terça-feira, 1 de maio de 2012

A política pública da exploração na Pós-graduação


Parece haver, no Brasil, principalmente nas universidades públicas, um processo de penalização para quem atua nos programas de Pós-graduação. O primeiro ponto é que existem regras altamente rígidas a serem cumpridas. Dentre elas, a de produzir (e publicar) pelo menos dois artigos científicos por ano em revista qualificada. Também contam livros ou capítulos de livros. Como política de formação e fixação de doutores, para a região Norte, no entanto, é facultado trabalhar em até três programas de Pós-graduação. É uma política pública das mais perversas, visto que as duras regras não são flexibilizadas. Ora! É bastante lógico que, em se tratando de uma política pública, a exigência aos que atuarem em três programas também seja flexível. Afinal, além de atuar no curso de graduação, esse professor terá mais uma jornada de trabalha em três programas de Pós-graduação sem nenhuma remuneração adicional para isso. Ao invés de ser uma política de incentivo à formação de mestres e doutores para a região Norte, trata-se, no fundo, de uma política de legitimação da exploração do trabalhador pelo Estado. Um bom ponto de reflexão para o “Dia do trabalhador”.

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