As universidades brasileiras enfrentam um momento crucial: ou se modernizam ou morrem. E não se trata apenas de modernização administrativa, algo que, por decreto, o Governo Federal enfia, goela abaixo, aos pouquinhos, da forma que quer. Há anos ouço a cantilena de que “o carnê chegará às casas” com a mensalidade das federais. Ora, como se um estudante universitário não custasse um centavo para a sociedade. Cada um deles, na Universidade Federal do Amazonas, por exemplo, custa, em média, oito mil dólares aos cofres públicos. A universidade pública é de graça para quem? A outra conversa mole de que a universidade muda a sociedade parece cair por terra, pois a grande revolução modernizadora deste País foi encabeçada por um metalúrgico, analfabeto, que governou o País por oito anos e saiu com índices de popularidade nas nuvens. É bem verdade que foi ajudado, e muito, pelo sociólogo que o antecedeu, com medidas duras e impopulares que, talvez, o metalúrgico não tivesse coragem de tomar. Tanto o é que sua sucessora, agora, por exemplo, é obrigada a desarmar o gatilho deixado por ele nas universidades públicas. Alguém teria de dar o mínimo de sanidade ao Programa de Reestrutura e Expansão das Universidades Federais (REUNI). Trata-se de uma dos maiores engodos eleiçoeiros deste País: um dos nós que Dilma Roussef terá de desatar na Educação Superior. O desafio dela é enorme. Só não é maior do que das próprias universidades, que precisam modernizar além de tudo, o olhar sobre e para a comunidade.
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