. No entanto, a Resolução 003/2006 Consuni era bem clara: “Art. 8º - O prazo mínimo para inscrição será de 15 (quinze) dias úteis.” Posso garantir que nem no ICHL nem no Departamento de Comunicação Social a secretaria funciona aos sábados. Portanto, o sábado não poderia ser contado como dia útil para efeito de inscrições no concurso público. Assim sendo, para não ferir a Resolução 003/2006, as inscrições deveriam ocorrer até o dia 20 e não até o dia 18. Mas não fica só isso. Vejamos, juntos, o que dizia o Edital 013/2008:
“VIII – Do Período e dos Locais das Prova
As provas serão realizadas no período de 19 a 28 de junho de 2008, em datas e locais a
serem definidas pelos Coordenadores do Concurso e publicadas no endereço eletrônico
www.ufam.edu.br , dando um click no banner CONCURSO PÚBLICO.”
Agora, vejamos a Resolução 003/2006 do Consuni:
“Art. 15 - O Coordenador, no prazo máximo de 02 (dois) dias úteis após o encerramento do período de inscrição, analisará separadamente cada processo, submetendo-o com parecer, ao Conselho Departamental, para julgamento a ser concluído no prazo máximo de até 03 (três) dias úteis.
Art. 16 - Concluídos os julgamentos, os processos ficarão, nos 02 (dois) dias úteis seguintes após homologação, à disposição dos candidatos interessados, no local de inscrição, para conhecimento da decisão do Conselho Departamental.”
Ora, se o Edital estabelecia que as provas seriam realizadas no período de 19 a 28 de junho de 2008, o Concurso, por si, está nulo, uma vez que os prazos mínimos recursais estabelecidos pela Resolução 003/2006 Consuni não foram seguidos. Como as inscrições encerravam-se no dia 18, uma quarta-feira, os coordenadores teriam até dois dias úteis para analisar separadamente cada processo, submetendo-o, com parecer, ao Conselho Departamental. O conselho teria até três dias úteis para julgar os processos. Logo, por mais eficiente que fossem os Coordenadores e os Conselhos, jamais seria possível que as provas iniciassem no dia 19. Além disso, os processos teriam de ficar, nos dois dias úteis seguintes, disponíveis, à disposição dos candidatos, nos locais de inscrição, para conhecimento da Decisão do Conselho Departamental. No ICHL, por exemplo, o Conselho reuniu-se no dia 20 de junho de 2008. Ainda que o sábado fosse contado como dia útil, os prazos mínimos estabelecidos pela Resolução 003/2006 não foram seguidos, pois se os fossem, o Concurso Público só poderia começar, pelo menos no ICHL, no dia 24 de junho de 2008. Sem levar em conta mais nenhum dos agravantes que constam nas denúncias ao Ministério Público, somente os pontos levantados aqui tornariam o Concurso Público objeto do Edital 013/2008 nulo. Não foi por outra coisa que parte da Diretoria da Associação dos Docentes, Secção Sindical (Adua) se posicionou contra o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado pela Ufam e pelo Ministério Público Federal do Amazonas. Vale, lembrar, porém, que a juíza Jaiza Fraxe ainda não liberou completamente os concursos objeto do Edital 013/2008 da Ufam.

Reitor no Cetam

O antigo reitor da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Hidembergue Ordozgoith da Frota, deve assumir o Centro de Educação Tecnológica do Amazonas (Cetam). O convite já foi feito e Frota certamente aceitará. O cargo encontrava-se temporariamente ocupado desde que Vicente Nogueira foi ocupar a vaga de Terezinha Ruiz na secretaria municipal de Educação. Parece até que a vaga ficou guardada até que o reitor da Ufam deixasse o cargo. A se confirmar a ida de Frota para o Cetam a hegemonia do grupo político de Eduardo Braga (PMDB) se completa, pois, domina desde a UEA, passando pela Ufam e chegando agora ao Cetam. Não é à-toa que já se comenta pelos corredores da Ufam que a instituição, enfim, transformou-se em um projeto de extensão da UEA.

