Sempre defendi que não se pode pensar em universidade com o olhar da “assepsia política”. A universidade é da sociedade e precisa ser pensada e discutida por todos, inclusive pelos partidos políticos. No entanto, é inadmissível que a escolha dos dirigentes das universidades federais seja decidida fora da própria universidade, ou seja, em acordos de bastidores dos partidos políticos. O jogo da sucessão deve ser decidido dentro de casa, por quem dele participa efetivamente. Permitir a interferência dos poderes municipal e estadual neste processo, conjuntamente com os partidos, é trazer para a universidade o dualismo imbecil da política em geral: a salvação só existe de um lado ou do outro do espectro político. Em não sendo isso, na pior das hipóteses, o processo sucessório passa a ser discutido fora da universidade, o que é excessivamente prejudicial ao processo de governança. Já se começa a falar em sucessão na Universidade Federal do Amazonas (Ufam), inclusive, com expressa garantia de que a professora Márcia Perales Mendes e Silva não será candidata à reeleição. Que a Ufam se rediscuta entre os seus pares e na correlação saudável com todos os segmentos da sociedade. Mas, sem acordos espúrios de partidos.
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