Tenho visto a série “Pablo Escobar:
el patron del mal”. Nada melhor de o quê aprender, na prática, qual a diferença
básica entre “negociar” e “impor”. As negociações do Cartel de Medellin,
leia-se Pablo Emilio Escobar Gaviria”, eram baseadas em uma “estratégia” cujo
lema era “plata ou plomo”. Em bom Português, “dinheiro ou chumbo”. Em seguida,
ameaçava de morte as gerações presentes, passadas e futuras da “vítima da
negociação”. No dicionário Michaelis on-line, “impor” é verbo transitivo direto
e significa: ”fazer aceitar à força ou com sacrifício; obrigar a cumprir, pagar
ou satisfazer. ” Por seu turno, “negociar” significa “celebrar, concluir (tratado ou contrato)”.
Celebrar algum tratado só se consegue com base em partes negociadas, em
relações de confiança e respeito. É um processo lento que as partes envolvidas
abrem mão, de um lado e do outro, em prol de algo maior: o bem-comum, a
comunidade. Em assim não sendo, o que se tem é uma tentativa de subjugar, de
impor, “de fazer aceitar à força”. Nos dias atuais, parece que se usa uma coisa
pela outra. Mas, efetivamente, impor não é, nunca foi nem será sinônimo de
negociar.
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