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terça-feira, 14 de julho de 2009

Só a morte me cala


Fico muito feliz que a Analista de TI do Centro de Processamento de Dados (CPD) da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Márcia de Paula, tenha enviado comentário contestando a nota “Horários Impróprios” que postamos ontem neste blog. E fico mais contente ainda que ela tenha informado que os serviços de reestruturação da rede Interna começaram há mais de uma semana. Só não aceito é que os analistas tenham de ficar até altas horas para tentar manter o sistema em funcionamento. Nos oito últimos anos o CPD da Ufam ficou à míngua e isso sim é falta de visão administrativa. Devo lembrar, também, a ela e a todos que este Blog foi mantido após a Consulta Pública da Ufam para ser o local no qual criticamos e debatemos os problemas da Instituição. Sem desconhecer, de forma alguma o trabalho dos técnicos do CPD, mantenho a observação de que o serviço poderia ser feito uma semana depois sem prejuízos para o sistema, a não ser que, com a reunião da SBPC, a internet ficasse inviável. Ainda assim, essa informação deveria ser claramente passada a todos os usuários e com bastante antecedência. Só lamento que a analista também tire conclusões a respeito de mim a partir de um comentário. Fosse agir no calor da decepção, eu também estaria arrependido por ter posto meu nome duas vezes à disposição da comunidade universitária. Os votos que ganhei nas duas eleições e as pessoas que passei a admirar me fazem sentir muito orgulho. Tenho razões de sobra para me envergonhar da instituição que trabalho e dos seus administradores. Ainda assim, não capitulei, mesmo tendo sido agredido em sala-de-aula e a Ufam não tomado as mínimas providências necessárias para garantir minhas atividades de professor. Espero, sinceramente, que ninguém mais na Ufam passe pelo que passei. A Universidade tem o dever de garantir a segurança de todos, principalmente dos técnicos que deixam o CPD em plena noite correndo o risco de serem agredidos, assaltados ou mortos, pois a segurança na Ufam não existe. E isso sim, é falta de visão e respeito aos colaboradores da organização, algo que ocorreu durante oito anos como filosofia de quem dirigia a Instituição e, pelo jeito, não mudará, uma vez que a administração atual é a continuidade da anterior. Devo dizer, porém, à Márcia de Paula e a todos os membros da comunidade da Ufam que nem as duas derrotas nas urnas, nem agressão sofrida no auditório Rio Negro, nem a omissão vergonhosa da administração anterior e da atual, nem a falta de segurança e nem as críticas como as suas me farão desistir de lutar por uma Ufam melhor, que tenha respeito a todos que nela convivem, principalmente aos estudantes, razão de ser de qualquer instituição universitária. Só calarei se for morto em sala-de-aula.

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segunda-feira, 13 de julho de 2009

Horários impróprios


Os serviços do processo de reestruturação da rede interna da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) mais parecem aqueles serviços de recapeamento asfáltico realizado pela prefeitura: só acontecem em horários impróprios. Em plena segunda-feira, com o início da 61ª reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e a necessidade de se rodar as matrículas dos estudantes, a reestruturação tem início. Moral da história: a internet fica instável dentro da Ufam e o Sistema de Informação do Ensino (SIE), que sempre foi ruim, fica ainda pior. Que tal tanto a prefeitura municipal quanto o Centro de Processamento de Dados (CPD) da Ufam deixarem para fazer os serviços de manutenção e reestruturação em horários que menos provoquem incômodo aos usuários?.

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SBPC: fiasco na abertura


Quem esteve presente na abertura da 61ª reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) ocorrida domingo, dia 12 de julho de 2007, no Largo de São Sebastião comenta que foi um verdadeiro fiasco. Assim como a passagem de cargos da antiga para a administração que continua a anterior da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) também não foi lá essas coisas, a abertura da SBPC deveria ser programada como evento científico que deve ser. Tentar misturar as coisas dá nisso. Enquanto a Ufam não tiver uma assessoria de comunicação agindo competentemente os eventos sempre serão fracassados. Esse tipo de coisa só acontece porque os acertos políticos em busca de votos para ganhar as eleições estão acima da competência dos profissionais. Não adianta a reitora dar entrevistas dizendo que tudo será diferente quando, na prática, o que houve, foi uma troca de favores e cargos por votos. Espera-se que, pelo menos, no transcorrer da SBPC os fiascos sejam de menores proporções.

