terça-feira, 28 de maio de 2013

Mitos sobre leitura na escola

Vejo meu filho, avidamente, a saborear seus livros sobre mitologia grega e aventuras dos deuses, bem como de jogos de computador. São leituras cujo tempero é a aventura. Lembro-me, como, quando criança, lia durante dois ou três dias seguidos os livros de bolso de Estefania e Santillana. Os heróis do faroeste norteamericano, suas proezas com as armas na mão, temperados com as conquistas amorosas, embalaram a minha infância. Nem por isso me tornei um pistoleiro, assim como meu filho, com certeza, não vai ser mais ou menos viciado em jogos de computador pelos livros que lê. Nas escolas tradicionais, no entanto, há, abertamente, preconceito contra esse tipo de leitura, como se houvessem bons ou maus livros. Talvez tenhamos bons e maus leitores, isso sim! Aliás, para ser mais exato, é bem possível que tenhamos leitores e pronto. Sem nenhum tipo de qualificação. Só não aceito o mito de que a geração atual não lê. Lê sim! E muito! Talvez o que não haja é uma efetiva preparação das escolas atuais, em todos os níveis, para os estudantes que recebem. Não se pode mais recebê-los com a mesma visão de antes a respeito do ato de ler. O estudante de hoje tem outra formação cognitiva fora da escola. Não vive apenas em função dela, a escola, portanto, não tem o padrão de leitura que os professores esperam. Ao que tudo indica, nós, os professores, precisamos mudar nossa perspectiva a respeito do olhar sobre a leitura. Talvez, assim, os novos modos de leitura sejam reconhecidos e incorporados ao dia a dia da escola.

Se você ainda não leu a “Carta aberta ao secretário Sérgio Mendonça”, cliquei aqui, leia e replique. Todos precisamos refletir sobre o problema. Juntos!


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