Instituído pelo Decreto nº 6.096, de 24 de abril de 2007, o Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni) faz parte do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) do Governo Federal. No papel, o objetivo do Reuni seria ampliar e garantir a permanência de estudantes no Ensino Superior. A época, ou seja, em 2007, a adesão era voluntária, porém, quem não aderisse ficaria à míngua. Às que aderiram, as promessas eram de dar condições para a expansão física, acadêmica e pedagógica. Na prática, isso não ocorreu em nenhuma das universidades. Previsto para ser concluído em 2012, já se fala em um Renuni II, pois o primeiro deixou um universo de pessoas frustradas, uma vez que efetivamente não foram garantidas as condições para a expansão física, acadêmica e pedagógica de forma responsável. Cursos foram criados com a promessa da contratação de professores e da compra de equipamentos para os laboratórios. Esses equipamentos, em muitos cursos que expandiram o número de vagas, nunca chegaram. Com a suspensão da contratação de professores de carreira, o Governo Federal autorizou a contratação de temporários para os cursos novos do Reuni. Ou seja, volta a valer a velha regra de professores substitutos, arrumadinhos daqui, de acolá e que se dane a qualidade do ensino. O Reuni, infelizmente, só tem foco na expansão do número de vagas. Pela falta das condições mínimas de funcionamento dos novos cursos, reitores e reitoras das federais serão obrigados a lugar por uma espécie de Reuni II sim para evitar que estudantes e professores pairem, como zumbis, por departamentos e unidades das instituições.
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