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OBS: Postagem referente ao dia 12/07/2009

Ciência sim, reparos não


Não há dúvidas de que a reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) é um dos mais importantes eventos científicos do país. E esse deveria ser maior motivo, talvez até o único, para a Universidade Federal do Amazonas (Ufam) ter orgulho em abrigá-lo. O que as pessoas não podem esquecer é que a recuperação do asfalto e dos meios-fios, feita pelo Governo do Estado, esconde a incompetência administrativa de um grupo que está no poder há oito anos e sequer conseguiu fazer vinte metros de asfalto na hoje chamada “estrada da Proeg”. Que a SBPC estimule a produção de novos trabalhos de pesquisa e contribua para fazer renascer o espírito crítico dentro da Ufam, algo que parece ter morrido faz tempo. Que a Prefeitura do Campus não se esqueça de cumprir o seu dever quando a reunião passar. O serviço de manutenção tem de ser permanente e não apenas para mostrar algo que nunca houve aos congressistas da SBPC.

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OBS: Postagem referente ao dia 11/07/2009

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Clima de terror no INC de Benjamin Constant


O Instituto Natureza e Cultura (INC) da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) em Benjamin Constant retrata o clima de terror e perseguição política que marcou a administração superior da Ufam, cuja reitora atual é a continuidade. Recebi e-mail dos professores do INC que denunciam abusos cometidos pela diretora Valdete da Luz Carneiro com as bênçãos do antigo reitor, Hidembergue Hordozgoith da Frota, e as orações da atual reitora, Márcia Perales. Há fatos curiosos. Os prédios para as aulas do próximo período não foram entregues até hoje: deveriam ter sido entregues em agosto do ano passado. Solicitar informações a respeito dos recursos empregados no prédio e sobre o atraso na entrega das obras, bem como o que foi feito com o recurso de R$ 600 mil vindo da Finep é considerado um ato de INSUBORDINAÇÃO. Ao apagar das luzes, o reitor Hidembergue Frota baixou duas portarias (1259 e 1260, de 2009). A primeira determina que o professor Raimundo Valdan só pode se ausentar de Benjamin Constant com autorização do reitor. A segunda abre processo administrativo contra a professora “Lisandra Vieira e outros” por INSUBORDINAÇÃO. Crime cometido pelos professores: solicitar, por escrito, que houvesse prestação pública das contas do INC e que a distribuição de processos não fosse direcionada a um único professor. O curioso é que uma portaria solicitando a criação de uma Comissão de Pós-graduação do INC está pendente há quase um mês e até hoje não saiu do papel. Mas, o reitor foi ágil e lépido em punir a “INSUBORDINAÇÃO” de professores. A reitora atual, Márcia Perales, tomou ciência de todos os problemas enfrentados pelos professores do INC e não fez nada para mudar as práticas autoritárias. Ao contrário, retificou-as e ainda a elogiou a diretora Valdete Carneiro dizendo que se trata de “uma desbravadora”. Deve ser porque há uma prática de vigilância dos professores, muito embora não haja a necessidade de os mesmos “baterem o ponto”. Faltas são atribuídas sem critérios numa nítida forma de coagir os professores. Essa prática também recebe as bênçãos da reitora atual certamente como forma de retaliação, uma vez que das unidades do interior, a de Benjamin Constant foi onde a reitora eleita levou a maior surra nos dois turnos. Isso só demonstra que a ela diz uma coisa nas entrevistas mas pratica outra. Perseguir politicamente adversários é um ato de pequenez inaceitável. Mas não daremos trégua e usaremos este espaço para denunciar os abusos e o assédio moral praticado contra professores da Ufam. Não aceitaremos que haja uma Ufam de Manaus e outras do interior. Lutaremos, também, contra esse modelo autoritário que querem implanta em Manaus com o fim dos departamentos. Se a reitora insistir iremos à Justiça Federal para garantir que o Estatuto da Ufam seja respeitado. Nenhum ato de terror e violência será cometido pela administração atual sem que haja reação.

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quinta-feira, 9 de julho de 2009

Os crimes de falsificação de documentos

Ontem, no programa Jo Soares Onze e Meia, o apresentador tentou minimizar a falsificação cometida pela ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. Argumentou que só seria crime se a ministra tivesse adulterado dados curriculares “para se beneficiar, conseguir um emprego.” Ledo engano. Na Plataforma Lattes o CNPq alerta: “O CNPq não será responsável por qualquer perda que possa ocorrer como consequência do uso não-autorizado do por terceiros de sua senha com ou sem seu conhecimento”. Depois de alterar ou preencher o curriculo, novo alerta antes de enviá-lo à Plataforma: “O solicitante declara formalmente que está de acordo com o Termo de Adesão e Compromisso da Plataforma Lattes (Declaração feita em observância aos artigos de 297-299 do Código Penal Brasileiro). Logo, a ministra, ou quem preencheu o currículo por ela, cometeu sim crimes previstos no Código Penal Brasileiro. Leiam o que constam nos artigos 297, 298, 299, 300 e 301 do CPB:

Falsificação de documento público
Art. 297 – Falsificar, no todo ou em parte, documento público, ou alterar documento público verdadeiro:

Pena – reclusão, de dois a seis anos, e multa

§ 1º - Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo - se do cargo, aumenta – se a pena de Sexta parte.

