segunda-feira, 20 de maio de 2013

A política de ações afirmativas nas universidades


A política de ações afirmativas nas universidades não pode ser vista meramente como uma espécie de "transferência de renda". É preciso levá-la à sério e atentar para a finalidade precípua das ações afirmativas: diminuir as desigualdades e dar chances a quem nunca teve oportunidades iguais, de ingressar em um Curso Superior. Defender que no sistema capitalista as oportunidades são iguais e que "esse povo deve mesmo é batalhar", como tenho ouvido, é demonstrar falta de leitura política mais acurada e desconhecimento da realidade do povo brasileiro, principalmente dos pobres. Dizer que um filho de alguém das classe mais humildes tem oportunidades exatamente iguais às do filho de alguém das classes mais abastadas é desconhecer a vala que separa as classes no Pais. Mais que isso, é ignorar as injustiças sociais que se nos apresentam constantemente em cada canto das cidades do País. As ações afirmativas são tentativas de diminuir as diferenças entre os que possuem e os que não possuem oportunidades de ter uma carreira acadêmica digna pelas vias da "concorrência" normal. Cabe ao Estado sim, corrigir discrepâncias em todos os níveis. E assim deve ser vista a política de ações afirmações: um instrumento de acolhimento e integração de pessoas menos favorecidas ao aparato estatal da Educação Superior. É preciso refletir mais profundamente sobre o assunto para não se cometer injustiças.

Se você ainda não leu a “Carta aberta ao secretário Sérgio Mendonça”, cliquei aqui, leia e replique. Todos precisamos refletir sobre o problema. Juntos!

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