O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) talvez seja o campeão em ótimas ideias sepultadas pelo Congresso Nacional. Respira por aparelhos nas profundezas dos gabinetes diretores uma ideia brilhante do senador, transformada em projeto, que é “obrigar os filhos de senadores e deputados” a estudarem em escolas públicas. Mais interessante seria ampliar o raio para todos os filhos de funcionários públicos, em todos os níveis, inclusive filhos de professores universitários. O que motivou Buarque a apresentar o projeto é a convicção de que, com os filhos na escola pública, os parlamentares tomariam consciência da má-qualidade do ensino e fariam algo para melhorá-lo. É bem-verdade que os parlamentares deveriam ter essa atitude independentemente de lei que os “empurrasse” para tal postura. Ainda assim, para não correr nenhum risco, eles preferem deixar a proposta morrer por inanição. Sou capaz de apostar que até os funcionários públicos ficariam contra a proposta, se fosse ampliada. A defesa da escola pública mais parece jogo de cena: na prática ninguém faz nenhum tipo de sacrifício para que o objetivo seja atendido.
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