§ 2º - Para os efeitos penais, equiparam-se a documentos público o emanado de entidade paraestatal, o título ao portador ou transmissível por endosso, as ações de sociedade comercial, os livros mercantis e o testamento particular.

§ 3° - Nas mesmas penas incorre quem insere ou faz inserir: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)

I – na folha de pagamento ou em documento de informações que seja destinado a fazer prova perante a previdência social, pessoa que não possua a qualidade de segurado obrigatório; (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)

II – na Carteira de Trabalho de Previdência Social do empregado ou em documento que deva produzir efeito perante a previdência social, declaração falsa ou diversa da que deveria ter sido inscrita; (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)

III – em documento contábil ou em qualquer outro documento relacionado com as obrigações da empresa perante a previdência social, declaração falsa ou diversa da que deveria ter constado. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)

§ 4º Nas mesmas penas incorre quem omite, nos documentos mencionados no §3º, nome do segurado e seus dados pessoais, a remuneração, a vigência do contrato de trabalho ou de prestação de serviços. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000).

Falsificação de documentos particular
Art. 298 – Falsificar, no todo ou em parte, documento particular ou alterar documento particular verdadeiro:

Pena – reclusão, de um a cinco anos, multa.

Falsidade ideológica

Art. 299 – Omitir, em documento público ou particular, declaração que dele devia constar, ou nele inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, com o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante:

Pena – reclusão, de um a cinco anos, e multa, se o documento é público, e reclusão de um a três anos, e multa , se o documento é particular.

Parágrafo único - Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se do cargo, ou se a falsificação ou alteração é de assentamento de registro civil, aumenta-se a pena de sexta parte.

Falso reconhecimento de firma ou letra

Art. 300 – Reconhecer, como verdadeira, no exercício de função pública, firma ou letra que o não seja:

Pena – reclusão, de um a cinco anos, e multa, se o documento é público; e de um a três anos, e multa, se o documento é particular.

Certidão ou atestado ideologicamente falso

Art. 301 – Atestar ou certificar falsamente, em razão de função pública, fato ou circunstância que habilite a obter cargo público, isenção de ônus ou de serviço de caráter público, ou qualquer outra vantagem:

Pena – detenção, de dois meses a um ano.

Falsidade material de atestado ou certidão

§ 1º Falsificar, no todo ou em parte, atestado ou certidão, ou alterar o teor de certidão ou de atestado verdadeiro, para prova de fato ou circunstância que habilite alguém a obter cargo público, isenção de ônus ou de serviço de caráter público, ou outra vantagem:

Pena – detenção, de três meses a dois anos.

§ 2º Se o crime é praticado com o fim de lucro, aplica-se, além da pena privativa de liberdade, a de multa.
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quarta-feira, 8 de julho de 2009

A fraude acadêmica da ministra


A coluna de hoje do jornalista Elio Gaspari, publicada no jornal Diário do Amazonas, cai como uma bomba sobre a própria Plataforma Lattes, e mais ainda sobre a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. O currículo Lattes da ministra, candidata à Presidência da República, registra que ela é mestre em Teoria Econômica pela Universidade de Campinas (Unicamp). Ela teria obtido o título defendendo uma dissertação sobre o “Modelo energético do Rio Grande do Sul”. A ministra ainda diz no seu currículo que é doutoranda na própria Unicamp. Tudo falso. O repórter Luiz Maklouf Carvalho revelou que a Unicamp não possui registro de matrícula da ministra em nenhum dos seus cursos. Engordar o currículo com títulos que não existem é fraude. Fosse um professor comum, normal, um doutor de quaisquer das universidades brasileiras, poderia até ser demitido por justa causa. Lula disse, e Elio Gaspari repetiu, que não devemos confiar nos doutores. Eu vos digo. Não devemos confiar sim, em boa parte dos políticos brasileiros. Lula, inclusive, deu provas disso ao apoiar a permanência de José Sarney da presidência do Senado. Algumas pessoas, e Lula também (uma vez que não viu nada no comportamento de Sarney), não veem problema e fraudar o currículo. Uma pena que no Brasil esse tipo de coisa seja relativizado. Fosse em um país sério a ministra não teria mais condições morais nem de ser candidata. E os doutores de verdade não teem nenhuma participação no preenchimento do currículo da ministra.

