A Universidade Federal do Amazonas (Ufam) está em fase de encerramento das discussões sobre a distribuição das 61 vagas de professores temporários cujas contratações foram autorizadas apenas para os cursos fazem parte do Programa de Apoio aos Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni), instituído pelo Decreto nº 6.096, de 24 de abril de 2007. Entendo que todas as universidades brasileiras, e não-apenas a Ufam, não podem nem pensar em abrir novos cursos com professores temporários. Seria aceitar, de novo, a lógica da precarização do trabalho. Nada contra os professores substitutos, mas tudo contra começar novos cursos de forma precária, sem infra-estrutura de pessoal e de laboratórios. Ainda que exista a pressão de se cumprir o que estabelece calendário do Reuni, cuja previsão de encerramento é o ano de 2012, as universidades possuem autonomia para rediscutir, em conjunto, o tal calendário. Até agora, grande parte das promessas do Reuni não foram cumpridas. Quem garante que as serão? Acima de tudo, é necessário mantermos a coerência e lutarmos por um ensino superior de qualidade sempre. E até admissível que professores temporários sejam contratados em função da conjuntura econômica. No máximo, porém, para cursos já existentes e em função das necessidades urgentes de as turmas novas não ficarem sem aulas. Abrir novos cursos, porém, com professores temporários, é aceitar publicamente a irresponsabilidade da política de expansão meramente pelo número de vagas.
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