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terça-feira, 7 de julho de 2009

Agressão e ameaça de morte no ICHL

O auxiliar de limpeza da Rudary, Rafael Moreira da Silva, de 22 anos, foi agredido e ameaçado de morte na passarela que liga o Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL) da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) ao estacionamento no qual está suspensa a lona do local onde será realizada a reunião anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), também denominada Circo Ufam. Por volta das 7h de hoje, dia 07 de julho, Rafael Silva preparava-se para varrer a passarela quando foi abordado por dois homens portando revólveres que exigiram o seu celular e o ameaçaram de morte se ele olhasse para trás. “Olhei para a passarela e não vi ninguém. Quando baixei os olhos, senti o cano de um revólver na minha cabeça. Tentei me virar e um deles me disse que se eu olhasse levaria um tiro na cabeça e me jogariam dentro do mato”, disse Rafael Silva. Ele complementa: “Exigiram o meu celular, quando eu disse que não tinha, deram-me um soco nas costelas e sumiram dentro do mato. Entrei em pânico e comecei a chorar.” Todos nós, professores, estudantes e técnicos precisamos tomar uma providência séria para preservar nossas vidas antes que alguém seja morto em sala de aula. Não é bom duvidar que os assaltantes promovam um arrastão, principalmente agora no período de recesso acadêmico. Todo cuidado é pouco!

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segunda-feira, 6 de julho de 2009

Perseguição política

Há outro caso de covardia explícita da administração que mal assumiu a Universidade Federal do Amazonas (Ufam). Durante a campanha e até em entrevistas após tomar posse, a reitora Márcia Perales garantiu que buscaria a unidade da instituição e administraria respeitando as diferenças. Tudo balela! Na TV Ufam, por exemplo, cogita-se por os dois únicos técnicos à disposição do Departamento de Pessoal. Isso é perseguição explícita e mais uma face da covardia. Aos olhos de todos e nos discursos públicos fala-se em democracia e respeito às diferenças. Na prática, quem não se alinhou à candidatura oficial agora sofre perseguição. Talvez a reitora atual e a própria sociedade não saibam disso. Portanto, cabe a administração investigar essa prática condenável de alguns dos seus auxiliares e barrá-la imediatamente. Porque se não o fizer, a versão apresentada nas entrevistas de rádio e TV pela reitora atual será interpretada como mentirosa. Ainda há tempo de corrigir esse tipo de absurdo. Basta que reitora demonstre que tem pulso e que vai administrar sem a tutela e as práticas do antigo reitor. E é simples: desautorize os subordinados que tomarem atitudes como essa!

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domingo, 5 de julho de 2009

O ocaso dos covardes

É interessante avaliar as atitudes de algumas pessoas que almejaram ou chegaram à direção da Universidade Federal do Amazonas (Ufam). Durante a campanha para a consulta pública, principalmente no período do segundo turno, o meu telefone parecia ser doce: todos sabiam o número e ligavam constantemente. Com 17% (dezessete por cento) dos votos, tínhamos potencial para decidir as eleições. Passado o segundo turno, principalmente depois do episódio da agressão por mim sofrida dentro do auditório Rio Negro, do Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL), nenhum telefonema, nenhuma nota, nenhuma voz. A reitora eleita parece ter esquecido o número do meu telefone, dos demais candidatos, apenas Nélson Fraiji ousou telefonar, exatamente no dia 15 junho, data da manifestação contra a violência na Ufam. Menos mal, que pelo menos Fraiji, ainda que tardiamente, demonstrou não ser analfabeto político e entendeu a gravidade de o irmão do vice-governador invadir a universidade e agredir um professor. No episódio, o reitor foi covarde, míope e omisso, a reitora eleita escondeu-se e o candidato Sylvio Puga silenciou. A postura tomada por todos é um legado da miopia política que tomou conta da Ufam nos oito últimos anos. Aos amigos do rei, tudo; aos oponentes, a masmorra. Uma vergonha! Só espero que nenhum deles, nem ela, sejam agredidos no exercício da profissão. Aliás, é pouco provável que o sejam, pois, fazem parte do grupo político do agressor a possuem a subserviência como prática. Por isso deixaram Ufam ajoelhada diante do poder do Estado.

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sábado, 4 de julho de 2009

O reitor obreiro


Nem tanto ao céu, nem tanto ao mar, prega outro dito popular. O professor Hidembergue Ordozgoith da Frota transmite o cargo de reitor para a reitora Márcia Perales com um histórico de muitas obras e isso ninguém pode desconhecer. Em documento destinado à comunidade universitária, chegou a denominar o período de sua administração como “Década da Ufam”. Talvez por isso, enquanto a nova reitora, Márcia Perales, tomava posse em Brasília, o reitor, em ritmo frenético, inaugurava os novos ambulatórios odontológicos, as novas sedes da Comissão Permanente de Concursos (Comvest), do Departamento de Ciências da Computação (DCC) e do Centro de Processamento de Dados (CPD) e até a Estrada da Proeg. Falta ainda inaugurar algumas cadeiras novas em salas-de-aula. Nesse ritmo as inaugurações, ainda que inacabadas como a sede da Comvest, por exemplo, vão ocorrer até a hora da transmissão de cargo. Além das obras físicas há uma que jamais poderá ser esquecida: a pseudo-assepsia política implantada na Ufam.

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sexta-feira, 3 de julho de 2009

Informações desencontradas


Causa estranheza o quanto de informações desencontradas circulam na Universidade Federal do Amazonas (Ufam). Ontem, dia 02 de julho de 2009, até a diretoria do Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL) fora avisada de que o expediente só começaria a partir das 10h pois, das 8h às 10h seria feita manutenção na rede de energia elétrica. O que ocorreu na verdade? Das 8h às 10h não houve interrupção do fornecimento. Exatamente às 10h30 a energia elétrica foi suspensa. Todas as atividades acadêmicas que estavam prevista para ser realizadas das 10h às 12h foram prejudicadas. A energia só retornou por volta das 16h. No PPGCCOM, o exame de qualificação previsto foi realizado ao ar livre. Quando é que a Administração superior da Instituição vai aprender que a Comunicação é de extrema importância para o funcionamento eficaz de uma organização? Sem um serviço de comunicação profissional e eficaz qualquer esforço de gerenciamento é fadado ao fracasso.

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quinta-feira, 2 de julho de 2009

Circo Ufam

Há quem defenda que a lona do estacionamento da Faculdade de Tecnologia (FT) e do Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL) da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) não deva ser baixada após a realização da reunião anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciências (SBPC). Árvores foram derrubadas, o picadeiro está pronto para o circo da SBPC. Em seguida, basta montar o Circo da Ufam. Os animais já existem na própria área do Campus, concursos anulados, vestibulares também e professor agredido, a área da Ufam invadida e a administração superior nada faz, portanto, palhaços também existem aos montes e nós somos talvez o maior deles. Logo, só falta mesmo mulher barbada. Como se trata de um personagem preconceituoso, um circo moderno não precisaria dela. Então, que ponhamos nossa bolinha vermelha no nariz e batamos palmas para o espetaculoso Circo da Ufam.

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quarta-feira, 1 de julho de 2009

Diálogos interfaces

O professor Gilson Monteiro e estudantes da segunda turma do programa de Pós-graduação em Ciências da Comunicação (PPGCCOM) da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) reuniram-se na sala 94 do Departamento de Comunicação Social (Decom) para mais uma versão do projeto “Diálogos Interfaces”.O grupo pretende transformar a participação nos “Diálogos ...” em um hábito partilhado por professores e estudantes de graduação e pós-graduação, todas as quartas-feiras, às 9h. Ficou decidido que os encontros terminarão sempre às 10h30 com possibilidade de se estenderem no máximo até às 11h. Essa é mais uma atividade do Grupo de Pesquisa em Ciências da Comunicação, Informação, Design e Artes (Interfaces) criada para discutir teorias e metodologias relacionadas aos Ecossistemas Comunicacionais e integrar estudantes e professores de graduação e pós-graduação. O tema de hoje foi a “Netnografia como metodologia para a pesquisa na blogosfera”.

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